PDS Diadema - Sindiplast

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Técnicas de Gestão da Produção na Indústria Transformadora de Plástico e da Borracha Ela é constituída basicamente de um procedimento de cinco passos: 1º Passo: envolve entender os objetivos corporativos de longo prazo da organização, de modo que eventual estratégia de produção passa ser vista em termos de sua contribuição para esses objetivos corporativos. 2º Passo: envolve entender como a estratégia de marketing da organização foi desenvolvida para alcançar objetivos corporativos. 3º Passo: é a tradução da estratégia de marketing nos fatores competitivos, também divididos por Hill em critérios ganhadores de pedidos e qualificadores. 4º Passo: é o que é denominado por Hill como “escolha do processo”, sendo semelhante à análise “volume/variedade”. Seu papel é definir um conjunto de características estruturais da operação, que sejam consistentes entre si e adequados à forma como empresa pretende competir no mercado. 5º Passo: é semelhante ao 4º passo, mas ao invés de tratar com as características estruturais, trata com a infra-estrutura. Apesar dessa identificação em 05 passos, isso não acontece num movimento seqüencial de 1 a 5. A metodologia vê o processo como iterativo, no qual a identificação dos fatores competitivos no passo 3 é vista como crítica. E nesse estágio que qualquer desencontro entre o que a estratégia da organização necessita e o que a operação pode oferecer torna-se evidente. Procedimento Platts-Gregory. Outro procedimento influente foi desenvolvido por Ken Platts e o Mike Gregory, ambos da universidade de Cambridge. O procedimento possui basicamente três estágios. • Estágio 01: envolve desenvolver a compreensão da posição de mercado da empresa. Isso é feito avaliando-se as oportunidades e ameaças dentro do ambiente competitivo. Mas especificamente, envolve identificar os fatores que são exigidos pelo mercado e compara-los ao nível de desempenho alcançado (em termos de a operação estar sendo ou não capaz de atender o mercado). • Estágio 02: envolve avaliar as capacitações da operação. Seu propósito é identificar a prática das operações em curso e avaliar em que medida essa prática ajuda a alcançar o tipo de desempenho que foi indicado como importante no primeiro estágio. • Estágio 03: diz respeito ao desenvolvimento das novas estratégias da produção. Esse estágio envolve a revisão das várias opções que estão disponíveis para a organização e a seleção daquelas que melhor satisfazem aos critérios identificados nos dos estágios anteriores. Análise crítica. Os dois modelos de processo de estratégia da produção descritos aqui não combinam com todas as perspectivas sobre estratégias da produção descritas anteriormente. O conceito de lidar com estratégias emergentes e a perspectiva baseada em recursos da produção não estão completamente representados em 29 Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado de São Paulo

nenhum dos dois modelos. A metodologia Hill, particularmente, tem suas raízes na escola tradicional de pensamento de cima para baixo (top-down), ao mesmo tempo que desenvolve a possibilidade de competências centrais influenciarem a estratégia de mercado. De certa forma, a metodologia Hill permite influência recíproca entre visões de mercado e recursos, e o procedimento Platts-Gregory é explícito em identificar lacunas entre as exigências do mercado e o desempenho da produção. Ainda assim, ambos os modelos seriam vistos como extremamente simplistas por grande parte das autoridades na área de estratégia. Entretanto, simplista ou não, ambos os modelos fornecem uma trilha por meio de um processo considerado muito difícil. Além disso, ambos instigam os gerentes a, pelo menos, fazer algumas perguntas estratégicas bastante úteis. (Fonte: Slack, Nigel. Administração da Produção. São Paulo, Atlas: 2008) Elementos comuns dos procedimentos da estratégia de produção. Os dois procedimentos de formulação explicados aqui são altamente representativos dos procedimentos existentes, Mesmo assim, nenhum inclui todos os pontos e questões que, juntos, são abordados pelos procedimentos de formulação da estratégia da produção. Normalmente esses processos de formulação incluem elementos como: • Um processo que liga formalmente os objetivos estratégicos gerais da organização (normalmente uma estratégia de negócios) com os objetivos do nível de recursos. • O uso de fatores competitivos (também chamados de ganhadores de pedidos, fatores críticos de sucesso etc.), como dispositivo de tradução entre a estratégia da empresa e a estratégia da produção. • Uma etapa que envolve o julgamento da importância relativa dos vários fatores competitivos em termos de preferência dos consumidores. • Uma etapa que envolve o julgamento da importância relativa dos vários fatores competitivos em termos da preferência dos consumidores. • Uma etapa que inclui avaliar o desempenho em curso alcançado, geralmente comparado com os níveis de desempenho do concorrente. • Ênfase na formulação da estratégia da produção como um processo iterativo. • O conceito de “Operação Ideal” ou com base numa “página em branco” com a qual comparar operações em curso. Muito freqüentemente, a pergunta a ser feita é: “Se você estivesse começando a esboçar sua operação com base em uma página em branco”, como, idealmente, você projetaria sua operação para atender às necessidades do mercado?” Isso pode, então, ser usado para identificar as diferenças entre operações correntes e esse estado ideal. • Uma abordagem “baseada em lacunas”. Essa é uma abordagem muito tentada em toda a formulação de estratégia que envolve comparação do que está sendo exigido da operação pelo mercado com os níveis de desempenho que a operação está conseguindo na prática. 30 Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado de São Paulo

nenhum dos dois modelos. A metodologia Hill, particularmente, tem suas raízes<br />

na escola tradicional de pensamento de cima para baixo (top-down), ao mesmo<br />

tempo que desenvolve a possibilidade de competências centrais influenciarem a<br />

estratégia de mercado. De certa forma, a metodologia Hill permite influência<br />

recíproca entre visões de mercado e recursos, e o procedimento Platts-Gregory<br />

é explícito em identificar lacunas entre as exigências do mercado e o<br />

desempenho da produção. Ainda assim, ambos os modelos seriam vistos como<br />

extremamente simplistas por grande parte das autoridades na área de<br />

estratégia. Entretanto, simplista ou não, ambos os modelos fornecem uma<br />

trilha por meio de um processo considerado muito difícil. Além disso, ambos<br />

instigam os gerentes a, pelo menos, fazer algumas perguntas estratégicas<br />

bastante úteis.<br />

(Fonte: Slack, Nigel. Administração da Produção. São Paulo, Atlas: 2008)<br />

Elementos comuns dos procedimentos da estratégia de produção.<br />

Os dois procedimentos de formulação explicados aqui são altamente<br />

representativos dos procedimentos existentes, Mesmo assim, nenhum inclui todos<br />

os pontos e questões que, juntos, são abordados pelos procedimentos de<br />

formulação da estratégia da produção. Normalmente esses processos de<br />

formulação incluem elementos como:<br />

• Um processo que liga formalmente os objetivos estratégicos gerais da<br />

organização (normalmente uma estratégia de negócios) com os objetivos do<br />

nível de recursos.<br />

• O uso de fatores competitivos (também chamados de ganhadores de<br />

pedidos, fatores críticos de sucesso etc.), como dispositivo de tradução entre<br />

a estratégia da empresa e a estratégia da produção.<br />

• Uma etapa que envolve o julgamento da importância relativa dos vários<br />

fatores competitivos em termos de preferência dos consumidores.<br />

• Uma etapa que envolve o julgamento da importância relativa dos vários<br />

fatores competitivos em termos da preferência dos consumidores.<br />

• Uma etapa que inclui avaliar o desempenho em curso alcançado, geralmente<br />

comparado com os níveis de desempenho do concorrente.<br />

• Ênfase na formulação da estratégia da produção como um processo<br />

iterativo.<br />

• O conceito de “Operação Ideal” ou com base numa “página em branco” com<br />

a qual comparar operações em curso. Muito freqüentemente, a pergunta a<br />

ser feita é: “Se você estivesse começando a esboçar sua operação com base<br />

em uma página em branco”, como, idealmente, você projetaria sua<br />

operação para atender às necessidades do mercado?” Isso pode, então, ser<br />

usado para identificar as diferenças entre operações correntes e esse estado<br />

ideal.<br />

• Uma abordagem “baseada em lacunas”. Essa é uma abordagem muito<br />

tentada em toda a formulação de estratégia que envolve comparação do que<br />

está sendo exigido da operação pelo mercado com os níveis de desempenho<br />

que a operação está conseguindo na prática.<br />

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