Educação em Rede - Sesc
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O desafio do<br />
professor na<br />
construção do<br />
currículo da<br />
<strong>Educação</strong> de<br />
Jovens e Adultos<br />
(EJA)<br />
dagógico próprio, a fim de criar situações pedagógicas e satisfazer necessidades de<br />
aprendizag<strong>em</strong> de jovens e adultos” (Parecer 11/2000, p. 9). Esse documento define<br />
três funções para a EJA:<br />
• a função reparadora, que t<strong>em</strong> como finalidade reparar o direito negado a uma educação<br />
de qualidade para todos aqueles que não tiveram acesso à escolaridade básica na idade<br />
apropriada;<br />
• a função equalizadora, que t<strong>em</strong> como alvo garantir a reentrada nos sist<strong>em</strong>as educacionais<br />
a todos os trabalhadores, donas de casa, aposentados, migrantes, seja pela repetência ou<br />
pela evasão, seja pelas desiguais oportunidades de permanência ou outras condições<br />
adversas, possibilitando aos indivíduos novas inserções no mundo do trabalho, na vida<br />
social, nos espaços da estética e na abertura dos canais de participação;<br />
• a função qualificadora ou permanente é o próprio sentido da educação de Jovens e<br />
Adultos, a qual t<strong>em</strong> como base o caráter incompleto do ser humano, cujo potencial de<br />
desenvolvimento e de adequação pode se atualizar <strong>em</strong> quadros escolares ou não es-<br />
colares, indicando que <strong>em</strong> todas as idades e <strong>em</strong> todas as épocas da vida é possível se<br />
formar, se desenvolver e construir conhecimentos, habilidades, competências e valores<br />
que transcend<strong>em</strong> os espaços formais da escolaridade e conduz<strong>em</strong> à realização de si e ao<br />
reconhecimento do outro como sujeito. (parecer 11/2000, p. 9)<br />
A organização curricular<br />
A organização dos currículos por disciplinas v<strong>em</strong> sendo contestada como incapaz<br />
de “dar conta da probl<strong>em</strong>ática social” e de “integrar saberes”, impedindo uma<br />
aprendizag<strong>em</strong> significativa. Há educadores que apontam uma proposta constituindo<br />
novos campos de saberes interdisciplinares e outros que assinalam a “construção<br />
de disciplinas escolares s<strong>em</strong> necessária referência nas disciplinas científicas”, constituídas<br />
de objetos de ensino próprios às disciplinas escolares, tais como “educação<br />
sexual”, “educação para o trânsito” e “educação e sociedade”, integrando-se ou não<br />
às disciplinas científicas (LOPES; MACEDO, 2002 p. 71-72, 81).<br />
A construção de um currículo requer, portanto, competências do professor.<br />
com maior razão, pode-se dizer que o preparo de um docente voltado para a eJA deve<br />
incluir, além das exigências formativas para todo e qualquer professor, aquelas relativas à<br />
complexidade diferencial desta modalidade de ensino. Assim esse profissional do magis-<br />
tério deve estar preparado para interagir <strong>em</strong>paticamente com esta parcela de estudantes<br />
e estabelecer o exercício do diálogo. Jamais um professor aligeirado ou motivado apenas<br />
pela boa vontade ou por um voluntariado idealista e sim um docente que se nutra do<br />
geral e também das especificidades que a habilitação como formação sist<strong>em</strong>ática requer<br />
(parecer 11/1000, p. 56).<br />
Serviço Social do Comércio <strong>Educação</strong> <strong>em</strong> <strong>Rede</strong>