PDS Diadema - Sindiplast

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Técnicas de Gestão da Produção na Indústria Transformadora de Plástico e da Borracha Isto posto devemos produzir as 100 peças de “P”, no que iremos utilizar 1500 minutos da restrição “B”. Com os restantes 900 minutos (2400 – 1500), poderemos fabricar 30 peças “Q”. Neste caso, o lucro líquido será: 1. Ganho com 100 “P” = R$ 4.500,00, mais ganho com 30 “Q” – R$ 1.800,00, ou seja, ganho total = R$ 6.300,00, menos R$ 6.000,00 de Despesa Operacional = lucro líquido de R$ 300,00 (Parabéns!). O “Mundo dos Ganhos” oferece oportunidades desconhecidas para o “Mundo dos Custos”. Note que, automaticamente, “subordinamos” a utilização dos demais recursos à escolha feita em função do recurso restrição “B”. Neste exemplo podemos aumentar a capacidade da linha da seguinte forma: Suponhamos que, por meio de um dispositivo, conseguíssemos transferir parte das operações feitas na peça do meio, com a utilização do recurso “B”, para o recurso “C”. Suponhamos, também, que isso economizasse 1 minuto do recurso “B”, para a peça do meio, e acrescentasse 2 minutos ao recurso “C”. À primeira vista um absurdo! Estamos propondo aumentar o tempo de fabricação da peça do meio em 1 minuto. Mas, considerando que o recurso “B” está produzindo 130 “peças do meio”, estaremos economizando 130 minutos, com os quais poderemos gerar mais R$ 260,00 com a produção de quantidades adicionais de “Q”. Como a Despesa Operacional não mudou, estaremos transferindo todo esse valor para o nosso lucro líquido. Muito estranho, mas verdadeiro, aumentamos o tempo de fabricação de uma peça e conseguimos um lucro quase duas vezes maior. Considerações sobre o software para o “OPT” O “software” para o “OPT”, adequadamente abastecido com os dados de demanda de vários produtos, com os dados das listas estruturadas de materiais e com os dados das “folhas operacionais” é capaz de identificar onde estão os “recursos restrição”. O “OPT”, também não ignora o “ataque” das variabilidades internas e externas. Se o recurso restrição for atacado e deixar de produzir por menor que seja o tempo, estaremos “fritos”. Para evitar esse problema são criados “pulmões de tempo”, antes dos recursos restrição. “Pulmões de tempo” consistem em quantidades de peças, em processo, estocadas antes dos recursos restrição. As quantidades são determinadas em função do tempo estimado como razoável para que eventuais problemas com a restrição possam ser corrigidos. O pessoal da produção, habituado com a repetição das variabilidades semelhantes, sempre consegue uma estimativa, razoavelmente adequada, para a quantidade de peças de um determinado “pulmão de tempo”. 67 Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado de São Paulo

Além disso, o “OPT” também reconhece que os ritmos do fluxo de produção não podem ser mais rápidos do que aquele determinado pelo gargalo, e subordina os demais recursos a esse ritmo. Diz-se que o “gargalo” funciona como um “Tambor”, marcando a cadência de marcha de uma tropa. Como no “Kanban”, o funcionamento dos gargalos é usado para “puxar” o fluxo de produção através das operações anteriores, como se fosse uma corda, para evitar “lacunas” na linha. Parâmetros para escolha do “Sistema para Gestão”, mais adequado: Vantagens do “ Kanban”: • Descentralização da Programação e Controle da Produção; • Incentivo para o comprometimento e participação dos funcionários; • Baixo Custo para implantação • Contribuição para a excelência da qualidade; • Flexibilidade para ajuste às variabilidades; • Contribuição para a redução dos estoques em processo. Vantagens do “MRP-II”: • Reage eficazmente a mudanças de programações dos clientes; • Permite a execução de simulações para a escolha de alternativas; • Fornece informações gerenciais para outros departamentos; • Auxilia na preparação de planos estratégicos; • Capacidade para elaboração do “Plano Mestre”; • Informações “On-line”. Vantagens do “OPT”: • Vocação para a redução dos ”lead times” e estoques em processo; • Flexibilidade para alterar o “mix” de produção; • Concentra os esforços da empresa na solução dos “gargalos”; • Incentiva raciocinar no “Mundo Limitações do “Kanban”: • Dificuldade para gerenciar empresas com grande número de produtos; • Dificuldade para gerenciar variabilidades de demanda; • Vulnerabilidade para freqüentes “paradas de linha”; • Necessidade de suporte do “MRP–I” para elaboração do “Plano Mestre”. Limitações do “MRP-II”: • Grande investimento em equipamentos, instrução e treinamento; • Necessária adaptação ao ambiente de cada empresa usuária; • Grande dependência de manuseio adequado por parte dos usuários; • Dependência vital da confiabilidade do “Banco de dados”; • É um sistema passivo. Não tem como corrigir dados incorretos. Limitações do OPT”: • Centralizador de decisões • Não colabora para o comprometimento dos funcionários; • Por ser um “software proprietário” vincula a empresa ao fornecedor; • Exige habilidade de análise dos programadores; 68 Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado de São Paulo

Técnicas de Gestão da Produção na Indústria Transformadora de Plástico e da Borracha<br />

Isto posto devemos produzir as 100 peças de “P”, no que iremos utilizar 1500<br />

minutos da restrição “B”. Com os restantes 900 minutos (2400 – 1500), poderemos<br />

fabricar 30 peças “Q”. Neste caso, o lucro líquido será:<br />

1. Ganho com 100 “P” = R$ 4.500,00, mais ganho com 30 “Q” – R$ 1.800,00,<br />

ou seja, ganho total = R$ 6.300,00, menos R$ 6.000,00 de Despesa<br />

Operacional = lucro líquido de R$ 300,00 (Parabéns!).<br />

O “Mundo dos Ganhos” oferece oportunidades desconhecidas para o<br />

“Mundo dos Custos”.<br />

Note que, automaticamente, “subordinamos” a utilização dos demais recursos à<br />

escolha feita em função do recurso restrição “B”. Neste exemplo podemos<br />

aumentar a capacidade da linha da seguinte forma:<br />

Suponhamos que, por meio de um dispositivo, conseguíssemos transferir parte das<br />

operações feitas na peça do meio, com a utilização do recurso “B”, para o recurso<br />

“C”. Suponhamos, também, que isso economizasse 1 minuto do recurso “B”, para a<br />

peça do meio, e acrescentasse 2 minutos ao recurso “C”.<br />

À primeira vista um absurdo! Estamos propondo aumentar o tempo de fabricação<br />

da peça do meio em 1 minuto. Mas, considerando que o recurso “B” está<br />

produzindo 130 “peças do meio”, estaremos economizando 130 minutos, com os<br />

quais poderemos gerar mais R$ 260,00 com a produção de quantidades adicionais<br />

de “Q”. Como a Despesa Operacional não mudou, estaremos transferindo todo esse<br />

valor para o nosso lucro líquido.<br />

Muito estranho, mas verdadeiro, aumentamos o tempo de fabricação de uma peça<br />

e conseguimos um lucro quase duas vezes maior.<br />

Considerações sobre o software para o “OPT”<br />

O “software” para o “OPT”, adequadamente abastecido com os dados de demanda<br />

de vários produtos, com os dados das listas estruturadas de materiais e com os<br />

dados das “folhas operacionais” é capaz de identificar onde estão os “recursos<br />

restrição”.<br />

O “OPT”, também não ignora o “ataque” das variabilidades internas e<br />

externas.<br />

Se o recurso restrição for atacado e deixar de produzir por menor que seja o<br />

tempo, estaremos “fritos”.<br />

Para evitar esse problema são criados “pulmões de tempo”, antes dos recursos<br />

restrição.<br />

“Pulmões de tempo” consistem em quantidades de peças, em processo, estocadas<br />

antes dos recursos restrição. As quantidades são determinadas em função do<br />

tempo estimado como razoável para que eventuais problemas com a restrição<br />

possam ser corrigidos. O pessoal da produção, habituado com a repetição das<br />

variabilidades semelhantes, sempre consegue uma estimativa, razoavelmente<br />

adequada, para a quantidade de peças de um determinado “pulmão de tempo”.<br />

67<br />

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