Educação em Rede - Sesc
Educação em Rede - Sesc
Educação em Rede - Sesc
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
• compreender que a leitura nos permite repensar o que se pensa de acordo<br />
com as ideias de outros, inclusive daqueles que já morreram ou que estão<br />
distantes de nós;<br />
•<br />
•<br />
buscar informações;<br />
participar de debates, de s<strong>em</strong>inários, reuniões;<br />
• construir argumentos para discordar, se opor, concordar, enfim, posicionarse<br />
e daí ter o que escrever;<br />
• escrever com a intenção de divulgar as próprias ideias e, a partir disso, interferir<br />
e influenciar na forma e nos pensamentos de outras pessoas;<br />
• entender que escrever dá poder e que quanto melhor se escrev<strong>em</strong> ideias<br />
criativas, criadoras, lógicas, maiores as chances destas se tornar<strong>em</strong> “imortais”.<br />
Assim, talvez, o aluno perceba o papel social da escrita.<br />
Além disso, nós, professores, também t<strong>em</strong>os que ter consciência da importância<br />
da leitura e da escrita na participação social. Precisamos investir na nossa formação<br />
e qu<strong>em</strong> sabe nos tornarmos, como diz Ramos (2007),<br />
(...) um intelectual pesquisador, comprometido com a elaboração de um currículo que or-<br />
ganize os conhecimentos tanto <strong>em</strong> forma de disciplinas ou de projetos interdisciplinares,<br />
mas que garanta a manutenção dos referenciais das ciências básicas, relacionando os con-<br />
ceitos e integrando conhecimentos gerais e específicos, sob uma construção contínua ao<br />
longo da formação, sob os eixos do trabalho, da ciência e da cultura.<br />
Outra informação trazida pelo Documento Base Nacional Preparatório à VI<br />
Confintea é o crescimento das matrículas de jovens e adultos na modalidade EJA<br />
do Ensino Médio no Brasil. Entre 1997 e 2006, este foi da ord<strong>em</strong> de 344%. Essa nova<br />
realidade amplia as perspectivas para EJA, apontando-a como uma área específica de<br />
direitos e de responsabilidade político-educacional, já que educamos quase s<strong>em</strong>pre<br />
agentes oriundos das classes populares, jovens, adultos e idosos, na sua maioria<br />
negros e negras pobres, filhos de trabalhadores braçais analfabetos, que possu<strong>em</strong><br />
uma trajetória escolar marcada pela discriminação negativa, pelas reprovações<br />
e interrupções. A cada dia está mais presente na escola a multiplicidade de raça,<br />
de cultura, de gênero, de linguag<strong>em</strong>, de classe etc., o que nos obriga a definir um<br />
novo paradigma para essa modalidade da <strong>Educação</strong> Básica, construindo não só um<br />
currículo que inclua a todos, mas uma escola que rompa com o modelo tradicional.<br />
As políticas públicas e a elaboração de documentos-base para a EJA são muito<br />
recentes e muito ainda se discute na Câmara de <strong>Educação</strong> Básica do Conselho<br />
<strong>Educação</strong> <strong>em</strong> <strong>Rede</strong> Currículos <strong>em</strong> EJA: saberes e práticas de educadores<br />
151<br />
Reflexões para<br />
a constituição<br />
de um currículo<br />
possível <strong>em</strong><br />
<strong>Educação</strong> de<br />
Jovens e Adultos