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Educação em Rede - Sesc

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112<br />

Reconhecer a<br />

identidade do<br />

aluno: fator<br />

fundamental<br />

para a construção<br />

de um currículo<br />

<strong>em</strong> EJA<br />

inclusos como para os que desejam se inserir. Esses fatores dev<strong>em</strong> influir bastante<br />

no momento de pensarmos <strong>em</strong> qual deverá ser a nossa postura pedagógica perante<br />

os nossos alunos.<br />

Contudo, t<strong>em</strong>os a nossa responsabilidade cada vez mais acentuada, pois dev<strong>em</strong>os<br />

dar conta dos equívocos e das faltas que a escolarização regular cometeu<br />

com alguns deles. Ao mesmo t<strong>em</strong>po, dev<strong>em</strong>os proporcionar àqueles que nunca<br />

tiveram acesso a um processo educativo sist<strong>em</strong>atizado uma educação que aborde<br />

a multiplicidade de culturas, resgate a autoestima, possua qualidade, juntamente<br />

com a segurança de que os alunos necessitam para continuar a caminhar dentro<br />

desse processo educativo.<br />

Construção de um currículo para a EJA<br />

Tendo <strong>em</strong> vista que os alunos pertencentes à EJA possu<strong>em</strong> origens diferenciadas,<br />

podendo ser adolescentes ou até mesmo idosos, surg<strong>em</strong> alguns questionamentos<br />

<strong>em</strong> relação ao currículo a ser elaborado. Como trabalhar com pessoas tão<br />

distintas de forma padronizada? Por que não estabelecer uma proximidade entre<br />

os saberes curriculares fundamentais, os alunos e a experiência social que eles têm<br />

como indivíduos? Segundo Freire (2005, p. 30), a resposta para essas questões é<br />

bastante complexa. Pois se estabelecermos como meta chegar a um patamar igualitário<br />

de conhecimento estar<strong>em</strong>os cometendo um enorme erro, já que desprezar<strong>em</strong>os<br />

o capital intelectual e a cultura desses indivíduos.<br />

A cultura é, portanto, esfera de lutas, de diferenças, de relações de poder desiguais. essas<br />

diferenças são s<strong>em</strong>pre <strong>em</strong> relação a algo, não diferenças absolutas. São diferenças políticas,<br />

não apenas diferenças textuais, linguísticas, formais. São diferenças construídas com base<br />

<strong>em</strong> relações de poder estruturais e globais que não dev<strong>em</strong> ser secundarizadas (mclAren<br />

apud mOreirA, 1999, p. 84).<br />

McLaren(1999) fala na citação anterior justamente sobre o que é cultura e como<br />

esta se constitui, e, também, nos leva a refletir sobre a importância de não desvalorizá-la.<br />

Afinal, somos todos inseridos <strong>em</strong> um contexto cultural no qual ocorre um<br />

jogo de poder, e os valores provindos das esferas dominantes são assimilados de<br />

forma mais rápida e coercitiva por nós. Em muitas situações n<strong>em</strong> perceb<strong>em</strong>os a<br />

assimilação desses valores, entretanto, <strong>em</strong> cada ambiente social, alguns deles são<br />

reconhecidos e apreciados; desse modo, ao trabalharmos com a diversidade de atores,<br />

não pod<strong>em</strong>os desprezar as distintas manifestações culturais e identitárias.<br />

Serviço Social do Comércio <strong>Educação</strong> <strong>em</strong> <strong>Rede</strong>

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