Janeiro - Sesc
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FórUM Do eNveLhecIMeNto<br />
velhice é tema de debate<br />
em brasília<br />
Os idosos sempre receberam<br />
atenção especial do SESC,<br />
por meio de ações realizadas<br />
pelos Departamentos<br />
Regionais. Agora, mais uma<br />
vez, a entidade confirmou seu compromisso<br />
de apoiar essa faixa da população, organizando<br />
e coordenando, em parceria com outras<br />
instituições, o Fórum Regional de Envelhecimento,<br />
realizado em dezembro, em Brasília.<br />
O encontro reuniu representantes da sociedade<br />
civil da América Latina e do Caribe e<br />
avaliou o Plano de Ação Internacional do Idoso,<br />
criado em Madri, em 2002. Foram analisadas<br />
as três principais orientações do Plano: “Pessoa<br />
idosa e desenvolvimento”, “Promoção da saúde<br />
e bem-estar na velhice” e “Criação de ambiente<br />
propício e favorável”. As conclusões das reu-<br />
niões deram origem a um documento, chamado<br />
de Declaração de Brasília, no qual os países<br />
participantes reafirmaram o compromisso de<br />
promover e proteger os direitos humanos e liberdades<br />
fundamentais dessa população.<br />
Para o Gerente de Estudos e Pesquisa do<br />
Departamento Nacional, Sebastião Chaves,<br />
um dos palestrantes da abertura, o sentido<br />
fundamental do Fórum é seu caráter de integração<br />
entre os diversos setores da sociedade.<br />
“Podemos dizer que a principal função deste<br />
encontro é aproximar as instituições que lidam<br />
com esse público e fazer com que sejam<br />
criados instrumentos para a melhoria da qualidade<br />
de vida dos idosos”, afirmou.<br />
Entre os principais pontos da Declaração,<br />
os países se comprometeram a incorporar<br />
8<br />
SESC BRASIL n janeiro 2008<br />
o tema do envelhecimento e estabelecê-lo<br />
como prioridade em todos os âmbitos de<br />
políticas públicas, assim como a destinar e<br />
gerir recursos humanos e financeiros a esta<br />
população. Também foi proposta no Fórum<br />
a criação de marcos legais e mecanismos<br />
para garantir o cumprimento de leis e programas<br />
de prevenção de abusos, negligência<br />
e violência contra idosos. Por fim, os países<br />
solicitaram à Comissão Econômica para a<br />
América Latina e o Caribe (Cepal) que adote<br />
medidas para intensificar as atividades relativas<br />
ao envelhecimento que as Nações Unidas<br />
realizarão em nível regional. “Encaminhamos<br />
os pedidos e as reivindicações consideradas<br />
essenciais para o bem-estar dessas pessoas e<br />
esperamos contribuir para o seu desenvolvimento”,<br />
acrescentou Sebastião Chaves.<br />
1,9 bilhão de idosos em 2050<br />
Para se ter idéia da importância crescente desta fatia da população, segundo dados do IBGE,<br />
as projeções para 2050 são de cerca de 1,9 bilhão de pessoas idosas em todo o mundo. Em 1950,<br />
eram 204 milhões, número que saltou para 579 milhões em 1998. Ainda segundo o instituto,<br />
atualmente, uma em cada dez pessoas tem 60 anos de idade ou mais, relação que em 2050<br />
deverá ser de uma para cinco.<br />
Em 2006, o Departamento Nacional do SESC, juntamente com o Departamento Regional de<br />
São Paulo, em parceria com a Fundação Perseu Abramo, realizou pesquisa com quase quatro mil<br />
idosos. O estudo revelou alguns dados importantes, entre eles que 27% dos entrevistados disseram<br />
não ter qualquer conhecimento do Estatuto do Idoso e 35% já terem sofrido maus-tratos. Os<br />
participantes do Fórum receberam um livro com o resultado de toda a pesquisa.<br />
Durante o encontro, representantes da sociedade civil criaram a Declaração de Brasília<br />
A principal função deste<br />
encontro é aproximar<br />
as instituições que lidam<br />
com esse público e fazer<br />
com que sejam criados<br />
instrumentos para a<br />
melhoria da qualidade<br />
de vida dos idosos<br />
Sebastião Chaves