25.04.2013 Views

a dança do movimento hip-hop eo movimento da dança ... - Embap

a dança do movimento hip-hop eo movimento da dança ... - Embap

a dança do movimento hip-hop eo movimento da dança ... - Embap

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Existem diferenças imensas entre as técnicas <strong>da</strong>s duas escolas. Sua origem não é,<br />

simplesmente, um produto de mecanismos individuais; essas diferenças têm origem social: “de<br />

fato, a mo<strong>da</strong> <strong>do</strong> caminhar americano, graças ao cinema chegavam até nós. Era uma idéia que<br />

eu poderia generalizar. A posição <strong>do</strong>s braços, <strong>da</strong>s mãos caí<strong>da</strong>s enquanto se an<strong>da</strong>, formam<br />

uma idiossincrasia social e não simplesmente produtos de não sei que agenciamentos e<br />

mecanismos individuais, quase que inteiramente psíquicos”. 28<br />

Conforme Vaz afirma, a técnica corporal é um produto, sim, <strong>do</strong> meio social em que o<br />

indivíduo convive: se este está em um ambiente erudito, vai seguir as maneiras de trabalhar de<br />

acor<strong>do</strong> com este ambiente. O mesmo ocorre se o seu contexto é <strong>da</strong> periferia ou contesta<strong>do</strong>r.<br />

Daí as diferentes mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des <strong>do</strong> Hip-Hop.<br />

O impacto dessas diferenças nos praticantes <strong>da</strong>s mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des é deveras visível nas<br />

entrevistas. Praticantes <strong>da</strong> Nova Escola, com pouco conhecimento sobre a socie<strong>da</strong>de em que<br />

vivem, mostram-se estagna<strong>do</strong>s dentro de um processo de repetição indefini<strong>da</strong> e sem abertura<br />

para discussão. Mesmo assim, os praticantes estagna<strong>do</strong>s continuam desta maneira por opção<br />

própria. Afinal, “o corpo é o primeiro e mais natural instrumento <strong>do</strong> homem”. 29<br />

Referências<br />

ABRÃO, Ana Eliza. A per<strong>da</strong> <strong>da</strong> cultura no processo de esportivização <strong>da</strong> <strong><strong>da</strong>nça</strong>. Curitiba, 2002. 35f.<br />

Monografia (Graduação em Licenciatura em Educação Física). UFPR.<br />

AMARAL, Marina; ANDRADE, Eliane Nunes. Mais de 50.000 manos. In: Revista Caros Amigos, São<br />

Paulo, n. 3, p. 4, 2003.<br />

ASSUMPÇÃO, Andréa Cristhina Rufino. O balé clássico e a <strong><strong>da</strong>nça</strong> contemporânea na formação<br />

humana: caminhos para a emancipação. Curitiba, 2002. 39f. Monografia (Graduação em Licenciatura em<br />

Educação Física). UFPR.<br />

BOURDIEU Pierre. O poder simbólico. 6. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.<br />

MARTINS, Sérgio. Invadin<strong>do</strong> espaços. In: Revista Caros Amigos. São Paulo, n. 3, p. 9, 2003.<br />

MAUSS, Marcel. Noção de técnica corporal. In: Sociologia e antropologia, São Paulo, EDUSP, 1974, v.<br />

2.<br />

MINAYO, Maria Cecília de Souza (Org.). Pesquisa social: t<strong>eo</strong>ria, méto<strong>do</strong> e criativi<strong>da</strong>de. 13. ed.<br />

Petrópolis: Vozes, 1999.<br />

PIMENTEL, Spensy. O livro vermelho <strong>do</strong> Hip-<strong>hop</strong>. Disponível em: . Acesso em: fev. 2003.<br />

REAL HIP-HOP. “Se liga”. Disponível em: . Acesso em: fev. 2003.<br />

SOARES, Carmem Lúcia. Imagens <strong>da</strong> retidão: a ginástica e a educação <strong>do</strong> corpo. In: Educação física e<br />

ciências humanas. São Paulo: Hucitec, 2001.<br />

28 MAUSS. Op. cit., p. 214.<br />

29 MAUSS. Op. cit., p. 217.<br />

95

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!