BIBLIOTECA E CIDADANIA ESCOLA E SAMBA: SILÊNCIO ... - Sesc
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dades, não a única. Como exemplo, citamos a Biblioteca Pública de<br />
Seattle. Dentre as inúmeras ações, possui um programa voltado para o<br />
apoio de trabalhos escolares.<br />
Suaiden (2000) considera a década de 1970 como marco na existência<br />
das bibliotecas públicas, pois estas passam então a ser incluídas<br />
nas políticas governamentais da área de educação e cultura. Organizou-se,<br />
nessa época, o Cadastro de Bibliotecas Brasileiras, em parceria<br />
com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Esse cadastro<br />
arrolava bibliotecas com acervos superiores a 150 volumes. A atuação<br />
voltava-se para a doação de livros, assistência técnica e cursos de treinamento.<br />
Também se incentivaram serviços de extensão de bibliotecas<br />
para lugares mais distantes e desprovidos de instituições: os carros-<br />
-bibliotecas, por exemplo. Em 1977, criou-se o Sistema Nacional de<br />
Bibliotecas, vinculado ao INL.<br />
O INL, nos seus 52 anos de existência, não conseguiu elaborar nem<br />
a Enciclopédia nem o Dicionário, conforme o projeto inicial, embora<br />
tenha possibilitado um grande salto para as bibliotecas públicas. Em<br />
1938, havia 78 delas no Brasil; em 1945, eram 332. Deixou a desejar,<br />
porém, em algumas áreas prioritárias. A política oficial era mais no<br />
sentido de suprir as bibliotecas públicas com grandes quantidades de<br />
livros do que no fortalecimento institucional da sua função. Segundo<br />
diversos autores, o INL pouco realizou em relação ao cidadão. Contudo,<br />
é inegável o papel de cursos profissionalizantes e o cadastro de<br />
Bibliotecas, elaborado com o IBGE:<br />
O alvo imediato não era necessariamente o público, mas a iniciativa<br />
privada, que, além da exclusividade de mercado e da subvenção de<br />
seus custos, ganhava ainda o redimensionamento das compras de parte<br />
da edição pelo estado (OITICICA, 1997, p.7).<br />
Em 1981, a Biblioteca Nacional passa a fazer parte da administração<br />
indireta, vinculando-se à Fundação Nacional Pró-Memória. Três anos<br />
mais tarde, é criada a Fundação Nacional Pró-Leitura, que abarcou o<br />
INL e a Biblioteca Nacional. Essa fundação teve vida curta, pois em<br />
1990 foi extinta e suas competências transferidas para a Biblioteca<br />
Nacional. As funções do INL foram assumidas pelo Departamento Nacional<br />
do Livro. Em 1992 são criados o Sistema Nacional de Bibliote-<br />
SiNAiS SoCiAiS | Rio DE JANEiRo | v.4 nº13 | p. 10-45 | mAio > AgoSto 2010<br />
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