Educação em Rede - Sesc
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Aprender a conviver: consiste no maior desafio da educação, pois objetiva o conhecimento<br />
de si mesmo e do outro para que <strong>em</strong> prol de uma sociedade mais solidária destitua-se<br />
de opiniões preconcebidas. É somente sob a descoberta progressiva do outro que o des-<br />
conhecido – o grande propulsor do preconceito 2 – é vencido, desfavorecendo atitudes<br />
conflituosas que promovam a destruição de si mesmo e da humanidade;<br />
Aprender a ser: é o ápice do equilíbrio. A educação deve voltar-se para essa completude –<br />
entre espírito e corpo –, com capacidade cada vez maior de discernimento, autonomia e<br />
responsabilidade pessoal.<br />
Nesse sentido, o relatório de Delors (1998) destaca a importância de se conceber<br />
a educação de modo integrado.<br />
Numa altura <strong>em</strong> que os sist<strong>em</strong>as educativos formais tend<strong>em</strong> a privilegiar o acesso<br />
ao conhecimento, <strong>em</strong> detrimento de outras formas de aprendizag<strong>em</strong>, importa<br />
conceber a educação como um todo. Esta perspectiva deve, no futuro, inspirar e<br />
orientar as reformas educativas, tanto <strong>em</strong> nível de elaboração de programas como<br />
da definição de novas políticas pedagógicas.<br />
Mudar: difícil começo, mas não impossível<br />
O novo pensar <strong>em</strong> educação sugestiona a mudança de paradigmas, mas isso<br />
não significa abster-se do já vivido, pois essas experiências <strong>em</strong>basarão futuras<br />
ações, pois “negar o velho, substituindo-o pelo novo, é um princípio oposto a uma<br />
atitude interdisciplinar na didática e na pesquisa <strong>em</strong> educação. (...) Negar o velho é<br />
uma atitude autoritária” (FAzENDA, 2001, p.16).<br />
Apesar de constatarmos que muitos paradigmas 3 estão presentes na cont<strong>em</strong>poraneidade<br />
não há como fazer uma educação nos moldes antigos. Dev<strong>em</strong>os refletir<br />
e descortinar o que realmente conceb<strong>em</strong>os como educação, como ela se dá e<br />
qual o papel da sociedade e da escola para que ela se efetive. Como afirma Gaudêncio<br />
Frigotto, “não se trata de pura e simplesmente mudança de conteúdos, mas de<br />
uma forma nova de produção de conhecimento”.<br />
Assim, t<strong>em</strong>os o desafio de buscar modelos que apont<strong>em</strong> caminhos para uma<br />
melhor compreensão do mundo e suas múltiplas realidades, pois não se aceita<br />
aprender como antes. Hoje o educando questiona, compl<strong>em</strong>enta e ensina.<br />
2. costuma indicar desconhecimento pejorativo de alguém ao que lhe é diferente.<br />
3. Do grego parádeigma, modelo, padrão de regras, segundo as quais as pessoas procuram solucionar seus probl<strong>em</strong>as<br />
e obter sucesso.<br />
<strong>Educação</strong> <strong>em</strong> <strong>Rede</strong> Currículos <strong>em</strong> EJA: saberes e práticas de educadores<br />
127<br />
Conteúdos<br />
significativos:<br />
desafio na<br />
<strong>Educação</strong> de<br />
Jovens e Adultos