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Educação em Rede - Sesc

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Dil<strong>em</strong>as e desafios, qual a melhor forma de<br />

superá-los?<br />

Segundo o Documento Base Nacional Preparatório à VI Conferência Internacional<br />

de <strong>Educação</strong> de Adultos (Confintea), os números do analfabetismo no Brasil<br />

ainda são enormes. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou<br />

que 14,4 milhões de brasileiros, com 15 anos ou mais, eram analfabetos <strong>em</strong> 2006; na<br />

região Sul eram 1,2 milhão. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio<br />

(Pnad), 30,5 milhões de brasileiros com 15 anos ou mais <strong>em</strong> 2006 eram analfabetos<br />

funcionais, ainda que tenham frequentado a escola <strong>em</strong> média 8,5 anos. Esses dados<br />

confirmam e denunciam a desigualdade de acesso e permanência na escola entre<br />

os cidadãos, a precariedade do desenvolvimento da habilidade básica de leitura e<br />

escrita e o quanto ainda se t<strong>em</strong> a fazer para transformar a escola <strong>em</strong> um espaço de<br />

inclusão e de valorização das múltiplas culturas que constitu<strong>em</strong> a nossa sociedade.<br />

A realidade dos nossos alunos não é diferente. Como resultado de todos esses<br />

fatores, atualmente receb<strong>em</strong>os matrículas no Ensino Médio de alunos precariamente<br />

alfabetizados, muitos analfabetos funcionais. Esses estão sendo promovidos<br />

pelos professores do Ensino Fundamental antes de sequer dominar a técnica de<br />

leitura e escrita.<br />

Tal fenômeno t<strong>em</strong> desafiado o coletivo de professores que leciona no nível<br />

médio na modalidade EJA. Na maioria das vezes, somos profissionais que não<br />

possu<strong>em</strong> formação específica <strong>em</strong> alfabetização. Por isso ficamos s<strong>em</strong> saber como<br />

agir. O que fazer? Aqui, arrisco a fazer algumas especulações. Talvez as instituições<br />

que oferec<strong>em</strong> vagas nos cursos de nível médio devess<strong>em</strong> contratar profissionais<br />

especialistas <strong>em</strong> alfabetização. Essa atitude, <strong>em</strong> curto prazo, poderia levar as escolas<br />

a cumprir seu dever mais el<strong>em</strong>entar que é o de ensinar a ler e escrever; <strong>em</strong> médio<br />

prazo, nós, professores, poderíamos nos qualificar para atender às necessidades de<br />

alfabetização dos alunos jovens e adultos e, <strong>em</strong> longo prazo, os gestores, educadores<br />

e educandos do primeiro e segundo segmentos do Ensino Fundamental e do<br />

Ensino Médio deveriam promover encontros para debater e estabelecer o nível de<br />

proficiência <strong>em</strong> leitura e escrita que o aluno deve alcançar antes de ser promovido<br />

para o nível seguinte.<br />

<strong>Educação</strong> <strong>em</strong> <strong>Rede</strong> Currículos <strong>em</strong> EJA: saberes e práticas de educadores<br />

149<br />

Reflexões para<br />

a constituição<br />

de um currículo<br />

possível <strong>em</strong><br />

<strong>Educação</strong> de<br />

Jovens e Adultos

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