PDS Diadema - Sindiplast

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Técnicas de Gestão da Produção na Indústria Transformadora de Plástico e da Borracha Considerações: 1. Suponhamos uma fábrica sem “variabilidades”, portanto sem nenhum imprevisto que possa retardar o fluxo da produção e que tenha apenas dois produtos: “P” e “Q”, para vender. A qualidade é perfeita, nunca há peças refugadas, ou que tenham que ser retrabalhadas. 2. O produto “P” tem um preço de venda de R$ 90,00 por unidade e uma demanda de 100 pç./semana. O produto “Q”, tem um preço de venda de R$ 100,00 por unidade e uma demanda de 50 pç./semana. 3. Para a montagem do produto “P”, precisamos de uma peça comprada, ao preço de R$ 5,00 cada e de outros dois componentes fabricados internamente. Cada um destes dois componentes é produzido, com matéria prima comprada, através de dois processos distintos, com utilização dos recursos “A”, “B”,”C” e “D”, conforme layout acima. 4. No produto “Q”, não há peça comprada. A peça “central” do “layout”,é usada tanto em “P”, como em “Q”. A peça da direita usa os recursos “A”;”B” e “D”. 5. O preço da matéria prima utilizada em cada caso é o mesmo, R$ 20,00 por unidade. Vamos também admitir que os recursos não necessitem “set-up”, para processar as diferentes operações mostradas. 6. A jornada semanal de trabalho é de 40 horas, ininterruptas, ou seja, 2400 minutos. A Despesa Operacional correspondente à jornada semanal é de R$ 6.000,00 e neste valor estão incluídos: salários, encargos trabalhistas, salários da supervisão, e administrativos, energia, etc. Dado todo este cenário vamos pensar no seguinte: Qual o “mix” de produção (quantos “P”, e quantos “Q”) que oferecerá à empresa o maior lucro líquido por semana? E a pergunta a ser respondida é: “Qual o LUCRO LÍQUIDO da empresa”? a. Lucro de R$ 1.500,00 b. Prejuízo de R$ 300,00 c. Lucro de R$ 300,00 Resolução: Se você respondeu “Um Lucro de R$ 1.500,00”, provavelmente você não atentou para a primeira etapa de “Teoria das Restrições” e não procurou identificar se o cenário em estudo apresenta alguma “restrição de recurso”. Vamos verificar: 1. O recurso “A” tem uma carga, devido ao produto “P”, de 1.500 minutos, resultante de 100 peças e 15 minutos de utilização por peça e, para o produto “Q” 500 minutos, resultante de 50 peças e 10 minutos por peça . Consequentemente no total 2.000 minutos e, portanto, abaixo dos 2400 disponíveis. 2. Seguindo o mesmo raciocínio será fácil concluir que o recurso “B” não tem capacidade para atender o máximo das demandas de “P” e “Q” , pois para 65 Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado de São Paulo

100 unidades de “P” seriam necessários 1500 minutos e, outros 1500 minutos para as 50 unidades de “Q”, num total de 3000 minutos! 3. Cálculos semelhantes mostrariam que os recursos “C” e “D” têm cargas de apenas 1750 minutos. Portanto identificamos um recurso restrição, que é o recurso “B”. Temos, então, que decidir como “melhor explorar a capacidade” da restrição da maneira que conduza à maximização do lucro líquido. Se analisarmos os produtos sob o ponto de vista de “Ganho”, parecerá melhor atendermos toda a demanda de “Q”, uma vez que seu (G) é R$ 60,00 por peça (preço de venda R$ 100,00 menos custo de fornecedores R$ 40,00), enquanto que o (G) do produto “P” é de somente R$ 45,00. Você pode ter feito o seguinte raciocínio: No começo deste módulo definimos que, “Ganho” (G) é a diferença entre o preço de venda e a quantia paga aos fornecedores de materiais utilizados na fabricação, então teríamos: 1. Ganho gerado por “P”: (R$ 90,00 – R$ 45,00) X 100 = R$ 4.500,00 2. Ganho gerado por “Q”: (R$ 100,00 – R$ 40,00) X 50 = R$3.000,00 3. Lucro líquido é o ganho menos a despesa operacional, logo: (R$ 7.500,00 – 6.000,00), portanto a resposta deveria ser: Um Lucro de R$ 1.500,00. Não está correto!! Escolha outra opção. Se você respondeu “Um Prejuízo de R$ 300,00, provavelmente você analisou o caso sob o prisma de “tempo de utilização” dos recursos. Neste caso, também iremos preferir atender primeiro a demanda de “Q” porque necessitamos ocupar os recursos durante apenas 50 minutos ( 15+ 10+ 5+ 15+ 5), ao passo que, para “P precisaríamos 60 minutos ( 15+ 15+ 10+ 5+ 15). A esta altura parece que maximizar a produção de “Q”, e dedicar o tempo que sobra para “P” deve ser melhor. Vamos confirmar: 1. Se fabricarmos 50 peças de “Q”, iremos utilizar 1500 minutos do “recurso restrição” e, portanto, irão sobrar 900 minutos, suficientes para a fabricação de componentes para 60 peças “P”. 2. Nestas condições teremos um (G) de R$ 3.000,00 com a venda de 50 peças de “Q” e um (G) de R$ 2.750,00, com a venda de 45 peças de “P”. Nosso ganho total será R$ 5.700,00 e, em vez de lucro teremos um prejuízo de R$ 300,00, pois temos que considerar os R$ 6.000,00 de Despesas Operacionais. Não está correto!! Escolha outra opção. Se você respondeu “Um Lucro de R$ 300,00”; Pronto! Vejamos se você usou este raciocínio: Se calcularmos qual o ganho por minuto, gerado pela restrição, verificaremos que, para “P” teremos um ganho de R$ 3,00 por minuto (a cada 15 minutos de utilização, “B” gera R$ 45,00 de ganho). Por outro lado, na ocupação com o produto “Q” a restrição gera apenas R$ 2,00 por minuto. 66 Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado de São Paulo

100 unidades de “P” seriam necessários 1500 minutos e, outros 1500<br />

minutos para as 50 unidades de “Q”, num total de 3000 minutos!<br />

3. Cálculos semelhantes mostrariam que os recursos “C” e “D” têm cargas de<br />

apenas 1750 minutos.<br />

Portanto identificamos um recurso restrição, que é o recurso “B”. Temos, então,<br />

que decidir como “melhor explorar a capacidade” da restrição da maneira que<br />

conduza à maximização do lucro líquido. Se analisarmos os produtos sob o ponto<br />

de vista de “Ganho”, parecerá melhor atendermos toda a demanda de “Q”, uma vez<br />

que seu (G) é R$ 60,00 por peça (preço de venda R$ 100,00 menos custo de<br />

fornecedores R$ 40,00), enquanto que o (G) do produto “P” é de somente R$<br />

45,00.<br />

Você pode ter feito o seguinte raciocínio:<br />

No começo deste módulo definimos que, “Ganho” (G) é a diferença entre o preço<br />

de venda e a quantia paga aos fornecedores de materiais utilizados na fabricação,<br />

então teríamos:<br />

1. Ganho gerado por “P”: (R$ 90,00 – R$ 45,00) X 100 = R$ 4.500,00<br />

2. Ganho gerado por “Q”: (R$ 100,00 – R$ 40,00) X 50 = R$3.000,00<br />

3. Lucro líquido é o ganho menos a despesa operacional, logo: (R$ 7.500,00 –<br />

6.000,00), portanto a resposta deveria ser: Um Lucro de R$ 1.500,00.<br />

Não está correto!! Escolha outra opção.<br />

Se você respondeu “Um Prejuízo de R$ 300,00, provavelmente você analisou o<br />

caso sob o prisma de “tempo de utilização” dos recursos. Neste caso, também<br />

iremos preferir atender primeiro a demanda de “Q” porque necessitamos ocupar os<br />

recursos durante apenas 50 minutos ( 15+ 10+ 5+ 15+ 5), ao passo que, para “P<br />

precisaríamos 60 minutos ( 15+ 15+ 10+ 5+ 15). A esta altura parece que<br />

maximizar a produção de “Q”, e dedicar o tempo que sobra para “P” deve ser<br />

melhor. Vamos confirmar:<br />

1. Se fabricarmos 50 peças de “Q”, iremos utilizar 1500 minutos do “recurso<br />

restrição” e, portanto, irão sobrar 900 minutos, suficientes para a fabricação<br />

de componentes para 60 peças “P”.<br />

2. Nestas condições teremos um (G) de R$ 3.000,00 com a venda de 50 peças<br />

de “Q” e um (G) de R$ 2.750,00, com a venda de 45 peças de “P”. Nosso<br />

ganho total será R$ 5.700,00 e, em vez de lucro teremos um prejuízo de<br />

R$ 300,00, pois temos que considerar os R$ 6.000,00 de Despesas<br />

Operacionais.<br />

Não está correto!! Escolha outra opção.<br />

Se você respondeu “Um Lucro de R$ 300,00”; Pronto! Vejamos se você usou este<br />

raciocínio:<br />

Se calcularmos qual o ganho por minuto, gerado pela restrição, verificaremos que,<br />

para “P” teremos um ganho de R$ 3,00 por minuto (a cada 15 minutos de<br />

utilização, “B” gera R$ 45,00 de ganho). Por outro lado, na ocupação com o<br />

produto “Q” a restrição gera apenas R$ 2,00 por minuto.<br />

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