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Educação em Rede - Sesc

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128<br />

Conteúdos<br />

significativos:<br />

desafio na<br />

<strong>Educação</strong> de<br />

Jovens e Adultos<br />

Para repensar a educação nesses moldes e aceitá-la, é preciso haver mudanças.<br />

Isso significa lançar-se ao novo, transformar-se.<br />

Saberes que tec<strong>em</strong> a aprendizag<strong>em</strong><br />

Os alunos jovens e adultos possu<strong>em</strong> conhecimentos que ao longo de sua vida<br />

foram vividos e sedimentados. Nessa noção:<br />

(...) o conhecimento se tece <strong>em</strong> redes que se tec<strong>em</strong> a partir de todas as experiências que<br />

viv<strong>em</strong>os, de todos os modos como nos inserimos no mundo à nossa volta, não tendo,<br />

portanto, nenhuma previsibilidade n<strong>em</strong> obrigatoriedade de caminho, b<strong>em</strong> como não po-<br />

dendo ser controlada pelos processos formais de ensino-aprendizag<strong>em</strong> (OliVeirA, 2003).<br />

Não há como desvincular os saberes vivenciados na informalidade dos elencados<br />

nas propostas educativas. Assim, para haver essa conectividade considera-se<br />

três saberes: o do corpo, o cotidiano e o científico.<br />

O saber do corpo é sustentado pelos cinco sentidos pertencentes a cada ser,<br />

mas pouco valorizado nos dias de hoje e muito pouco incitado nas salas de aula, exceto<br />

nas aulas de artes. Contudo, é através desse saber que o aluno permite abrir-se<br />

ao conhecimento mais formal, num maravilhamento que precisa ser cultivado e valorizado<br />

pelo professor, uma vez que é o caminho do raciocínio lógico, da reflexão,<br />

do processo de análise-síntese, e assim constrói um novo e esperado conhecimento<br />

– o científico.<br />

Em referência à fenomenologia da percepção, o filósofo francês Maurice Merleau-Ponty<br />

explica que considera seu próprio corpo como seu ponto de vista sobre<br />

o mundo (1971, p. 83). Assim, t<strong>em</strong> consciência de seu corpo através do mundo e<br />

t<strong>em</strong> consciência do mundo devido a seu corpo (1971, p. 95).<br />

Não há como perceber o mundo s<strong>em</strong> considerar as influências culturais e sociais.<br />

Não é possível entender o corpo de modo neutro: este é passível de interpretação<br />

e todos os seus resultados são partes de um conjunto de saberes, de conhecimento,<br />

de cultura.<br />

Já o saber cotidiano é fundamentado no amadurecimento das experiências denominadas<br />

do senso comum, que, mesmo permeado por valores já concretizados<br />

antes da escolarização, é desvalorizado tanto pelo aluno como pela própria escola,<br />

Serviço Social do Comércio <strong>Educação</strong> <strong>em</strong> <strong>Rede</strong>

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