PDS Diadema - Sindiplast

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Técnicas de Gestão da Produção na Indústria Transformadora de Plástico e da Borracha • Influência dos clientes nos objetivos: clientes diferentes geram pedidos de produtos diferentes – e isso acaba impactando no desenvolvimento e produção do produto, uma vez que para cada tipo de cliente existirão diferentes critérios ganhadores de pedido, critérios qualificadores e critérios menos importantes. • Influência dos concorrentes nos objetivos: a concorrência também exerce papel importante. Muitas vezes, o desempenho da concorrência estabelece critérios qualificadores para o seu produto. Por exemplo, se a grande maioria de empresas de embalagens é capaz de produzir um lote de 1.000 embalagens em 02 dias, essa passa a ser o critério esperado no mercado – não adiantando realizar o mesmo serviço em 07 dias, por exemplo, (a menos que exista outro critério qualificador, que lhe dê uma vantagem competitiva). • Influência do ciclo de vida do produto: uma maneira de generalizar o comportamento de clientes e concorrentes é associá-lo com seu ciclo de vida. A implicação importante disso para a Gestão da Produção é que os produtos e serviços exigirão estratégias de produção diferentes para cada estágio de seu ciclo de vida. o Etapa de introdução: quando um produto está nessa fase, a produção precisa de flexibilidade, pois o projeto do produto poderá mudar diversas vezes – como ele está dando os primeiros passos no mercado, as especificações podem mudar frequentemente até que se adequem ao desejo dos consumidores. o Estágio de crescimento: nesse estágio se dá a padronização dos produtos, uma vez que os concorrentes também começam a desenvolver seus próprios produtos. Nesse estágio se valoriza a rapidez, uma vez que acompanhar a demanda passa a ser a preocupação central. o Estágio de maturidade: nesse estágio a demanda se estabiliza, e fatores como redução de custo, confiabilidade e produtividade passam a ser os fatores principais. o Estágio de declínio: com o tempo, as vendas diminuirão e os concorrentes naturalmente começarão a sair do mercado. Para as empresas que resistem, pode existir um mercado residual, mas, se a capacidade no setor for superior à demanda, o mercado continuará a ser dominado concorrência em preços. Os objetivos da produção ainda serão dominados pelo custo. Perspectiva dos recursos da produção. Essa perspectiva é baseada em uma teoria influente em estratégia de empresas – a visão baseada em recursos (RBV – resource-based view) da empresa. Essa teoria sustenta que as empresas com desempenho estratégico “acima da média” terão conquistado sua vantagem competitiva sustentável devido às competências (ou capacitações) centrais de seus recursos. Isso significa que as formas como as empresas herdam, ou adquirem, ou desenvolvem seus recursos de produção será tão grande, senão maior, quanto o impacto que consegue de sua posição de mercado. • Restrições e capacidades dos recursos: as operações realizadas pela empresa estão diretamente restritas por sua capacidade de recursos. A empresa só poderá assumir a produção de um volume de produtos e processos que consiga dar conta com seus recursos (sejam eles fixos ou contratados para a operação exclusivamente). 27 Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado de São Paulo

• Recursos e processos da produção: começa com o entendimento das restrições dentro da produção, respondendo a perguntas básicas como: o que temos e o que podemos fazer? O primeiro passo é examinar os recursos de transformação e os recursos transformados – estes são as peças da construção da produção. Além disso, é preciso compreender os processos dentro da operação, inclusive em seus recursos intangíveis, como: o Seu relacionamento com fornecedores e a reputação que possui com seus consumidores; o Seus conhecimento e experiência em manusear suas tecnologias de processo; o A forma como sua equipe de funcionários trabalha junto no desenvolvimento de novos produtos ou serviços. Esses recursos intangíveis nem sempre são evidentes mas tem valor significativo nos processos. • Decisões estruturais e infra-estruturais: normalmente as estratégias de produção acabam dividindo-se em decisões que determinam a estrutura da produção, e decisões que determinam a infra-estrutura da produção. As decisões estruturais de uma operação produtiva são as que influenciam principalmente as atividades do projeto, enquanto as decisões de infraestrutura são as que influenciam a força de trabalho de uma organização, as atividades de planejamento, controle e melhoria. PROCESSO DA ESTRATÉGIA DA PRODUÇÃO As estratégias de produção que as empresas deveriam adotar são formuladas no processo de estratégia da produção. Já foram elaborados, tanto por acadêmicos como por consultores, quadros de referências próprios. Dentre eles, dois procedimentos mais conhecidos serão rapidamente descritos aqui, só para dar o gostinho de como as estratégias de produção são formuladas na prática. Metodologia Hill. A metodologia Hill é uma das primeiras formas de abordagem de estratégia de produção, especialmente em operações de manufatura. Sua estrutura é exemplificada na tabela a seguir. Passo 1 Passo 2 Passo 3 Passo 4 Passo 5 Objetivos da corporação Estratégia de marketing Com os produtos ou serviços ganham os pedidos? 28 Estratégia de ocupações Escolha do processo Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado de São Paulo Infra-estrutura - Taxas de - Mercados e - Preço. - Tecnologia de - Apoio funcional. crescimento. - Lucratividade. - Retorno sobre ativos. - Fluxo de caixa. - Alavancagem financeira. segmentos de produtos e serviços. - Gama de produtos. - Composto de especificações. - Volumes. - Padronização ou customização. - Taxa de Inovação. - Qualidade. - Velocidade de entrega. - Confiabilidade de entrega. - Gama de produtos. - Projeto de produto. - Imagem da marca/serviço de apoio. processo. - Trade-offs embutidos no processo. - Papel do inventário. - Capacidade, tamanho, momentos para incremento; localização. - Sistemas de planejamento e controle da produção. - Estrutura do trabalho. - Sistemas de pagamento. - Estrutura organizacional. (Fonte: Baseada em HILL, T. Manufacturing strategy. 2. ed. New York: Macmillan, 1993.)

Técnicas de Gestão da Produção na Indústria Transformadora de Plástico e da Borracha<br />

• Influência dos clientes nos objetivos: clientes diferentes geram pedidos<br />

de produtos diferentes – e isso acaba impactando no desenvolvimento e<br />

produção do produto, uma vez que para cada tipo de cliente existirão<br />

diferentes critérios ganhadores de pedido, critérios qualificadores e critérios<br />

menos importantes.<br />

• Influência dos concorrentes nos objetivos: a concorrência também<br />

exerce papel importante. Muitas vezes, o desempenho da concorrência<br />

estabelece critérios qualificadores para o seu produto. Por exemplo, se a<br />

grande maioria de empresas de embalagens é capaz de produzir um lote de<br />

1.000 embalagens em 02 dias, essa passa a ser o critério esperado no<br />

mercado – não adiantando realizar o mesmo serviço em 07 dias, por<br />

exemplo, (a menos que exista outro critério qualificador, que lhe dê uma<br />

vantagem competitiva).<br />

• Influência do ciclo de vida do produto: uma maneira de generalizar o<br />

comportamento de clientes e concorrentes é associá-lo com seu ciclo de<br />

vida. A implicação importante disso para a Gestão da Produção é que os<br />

produtos e serviços exigirão estratégias de produção diferentes para cada<br />

estágio de seu ciclo de vida.<br />

o Etapa de introdução: quando um produto está nessa fase, a produção<br />

precisa de flexibilidade, pois o projeto do produto poderá mudar<br />

diversas vezes – como ele está dando os primeiros passos no<br />

mercado, as especificações podem mudar frequentemente até que se<br />

adequem ao desejo dos consumidores.<br />

o Estágio de crescimento: nesse estágio se dá a padronização dos<br />

produtos, uma vez que os concorrentes também começam a<br />

desenvolver seus próprios produtos. Nesse estágio se valoriza a<br />

rapidez, uma vez que acompanhar a demanda passa a ser a<br />

preocupação central.<br />

o Estágio de maturidade: nesse estágio a demanda se estabiliza, e<br />

fatores como redução de custo, confiabilidade e produtividade<br />

passam a ser os fatores principais.<br />

o Estágio de declínio: com o tempo, as vendas diminuirão e os<br />

concorrentes naturalmente começarão a sair do mercado. Para as<br />

empresas que resistem, pode existir um mercado residual, mas, se a<br />

capacidade no setor for superior à demanda, o mercado continuará a<br />

ser dominado concorrência em preços. Os objetivos da produção<br />

ainda serão dominados pelo custo.<br />

Perspectiva dos recursos da produção.<br />

Essa perspectiva é baseada em uma teoria influente em estratégia de empresas – a<br />

visão baseada em recursos (RBV – resource-based view) da empresa. Essa teoria<br />

sustenta que as empresas com desempenho estratégico “acima da média” terão<br />

conquistado sua vantagem competitiva sustentável devido às competências (ou<br />

capacitações) centrais de seus recursos. Isso significa que as formas como as<br />

empresas herdam, ou adquirem, ou desenvolvem seus recursos de produção será<br />

tão grande, senão maior, quanto o impacto que consegue de sua posição de<br />

mercado.<br />

• Restrições e capacidades dos recursos: as operações realizadas pela<br />

empresa estão diretamente restritas por sua capacidade de recursos. A<br />

empresa só poderá assumir a produção de um volume de produtos e<br />

processos que consiga dar conta com seus recursos (sejam eles fixos ou<br />

contratados para a operação exclusivamente).<br />

27<br />

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