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BIBLIOTECA E CIDADANIA ESCOLA E SAMBA: SILÊNCIO ... - Sesc

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A composição do acervo de uma biblioteca é, pois, ponto basilar<br />

para o atendimento ao público, mas não se pode reduzir a política institucional<br />

a doações governamentais, especialmente de livros. Para o<br />

bom funcionamento das bibliotecas públicas é necessário muito mais<br />

que acervo. Assim, há um deslocamento do foco da questão, sendo<br />

urgente pensar nos serviços ao cidadão. Para tanto, é fundamental ter<br />

um acervo de qualidade e atual. Não ao contrário, pois estaríamos<br />

apenas atendendo a uma demanda comercial e não ao cidadão.<br />

A título de exemplo de participação mais ativa e moderna que transcende<br />

a simples compra de livros, as bibliotecas podem representar um<br />

grande instrumento de divulgação do mercado livreiro. A Biblioteca<br />

Nacional da França (BNF) desenvolve um trabalho interessante em parceria<br />

com as editoras, dentro do projeto da Biblioteca Digital Gallica.<br />

O portal da BNF oferece a leitura de partes dos livros recém-lançados<br />

e permite acessar os serviços de compras das editoras para formalizar<br />

as compras. Outro ponto a considerar diz respeito à posição vinculada<br />

destas instituições nos planos e projetos de governo. Para citar apenas<br />

um exemplo, o Plano Nacional de Livro e Leitura não vincula o nome<br />

da biblioteca, que aparece apenas incluído em um eixo. A biblioteca<br />

pública, pelo seu papel na sociedade da informação, é mais, muito mais<br />

que isso, demandando destaque e cuidados especiais.<br />

Outro exemplo. O tópico de bibliotecas, no portal do Ministério<br />

da Cultura, está oculto na legenda “Livros e Leitura”, ao contrário de<br />

museus, facilmente identificados pelo usuário.<br />

6 AS EXPERiÊNCiAS Em oUtRoS PAÍSES<br />

Rubem Borba de Moraes comenta sobre duas linhas diferenciadas<br />

de bibliotecas públicas. A francesa, que, segundo ele, foi criada para<br />

entreter os trabalhadores, como uma espécie de “hospital das almas”,<br />

e a linha americana. Os Estados Unidos viam as bibliotecas públicas<br />

como instrumento de trabalho, tendo desenvolvido uma linha extremamente<br />

técnica. A biblioteconomia no Brasil divide-se entre essas<br />

duas concepções.<br />

É de se notar que as bibliotecas francesas modernizaram-se a partir<br />

da década de 1980, com a inauguração da Bibliothèque Publique<br />

SiNAiS SoCiAiS | Rio DE JANEiRo | v.4 nº13 | p. 10-45 | mAio > AgoSto 2010<br />

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