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Educação em Rede - Sesc

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De acordo com Freinet (GRANzOTTO, 1997), é o fio de Ariadne 7 que irá permitir<br />

que uma escola desenvolva a sua ação pedagógica voltada ao trabalho, com os<br />

recursos técnicos devidamente organizados, propiciando tateio experimental do<br />

estudante de forma criativa e de livre expressão. Reforça, ainda, que é a livre expressão<br />

que libertará o aluno, possibilitando ao educador conhecê-la. Nesse ponto,<br />

as teorias de Freinet e Paulo Freire se entrecruzam, porque é o conhecimento que<br />

propicia o exercício da criticidade, e esta é o que permitirá a liberdade. Então não<br />

há como separar as ações educativas desses objetivos, que num percurso único caminham<br />

para a formação do hom<strong>em</strong>-cidadão.<br />

O destaque da importância da imaginação para a construção do conhecimento,<br />

presente nos estudos de Ellis e Hunt (1993), confirma que, ao obtermos uma<br />

informação via sentidos, o cérebro aciona uma matriz celular correspondente ao<br />

estímulo sensorial. Evidente que a familiaridade com o objeto facilita o seu reconhecimento,<br />

pois a matriz celular já fora desenvolvida (LIMA, 2003).<br />

Nessa teoria é possível inserir a ideia de conhecimento prévio do aluno, que a<br />

partir da segunda metade do século xx ganha margens juntamente com o Construtivismo.<br />

Atualmente v<strong>em</strong> tomando outro sentido. Educadores verificam os conhecimentos<br />

adquiridos pelos alunos até <strong>em</strong> avaliações para esse fim, mas não utilizam<br />

os dados para a adequação de planejamentos que atendam às necessidades deles<br />

e n<strong>em</strong> para propor seus avanços.<br />

Outro aspecto a considerar são as relações afetivas, “pois é certo que o que estabelece<br />

a relação professor e aluno é o prazer <strong>em</strong> aprender e os educadores sab<strong>em</strong><br />

disso, mas a dificuldade está na prática, separam o <strong>em</strong>ocional do cognitivo, o intelectual<br />

do afetivo, o sentir do pensar” (LIMA, 2003).<br />

A aprendizag<strong>em</strong> é determinada pelo aluno, o que quer aprender, como e quando.<br />

Basta lermos <strong>em</strong> suas expressões e encontrarmos a sintonia de fogos: “o fogo do<br />

desejo de ensinar com o fogo do desejo de aprender”, como afirma Madalena Freire.<br />

É nesse boom de <strong>em</strong>oções que se resume o processo de ensino-aprendizag<strong>em</strong>,<br />

pois, para Ranghetti (2001), “é a afetividade que desenha o grau de intensidade que<br />

o nosso eu infere sobre o objeto a conhecer”.<br />

7. Fio de Ariadne: expressão usada na literatura como metáfora. inspirada na lenda de Ariadne, filha de minos, rei de<br />

creta. Designa uma coisa que serve de guia a uma pessoa perdida entre dificuldades. Ariadne, presa <strong>em</strong> um labirinto,<br />

encontrou a saída, guiando-se por um fio que desenrolava à medida que entrava no labirinto.<br />

<strong>Educação</strong> <strong>em</strong> <strong>Rede</strong> Currículos <strong>em</strong> EJA: saberes e práticas de educadores<br />

131<br />

Conteúdos<br />

significativos:<br />

desafio na<br />

<strong>Educação</strong> de<br />

Jovens e Adultos

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