PDS Diadema - Sindiplast

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25.04.2013 Views

Técnicas de Gestão da Produção na Indústria Transformadora de Plástico e da Borracha No mercado, temos uma série de organizações especializadas nessa atividade, habilitadas para proceder, de uma maneira independente, a uma “qualificação” do sistema implantado em qualquer empresa. Normalmente é procedida a uma auditoria prévia, para uma “avaliação qualitativa”, que classifica a empresa em um, de quatro cenários possíveis, identificados por letras “A”, “B”, “C” ou “D”. Sendo a classe “A”, a melhor e “D”, a pior. Se essa avaliação qualitativa enquadrar o sistema nas classes “C” ou “D”, isso indica que ainda existe muita coisa a ser melhorada e não vale a pena prosseguir com a “avaliação quantitativa”. Não obstante, nesse estágio, serão detectadas várias oportunidades de aperfeiçoamento que, uma vez implantadas, irão contribuir para a melhoria da classificação do sistema. Se, ao contrário, a “avaliação qualitativa”, conferir classes “A” ou “B”, é procedida a avaliação quantitativa, onde são dadas “notas” para os aspectos, técnico, operacional e de confiabilidade do sistema. Nesta fase, novamernte, poderão ser identificadas outras oportunidades de melhoria. OPT (ou OTP) OPT é a sigla para “Optimized Production Technology”, um sistema para Gestão da Produção desenvolvido por um grupo de pesquisadores israelenses, do qual fazia parte o físico Eliyahu Goldratt, que se tornou o principal entusiasta e divulgador de seus princípios. O sistema OPT foi elaborado com base na Teoria das Restrições (Theory of Constraints – TOC). Essa teoria foi decorrência da análise do conhecido conceito que ensina que “Nenhuma corrente pode ser mais forte do que seu elo mais fraco”, ou seja, sua resistência fica limitada, e determinada, por seu elo mais fraco. E o que isso significa? Com base nesse princípio, a TOC, numa visão empresarial, considera que o fluxo de produtos através da “Cadeia Funcional de Fornecimento”, sendo resultante das atividades desenvolvidas por várias funções administrativas e produtivas, depende do desempenho daquela atividade com menor capacidade. De outra parte a TOC entende que a “Missão” de qualquer organização é “GANHAR DINHEIRO, AGORA E SEMPRE” e propõe uma mudança nos parâmetros de medida ortodoxos, utilizados para monitorá-las e guiá-las nessa direção. Recomenda abandonar nosso velho conhecido “Mundo dos Custos” e adotar o que chama “Mundo dos Ganhos”. O “MUNDO DOS CUSTOS” E O “MUNDO DOS GANHOS” No “Mundo dos Custos” a avaliação dos resultados globais das organizações, determinada pela ótica financeira é resultante de dois indicadores básicos: “LUCRO LÍQUIDO” e “RETORNO SOBRE O INVESTIMENTO”. A “TOC” entende que esses indicadores não permitem sua utilização direta e rápida, pelo pessoal comprometido com a “Gestão da Produção”, afim de orientá-los para o cumprimento da missão empresarial de “Ganhar Dinheiro”. Ao contrário dos sistemas tipo “MRP”, o “OPT” não é ainda de domínio público e o “software” necessário para sua aplicação na Gestão da 61 Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado de São Paulo

Produção é propriedade do “Goldratt Institute”, empresa internacional, podendo ser adquirido, no Brasil, através de sua associada: “Goldratt Consulting”. Para navegar pelo “Mundo dos Ganhos”, é preciso ter em mente os seguintes conceitos: • GANHO (G): índice pelo qual a organização gera dinheiro, através de vendas. Veja bem, “através de vendas” quer dizer que enquanto não for efetivamente vendido, o produto fabricado não gera nada. Fabricar para estoque pode fazer parte da estratégia empresarial, mas não é o objetivo final a ser perseguido. Dinheiro gerado é aquele incorporado ao produto pela empresa, como resultado de suas atividades. Para se calcular o “Ganho”, o dinheiro pago pela compra de materiais de fornecedores deve ser descontado do preço de venda, por não haver sido gerado pela empresa. • INVESTIMENTO (I): dinheiro investido na compra de tudo aquilo que se pretende, ou pode, vender. Matérias primas, peças sub-contratadas, máquinas e equipamentos, prédios, etc., fazem parte do investimento. • DESPESA OPERACIONAL (DO): dinheiro gasto para transformar o investimento em ganho. Notem que, na definição dos indicadores acima a palavra dinheiro está sempre presente, de maneira coerente com a ótica de missão da TOC. Esses três parâmetros são suficientes para, com relações adequadas, chegarmos a qualquer outro normalmente utilizado como indicador gerencial, se não, vejamos: Lucro líquido = (G) – (DO) Retorno sobre o investimento = Produtividade = (G) (DO) Giro de Estoque = (G) I 62 (G) – (DO) I Das relações acima é fácil entender que se a empresa conseguir aumentar o “Ganho”, diminuir o “Investimento”, assim como a “Despesa Operacional”, estará aumentando o “Lucro líquido” e seu “Retorno sobre o Investimento”. Recurso Restrição (Gargalo) A palavra recurso deve ser compreendida como qualquer elemento necessário para a fabricação, como máquinas, pessoas, equipamentos, instalações etc. • Consideremos um cenário com dois recursos “A” e “B”. • Recurso “A”, com uma capacidade produtiva de 150 peças/dia. • Recurso “B”, com uma capacidade produtiva de 200 peças/dia. Consideremos, ainda, que haja uma demanda de 150 peças/dia, de cada um desses recursos. Evidentemente, nesse caso, o recurso “A”, com capacidade igual a Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado de São Paulo

Produção é propriedade do “Goldratt Institute”, empresa internacional,<br />

podendo ser adquirido, no Brasil, através de sua associada: “Goldratt<br />

Consulting”.<br />

Para navegar pelo “Mundo dos Ganhos”, é preciso ter em mente os seguintes<br />

conceitos:<br />

• GANHO (G): índice pelo qual a organização gera dinheiro, através de<br />

vendas. Veja bem, “através de vendas” quer dizer que enquanto não for<br />

efetivamente vendido, o produto fabricado não gera nada. Fabricar para<br />

estoque pode fazer parte da estratégia empresarial, mas não é o objetivo<br />

final a ser perseguido. Dinheiro gerado é aquele incorporado ao produto pela<br />

empresa, como resultado de suas atividades. Para se calcular o “Ganho”, o<br />

dinheiro pago pela compra de materiais de fornecedores deve ser<br />

descontado do preço de venda, por não haver sido gerado pela empresa.<br />

• INVESTIMENTO (I): dinheiro investido na compra de tudo aquilo que se<br />

pretende, ou pode, vender. Matérias primas, peças sub-contratadas,<br />

máquinas e equipamentos, prédios, etc., fazem parte do investimento.<br />

• DESPESA OPERACIONAL (DO): dinheiro gasto para transformar o<br />

investimento em ganho.<br />

Notem que, na definição dos indicadores acima a palavra dinheiro está sempre<br />

presente, de maneira coerente com a ótica de missão da TOC. Esses três<br />

parâmetros são suficientes para, com relações adequadas, chegarmos a qualquer<br />

outro normalmente utilizado como indicador gerencial, se não, vejamos:<br />

Lucro líquido = (G) – (DO)<br />

Retorno sobre o investimento =<br />

Produtividade = (G)<br />

(DO)<br />

Giro de Estoque = (G)<br />

I<br />

62<br />

(G) – (DO)<br />

I<br />

Das relações acima é fácil entender que se a empresa conseguir aumentar o<br />

“Ganho”, diminuir o “Investimento”, assim como a “Despesa Operacional”, estará<br />

aumentando o “Lucro líquido” e seu “Retorno sobre o Investimento”.<br />

Recurso Restrição (Gargalo)<br />

A palavra recurso deve ser compreendida como qualquer elemento necessário<br />

para a fabricação, como máquinas, pessoas, equipamentos, instalações etc.<br />

• Consideremos um cenário com dois recursos “A” e “B”.<br />

• Recurso “A”, com uma capacidade produtiva de 150 peças/dia.<br />

• Recurso “B”, com uma capacidade produtiva de 200 peças/dia.<br />

Consideremos, ainda, que haja uma demanda de 150 peças/dia, de cada um desses<br />

recursos. Evidentemente, nesse caso, o recurso “A”, com capacidade igual a<br />

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