a ação fonoaudiológica nos pacientes com disfunção ... - CEFAC
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posições da mandíbula, da língua e da cabeça para permitir que as vias aéreas fiquem livres para passagem do ar. Essa condição respiratória e consequentemente postural, certamente interfere na eficiência mastigatória e no comportamento das ATMs, trazendo ao Fonoaudiólogo algumas relações importantes quanto ao seu diagnóstico e prognóstico. Na mastigação pode-se observar se há simetria na força muscular, movimento cíclico e como se realiza. Muitos pacientes, segundo Anelli, realizam o movimento cíclico de forma restrita devido à tensão muscular, outros não conseguem realizá- lo, ocorrendo apenas movimentos verticais (abertura e fechamento) durante a mastigação. Existem alguns dados que não devem ser confundidos com mastigação alterada, portanto, Bianchini (1998) ressalta que há uma união entre o tipo de face, a potência muscular e consequentemente sua caracterização funcional. A mastigação num indivíduo de face curta é mais vigorosa, com ritmo mais intenso, maior facilidade de vedamento labial e utilização do mecanismo bucinador. Nas faces longas, a musculatura menos potente caracteriza uma mastigação mais lenta ou com menor vigor. Para examinar a mastigação utiliza-se alimento. A escolha do tipo de alimento depende da familiaridade do examinador com o mesmo. Sabe-se que a bolacha ou biscoito, bastante utilizado como material de exame, é um alimento que dificulta - 22 -
tanto a observação como o estabelecimento de causas e efeitos. Isso se deve ao fato de ser um alimento muito seco e que se espalha pela boca com extrema facilidade, às vezes levando à observação enganosa de acúmulo de resíduos ou à necessidade excessiva de movimentação lingual para recolher o alimento (considerado função normal da língua). Caso o paciente esteja usando aparelho fixo, a utilização de bolacha deve ser ainda mais cuidadosa, uma vez que este alimento costuma prender-se nos fios e brackets do aparelho. Bianchini (1998) relata ainda que costuma-se utilizar maçã ou pãozinho simples, porém, qualquer alimento pode ser utilizado, desde que conhecida a força, frequência e intensidade do ciclo mastigatório. Segundo Felício (1994), dentre as possíveis alterações articulatórias, observa-se em crianças e adultos, respectivamente em tratamento ortodôntico e de DTM, um desvio frequente da mandíbula para um dos lados na produção do fonema /s/, quase sempre correspondendo ao lado da mastigação e/ou da dor. Hiperatividade e encurtamento muscular desse lado seriam as explicações para o fato. Nas pessoas com DTM observa-se movimentos de abertura bucal restritos durante a fala, cuja origem pode ser a limitação dos movimentos de extensão, por exemplo, devido ao deslocamento anterior do disco articular, que impede a movimentação completa do côndilo, ou apenas uma espasticidade dos músculos elevadores da mandíbula. Além disso, deve-se lembrar que quem teve ou tem dor, limita seus movimentos por medo de provocar algum incômodo ou - 23 -
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posições da mandíbula, da língua e da cabeça para permitir que as vias<br />
aéreas fiquem livres para passagem do ar. Essa condição respiratória e<br />
consequentemente postural, certamente interfere na eficiência mastigatória e no<br />
<strong>com</strong>portamento das ATMs, trazendo ao Fonoaudiólogo algumas relações<br />
importantes quanto ao seu diagnóstico e prognóstico.<br />
Na mastig<strong>ação</strong> pode-se observar se há simetria na força muscular, movimento<br />
cíclico e <strong>com</strong>o se realiza. Muitos <strong>pacientes</strong>, segundo Anelli, realizam o movimento<br />
cíclico de forma restrita devido à tensão muscular, outros não conseguem realizá-<br />
lo, ocorrendo apenas movimentos verticais (abertura e fechamento) durante a<br />
mastig<strong>ação</strong>.<br />
Existem alguns dados que não devem ser confundidos <strong>com</strong> mastig<strong>ação</strong> alterada,<br />
portanto, Bianchini (1998) ressalta que há uma união entre o tipo de face, a<br />
potência muscular e consequentemente sua caracteriz<strong>ação</strong> funcional.<br />
A mastig<strong>ação</strong> num indivíduo de face curta é mais vigorosa, <strong>com</strong> ritmo mais<br />
intenso, maior facilidade de vedamento labial e utiliz<strong>ação</strong> do mecanismo<br />
bucinador. Nas faces longas, a musculatura me<strong>nos</strong> potente caracteriza uma<br />
mastig<strong>ação</strong> mais lenta ou <strong>com</strong> menor vigor.<br />
Para examinar a mastig<strong>ação</strong> utiliza-se alimento. A escolha do tipo de alimento<br />
depende da familiaridade do examinador <strong>com</strong> o mesmo. Sabe-se que a bolacha<br />
ou biscoito, bastante utilizado <strong>com</strong>o material de exame, é um alimento que dificulta<br />
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