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Educação em Rede - Sesc

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110<br />

Reconhecer a<br />

identidade do<br />

aluno: fator<br />

fundamental<br />

para a construção<br />

de um currículo<br />

<strong>em</strong> EJA<br />

A <strong>Educação</strong> de Jovens e Adultos<br />

A <strong>Educação</strong> de Jovens e Adultos v<strong>em</strong> passando por um processo de reformulação<br />

de seus valores. Nesse novo cenário, a EJA v<strong>em</strong> rompendo com o seu caráter<br />

supletivo, passando a extrapolar as suas fronteiras, assumindo novas ambições. As<br />

mudanças se baseiam, principalmente, na constante troca de ideias e também nos<br />

valores pregados pela prática de ensino freireana. Essa metodologia de ensino t<strong>em</strong><br />

como princípios o diálogo, a indagação e a experimentação, <strong>em</strong> contraponto com<br />

o método reprodutor de um conhecimento pronto e acabado e a uma educação<br />

bancária, tão criticada por Freire.<br />

Dessa forma, essa modalidade de ensino passa a dar conta de alguns dos probl<strong>em</strong>as<br />

que anteriormente eram negados e que acarretaram vários casos de fracasso<br />

escolar. Vale ressaltar ainda que esta evolução se dá, principalmente, por causa<br />

do comprometimento que os educadores têm com o seu trabalho, já que se percebe<br />

que, com o passar da história da EJA, os órgãos públicos pouco auxiliaram no<br />

avanço qualitativo dessa modalidade educativa.<br />

Um outro fator fundamental para o sucesso dessas mudanças recent<strong>em</strong>ente assimiladas<br />

pela EJA é a formação do educador juntamente com o comprometimento<br />

diante de seu trabalho, pois muitos dos educandos já passaram por casos traumáticos<br />

de escolarização, tornando-se mais resistentes à instituição escolar. Por isso, o<br />

educador deve se preocupar bastante <strong>em</strong> reconhecer que tipo de aluno possui<br />

<strong>em</strong> suas classes, na tentativa de impedir a ocorrência de um processo educativo<br />

dissociado da realidade de seus alunos.<br />

no mínimo, esses educadores precisam respeitar as condições culturais do jov<strong>em</strong> e do<br />

adulto analfabeto. eles precisam fazer um diagnóstico histórico-econômico do grupo ou<br />

comunidade onde irão trabalhar e estabelecer um canal de comunicação entre o saber<br />

técnico (erudito) e o saber popular (GADOtti, 2003, p. 32).<br />

Segundo Gadotti (2003), o educador deve estar comprometido <strong>em</strong> proporcionar<br />

um processo educativo multicultural, ou seja, trata-se de não negar a cultura<br />

primeira desses alunos e, tampouco, as outras manifestações culturais que os rodeiam,<br />

baseando-se numa abordag<strong>em</strong> de ensino e aprendizag<strong>em</strong> que reconheça<br />

os valores e crenças d<strong>em</strong>ocráticas e procure o fortalecimento do pluralismo cultural.<br />

O objetivo é que esse processo educacional se torne eficaz e significativo na vida<br />

dos educandos.<br />

Serviço Social do Comércio <strong>Educação</strong> <strong>em</strong> <strong>Rede</strong>

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