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Educação em Rede - Sesc

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126<br />

Conteúdos<br />

significativos:<br />

desafio na<br />

<strong>Educação</strong> de<br />

Jovens e Adultos<br />

seus direitos”; de “ser o ex<strong>em</strong>plo da família”; de poder compreender melhor “a vida,<br />

porque qu<strong>em</strong> não sabe é cego, mudo e surdo” 1 .<br />

Sobre essas expectativas não pod<strong>em</strong>os construir uma escola estática, que se<br />

preocupa somente com a educação reparadora ou equalizadora, pois não há como<br />

recuperar o t<strong>em</strong>po perdido pelos alunos da EJA, n<strong>em</strong> propor direitos de igualdade,<br />

simplesmente. T<strong>em</strong>-se que qualificá-lo, favorecendo o aprender ao longo de toda a<br />

sua vida. É preciso praticar a educação transformadora.<br />

Nessa perspectiva, as estruturas legislativas têm caminhado num (re)conhecimento<br />

desses estudantes e deve-se a Paulo Freire a retomada dos pressupostos sobre<br />

a visão crítica e libertadora, pois só a conscientização leva à libertação, que deve<br />

ser propiciada na análise e elaboração do currículo da EJA, voltando-se cada vez mais<br />

à educação funcional, aquela que prepara o educando para sua vida profissional.<br />

Tornando o aluno capaz de desvelar a sua realidade e propor alternativas de<br />

atuação, ele terá condições de propor melhorias à sua vida, ressignificando suas expectativas<br />

de escolarização e assumindo outro enfoque – de significação, pois “o ato<br />

de estudar implica s<strong>em</strong>pre o de ler, mesmo que neste não se esgote. De ler o mundo,<br />

de ler a palavra e assim ler a leitura do mundo anteriormente feita” (FREIRE, 1993).<br />

Dessa forma é descoberto um novo sentido no educar, tanto para o ensinante<br />

quanto para o aprendente, mudando completamente o foco do processo educativo<br />

para aquele que aproximará a vida da escola e a escola, da vida.<br />

A influência dos novos pensares culminou na V Conferência promovida pela<br />

Unesco, <strong>em</strong> 1997, na cidade de Hamburgo, na Al<strong>em</strong>anha, estabelecendo o vínculo<br />

da EJA ao desenvolvimento da humanidade, onde se apresentaram os quatro Pilares<br />

da <strong>Educação</strong>:<br />

Aprender a conhecer: está imbricado ao aprender a aprender. refere-se ao despertar para o<br />

conhecimento numa capacidade de adquirir estratégias para desenvolver as suas próprias<br />

opiniões com criticidade;<br />

Aprender a fazer: estabelece a aquisição das ferramentas, instrumentos metodológicos ne-<br />

cessários para o aprender, ou seja, aplicar na prática os conhecimentos teóricos adquiridos.<br />

não somente no que se refere à qualificação profissional, mas à aquisição de competências<br />

que possibilite o enfrentamento de situações desafiadoras e de trabalhos <strong>em</strong> equipe;<br />

1. respostas de alunos de cursos supletivos, do ensino Fundamental, ao ser<strong>em</strong> perguntados sobre as motivações<br />

que os levaram a voltar a estudar, obtidas durante a aplicação de 327 questionários durante o desenvolvimento da<br />

pesquisa educação básica, formação técnico-profissional e qualificação. convergências e divergências entre capital e<br />

trabalho, no atual quadro de reestruturação produtiva, de agosto de 1999 a julho de 2001.<br />

Serviço Social do Comércio <strong>Educação</strong> <strong>em</strong> <strong>Rede</strong>

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