O poeta - Revista Caminhoneiro
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revistacaminhoneiro.com.br 293
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Vinte e cinco de julho é o seu dia. Por isso, esta edição foi feita<br />
para homenagear uma classe que todos os dias merece ser<br />
reverenciada. Sendo assim, retratamos um pouquinho do cotidiano<br />
e do que vocês encontram pela frente. Entre as matérias<br />
se destacam um balanço da profissão nos tempos atuais e<br />
como enxergam o futuro, a história comovente de Renato Varela de Oliveira<br />
que sobreviveu a um grave acidente comendo somente laranja, outro caminhoneiro<br />
que contraiu a Aids e superou as dificuldades da doença e do preconceito,<br />
o caminhoneiro aposentado, Jaci Silva, que encontrou nas estradas<br />
fatos que inspiraram suas poesias e a história de Ozias Lopes de Paula que<br />
iniciou como caminhoneiro e virou empresário de sucesso.<br />
Todo caminhoneiro que se preze adora caminhões. Sendo assim, confira em<br />
nossas páginas a mais recente novidade da Sinotruk: a linha de caminhões A7.<br />
Não perca também como o mercado aceitou o pneu Michelin X<br />
Multiway da Michelin, a Continental que entrou no segmento de<br />
Reforma de Pneus, o Centro de Desenvolvimento de Produtos da Iveco e<br />
todas as seções que trazem um pouquinho de entretenimento para um<br />
profissional que tem um universo diversificado, mas que por mais difícil<br />
que seja, nunca deixou endurecer o seu lado humano. Parabéns meus<br />
amigos caminhoneiros!<br />
Boa leitura.<br />
4<br />
carta ao leitor<br />
Universo<br />
diversificado<br />
Graziela Potenza<br />
Editora<br />
revistacaminhoneiro.com.br 293<br />
www.revistacaminhoneiro.com.br<br />
CAmINHONEIRO, revista mensal dirigida a caminhoneiros, foi matriculada em 20/02/85 no 5º Registro de Títulos e Documentos<br />
de São Paulo. Ela é distribuída gratuitamente em uma rede de postos credenciados pela Tudo em Transporte Editora<br />
Ltda., CNPJ 07.052.911/0001-01 e Inscr. Estadual 149.430.506.110. As opiniões dos artigos assinados e dos entrevistados<br />
são de seus autores e não necessariamente as mesmas de CAMINHONEIRO. A elaboração de matérias redacionais não tem<br />
nenhuma vinculação com a venda de espaços publicitários. Não aceitamos matérias redacionais pagas. Informes publicitários<br />
são de responsabilidade das empresas que os veiculam, não tendo escolha de fotos, ilustrações ou definição de estilo e de texto submetidos à<br />
Redação da revista. Os anúncios são de responsabilidade das empresas anunciantes. Não temos corretores de assinaturas ou representantes<br />
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(E ASSINATURAS)<br />
Cláudio Alves de Oliveira (gerente)<br />
Janaina Samara da Conceição e Ewerton Diego dos Santos<br />
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(secretária da diretoria)<br />
ImPRESSÃO E ACABAmENTO:<br />
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REDAÇÃO, ADmINISTRAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO:<br />
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São Paulo-SP, CEP 04545-004<br />
Tel.: (11) 3049-1799<br />
Tiragem desta edição (100 mil exemplares) auditada<br />
por PricewaterhouseCoopers, cuja carta-relatório está<br />
à disposição dos interessados.<br />
Publicação Mensal - nº 293 - Julho de 2012 - Exemplar avulso = R$ 9,00<br />
Assinatura anual = R$ 90,00 - O Grupo TT também edita a revista NT.<br />
Publicação filiada à Anatec<br />
Apóia o Programa Na Mão Certa
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Índice<br />
6<br />
especial<br />
26<br />
l presente e futuro da profissão<br />
l sobreviveu comendo laranjas<br />
l vencendo a adversidade<br />
l o empresário com diesel nas veias<br />
l o caminhoneiro <strong>poeta</strong><br />
48<br />
recados<br />
Montadoras enviam mensagens<br />
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reforma<br />
Continental no segmento de Recapagem de Pneus<br />
52<br />
Gincana do caminhoneiro<br />
64<br />
54<br />
lançamento<br />
Linha de caminhões Sinotruk A7<br />
Disputa acirrada na<br />
terceira etapa
entrevista<br />
Roger Alm, da Volvo<br />
22<br />
tecnoloGia<br />
Centro de Desenvolvimento de Produtos Iveco<br />
60<br />
08<br />
10<br />
14<br />
20<br />
72<br />
74<br />
90<br />
98<br />
68<br />
rompendo o lacre<br />
Não seja um elefante de circo<br />
na mÃo certa<br />
Pontos vulneráveis<br />
UrGente<br />
Saiba o que acontece no setor<br />
correio<br />
Espaço para correspondência<br />
pneUs<br />
Michelin X Multiway<br />
beira de estrada<br />
O caminhoneiro comilão<br />
mercado<br />
Confira os preços<br />
passatempo<br />
Divirta-se com jogos<br />
fUtebol<br />
A lenda viva<br />
Valdir Joaquim de Moraes<br />
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8<br />
Rompendo o lacRe<br />
Francisco Reis<br />
Redator<br />
nÃo seja Um elefante de circo<br />
vVocê já prestou atenção em um elefante de circo? Se prestou, deve ter percebido que<br />
a corrente que o prende é infinitamente menor do que a necessária para segurá-lo. E porque<br />
ele não quebra a corrente e foge? Diz a lenda, que os elefantes são capturados logo<br />
que nascem e são acorrentados a “pesadas” correntes (para um animal recém-nascido).<br />
O elefantinho tenta fugir, tenta fugir, mas aquela corrente o impede. O tempo passa e ele, cansado de<br />
tentar fugir, se entrega à sina de ser um elefante de circo. Se tentasse quebrar a corrente quando se<br />
tornou um elefante adulto, ele se libertaria. Mas o costume de ser um elefante amarrado o levará a<br />
morrer em um picadeiro. Mas o que isso tem a ver com você?<br />
Por muitos anos, o perfil que se passou do caminhoneiro era o de um homem gordo, tão barrigudo<br />
que não conseguia fechar a camisa. Que dirigia de bermuda surrada e folgada, de chinelo ou descalço,<br />
com o inseparável palito de dente no canto da boca. Além disso, passava-se a ideia de que ele era<br />
semianalfabeto, mal educado, não sabia o que fazer com o pouco dinheiro que ganhava.<br />
Eu vi alguns desses caminhoneiros, mas há muitos anos. Eram como o elefantinho, aceitavam o que<br />
os outros falavam sobre como deveriam ser e levavam a vidinha no “picadeiro das estradas”.<br />
Hoje não, a maioria dos caminhoneiros mudou, sabe o que é melhor para eles, procuram se informar<br />
sobre as novas tecnologias e, o mais importante, mudaram o comportamento, o posicionamento em<br />
sua atividade.<br />
Alguém que transporta 70% de tudo que circula no Brasil, não pode ser tratado como um “elefante<br />
de circo” que só recebe ordens. Deve e merece ser respeitado como um profissional. Se um piloto<br />
de avião falha, dezenas de pessoas morrem. Se um comandante de navio falha, centenas de pessoas<br />
morrem. Se um caminhoneiro falha, pode matar muito mais, dependendo da carga que transporta.<br />
Por que todos respeitam um piloto e um comandante e não respeitam um caminhoneiro? Só por que<br />
caminhoneiro não usa camisa branca e chapéu azul?<br />
Não, não é só por isso. Os outros dois profissionais sabem se impor, não aceitam fazer o que não<br />
for correto. Já pensou um piloto de avião “rebitado”? Ou um comandante de navio comandando sob o<br />
efeito de cocaína?<br />
Estes profissionais se valorizam, como os caminhoneiros devem fazer. Festas, homenagens e brindes,<br />
tudo isso é muito bom para o caminhoneiro, mas dinheiro na conta é melhor. Entrar em um posto<br />
e encontrar banheiros decentes, chuveiros quentes e em quantidade e uma comida boa a um preço<br />
justo é melhor. Chegar ao destinatário da carga e descarregar sem perda de tempo é tudo de bom.<br />
Mas isto não se ganha, se conquista. Afinal, até hoje o elefante é amarrado por uma fina corrente.<br />
“Quebre as correntes” que insistem em transformá-lo em um “profissional de segunda classe” e vá<br />
em busca de um futuro melhor. Um futuro onde você olhe o dono da empresa, o presidente do País,<br />
de igual para igual. Você é igual. Um futuro onde seu tempo seja remunerado, onde você não precise<br />
implorar para fazer suas necessidades com dignidade. Seja um elefante com grandes ideias, grandes<br />
atitudes, grande respeito ao seu próximo e a você mesmo. Não faça nada que contrarie seus princípios<br />
ou coloque a vida de pessoas em perigo. Você pode, só precisa tentar. Quem enfrenta os perigos das<br />
estradas brasileiras todos os dias, pode quebrar qualquer corrente que tente lhe sufocar.<br />
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Chegou o Portal VISA CARGO.<br />
Só quem tem Visa Cargo não perde nenhuma viagem.<br />
E deixa a família sempre bem acompanhada.<br />
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viajar com o caminhão vazio.<br />
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para quem vive<br />
na estrada.<br />
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10<br />
aperte o play<br />
comboio<br />
Descrição<br />
Duração: 104 minutos<br />
Gênero: Ação<br />
Direção: Sam Peckinpah<br />
Ano: 1978<br />
País de origem: EUA<br />
elenco<br />
Kris Kristofferson<br />
Ali MacGraw<br />
Ernest Borgnine<br />
Burt Young<br />
Madge Sinclair<br />
Franklyn Ajaye<br />
cUriosidade<br />
sinopse<br />
Rubber Duck (Kris Kristofferson)<br />
é um conhecido<br />
caminhoneiro que, foi<br />
roubado e se mete em<br />
uma briga com o xerife<br />
Lyle (Ernest Borgnine).<br />
Rubber convoca pelo rádio<br />
um grande comboio<br />
de caminhões, que com<br />
toda a sua força, segue<br />
do Arizona (EUA) para o<br />
México, a fim de ajudá-<br />
-lo contra o xerife Lyle e<br />
seus policiais corruptos.<br />
No trajeto são abordados<br />
temas do cotidiano de<br />
quem vive na estrada e o<br />
lugar do caminhoneiro na<br />
sociedade.<br />
“Innotruck” o incrível truck do futuro<br />
O InnoTruck é um caminhão com visual<br />
futurista, com uma cabine que mais<br />
lembra a de um avião.<br />
Outras curiosidades estão no site:<br />
www.cowboysdoasfalto.com.br<br />
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fiqUe atento<br />
aos pontos<br />
vUlneráveis<br />
Mapear os pontos vulneráveis à exploração sexual de<br />
crianças e adolescentes (ESCA) nas rodovias brasileiras é<br />
de suma importância para incentivar a criação de políticas<br />
públicas, campanhas e projetos de prevenção. Esse é o objetivo<br />
do Projeto Mapear, programa continuado da Polícia<br />
Rodoviária Federal em parceria com a Childhood Brasil, a<br />
Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República<br />
e a Organização Internacional do Trabalho (OIT).<br />
No mapeamento realizado no biênio 2011-2012, foram<br />
identificados 1.776 pontos vulneráveis nas rodovias federais<br />
do País. Destes, 1.171 pontos figuram como críticos<br />
e de alto risco de vulnerabilidade. Ainda que esse<br />
número seja alto, 231 pontos identificados no levantamento<br />
anterior, realizado em 2009-2010, deixaram de<br />
fazer parte dessa classificação mais preocupante. O<br />
novo estudo também mostra a predominância de pontos<br />
críticos e de alto risco em todas as regiões do País.<br />
Juntos, eles constituem 65,9% do total dos pontos mapeados,<br />
sendo os pontos críticos a maioria (38,9%) e,<br />
portanto, merecedores de atenção especial.<br />
A região Centro-Oeste é a que apresenta o maior número<br />
absoluto de pontos vulneráveis (398), seguida pela região<br />
Nordeste (371), pela Sudeste (358), pela Norte (333) e pela<br />
Sul (316). No entanto, é a região Norte que possui a maior<br />
densidade de pontos vulneráveis por quilômetro (1 a cada<br />
17,99 km), seguida pelo Centro-Oeste (1 ponto a cada<br />
23,99 km), Sul (1 ponto a cada 33,47 km), Sudeste (1 ponto<br />
a cada 38,33 km) e Nordeste (1 ponto a cada 48,77 km).<br />
Um importante desdobramento do Projeto Mapear são<br />
as ações policiais coercitivas em pontos considerados<br />
vulneráveis, com a finalidade de resgatar crianças e adolescentes<br />
e responsabilizar os exploradores. Só no biênio<br />
2010-2011, a Polícia Rodoviária Federal retirou mais de<br />
mil crianças e adolescentes da condição de exploração,<br />
encaminhando-os aos Conselhos Tutelares. Desde 2005,<br />
por meio desse trabalho, um total de 3.251 crianças e adolescentes<br />
foram resgatados de situação de risco.<br />
Se você, caminhoneiro, identificar ou suspeitar de um local<br />
onde ocorra a exploração sexual de crianças e adolescentes,<br />
ligue 100 e denuncie.<br />
Saiba mais em www.namaocerta.org.br.<br />
Para falar com o Programa Na mão Certa, envie um<br />
e-mail para agente@namaocerta.org.br ou escreva para a<br />
Caixa Postal 11.263 - CEP 05422-970 – São Paulo – SP.
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14<br />
Pneus para caminhões<br />
A Titan Pneus do Brasil comunica a ampliação da sua participação<br />
no mercado nacional. Em junho, a empresa fechou mais um<br />
acordo com a Goodyear que permite a produção e a comercialização<br />
da linha de pneus diagonais para caminhões e camionetas<br />
com a marca Goodyear.<br />
Segundo Walter Chiosini, diretor de Controladoria, esse novo<br />
negócio amplia a atuação da empresa no mercado nacional,<br />
fortalecendo os resultados da operação no Brasil, e ainda possibilita<br />
um avanço no mercado regional. “Com essa aquisição,<br />
poderemos produzir, distribuir e vender a linha de pneus diagonais<br />
para caminhões e camionetas para os mercados brasileiro,<br />
paraguaio, uruguaio, boliviano e mexicano, o qual representa um<br />
faturamento na ordem de R$ 300 milhões por ano. O restante<br />
da América Latina continuará sendo atendido pela Goodyear.”<br />
A grande procura pelos produtos para caminhões e camionetas<br />
foi a motivação da Titan Pneus para investir no segmento,<br />
além do reconhecimento da qualidade e durabilidade dos pneus<br />
como o Papaléguas G8 (PLG8) e a linha Conquistador, ambos<br />
parte do acordo.<br />
O processo de transição já esta concretizado, o que garante a<br />
continuidade do negócio por meio da incorporação dos estoques<br />
pela Titan Pneus, sequência dos níveis de produção e manutenção<br />
da rede de revendedores. “Nossa estratégia é manter<br />
a oferta de produtos, da reconhecida qualidade e dos preços<br />
competitivos. Este é o melhor caminho para incrementarmos<br />
o volume de vendas e aumentar a participação da empresa no<br />
mercado”, ressalta Walter Chiosini.<br />
Boas vendas dos Scania<br />
A Scania mostra sua força nos emplacamentos de veí culos Euro<br />
5 com o registro de 2.475 unidades e a conquista do primeiro<br />
lugar na categoria acima de 45 toneladas de CMT (Capacidade<br />
Máxima de Tração). O volume representa quase 40% do total de<br />
6.402 unidades Euro 5 emplacadas pelo mercado no Registro<br />
Nacional de Veí culos Automotores (Renavam).<br />
“Sem dúvida, garantir a liderança nos emplacamentos Euro 5<br />
nos primeiros seis meses do ano demonstra o quanto a Scania<br />
está à frente dos concorrentes”, diz Roberto Leoncini, diretor<br />
Geral da Scania do Brasil. “É mais uma prova de que nossos<br />
clientes estão reconhecendo a parceria da marca neste momento<br />
de transição para a nova legislação de emissões.”<br />
Além disso, o R440 foi o caminhão pesado Euro 5 com maior<br />
número de emplacamentos do semestre, com 1.150 unidades.<br />
O modelo possui 440 cv de potência, configurações 4x2, 6x2<br />
e 6x4 e desenvolve torque de 2.300 Nm, o maior em sua faixa<br />
de atuação. “Ele é o pesado mais econômico do mercado”,<br />
completa Leoncini.<br />
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Cadastrando-se no nosso site, você passa a receber no conforto<br />
do seu escritório (via e-mail), a nossa newsletter com<br />
as notícias mais importantes do segmento de Transporte de<br />
cargas. Ta esperando o quê?<br />
Destaque do mês<br />
A ANP (Agência Nacional de Petróleo) definiu as novas cores<br />
para o diesel S 500 e S 1800. A medida, que visa dificultar<br />
fraudes, passou a valer a partir de 1º de julho. A Agência<br />
lembra que é direito do consumidor pedir que o posto retire<br />
uma amostra do combustível em proveta de vidro, para expor<br />
a cor do diesel. Acesse o site e leia a notícia completa!<br />
Feiras<br />
Na seção Eventos do site da revista <strong>Caminhoneiro</strong> você<br />
encontra todas as datas e locais das feiras de negócios<br />
voltadas para o estradeiro, bem como as informações<br />
das etapas que ainda serão disputadas da 24ª Gincana<br />
do <strong>Caminhoneiro</strong> neste ano de 2012.<br />
Carga Rápida
SHELL RIMULA QUER<br />
PARABENIZÁ-LO PELO<br />
DIA DO MOTORISTA.<br />
Shell Rimula, que trabalha pesado com você o ano inteiro, quer parabenizá-lo<br />
pelo seu dia – 25 de julho. Para nós, é um orgulho estar com você nas<br />
estradas hoje e todos os dias.<br />
TRABALHA TÃO PESADO QUANTO VOCÊ.<br />
Shell Rimula<br />
O descarte inadequado da embalagem e do óleo usado pode gerar resíduos sólidos e poluir a água e o solo.<br />
Entregue-os em um posto de serviço ou ponto de coleta autorizado. Esta ação ajuda a proteger o meio ambiente.<br />
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16<br />
monitorar todos os detalhes<br />
Os equipamentos Kaxa Preta são aparelhos portáteis que<br />
podem ser instalados discretamente em cada veículo,<br />
permitindo a captação de imagem e som tanto da parte<br />
interna quanto da externa. Segundo Marcelo Crovador,<br />
diretor da empresa Kaxa Preta, é a melhor forma de assegurar<br />
a eficiência e de coibir roubo, fraude, acidentes e<br />
outras ocorrências que comprometam a segurança e os<br />
ganhos. Podem ser instaladas de uma a quatro câmeras<br />
e serem expostas ou mesmo camufladas, no caso de não<br />
se desejar que sejam identificadas por terceiros. Dessa<br />
maneira é possível a comprovação de fraudes, furtos ou<br />
mesmo esquemas de assaltos orquestrados com a conivência<br />
de alguém próximo. O poder de ação do departamento<br />
de logística se torna imediato, já que a percepção<br />
de situações que saiam da rotina do transporte podem<br />
acarretar um corte imediato de combustível à distância<br />
ou o acionamento da autoridade policial.<br />
Entre as vantagens estão a maior segurança ao motorista<br />
e passageiros, pois o equipamento monitora o<br />
comportamento dentro do veículo e flagra eventuais<br />
irregularidades, permitindo também um acompanhamento<br />
de rotinas, cumprimento de horários e regras<br />
profissionais, como o uso adequado do uniforme, por<br />
exemplo. O veículo passa também a possuir ambiente<br />
wi-fi, o que confere muito mais conforto e comodidade<br />
aos passageiros, que poderão ligar seus tabletes, notebooks<br />
ou celulares e web durante a viagem.<br />
Com o Kaxa Preta on line, você não apenas grava imagem<br />
e áudio dos veículos de sua frota, mas também<br />
pode visualizar todas as câmeras a qualquer momento,<br />
“ao vivo” via 3G, seja em sua empresa ou residência.<br />
Para mais informações, entre em contato via e-mail<br />
marcelo@kaxapreta.com.<br />
revistacaminhoneiro.com.br 293<br />
Telemetria é uma tendência<br />
A Pósitron, marca da<br />
PST Electronics, líder<br />
em segurança automotiva<br />
e referência<br />
em serviços de rastreamento,<br />
telemetria<br />
e produtos de som<br />
e imagem, torna-se<br />
a primeira empresa<br />
completa do mercado<br />
a oferecer monitoramento, rastreamento e telemetria, sendo<br />
responsável desde o projeto do hardware e firmware, até a<br />
prestação do serviço para o cliente final. A empresa apresenta<br />
seu conjunto de soluções em telemetria, que monitoram o<br />
desempenho do veículo e a forma de condução do motorista.<br />
A Telemetria Pósitron disponibiliza inúmeras vantagens às<br />
empresas de transporte. A solução detecta possíveis falhas<br />
no veículo e aprimora o processo de gestão de frota, além de<br />
maximizar os resultados dos clientes.<br />
“A telemetria é uma das grandes tendências do segmento.<br />
Como uma das principais referências no setor, a Pósitron<br />
elencou diversos pontos sobre os desafios do mercado nacional<br />
de transporte de cargas, como monitoramento de eventos<br />
de risco de acidentes; capacitação e retenção dos motoristas;<br />
sequestros, roubos e furtos de veículos e cargas. Para superar<br />
esses desafios e otimizar as operações logísticas, a Pósitron<br />
apresenta suas soluções ao mercado, atendendo às necessidades<br />
de cada cadeia do segmento”, afirma José Tabone<br />
Júnior, gerente Comercial da unidade de Rastreamento e Monitoração<br />
da Pósitron.<br />
Por meio da telemetria são gerados relatórios que compilam<br />
informações diárias em aplicações como logística, medição<br />
do desempenho dos motoristas, redução de acidentes, sustentabilidade<br />
e segurança da carga.<br />
Para a área da logística, é possível utilizar a solução para a<br />
otimização da frota e rota, acompanhamento do desempenho<br />
dos veículos, redução das paradas para manutenções e nos<br />
custos relacionados a desgaste de peças.<br />
Já para o acompanhamento dos condutores, a telemetria faz<br />
o controle do desempenho sobre a jornada de trabalho, inclusive<br />
das paradas para refeições e descanso. Com essas<br />
informações, as empresas podem estabelecem um ranking<br />
de pontuação e, assim, capacitar os profissionais, conceder<br />
premiações e reconhecimentos aos melhores motoristas.<br />
Os benefícios do serviço também podem auxiliar no trabalho<br />
preventivo na redução de acidentes, focado nos principais<br />
agravantes, como excesso de velocidade, acelerações e frenagens<br />
bruscas.
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18<br />
Volvo. carregando a grandeza e a cultura do Brasil.<br />
A Volvo é patrocinadora do filme À Beira do Caminho. Uma história emocionante<br />
que destaca dois astros brasileiros: o caminhoneiro e o Volvo VM.<br />
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- Sugestão<br />
Prezados, tive conhecimento<br />
da revista <strong>Caminhoneiro</strong>.<br />
Escrevo esta mensagem para<br />
parabenizá-los pela qualidade<br />
das reportagens e também<br />
para dar uma sugestão.<br />
Sou professora universitária e<br />
mulher de caminhoneiro. Até<br />
hoje sofro preconceitos por<br />
ser mulher de um caminhoneiro.<br />
Acredito que isso se<br />
deva ao fato da forma errônea<br />
e deturpada como essa<br />
belíssima e digna profissão é<br />
abordada. Sendo assim, sugiro<br />
uma reportagem sobre os<br />
preconceitos e a vida da mulher<br />
do caminhoneiro. As angústias,<br />
a solidão, os amores,<br />
etc. Aproveito a oportunidade<br />
para solicitar o endereço<br />
de uma associação cujo nome<br />
é ABA, localizada no estado<br />
do Paraná.<br />
Patricia Monteiro<br />
pdsmonteiro@hotmail.com<br />
Inicialmente agradecemos<br />
o elogio e a sugestão de matéria,<br />
afinal, precisamos acabar<br />
com esse preconceito que<br />
envolve a mulher de caminhoneiro.<br />
Quanto ao endereço<br />
da Associação Beltronense<br />
de Autônomos (ABA) é o seguinte:<br />
av. Luiz Antonio Faedo,<br />
2.200, anexo ao Posto<br />
Toscan, Bairro Industrial, Francisco<br />
Beltrão, PR. Telefone.:<br />
(46) 3527-1624.<br />
20<br />
8 Cara metade<br />
Gostaria de encontrar alguém<br />
que fosse companheira,<br />
amável e fiel para relacionamento.<br />
As interessadas devem<br />
ter entre 40 e 50 anos de<br />
idade e residirem em Ribeirão<br />
Preto, SP. Meus telefones: (16)<br />
3969-5757 e (16) 9739-4862.<br />
Claudionor F. S.<br />
Ribeirão Preto – SP<br />
- Pedido<br />
Enviei duas fotos para serem<br />
publicadas na revista <strong>Caminhoneiro</strong>.<br />
A primeira é da minha avó<br />
Cleusa Valadares, de Paracatu,<br />
MG e a segunda é do meu<br />
primo Eduardo, da Chapada<br />
Gaúcha, MG.<br />
Priscila Valadares<br />
pryscilla16@hotmail.com<br />
revistacaminhoneiro.com.br 293<br />
- Relíquias<br />
Por favor, publiquem as fotos<br />
desses automóveis na seção Correio.<br />
Elas foram tiradas no dia<br />
18/06/2012 no próprio local onde<br />
se encontram em exposição,<br />
à beira da pista, no posto de fiscalização<br />
da Polícia Rodoviária<br />
Federal na rodovia BR-050, km<br />
195, Uberaba, MG. O inspetor<br />
responsável é José Willian, que<br />
também é o presidente do Clube<br />
dos Carros Antigos da cidade<br />
de Uberaba.<br />
Alberto Diogo giusti<br />
Uberaba - MG<br />
- Quebra-molas<br />
Gostaria que registrassem a<br />
minha indignação referente à<br />
BR-316, dentro do Maranhão.<br />
No lugar de tamparem os buracos<br />
estão construindo quebra-<br />
-molas. Em cada lugar chega<br />
a ter dois, três quebra-molas.<br />
Isso deixa a gente à mercê de<br />
ladrões não de cargas, mas de<br />
furtos do nosso dinheiro e pertences<br />
pessoais. Está demais.<br />
Isabel Arrais<br />
Belém – PA<br />
- Quebra-molas II<br />
Chamados quebra-molas em<br />
algumas rodovias federais como<br />
em Cascavel passando por Capitão<br />
Leonidas Marques, Realeza,<br />
Francisco Beltrão, Marmeleiro,<br />
Renascença, Pato Branco,<br />
Clevelândia até o trevo da divisa<br />
de Santa Catarina, onde vai para<br />
Abelardo Luz em Santa Cata-<br />
rina. Isso é um absurdo. O trânsito<br />
fica lento. Além do desgaste<br />
físico para o motorista, ocorre o<br />
desgaste no caminhão. Que sejam<br />
substituídos por lombadas<br />
eletrônicas. Por favor, autoridades<br />
competentes nos ajudem.<br />
Ovídio Vieira da Silva<br />
Cascavel - PR<br />
- Aposentadoria<br />
Eu queria saber sobre uma<br />
reportagem que em um trecho<br />
fala sobre a aposentadoria<br />
de motorista ser de 25<br />
de trabalho. Obrigado.<br />
Vera Vizoni<br />
São Manuel – SP<br />
Ainda não existe nada concreto<br />
como foi informado na reportagem.<br />
Somente são reivindicações<br />
da categoria.<br />
- Homenagem<br />
Estava pensando em uma forma<br />
de dizer ao meu marido Jhonny<br />
o quanto tenho orgulho de ser<br />
casada com um caminhoneiro.<br />
Sei que sem vocês o mundo para.<br />
Só tenho que lhe falar: eu te<br />
amo e estarei sempre ao seu lado!<br />
Obrigado amor. Que Deus<br />
proteja a todos os caminhoneiros<br />
e suas famílias. Que a saudade<br />
é grande, o dinheiro é pouco<br />
e o cansaço imenso, mas o<br />
amor pela profissão supera tudo<br />
isso. Parabéns a todos!<br />
Camila mallioco<br />
Itapevi – SP
293 revistacaminhoneiro.com.br 21
22<br />
enTReVISTa<br />
Excelência<br />
Volvo<br />
Roger Alm, presidente de Marketing e Vendas de<br />
Caminhões do Grupo Volvo na América Latina, fala<br />
dos caminhões da marca e como a empresa se<br />
relaciona com os caminhoneiros.<br />
revistacaminhoneiro.com.br 293<br />
Texto: Graziela Potenza<br />
Foto: Divulgação
“Eu sou fascinado pelos equipamentos que proporcionam maior<br />
produtividade e segurança para o transportador e o caminhoneiro.”<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Caminhoneiro</strong> - Como está sendo a aceitação<br />
do mercado pela nova geração de caminhões Vm?<br />
Roger Alm - O VM vem conquistando popularidade entre<br />
transportadores e motoristas de caminhão. Eles estão mais<br />
do que satisfeitos com nosso caminhão. O VM é conhecido<br />
entre os motoristas pelo excelente conforto de sua cabine. A<br />
cabine conta com um novo painel de instrumentos, ergonomicamente<br />
mais moderno e avançado, com todos os comandos<br />
ao alcance das mãos. O VM vem também equipado com<br />
computador de bordo. No display do computador localizado no<br />
painel, o motorista tem acesso a muitas informações, como o<br />
consumo do veículo. Aprimorado interna e externamente, o<br />
VM também oferece novas opções de potência. Atualmente,<br />
os motores Euro V estão disponíveis nas seguintes opções de<br />
potência: 220 cv, 270 cv e 330 cv, que promovem maior eficiência<br />
e produtividade. Também oferecemos opções de caixa<br />
de câmbio e eixos traseiros para atender a todas as necessidades,<br />
seja para operações de médias e longas distâncias,<br />
seja para uso misto urbano, com caçamba, transporte de lixo,<br />
mixer e guindaste, além do uso em operação rodoviária.<br />
<strong>Caminhoneiro</strong> - A transmissão I-Shift está presente<br />
nos caminhões da linha F. Como o mercado está reagindo<br />
a esta novidade?<br />
Alm - Mais de 80% dos caminhões da linha F saem de fábrica<br />
equipados com caixa I-Shift. Nossa caixa de câmbio é<br />
um sucesso absoluto, justamente por causa dos benefícios<br />
que proporciona: maior conforto e segurança para o motorista,<br />
baixo consumo de combustível e menos manutenção,<br />
além de diminuir o custo operacional do transportador.<br />
<strong>Caminhoneiro</strong> - Como é o relacionamento entre a Volvo e<br />
os motoristas de caminhão?<br />
Alm - Nós temos várias ações de relacionamento. Uma delas<br />
é a Caravana Fest Drive, em que vamos a campo, nos locais frequentados<br />
por motoristas, e promovemos test drive com os nossos<br />
caminhões, tiramos dúvidas, ouvimos a opinião dos caminhoneiros<br />
e oferecemos treinamentos de direção econômica e defensiva.<br />
Nós também oferecemos aos clientes e motoristas a opção<br />
de retirarem os seus caminhões novos diretamente na fábrica,<br />
no CEV, o Centro de Entrega Volvo. Por mês, recebemos mais de<br />
400 caminhoneiros. Eles passam o dia todo na fábrica, recebem<br />
um treinamento técnico sobre o veículo, dicas de direção econômica<br />
e segura, conversam com especialistas e conhecem a linha<br />
de produção. E, uma vez por ano, eu também vou para a estrada<br />
para vivenciar a realidade do caminhoneiro. São dois dias de viagens<br />
visitando postos escolhidos e converso com os motoristas.<br />
Este ano, por exemplo, viajei de Rondonópolis a Cuiabá, no estado<br />
do Mato Grosso, a bordo de um caminhão FH 540. No ano passado,<br />
viajei de Goiânia a Itumbiara. Gosto muito dessas viagens.<br />
São uma oportunidade única para conhecer os caminhoneiros.<br />
<strong>Caminhoneiro</strong> - Que ações estão sendo realizadas pela<br />
Volvo para aumentar as vendas de caminhões Euro 5?<br />
Alm - Em conjunto com nossa rede de concessionárias,<br />
estamos promovendo test drive de caminhões Euro 5, dentro<br />
da Caravana Fest Drive, para informar e tirar dúvidas sobre<br />
a nova tecnologia. Também estamos com uma campanha<br />
em revistas e na TV que reforça os atributos dos nossos<br />
veículos, como a alta produtividade, o desempenho, a<br />
economia e a segurança.<br />
<strong>Caminhoneiro</strong> - O grupo Volvo inaugurou novas instalações<br />
na cidade de Lima, Peru, que funcionarão para<br />
as marcas Volvo, mack Trucks & UD e como centro<br />
de pós-venda. Há alguma chance destas marcas virem<br />
para o Brasil também?<br />
Alm - Desde janeiro, a sede da empresa no Brasil é responsável<br />
por todas as marcas de caminhões do Grupo Volvo<br />
na América Latina. Em curto prazo, não há intenção de<br />
comercializar as marcas Mack, Renault Trucks e UD no Brasil.<br />
A comercialização destas marcas no País vai depender<br />
de estudos de viabilidade e da demanda.<br />
<strong>Caminhoneiro</strong> - No momento, em termos de caminhões,<br />
qual a tecnologia mais fascinante e por quê?<br />
Alm - Eu sou fascinado pelos equipamentos que proporcionam<br />
maior produtividade e segurança para o transportador<br />
e o caminhoneiro. A caixa I-Shift é um grande exemplo<br />
disso. Assim como o freio motor, um dispositivo que garante<br />
mais segurança e também economia de combustível.<br />
Me atrai muito também as tecnologias de segurança ativa,<br />
como o ESP, o chamado Controle Eletrônico de Estabilidade,<br />
que reduz significativamente o risco de capotamento em<br />
curvas e pistas escorregadias.<br />
<strong>Caminhoneiro</strong> – Na sua opinião, o que é um pós-venda<br />
eficiente?<br />
Alm - Um pós-venda eficiente inicia no projeto do caminhão.<br />
Os caminhões da Volvo são projetados para ter alta<br />
disponibilidade. O pós-venda é essencial para manter essa<br />
disponibilidade e a produtividade do veículo. Para isso é preciso<br />
ter uma rede de concessionárias forte e consolidada,<br />
que ofereça produtos e serviços para prevenção de paradas<br />
inesperadas, como os programas de manutenção; uma resposta<br />
rápida, com mecânicos treinados para fazer diagnósticos<br />
precisos; e disponibilidade de peças para garantir que<br />
o caminhão fique o maior tempo possível rodando. Um serviço<br />
de gestão de frotas também oferece dados que permitem<br />
ao transportador ter mais controle sobre os seus veículos<br />
e aumentar a rentabilidade dos negócios. Ou seja, é necessário<br />
um atendimento de primeira qualidade, que garanta<br />
que o caminhão rode com sua máxima produtividade. s<br />
293 revistacaminhoneiro.com.br 23
24<br />
revistacaminhoneiro.com.br 293
293 revistacaminhoneiro.com.br 25
26<br />
cateGoria em<br />
extinçÃo<br />
revistacaminhoneiro.com.br 293<br />
especial<br />
Texto: Francisco Reis l Fotos: Roberto Silva l Arte: Julio Kniss<br />
faltam carGas, estradas em boas<br />
condições, frete com preço jUsto,<br />
locais para descansar, informaçÃo<br />
e respeito. sobram mUltas,<br />
restrições e desesperança.<br />
continUar está difÍcil.
A<br />
profissão de caminhoneiro é muito<br />
antiga. Porém, corre o risco de<br />
acabar. E não se trata de ser negativista.<br />
É uma constatação feita em<br />
conversas com profissionais que esperavam<br />
“uma migalha”, também conhecida<br />
como frete, no Terminal de Cargas<br />
Fernão Dias, em São Paulo.<br />
A falta de infraestrutura não é coisa de<br />
agora. Arlan Costa de Oliveira, 41 anos<br />
de idade e 20 de caminhoneiro, lembra<br />
que há 20 anos já enfrentava esse mesmo<br />
problema. “Não havia estrada adequada,<br />
as viagens demoravam o dobro<br />
do tempo, não tinha rodovias duplicadas<br />
e em muitos trechos, nem asfalto”, lembra<br />
Oliveira, que hoje tem seu próprio<br />
caminhão, um Mercedes-Benz 1113, 1971,<br />
com o qual transporta carga seca de Presidente<br />
Prudente, SP, para diversas regiões<br />
do Brasil. “A vantagem é que naquela<br />
época não havia pedágios”.<br />
Gilson Antonio Alves da Rocha Júnior,<br />
34 anos de idade e dez de caminhoneiro,<br />
proprietário de um Mercedes-Benz<br />
1933, ano 97, também se lembra da precariedade<br />
das estradas e da falta de<br />
segurança.<br />
Para Carlos Martins, 54 anos de idade<br />
e 15 de profissão, morador de Mirandópolis,<br />
SP, e proprietário de um Scania<br />
113, ano 1992, tão ruim quanto às estradas,<br />
era a tecnologia dos caminhões.<br />
“Quando comecei, a tecnologia do caminhão<br />
era atrasada, não tinha turbina,<br />
não tinha potência”, diz Martins. “Eram<br />
caminhões grandes, com 130 cv, o que<br />
fazia demorar muito tempo nas viagens.<br />
Não tinha balança e todo mundo andava<br />
com excesso”.<br />
Ederivaldo Florentino do Egito, de 42<br />
anos de idade, lembra-se de que quando<br />
começou, há dez anos, a situação não<br />
era tão diferente. “Quando eu comecei,<br />
o pior eram os fretes”, recorda Egito, que<br />
mora em Santa Terezinha, próximo a Caruaru,<br />
PE, e possui um caminhão VW<br />
16.200, trucado, com carroceria aberta<br />
o que possibilita carregar várias coisas,<br />
alimentos e máquinas por exemplo.<br />
“Agora está ficando pior. De 2010 até hoje,<br />
o valor do frete está ficando cada vez<br />
pior”.<br />
Mas nem todos os problemas antigos<br />
eram de difícil solução. Nário Luiz Szinwelski,<br />
de 38 anos de idade, há 20 anos enfrentava<br />
um problema interessante.<br />
“Quando chegava a São Paulo, vindo de<br />
Curitiba, PR, a minha maior dificuldade<br />
era me localizar na capital, encontrar os<br />
endereços das ruas”, diz sorrindo Szinwelski.<br />
“Naquele tempo não tinha GPS”.<br />
problemas atUais<br />
Alguns dos problemas enfrentados há<br />
anos pelos caminhoneiros persistem até<br />
hoje. Ildo Monteiro da Rocha, de 49 anos<br />
e 21 de caminhoneiro, morador em Torres,<br />
RS, e proprietário de um Scania 113,<br />
ano 1994, afirma que o problema de hoje,<br />
é o mesmo de há dez anos, ou seja,<br />
falta de infraestrutura. “O frete para autônomo<br />
é colocado na transportadora<br />
que abaixa o valor”, explica Rocha. “Não<br />
tem uma tarifa base que o autônomo possa<br />
ganhar. Hoje o maior problema é a falta<br />
de carga. A indústria pensou em parar,<br />
acaba a carga. Só se cobra o pedágio,<br />
mas ninguém pensa em colocar uma<br />
293 292 revistacaminhoneiro.com.br 27
Arlan Costa de Oliveira.<br />
dia de R$ 2,00, o que corresponde a R$<br />
2.000,00 de diesel. Vai sobrar o que para<br />
o caminhoneiro? E mesmo assim tem<br />
gente que vai”.<br />
O caminhoneiro atribui os baixos valores<br />
à falta de união da categoria. “Se<br />
nossa categoria fosse unida para estabelecer<br />
valores mínimos de frete, poderíamos<br />
ter algo melhor. Mas isso não acontece”,<br />
lamenta Egito. “O pessoal que transporta<br />
combustível, e os cegonheiros conseguem<br />
fretes melhores porque os sindicatos<br />
deles são fortes. Eles não se chamam<br />
de caminhoneiros, são cegonheiros,<br />
tanqueiros, porque têm sindicatos<br />
fortes. Se o sindicato falar que ninguém<br />
vai, ninguém vai. Tem frete bom, organização<br />
boa”.<br />
Além da falta de carga, de união entre<br />
Carlos Martins.<br />
área de descanso, para que possamos os caminhoneiros, existem ainda os agen- aferição de todos os tacógrafos e eu não<br />
parar em segurança e conforto”. ciadores que, segundo ele, além de sem- sei nada sobre o assunto. Depois apare-<br />
Ildo Rocha reclama que foi estabelepre falarem que tem muito caminhão (o ceu a lei da colocação de informação do<br />
cida uma lei que obriga os caminhonei- que derruba o frete), também cobram número da placa e local do caminhão<br />
ros a pararem para descanso, mas não 10% de comissão.<br />
atrás, na carroceria já foi abolida. E isso<br />
providenciaram um local seguro e com Arlan de Oliveira acha que a falta de in- é ruim, atrapalha o desempenho da fun-<br />
infraestrutura para acolhê-los. “Aqui no formação para as mudanças que ocorção. Às vezes você está trabalhando, con-<br />
Terminal Fernão Dias precisamos pagar rem geralmente no final do ano também tribuindo com o bem do País, mas não<br />
R$ 40,00 para deixar o caminhão na rua, prejudica o dia a dia do caminhoneiro. sabe se está dentro ou fora da legisla-<br />
sem segurança”, diz o caminhoneiro. “Pa- “Todo fim de ano alguém sempre acha ção. Falta informação para os caminhora<br />
que ficar parado 12 horas se o cami- de inventar alguma coisa nova, uma lei, neiros”, lamenta Oliveira que vê nas renhoneiro<br />
está em trânsito, em viagem. uma norma e essas normas não chegam vistas especializadas como a Caminho-<br />
O caminhoneiro que trabalha em cima ao caminhoneiro que acaba sendo autuneiro, um meio mais eficiente de se<br />
de comissão irá perder, pois não podeado por algo que ele não conhece”, afir- informar.<br />
rá mais trabalhar como trabalhava. Em ma Oliveira. “A maioria dos caminhonei- Para ele, ninguém consegue construir<br />
uma viagem de 4.000 km esse descanros é desinformada. Apareceu a lei da uma casa se não tiver uma base, um bom<br />
so de 30 minutos em cada quatro horas<br />
alicerce. E para isso, seria necessária<br />
é desnecessário e improdutivo. Vai fa-<br />
uma mudança no setor, teria que mexer<br />
zer o que nesse tempo parado?”, pergun-<br />
na base. “Sou a favor da lei da jornada de<br />
ta Rocha. “Vão virar alcoólatras. Já gos-<br />
trabalho, desde que não prejudique nintam<br />
de tomar uma cervejinha, sendo obriguém”,<br />
afirma Oliveira. “Mas a infraesgado<br />
a ficar parado”, diz sorrindo.<br />
trutura que temos não se adequa à lei.<br />
A redução de carga também é outro<br />
No Brasil, cabem três Europas, e o cami-<br />
problema apontado pelo caminhoneiro<br />
nhoneiro sai do Sul e vai chegar ao Nor-<br />
Ederivaldo Florentino do Egito que lemte,<br />
sem bases de apoio, nem de descanbra<br />
de um tempo quando em três dias<br />
so. Como ele pode obedecer a lei sem lo-<br />
arrumava carga para retornar à sua cicais<br />
para descansar o tempo exigido?<br />
dade. “Atualmente, estou precisando<br />
Hoje você paga pedágio para viajar em<br />
uma semana para achar carga”, compa-<br />
estradas em ótimas condições em poura<br />
Egito. “Hoje, ir de São Paulo a Recife<br />
quíssimas regiões, mas também paga<br />
por R$ 4.000,00 não tem condições. Só<br />
para rodar em estradas lamentáveis e<br />
de diesel gasto R$ 2.000,00. Meu cami-<br />
sem locais de descanso. Quando tem,<br />
nhão faz 3 km/l, se for carreta, faz no<br />
não pode usar o banheiro, ou tem que pa-<br />
máximo 1,5 km/l. De São Paulo a Recigar<br />
para isso”.<br />
fe são 3.000 km, ou seja, 1.000 litros de<br />
Ildo Rocha reclama por meios para aqui-<br />
diesel. O diesel está custando uma mé- Ederivaldo Florentino do Egito.<br />
sição de caminhões novos. “O caminho-<br />
28<br />
eSpecIal<br />
revistacaminhoneiro.com.br 293
293 revistacaminhoneiro.com.br 29
30<br />
eSpecIal<br />
neiro precisa de juros baixos para poder<br />
comprar o caminhão e não apenas para<br />
empresas”, afirma. “Para caminhoneiro<br />
não tem plano especial, as instituições<br />
financeiras pedem uma porção de<br />
coisas e depois que juntamos toda a papelada,<br />
não aprovam nosso cadastro”.<br />
Gilson da Rocha Júnior diz que as dificuldades<br />
continuam as mesmas, mas o<br />
frete é o pior. “O frete não baixou”, compara<br />
Júnior. “É o mesmo de dois anos atrás,<br />
no entanto, o pedágio subiu, o diesel subiu,<br />
todos os insumos subiram, além de<br />
a quantidade de cargas ter reduzida”.<br />
Para Sérgio Floriano da Silva, de 58<br />
anos e 20 de caminhoneiro, que mora<br />
em Porto Alegre, RS, e transporta carga<br />
seca para o Brasil inteiro com o seu Scania<br />
“Jacaré”, ano 75, se o problema quando<br />
começou na profissão eram as estradas<br />
ruins, hoje o que “mata” são os pedágios.<br />
“O frete São Paulo/Rio de Janeiro<br />
é o melhor”, afirma Silva. “De Porto<br />
Alegre a São Paulo ganho 2.500. Vou no<br />
Rio e volto e faço R$ 2.800, percorrendo<br />
800 km. De Porto Alegre a São Paulo<br />
são 1.200 km. O problema é que para ir<br />
e voltar de São Paulo ao Rio de Janeiro,<br />
eu gasto R$ 372,00 de pedágio, quase a<br />
mesma coisa de diesel (R$ 400,00). Não<br />
tem cabimento”.<br />
Ele afirma não ser contra o pedágio,<br />
mas que se cobre um preço justo. De Porto<br />
Alegre a São Paulo são 13 pedágios,<br />
mas o valor total fica em R$ 100,00.<br />
Carlos Martins engrossa o coro dos descontentes<br />
com o pedágio. “Hoje estamos<br />
trabalhando para pagar concessionárias<br />
de pedágio”, reclama ele. “Para andar na<br />
rodovia Castelo Branco, um caminhão de<br />
seis eixos como o meu, paga mais de R$<br />
1,00 por quilometro rodado”.<br />
Ele afirma ter vivido os tempos da ditadura<br />
e a “falsa democracia”. “Se não pagar<br />
não sai. O direito de ir e vir foi tirado.<br />
A gente trabalha para pagar pedágio. De<br />
Três Lagoas a São Paulo, são 16 pedágios.<br />
Perdemos mais de uma hora na parada<br />
dos pedágios, gastamos 30 litros de combustível,<br />
poluindo o meio ambiente. Nos<br />
Estados Unidos, o pedágio é mais barato<br />
e as estradas são conservadas e oferecem<br />
toda a infraestrutura”.<br />
Martins explica que em quatro viagens<br />
revistacaminhoneiro.com.br 293<br />
Gilson Antonio Alves da Rocha Júnior.<br />
para Três Lagoas, o caminhoneiro desembolsa<br />
R$ 4.000,00 e pergunta onde<br />
fica o direito de ir e vir, locais para estacionar<br />
e tomar banho, com segurança?<br />
“É preciso fazer uma avaliação do valor<br />
do pedágio porque o preço está sendo<br />
abusivo”, reclama o caminhoneiro.<br />
fUtUro sombrio<br />
Com fretes baixos, estradas sem condições,<br />
falta de infraestrutura, pedágios<br />
abusivos e falta de financiamento, fica<br />
Ildo Monteiro da Rocha.<br />
muito difícil pensar em como será o futuro<br />
da profissão de caminhoneiro.<br />
Mesmo assim, perguntamos aos que<br />
estavam aguardando um frete com valor<br />
que lhes permitissem voltar às suas cidades<br />
de origem, como será o futuro da profissão<br />
de caminhoneiro autônomo.<br />
Ederivaldo do Egito acha que se continuar<br />
do jeito que está, a profissão de<br />
caminhoneiro autônomo vai acabar. “As<br />
transportadoras vão dominar tudo”, prevê<br />
Egito. “O caminhoneiro que consegue<br />
fazer conta, ainda terá uma sobrevida,<br />
mas quem vai em qualquer frete, acabará<br />
saindo do mercado”.<br />
Ele também acha que em termos de tecnologia,<br />
será cada vez maior e melhor. “A<br />
única coisa que falta é colocar um sistema<br />
que dispensasse o motorista e o caminhão<br />
fizesse o percurso sozinho, por<br />
controle remoto, ou sistema teleguiado.<br />
Mas para este sistema ter sucesso, nossas<br />
estradas precisarão ser melhores”.<br />
Arlan Oliveira cobra atitudes agora,<br />
para garantir a profissão no futuro. “É<br />
preciso que os caminhoneiros sejam informados,<br />
saibam o que está acontecendo<br />
na área de transporte. Daqui a dez<br />
anos, o caminhoneiro terá que ter mais<br />
informação, adequação, mais conhecimento”,<br />
antecipa Oliveira. “Quem pensa<br />
em ser caminhoneiro no futuro, deve<br />
se instruir, obter o máximo de conhecimento,<br />
formar uma base”.<br />
Nário Szinwelski é outro caminhoneiro<br />
que vê um futuro sombrio para a profissão.<br />
“Acho que a profissão de caminhoneiro<br />
autônomo vai sumir. A transportadora<br />
está exigindo tantas coisas que vai<br />
ser difícil atender”, lamenta ele, afirmando<br />
que comprar caminhão é fácil, mas pagar<br />
as prestações é difícil com os baixos<br />
valores pagos pelo frete. “Daqui a 10 anos<br />
o caminhoneiro tem que ser muito bem<br />
preparado, tem que ter conhecimento de<br />
tudo, dos caminhões”.<br />
Ele prevê uma conjunção de caminhão<br />
novo, estrutura razoável para atender<br />
um mercado cada vez mais exigente. “Eu<br />
achava que dirigia muito bem quando comecei,<br />
mas descobri que tinha muito que<br />
aprender e ainda hoje continuo aprendendo”,<br />
afirma Gilson da Rocha Júnior. “Hoje<br />
tem algumas opções para aprender como
293 revistacaminhoneiro.com.br 31
32<br />
eSpecIal<br />
o Sest/Senat que oferece uma série de<br />
cursos. Mas poderia ser mais baratos para<br />
que um maior número de motoristas tivesse<br />
acesso, bem como um maior número<br />
de instituições de ensino”.<br />
Sérgio da Silva acredita que em 10 anos<br />
a profissão de caminhoneiro autônomo<br />
desapareça. “Estão colocando mil empecilhos,<br />
querendo que a gente abra firma,<br />
coloque o caminhão no nome da firma<br />
para tirar a responsabilidades deles<br />
em caso de acidente”, se revolta Silva.<br />
“Estava trabalhando como agregado há<br />
1,5 ano e a transportadora pediu que eu<br />
abrisse uma firma. Concordei em abrir<br />
desde que ela firmasse um contrato de<br />
três anos comigo. Não quis. Tive que sair<br />
da empresa por isso”.<br />
Carlos Martins não vê a renovação dos<br />
profissionais. “A safra de caminhoneiros<br />
que vai se aposentar, vai acabar e o<br />
pessoal novo que está vindo aí não tem<br />
garra, coragem para o trabalho”, lamenta<br />
Martins. “Para ser caminhoneiro, tem<br />
que gostar muito da profissão, ser teimoso,<br />
sofredor, até um pouco masoquista,<br />
sofrer com prazer”.<br />
fornecendo mÃo de obra<br />
Mas se todos os caminhoneiros ouvidos<br />
concordam em que é preciso fazer<br />
alguma coisa para manter a profissão de<br />
caminhoneiro autônomo ativa, por que<br />
não incentivam seus filhos a continuarem<br />
no caminho que estão?<br />
Ederivaldo do Egito afirma que antigamente<br />
o caminhoneiro era chofer, respeitado,<br />
ganhava bem e hoje nem banheiro<br />
tem. “Às vezes pagamos para usar<br />
o banheiro e o banheiro está quebrado<br />
pelos próprios caminhoneiros”, lamenta<br />
Egito. “A rapaziada nova que está entrando,<br />
passou do rebite para a maconha<br />
e da maconha para a cocaína. Como<br />
vou recomendar para meu filho que ele<br />
seja caminhoneiro?”.<br />
“Não posso interferir na vontade do<br />
meu filho, mas não seria do meu agrado<br />
que ele se tornasse caminhoneiro”, afirma<br />
Arlan Oliveira. “Pelas condições em<br />
geral. O meio em que se vive é complica-<br />
Nário Luiz Szinwelski.<br />
revistacaminhoneiro.com.br 293<br />
do. Deixar seu filho em meio à droga, à<br />
insegurança, nas estradas cada vez pior<br />
enfrentando todo tipo de dificuldade. O<br />
que se vive hoje nas estradas é totalmente<br />
fora do que se imagina”.<br />
Nário Szinwelski, teve apenas filhas,<br />
uma das quais já está formada. Mas se<br />
tivesse um filho, não gostaria que ele seguisse<br />
sua profissão. “Eu não vi minhas<br />
filhas crescerem, viajava muito. Quando<br />
chegava em casa, elas já estavam em<br />
um outro plano, foi difícil para mim. Queria<br />
ter visto elas crescerem”.<br />
“Meu filho nem pensa em ser caminho-<br />
Sérgio Floriano da Silva.<br />
neiro”, diz Sérgio Silva com orgulho. “Paguei<br />
faculdade para ele, e ele está bem.<br />
A vida de caminhoneiro é muito sofrida,<br />
eu quase não vi meus filhos crescerem.<br />
Parava muito pouco em casa. Para pagar<br />
as faculdades deles, eu tive que ficar<br />
vários meses fora. Ficava um mês em<br />
São Paulo e minha mulher vinha no outro<br />
mês. Um dia, ficamos 52 dias sem voltar<br />
e os filhos ficaram preocupados” diz<br />
Silva dando muita risada.<br />
Gilson da Rocha Junior também não<br />
gostaria que seu filho fosse caminhoneiro,<br />
pelas dificuldades da profissão. “Normalmente<br />
o filho quer ser igual ao pai”,<br />
explica Rocha Júnior. “Mas com a informática,<br />
o caminhão está sendo deixado<br />
de lado, mas, mesmo não gostando, eu<br />
deixaria meu filho ser caminhoneiro”.<br />
Carlos Martins usaria o “plano B”. “Se<br />
meu filho quisesse ser caminhoneiro não<br />
interferia, mas iria dizer o que ele iria sofrer<br />
na profissão e que seria melhor ele<br />
estudar muito e praticar esporte”.<br />
Orgulhoso de sua profissão e querendo<br />
dar uma força para que ela continue<br />
por muitos e muitos anos, Ildo Rocha deixaria<br />
seu filho seguir sua profissão sem<br />
problema algum. “Tenho um sobrinho<br />
que trabalhou 10 anos em uma empresa,<br />
juntou dinheiro, comprou um caminhão<br />
e foi para a estrada”, conta orgulhoso.<br />
“<strong>Caminhoneiro</strong> é a única classe<br />
que briga para trabalhar. Quando a gente<br />
chega em uma empresa e briga para<br />
descarregar logo é para carregar outra<br />
carga e pegar a estrada de novo. Nossa<br />
correria é para trabalhar. Mas o povo ainda<br />
não entendeu que o que a gente quer<br />
é trabalhar. As leis são apenas para privilegiar<br />
os automóveis. Não têm leis para<br />
ajudar os profissionais”.<br />
E assim, mais um 25 de julho passa.<br />
Todo mundo vê e sabe os problemas de<br />
uma categoria que literalmente carrega<br />
o Brasil nas costas. A revista <strong>Caminhoneiro</strong><br />
não pode fazer muita coisa. Apenas<br />
mostrar uma realidade que as autoridades<br />
insistem em não ver.<br />
Parabéns CAMINHONEIROS. E fiquem<br />
cientes de que nós sabemos que enquanto<br />
os políticos dormem, vocês já<br />
estão há muito tempo rodando nas estradas.<br />
s
293 revistacaminhoneiro.com.br 33
tim, tim à<br />
vida<br />
foi com Um brinde<br />
feito com sUco de<br />
laranja, qUe o<br />
caminhoneiro<br />
comemoroU o seU<br />
renascimento.<br />
O<br />
caminhoneiro Renato Varela<br />
de Oliveira, 43 anos<br />
de idade e dez de estrada,<br />
agora tem duas datas para<br />
comemorar o seu aniversário: 11 de<br />
novembro, a data de seu nascimento<br />
e 07 de junho, quando foi encontrado<br />
após ter ficado cinco dias soterrado<br />
por laranjas.<br />
Esse fato fez com que virasse manchete<br />
nos principais jornais e noticiários<br />
de TV, rádio, sites que anunciaram:<br />
“Soterrado, caminhoneiro sobrevive cinco<br />
dias comendo somente laranjas”.<br />
O acidente foi grave. O veículo ficou<br />
totalmente destruído. “Nunca imaginei<br />
que iria passar por uma situação<br />
tão difícil”, falou o filho de Maria Terezinha<br />
Varela e Arzelino Varela.<br />
Residente em São Sebastião do Caí,<br />
RS, e pai de Gustavo que tem 6 anos<br />
de idade, Renato Varela de Oliveira<br />
34<br />
eSpecIal Texto: Graziela Pontenza l Fotos: Divulgação<br />
revistacaminhoneiro.com.br 293<br />
trabalha para a empresa Comércio<br />
de Frutas Metz. Ele saiu de Harmonia,<br />
RS, rumo a São Paulo com o caminhão<br />
carregado de caixas de leite<br />
longa vida. Até aí tudo estava dentro<br />
da rotina. Após entregar a<br />
carga de leite, carregou o<br />
caminhão com caixas de<br />
laranjas. Oliveira saiu dia<br />
02 de junho, às 21 horas<br />
do município de Avaré, em<br />
São Paulo e deveria fazer<br />
a entrega de laranjas no<br />
Rio Grande do Sul, no dia<br />
seguinte. “Chovia muito,<br />
então reduzi a velocidade<br />
do caminhão. Já estava<br />
entrando em Jaguariaíva,<br />
PR, quando não consegui<br />
fazer a curva na altura<br />
do km 200, na PR-151. Tinha<br />
muita água na pista.<br />
Foi tudo muito rápido. Quando me vi<br />
estava despencando em um enorme<br />
penhasco de 25 metros”, diz emocionado<br />
ao relembrar o fato.<br />
“A carga veio toda em cima de mim.
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293 revistacaminhoneiro.com.br 35
Fiquei preso nas ferragens da cabine<br />
que ficou totalmente destruída. Tudo<br />
era muito escuro. Tentei ligar para pedir<br />
socorro, mas o celular estava sem sinal.<br />
O meu corpo doía e o meu coração<br />
começou a bater mais forte, percebendo<br />
toda aquela difícil situação. Sinceramente,<br />
fiquei desesperado”, diz Oliveira.<br />
o encontro<br />
36<br />
eSpecIal Texto: Graziela Pontenza l Fotos: divulgação<br />
Um encontro emocionante: mãe e filho trocam carinho.<br />
Ele ficou quatro dias e meio preso nas<br />
ferragens e para sobreviver, começou<br />
a pegar as laranjas que estavam mais<br />
próximas e comê-las, pois era fácil descascá-las<br />
com as mãos feridas. Durante<br />
os dias em que ficou deitado, reple-<br />
Muitas visitas durante sua internação.<br />
revistacaminhoneiro.com.br 293<br />
to de lama, choveu bastante. Como estava<br />
perto de um arroio (pequeno curso<br />
de água) às vezes a água subia até<br />
seu pescoço. A partir do terceiro dia,<br />
a dor ficou mais intensa em todo o seu<br />
corpo e a sua mente começou a ficar<br />
confusa. Até a tarefa de alcançar as<br />
laranjas começou a ficar complicada.<br />
Mas apesar de ter se envolvido em um<br />
acidente, o seu anjo da guarda estava<br />
de prontidão, afinal, dos males, o menor.<br />
A polícia chegou até ele graças ao<br />
seu pai que, em razão do desaparecimento,<br />
resolveu procurá-lo. “Como não<br />
cheguei ao destino, a transportadora<br />
também avisou a polícia sobre o meu<br />
sumiço. No início, achavam que tinha<br />
sido sequestrado. Nossa, bem longe da<br />
minha realidade”, comenta.<br />
O caminhoneiro foi encontrado pelo<br />
proprietário da transportadora, Thiago<br />
Metz, pelo pai Arzelino e pelo amigo empresário<br />
Mauro Rhor. Após quatro dias<br />
de desaparecimento, o trio decidiu refazer<br />
o trajeto de Oliveira para tentar localizá-lo,<br />
já que não tinham conseguido nenhum<br />
retorno das autoridades. O grupo<br />
verificou que o caminhão havia passado<br />
pelo pedágio de Itararé, porém, não havia<br />
registro no próximo pedágio, o de Jaguariaíva.<br />
Então, passaram a olhar com<br />
mais atenção o trajeto entre as praças<br />
de pedágio até identificar o caminhão.<br />
Finalmente, quando o encontraram,<br />
as primeiras palavras que Renato Oliveira<br />
disse ao Mauro foi: avise a mãe...<br />
que me encontraram. Renato e a sua<br />
mãe Maria Terezinha têm uma ligação<br />
muito forte desde criança.<br />
O trabalho de resgate de Oliveira<br />
exigiu cerca de quatro horas de trabalho<br />
do Corpo de Bombeiros de Jaguariaíva.<br />
Renato Varela de Oliveira<br />
estava com várias fraturas e foi socorrido<br />
e encaminhado ao Hospital Carolina<br />
Lupion, da cidade de Jaguariaíva.<br />
Ainda hoje está se recuperando<br />
em sua residência, mas de uma coisa<br />
tem certeza: nesses dez anos trabalhando<br />
como caminhoneiro, nunca<br />
havia se envolvido em um acidente.<br />
“Mas, esse ocorrido não vai me<br />
desencorajar, afinal amo e tenho orgulho<br />
da minha profissão”, fala que<br />
brindou o seu renascimento com suco<br />
de laranjas. “Tim, tim à vida”, diz<br />
emocionado. s
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38<br />
eSpecIal<br />
revistacaminhoneiro.com.br 293<br />
Texto: Francisco Reis l Fotos: Divulgação<br />
e aGora<br />
josé?<br />
josé da silva, caminhoneiro, motorista de<br />
ônibus, taxista, cabeleireiro e chaveiro, viu sua<br />
vida mudar ao receber a notícia de que era<br />
portador do vírus da aids. o que fazer?<br />
O<br />
desemprego já é ruim e<br />
acompanhado de dor de<br />
garganta fica pior. Era nessa<br />
situação que se encontrava<br />
José da Silva (nome<br />
fictício), caminhoneiro, que deu um tempo<br />
na procura de emprego e foi procurar<br />
um médico.<br />
Ao ser examinado, o doutor constatou<br />
a presença de candidíase, também conhecida<br />
como “sapinho”, e pediu que ele<br />
fizesse um exame de sangue para verificar<br />
a presença do vírus HIV, que causa a<br />
Aids, pois a candidíase ataca quem está<br />
com baixa imunidade.<br />
Assustado com o alerta, José da Silva<br />
fez o exame e por telefone recebeu a notícia:<br />
senhor José, o seu exame deu po-<br />
sitivo para o HIV e precisamos fazer uma<br />
segunda prova. “Na hora não caiu a ficha<br />
de HIV, de letra qualquer, depois que falaram<br />
HIV é que caiu a ficha. Isso é maneira<br />
de avisar? Pelo telefone”, revolta-<br />
-se o caminhoneiro. “Se eu não tivesse<br />
boa cabeça poderia ter feito uma<br />
bobagem”.<br />
Ao desligar o telefone, sua esposa perguntou<br />
o que havia de errado e ele deu<br />
desculpa e não contou. Depois de fazer<br />
a contraprova, ele contou para a mulher<br />
que ficou pálida, mas ao perceber o controle<br />
de José da Silva, aceitou e chegou<br />
a transar com camisinha. Mas o casamento,<br />
que já não estava bom, acabou.<br />
José da Silva, agora tranquilo, afirma<br />
que ficou um ano “meio xarope”, fiquei
293 revistacaminhoneiro.com.br 39
meio abalado, contando para todo mundo, o que se arrepende<br />
hoje. “Me arrependo porque a Aids é uma doença muito ligada<br />
à homossexualidade. Você fala que tem Aids o pessoal<br />
já acha que você é viado, até hoje é isso. No meu ex-emprego,<br />
teve pessoas que me criticaram e até acharam que eu era gay”,<br />
lamenta Silva, que contava para os outros apenas para alertá-los,<br />
para que não fizessem o mesmo erro que ele.<br />
Ele disse que conseguiu se controlar, se manter calmo, e<br />
tentar pensar onde ele poderia ter contraído vírus. “Nas minhas<br />
viagens pelo interior, dei minhas escapadinhas e quase<br />
sempre me cuidava. O meu pecado foi confiar em alguns<br />
casos que tive e transar sem preservativo. Eu achava que<br />
por ser conhecida, por ser<br />
amiga, não tinha problema.<br />
Eu vacilei”.<br />
Depois que descobriu,<br />
Silva começou a usar o preservativo<br />
até mesmo com<br />
a própria mulher. E colocou<br />
na cabeça que aquilo não<br />
era o fim. Se dispôs fazer o<br />
tratamento pagando do próprio<br />
bolso. Porém, o medicamento<br />
antirretroviral é<br />
comprado e distribuído pelo<br />
Departamento Nacional<br />
DST/Aids. Não é vendido<br />
em farmácia. Mas até começar<br />
o tratamento, foi a<br />
pior fase, pois o vírus HIV<br />
reduziu a imunidade de José<br />
da Silva, permitindo o<br />
surgimento de candidíase<br />
na garganta, o que impedia-o<br />
de comer. “Até a água<br />
era difícil engolir”, lembra<br />
Silva. “Com muita fome, estava<br />
morrendo de inanição.<br />
Bati na porta de São Pedro,<br />
mas ele não abriu”.<br />
Começando o tratamento a mudança surgiu em três dias. A<br />
candidíase sumiu, ele voltou a se alimentar normalmente e passou<br />
a comer tudo o que tinha deixado de comer. “Comia igual<br />
cavalo, comia até pedra”, brinca José da Silva. “Me sentia um<br />
gigante, mas os remédios começaram a atacar o estômago e<br />
eu fiquei receoso”. Os remédios eram fortes e atacavam o estômago.<br />
Ele, por conta própria, parou o tratamento por dois<br />
anos, o que resultou no aparecimento de doenças oportunistas<br />
como a toxoplasmose.<br />
“Mas com o aprimoramento da medicação, a médica que<br />
cuidava do meu caso foi trocando os remédios e consegui<br />
viver uma vida normal, até tomando minha cervejinha, fumando<br />
meu cigarrinho”, admite rindo Silva, que hoje não fuma<br />
nem bebe por convicção religiosa.<br />
40<br />
eSpecIal<br />
revistacaminhoneiro.com.br 293<br />
problemas financeiros<br />
“sempre com camisinha e muito<br />
amor e companheirismo.<br />
eu nunca ficaria com uma mulher<br />
sem contar meu problema”<br />
José da Silva estava desempregado há dois meses quando<br />
recebeu a notícia que mudou sua vida. Passou a receber<br />
o benefício do INSS, o que impedia de voltar ao trabalho. Mas<br />
como ele precisava ganhar mais, começou a fazer trabalhos<br />
dirigindo caminhões de amigos e em pequenas empresas,<br />
sempre escondendo sua condição de portador do vírus HIV,<br />
mas também trabalhou como taxista, chaveiro. E a vida continuou.<br />
José da Silva reencontrou uma antiga amiga, com<br />
quem já havia tido um caso. Ela estava solteira e ele, depois<br />
de contar sua situação, resolveram morar juntos. Foram dois<br />
anos de perfeita harmonia,<br />
sempre usando camisinha.<br />
Mas acabou.<br />
Um dia, na frente de sua<br />
casa, passou uma moça muito<br />
bonita, nove anos mais<br />
jovem que José da Silva, que<br />
não perdeu tempo. “Começamos<br />
a conversar, papo<br />
vai, papo vem, e estamos<br />
juntos há nove anos, sempre<br />
com camisinha e muito<br />
amor e companheirismo. Eu<br />
nunca ficaria com uma mulher<br />
sem contar meu problema”,<br />
diz Silva com um<br />
enorme sorriso.<br />
Hoje não recebo o benefício<br />
da previdência, alegando<br />
que minha imunidade não<br />
está tão baixa ao ponto de<br />
me impossibilitar trabalhar.<br />
“Depois de dez anos recebendo,<br />
o INSS retirou o benefício”,<br />
lamenta Silva. “Nesses<br />
dois anos tenho trabalhado<br />
dirigindo caminhão<br />
de amigos. Não posso dirigir<br />
carreta porque minha categoria ainda é D”. Quanto aos remédios,<br />
ele alega que poderia pegar dose para um mês e levar<br />
com ele nas viagens. Apesar de ter alguns que necessitam<br />
ficar na geladeira.<br />
Quanto ao futuro, José da Silva, portador do vírus HIV há 12<br />
anos, faz planos para viver até o dia em que a cura da Aids seja<br />
anunciada. Vive normalmente, leva uma vida mais saudável,<br />
não fuma, não bebe e está bem, procurando emprego. Tornou-se<br />
evangélico e acredita que Deus pode mostrar aos médicos<br />
a cura da Aids. Para seus amigos de estrada deixa três<br />
recados: aceite Jesus em seu coração e sua vida muda radicalmente,<br />
use camisinha que não tem problema. Uso há nove<br />
anos com minha esposa e ela não contraiu o vírus. Aids não<br />
é o fim do mundo. s
293 revistacaminhoneiro.com.br 41
eU acredito<br />
em<br />
mim<br />
O<br />
menino Ozias, aos 10 anos<br />
era diferente. Não brincava de<br />
carrinhos. Sua diversão eram<br />
os caminhões, e de verdade.<br />
“Ajudava” seu pai na manutenção, fazia<br />
bagunça com as ferramentas até que o<br />
pai acabou deixando-o dirigir. “Aos 16<br />
anos eu comecei a dirigir o caminhão<br />
com o qual meu pai transportava toras<br />
de madeira para as serrarias”, lembra<br />
Ozias Lopes de Paula, hoje com 60 anos.<br />
“E quase me dei mal na primeira experiência<br />
na estrada. Estava indo de Perobal<br />
a Umuarama, ambas no Paraná, uma<br />
distância de 15 quilômetros. O guarda<br />
me parou, me levou preso e segurou o<br />
caminhão, porque eu não tinha carta”.<br />
Mas com sorte de principiante, na mesma<br />
delegacia havia outro delegado de<br />
Perobal que o conhecia e disse ao colega<br />
para liberá-lo, que era um menino<br />
42<br />
eSpecIal Texto: Francisco Reis l Fotos: Roberto Silva<br />
Com autoconfiança, senso de oportunidade, amor ao que faz e muito<br />
trabalho, Ozias se transformou de um menino sonhador<br />
em um transportador bem sucedido.<br />
revistacaminhoneiro.com.br 293<br />
trabalhador, levantava às 5 horas da manha.<br />
E assim foi.<br />
Mas logo depois, outro susto. Na estrada,<br />
levando um pessoal para o velório<br />
de uma cidade para outra, com medo<br />
de encontrar o guarda, ainda não tinha<br />
18 anos, nem carteira de motorista, resolveu<br />
perguntar para um motorista de<br />
um Jeep 51 se havia algum policial pela<br />
frente. A resposta foi: não, não tem mais<br />
nenhum policial, porque eu sou o único.<br />
E de aventura em aventura, Ozias cresceu<br />
e aos 19 anos concretizou o sonho<br />
que falou ao pai, desde pequeno: até os<br />
18 anos, ajudo o senhor em tudo, mas<br />
depois vou para São Paulo. E a viagem foi<br />
no sacrifício. Vendeu o relógio para comprar<br />
a passagem, de trem, de segunda<br />
classe. “À noite me deu uma fome muito<br />
grande, mas não tinha dinheiro” lembra<br />
sorrindo Ozias. “Fui negociar com o<br />
chefe do trem se podia comprar metade<br />
da janta. Ele disse que não, mas nos<br />
‘finalmentes’ acabei jantando”.<br />
Em São Paulo, foi ver o tio que era motorista.<br />
As perspectivas não eram boas.<br />
“Ele me disse que era melhor voltar para<br />
o Paraná. Mas eu disse que dormia até<br />
na cozinha da casa dele, e foi isso que<br />
aconteceu. Dormi debaixo da mesa da<br />
cozinha dele, em uma cama dobrável”.<br />
o primeiro caminhÃo<br />
Dormir quase no chão não foi problema<br />
para um rapaz que sonhava alto. Fez<br />
uma entrevista na construtora Camargo<br />
Corrêa e sua prática com caminhão<br />
nas difíceis estradas do Paraná, puxando<br />
toras de madeira, garantiu o emprego.<br />
Durante 1,5 ano puxou terra das obras
293 revistacaminhoneiro.com.br 43
44<br />
eSpecIal<br />
do Metrô. Trabalhou muito, guardou um<br />
dinheiro e pediu demissão. “Queria levantar<br />
um dinheiro para comprar meu caminhão.<br />
Sempre quis ter caminhão porque<br />
sabia que ele dá dinheiro sabendo trabalhar”,<br />
lembra emocionado. “Eu acreditava<br />
em mim e sabia que ia dar certo”.<br />
Juntou as economias e indenização e,<br />
em 1972, deu de entrada em um Chevrolet<br />
Brasil, ano 1971 e assumiu mais 19 prestações,<br />
confiante de que iria dar certo puxando<br />
materiais do Metrô.<br />
E assim foi até que em 1978. Durante um<br />
período de muita chuva, Ozias não podia trabalhar,<br />
não tinha como tirar cascalhos das<br />
obras. Decidiu ir arrumar uns detalhes no<br />
caminhão em um autoelétrico quando foi<br />
questionado por um rapaz, porque ele não<br />
tirava a caçamba e colocava um baú para<br />
mudanças. Ele achou a pergunta estranha,<br />
pois não conhecia o rapaz, mas no dia seguinte,<br />
sem custo algum, teve a caçamba<br />
retirada, colocado o baú e passou a fazer<br />
entregas para uma grande loja da época, a<br />
Gabriel Gonçalves, GG.<br />
E na primeira entrega surgiu a ideia<br />
de abrir uma transportadora, pois nos<br />
fins de semana, não havia entregas e<br />
caminhão parado é prejuízo. “Comecei<br />
a fazer entregas e mudanças e a<br />
demanda foi crescendo, crescendo ao<br />
ponto de ter que fazer duas mudanças<br />
no mesmo dia”, conta Ozias. “Disse<br />
para Maria Antonia, minha esposa,<br />
que quando ela voltasse do trabalho,<br />
encontraria uma transportadora dentro<br />
de casa. Ela disse que eu era louco<br />
Ozias, ao centro, prepara sua sucessão com os filhos Ciro e Fernando.<br />
revistacaminhoneiro.com.br 293<br />
e foi trabalhar. Ao voltar, encontrou<br />
uma mesa no canto da sala, um telefone<br />
e a Transportadora Marumby<br />
(nome da cidade dela) em plena atividade.<br />
Ela sorriu, respirou fundo, pediu<br />
demissão do emprego e passou a<br />
cuidar da empresa. Mais do que isso,<br />
ela me apóia, me incentiva, me anima,<br />
cuida dos nossos filhos e tem me feito<br />
um homem muito feliz nestes 35<br />
anos de casados”.<br />
Ganhando na crise<br />
As mudanças na política econômica<br />
podem quebrar muitas empresas. Ozias<br />
sabe muito bem disso e sempre conseguiu<br />
passar por elas tirando vantagens.<br />
“Quando o Sarney estava no governo, a<br />
época da inflação, foi quando eu mais ganhei<br />
dinheiro”, lembra o transportador.<br />
“Comprei cinco caminhões no mesmo<br />
ano. Tinha tanto serviço que os<br />
clientes brigavam com a gente. Parei<br />
de trabalhar com a Gabriel Gonçalves<br />
e fiquei só com mudanças. Fiz muitos<br />
anúncios em ônibus, páginas amarelas,<br />
postes e por aí vai”.<br />
Ele afirma que nesses 30 anos de empresa,<br />
já ganhou e já perdeu, até chegar<br />
a uma transportadora com 47 caminhões<br />
na matriz, filiais em Curitiba, Bragança<br />
Paulista e Rio de Janeiro, além de<br />
pontos de apoio em Porto Alegre, Manaus<br />
e Brasília.<br />
Com simplicidade, Ozias Lopes diz que<br />
a fórmula do sucesso é o trabalho. “As<br />
viradas do Governo atrapalham a gente,<br />
causam perdas, mas se for ver o balanço,<br />
o que eu perdi<br />
já ganhei de novo”, e<br />
dá uma importante dica:<br />
“a gente nunca pode<br />
perder a esperança.<br />
Se você enfrenta<br />
uma crise, não pode<br />
desanimar. Às vezes,<br />
nas crises, a gente ganha<br />
até mais. A crise<br />
ensina a gente a trabalhar,<br />
a economizar,<br />
a parcelar o frete, criar<br />
estratégias, nos abre<br />
novos negócios e saídas<br />
para não perder<br />
cliente”.<br />
O sonho de ter uma transportadora foi alcançado.<br />
terceira GeraçÃo<br />
Filho de caminhoneiro, Ozias colocou<br />
seus dois filhos, Ciro e Fernando, na empresa,<br />
não apenas para sucedê-lo quando<br />
resolver “se aposentar”, mas também,<br />
para ampliar o que ele começou.<br />
E como para mandar é preciso saber fazer,<br />
Ciro trabalhou durante dois anos fazendo<br />
as mudanças, dirigindo e cuidando<br />
da filial de Curitiba até assumir a Direção<br />
Comercial da empresa. Fernando se especializou<br />
na área de prospecção de mercado,<br />
ampliando a carteira de clientes. Mas<br />
os dois não têm vida fácil. “Faltou motorista<br />
por qualquer motivo, eu ou o Fernando,<br />
ou os dois, entramos no caminhão e<br />
vamos embora. O cliente não pode esperar”,<br />
afirma Ciro César da Costa Lopes.<br />
Ozias Lopes, presidente da Transportadora<br />
Marumby, ao lado dos filhos, diz<br />
que para chegar onde está, foi preciso<br />
trabalhar sempre com esperança, nunca<br />
desistir, pois, se sempre tem uma crise,<br />
sempre tem o recomeço. “Todo dia é um<br />
recomeço”, diz sorrindo com seus lindos<br />
olhos azuis.<br />
Perguntado se aos 60 anos ainda tem<br />
disposição de pegar um caminhão para<br />
fazer mudança, por um instante desaparece<br />
o empresário e surge aquele garoto<br />
de 16 anos, rosto sujo de graxa, olhos<br />
arregalados e responde: vamos lá, caminhão<br />
para mim é tudo, eu tenho sangue<br />
nas veias. s
293 revistacaminhoneiro.com.br 45
46<br />
eSpecIal Texto: Graziela Potenza l Foto: Divulgação<br />
Cada curva, cada<br />
paisagem, cada pessoa,<br />
cada experiência foram<br />
fontes de inspiração<br />
para compor suas<br />
poesias.<br />
Jaci Silva é um caminhoneiro aposentado<br />
de 88 anos de idade. Ele<br />
sempre foi um aficionado pelo universo<br />
dos caminhões. Para se ter<br />
uma noção de sua paixão, quando criança,<br />
ficava horas e horas sentado dentro<br />
da cabine de um caminhão Ford, ano<br />
1929, de propriedade do seu avô. “Eu<br />
imitava o ronco com a boca, chegava até<br />
a ficar com os lábios roxos”, diz rindo.<br />
Residente no Balneário Camboriú, SC,<br />
Silva deixou de ser caminhoneiro em<br />
1985, quando se aposentou.<br />
Jaci Silva apela para sua memória e diz<br />
que antigamente as maiores dificuldades<br />
encontradas nessa profissão eram<br />
as estradas de terra e as travessias em<br />
rios utilizando balsas como exemplo, a<br />
do Rio São Francisco, em Penedo, AL.<br />
Ele conta que tinha que descer a barranca<br />
do rio e entrar com o caminhão<br />
na balsa de marcha ré. “O mais difícil<br />
era fazer essa manobra à noite”, fala.<br />
Durante as suas viagens, na hora de<br />
descansar, para relaxar, escrevia poesias.<br />
“As viagens, as pessoas e os acontecimentos<br />
nas estradas foram minhas<br />
fontes de inspiração”, diz.<br />
Depois do falecimento de sua esposa,<br />
passou a escrever com mais<br />
frequência. “Foram 35 anos de convivência,<br />
sendo 15 anos morando dentro<br />
de um caminhão. Ela aprendeu a<br />
dirigir e me ajudava bastante quando<br />
estava cansado”, diz o pai de quatro<br />
filhos: Ivo, Ilmar, Ivan e Iron.<br />
O <strong>poeta</strong> caminhoneiro tinha um sonho:<br />
ver uma de suas poesias publicada<br />
revistacaminhoneiro.com.br 293<br />
O<br />
<strong>poeta</strong><br />
caminhoneiro<br />
na revista <strong>Caminhoneiro</strong>. Quando estava<br />
na ativa, todo mês pegava a revista<br />
nos postos de combustíveis. Desde<br />
então, Jaci Silva é seu fã e acompanha<br />
toda a evolução do segmento e do setor<br />
de Transporte Rodoviário lendo as<br />
matérias. “Hoje, os caminhões estão<br />
equipados com tecnologias que ajudam<br />
e facilitam a nossa vida. O ponto alto é<br />
o conforto”, diz Silva que trabalhou 39<br />
anos como caminhoneiro autônomo.<br />
Durante a sua vida profissional, o que<br />
mais gostava era estar com o caminhão<br />
carregado, conhecer novas cidades e<br />
escrever seus poemas que encantam,<br />
até hoje, sua família e seus amigos. s<br />
Poesia<br />
<strong>Caminhoneiro</strong><br />
Fiz parte destes guerreiros<br />
Que sem armas e cantil<br />
Vão à luta muitas vezes sem glórias<br />
Pelas estradas deste grande Brasil<br />
Do volante fiz meu sacerdócio<br />
Enfrentando estradas de asfalto,<br />
terra, lama e poeira<br />
De dia com sol ou chuva<br />
À noite: solitária companheira<br />
Orgulho-me de ter pertencido<br />
A este exército de soldados<br />
bravos e viris<br />
Que transportam as riquezas do<br />
nosso querido Brasil<br />
Quantos heróis esquecidos<br />
Neste campo de lutas tombaram<br />
Deixando somente saudades<br />
Aqueles que aqui ficaram<br />
A muitos guerreiros restou,<br />
De tantas lutas travadas<br />
Alguns como recompensa,<br />
Uma cruz à beira da estrada<br />
Jaci Silva
A FESTA DA ECONOMIA<br />
rODANDO PELOS POSTOS DO Brasil<br />
CALENDÁRIO 2012<br />
1 A etapa - 20 a 23 de março<br />
Posto Buffon - Passo Fundo, RS<br />
Rod. BR 285 - km 301- Antigo 181<br />
2 A etapa - 27 a 30 de março<br />
Posto Squizatto - Caxias do Sul, RS<br />
Rod. RST 453 - km 71<br />
3 a etapa - 09 a 12 de abril<br />
Auto Posto Xanxerê - Xanxerê, SC<br />
Rod. BR 282 - km 500<br />
4 a etapa - 17 a 20 de abril<br />
Posto Rudnik - Joinville, SC<br />
Rod. BR 101 - km 25<br />
5 a etapa - 24 a 27 de abril<br />
Posto D.L Nichele & Cia<br />
Fazenda Rio Grande, PR<br />
Av. Das Américas, 1931<br />
6 A etapa - 07 a 10 de maio<br />
Auto Posto Cupinzão - Londrina, PR<br />
Rod. Celso Garcia Cid, 83 - (PR 445)<br />
Test-Drive do Volvo VM<br />
treinamento de motoristas<br />
7 a etapa - 15 a 18 de maio<br />
Posto Castelo - São Carlos, SP<br />
Rod. Washington Luiz - km 222<br />
8 a etapa - 22 a 25 de maio<br />
Posto São Paulo 400 II<br />
Presidente Prudente, SP<br />
Av. Joaquim Constantino, 460<br />
9 a etapa - 29 de maio a 01 de junho<br />
Posto Servsul - Pouso Alegre, MG<br />
Rod. Fernão Dias - km 870<br />
10 a etapa - 19 a 22 de junho<br />
Posto União<br />
Cachoeiro de Itapemirim, ES<br />
Rod. Safra Cachoeiro - km 06<br />
11 a etapa - 26 a 29 de junho<br />
Posto Rural - Seropédica, RJ<br />
Rod. BR 465 - km 42 ( sentido RJ - SP )<br />
12 a etapa - 16 a 19 de julho<br />
Posto São Cristóvão - Fortaleza, CE<br />
Rod. BR 116 - km 15<br />
13 a etapa - 23 a 26 de julho<br />
Posto Pichilau - João Pessoa, PB<br />
Rod. BR 101 - km 02 Norte - N o 631<br />
14 A etapa - 31 de julho a 03 de agosto<br />
Posto Frei Damião - Juazeiro, BA<br />
Rod. Lomanto Jr - BR 407 - km 06<br />
15 a etapa - 14 a 17 de AGOSTO<br />
Posto Farol - Guarulhos, SP<br />
Rod. Pres. Dutra - km 208 + 620 M<br />
16 A etapa - 28 a 31 de agosto<br />
Posto Aparecidão<br />
Aparecida de Goiânia, GO<br />
Rod. BR 153 - km 129<br />
17 a etapa - 11 a 14 de setembro<br />
Posto 10 Imigrantes - Cuiabá, MT<br />
Rod. Imigrantes - km 01<br />
VOLVO TRUCKS. DRIVING PROGRESS<br />
www.volvo.com.br 293 revistacaminhoneiro.com.br 47
Fotos: Divulgação<br />
RecadoS<br />
caminhoneiros<br />
“Ao longo dos<br />
anos, assim como é<br />
nítida a evolução tecnológica<br />
dos caminhões<br />
no Brasil, nota-se<br />
claramente<br />
também o aprimoramento<br />
profissional dos caminhoneiros.<br />
Fazendo do seu veículo uma ferramenta<br />
de trabalho cada vez mais produtiva, os<br />
motoristas dão contribuição muito importante<br />
para a movimentação de cargas<br />
e produtos pelo imenso território nacional.<br />
Dessa forma, ocupam papel de destaque<br />
para o êxito das atividades de transporte<br />
e, consequentemente, do desenvolvimento<br />
econômico do nosso País. E<br />
é por tudo isso que a Mercedes-Benz do<br />
Brasil gostaria de reafirmar seu compromisso,<br />
de mais de 55 anos, com os caminhoneiros<br />
do Brasil, e cumprimentá-los<br />
pelo seu importante dia”.<br />
Tânia Silvestri<br />
Diretora de Vendas e Marketing<br />
Caminhões da Mercedes-Benz do Brasil<br />
“A Ford Caminhões<br />
agradece a<br />
confiança do profissional<br />
da boleia por<br />
todos esses anos<br />
trabalhando juntos<br />
e ajudando a construir<br />
um País melhor. Somos os primeiros<br />
a vender e produzir caminhões no<br />
Brasil, portanto, nossa parceria vem de<br />
mais de cinquenta anos e milhares, milhões<br />
de quilômetros rodados. Conhecemos<br />
profundamente as necessidades<br />
do caminhoneiro e as imensas dificuldades<br />
porque passam em suas longas jornadas.<br />
Por isso, nesse Dia do <strong>Caminhoneiro</strong>,<br />
desejamos muita saúde e perseverança<br />
a todos os profissionais que levam<br />
suas vidas com paixão pelas estradas<br />
e pelos caminhões”.<br />
Oswaldo Jardim<br />
Diretor de Operações da Ford Caminhões<br />
para a América do Sul<br />
48<br />
revistacaminhoneiro.com.br 293<br />
Executivos das principais montadoras enviam<br />
mensagens para profissionais que transportam<br />
o progresso do País.<br />
“Garantir soluções<br />
sob medida, que facilitem<br />
o trabalho e<br />
garantam o bem-estar<br />
dos caminhoneiros<br />
de todo o Brasil,<br />
sempre foi uma de<br />
nossas prioridades. Graças a satisfação<br />
desses profissionais, que enfrentam as diversidades<br />
de nossas estradas todos os<br />
dias, chegamos à liderança de mercado.<br />
A MAN Latin America deseja a todos um<br />
feliz Dia do <strong>Caminhoneiro</strong>”.<br />
Ricardo Alouche<br />
Diretor de Vendas, Marketing e Pós-Vendas<br />
da MAN Latin America<br />
“De sol a sol, de noite<br />
e de dia, os motoristas<br />
de caminhão<br />
são responsáveis por<br />
transportar grande<br />
parte das riquezas de<br />
norte a sul e, muitas<br />
vezes, ultrapassam as fronteiras do Brasil para<br />
garantir a entrega da mercadoria. O resultado<br />
desse trabalho está presente em cada<br />
detalhe de nosso cotidiano, desde os eletrodomésticos,<br />
dos automóveis, dos combustíveis,<br />
das frutas, dos grãos, das roupas que<br />
vestimos, até o pão de cada dia. O motorista<br />
de caminhão é o profissional que move o<br />
País, por isso, merece ser valorizado, todos<br />
os dias. Parabéns motoristas!”<br />
Rodrigo machado<br />
Coordenador da competição Melhor Motorista<br />
de Caminhão do Brasil da Scania<br />
“Sem caminhoneiro,<br />
o Brasil para. As<br />
riquezas do nosso<br />
País são transportadas<br />
por esses profissionais<br />
do volante<br />
que circulam diariamente<br />
por milhões de quilômetros de rodovias.<br />
A Iveco acredita e se orgulha de fazer<br />
produtos para um público que ama o que<br />
faz. Assim como os motoristas profissio-<br />
nais, a Iveco trabalha com paixão. Por isso,<br />
a Iveco pensou, por exemplo, no seu modelo<br />
Tector Stradale 6x2, o mais confortável<br />
semipesado do mercado, pois em mais de<br />
60% dos casos o motorista é o próprio dono<br />
do veículo e ele quer mais conforto para<br />
enfrentar as muitas horas do transporte rodoviário<br />
de médias e longas distâncias. E é<br />
sempre pensando no caminhoneiro que a<br />
Iveco continua a desenvolver sua nova geração<br />
de caminhões, a Ecoline. A Iveco deseja,<br />
de coração, um Feliz Dia do <strong>Caminhoneiro</strong><br />
para todos os motoristas brasileiros.”<br />
Alcides Cavalcanti<br />
Diretor Comercial da Iveco Latin America<br />
“O caminhoneiro<br />
é um dos profissionais<br />
mais importante<br />
desse País.<br />
Por isso, deve ser<br />
observado com respeito<br />
por toda a sociedade.<br />
Esperamos melhores condições<br />
nas estradas e mais segurança aos<br />
caminhoneiros que são os responsáveis<br />
por transportar nossa economia<br />
de norte a sul”.<br />
Joel Anderson<br />
Diretor Geral da Sinotruk Brasil<br />
“Não subestimem<br />
a importância da segurança.<br />
É um dos<br />
valores fundamentais<br />
Volvo e nossos<br />
produtos são conhecidos<br />
como os mais<br />
seguros do mercado. Porém, o que adianta<br />
um produto seguro se o motorista não<br />
dirigir de forma segura? Frotistas precisam<br />
investir em treinamento e motoristas<br />
precisam realizar a gestão de risco,<br />
adotando um comportamento mais seguro<br />
na direção do caminhão. Para todos<br />
caminhoneiros um feliz dia”.<br />
Roger Alm<br />
Presidente de Marketing e Vendas da Volvo
É você quem toca a economia do Brasil para frente.<br />
www.sinotruk.com.br<br />
293 revistacaminhoneiro.com.br 49<br />
A SINOTRUK USA E RECOMENDA
50<br />
revistacaminhoneiro.com.br 293
293 revistacaminhoneiro.com.br 51
52<br />
ReFoRma<br />
A empresa anunciou a<br />
sua entrada no mercado<br />
brasileiro de recapagem<br />
de pneus comerciais.<br />
revistacaminhoneiro.com.br 293<br />
Texto: Graziela Potenza l Foto: Divulgação<br />
continental na recapagem<br />
A<br />
princípio serão inauguradas duas<br />
reformadoras de pneus por ano.<br />
Para se tornar uma reformadora<br />
de pneus da Continental será<br />
necessário investir entre US$ 800 mil<br />
e US$ 1 milhão. “Estamos procurando<br />
parceiros no Brasil como já fizemos em<br />
outros países como Estados Unidos, México,<br />
Venezuela, Equador, entre outros”,<br />
diz Paul Williams, vice-Presidente Executivo<br />
de Pneus para Veículos Comerciais<br />
da Continental Tire North America Inc.<br />
Nesse projeto, a Continental trabalhará<br />
em três frentes: parceria com as revendas<br />
da marca interessadas em incorporar<br />
a prestação desse serviço, com novas<br />
empresas dispostas a investir em recapagem<br />
de pneus de carga e com companhias<br />
que já atuam nesse segmento e<br />
que tenham interesse em trabalhar com<br />
a bandeira Continental.<br />
“Nossa rede é integrada atualmente<br />
por mais de 200 pontos de vendas de<br />
pneus de carga em todo o território nacional<br />
e, em um primeiro momento, o foco<br />
está na oferta dos serviços de recapagem<br />
nos grandes centros. Os parceiros<br />
contarão com o suporte técnico e logístico<br />
de nossa equipe desde a definição<br />
dos layouts e seleção de maquinário,<br />
passando pelo treinamento das equipes<br />
de recapadores e de vendas. Sabemos<br />
que para muitos deles esse será um negócio<br />
totalmente novo, mas que apresenta<br />
um imenso potencial”, detalha Renato<br />
Sarzano, diretor-Superintendente e responsável<br />
pelas Operações Comerciais de<br />
Pneus da Continental na América Latina.<br />
Recapar significa repor a banda de rodagem<br />
desgastada pelo uso. A prática,<br />
adotada mundialmente, surgiu da possibilidade<br />
de se reaproveitar com total se-<br />
gurança a carcaça, projetada pelos principais<br />
fabricantes de forma a suportar diversas<br />
sobrevidas.<br />
Por isso, dentro da estratégia de seu<br />
projeto de recapagem, a Continental está<br />
trazendo para o mercado brasileiro a ContiTread,<br />
banda de rodagem que mantém<br />
as mesmas características dos pneus de<br />
carga da marca, proporcionando performance<br />
equivalente à original em sucessivas<br />
recapagens, tanto na entrega de alta<br />
quilometragem como no baixo consumo<br />
de combustível e no desgaste uniforme.<br />
As bandas são produzidas na fábrica da<br />
Continental em Morélia, no México, uma<br />
das mais modernas plantas do Grupo em<br />
todo o mundo, e responsável pelo abastecimento<br />
dos mercados dos Estados Unidos,<br />
América Central e agora também<br />
do Brasil. O processo de reforma adotado<br />
pela Continental emprega equipamentos<br />
automatizados de avançada tecnologia<br />
que asseguram um perfeito posicionamento<br />
dos componentes, garantindo<br />
assim a otimização do processo e minimizando<br />
os estoques de matéria-prima.<br />
“A recapabilidade é hoje um forte argumento<br />
de venda para os fabricantes<br />
de pneus novos. Ao maximizar a vida útil<br />
dos pneus utilizando as bandas ContiTread<br />
ajudamos o meio ambiente. Elas reduzem<br />
os custos operacionais e tornam-<br />
-se um importante diferencial para as fro-<br />
tas”, explica Gilberto Viviani, gerente Nacional<br />
de Vendas de Pneus para Veículos<br />
Comerciais da Continental.<br />
“A proposta da ContiTread é revolucionária<br />
em sua essência. Ao introduzir<br />
no processo de recapagem dos pneus<br />
de carga fatores críticos como manutenção<br />
do desenho original da banda de<br />
rodagem e emprego do mesmo composto<br />
do pneu original, as melhoras obtidas<br />
na sobrevida são surpreendentes.<br />
Ela permite que o pneu siga oferecendo<br />
a mesma economia de combustível<br />
e o alto desempenho que são referências<br />
para os produtos da empresa em<br />
todo o mundo. Projetamos um ganho<br />
substancial em relação aos demais métodos<br />
de recapagem em itens da maior<br />
importância como consumo de combustível,<br />
durabilidade quilométrica, capacidade<br />
de escoamento de água e poder<br />
de tração”, acrescenta Renato Sarzano.<br />
As bandas ContiTread estão disponíveis<br />
nos desenhos HSR, HSR2 SA,<br />
LSR1, HDR2 SA, HDR1, HTL Eco Plus,<br />
HSU1, LSU1, HSC1,HSC e HDC1. Para<br />
os próximos meses, já está prevista a<br />
introdução da banda para o HTR2 SA.<br />
O atual portfólio da marca contempla<br />
pneus, nas mais diversas opções de<br />
medidas, para os segmentos de longa<br />
distância, tráfego regional, tráfego<br />
urbano e construção. s
293 revistacaminhoneiro.com.br 53
54<br />
lanÇamenTo<br />
Sinotruk aposta na<br />
Após anunciar a instalação de sua fábrica em Lages, SC, a empresa lança no Brasil,<br />
a linha de pesados A7, com motores Euro 5, que será comercializada em setembro.<br />
“<br />
A<br />
Sinotruk Brasil está firme na<br />
consolidação de seus planos<br />
para o mercado brasileiro”, disse<br />
Joel Anderson, diretor Geral<br />
da Sinotruk Brasil durante o lançamento<br />
da família de caminhões Premium A7<br />
que aconteceu nos dias 10 e 11 de julho,<br />
em Mogi das Cruzes, SP.<br />
Prova dessa afirmação são as ações<br />
que estão sendo implantadas no Brasil.<br />
Entre elas, a construção de sua fábrica<br />
em Lages, SC, que prevê investimentos de<br />
R$ 300 milhões somente na implementação<br />
da estrutura de produção, com capital<br />
76% nacional e 24% oriundo da China.<br />
revistacaminhoneiro.com.br 293<br />
Texto: Graziela Potenza l Fotos: Divulgação<br />
A estimativa da empresa é nacionalizar<br />
65% dos componentes. Joel Anderson<br />
afirma que já há conversações com<br />
os fornecedores nacionais de autopeças<br />
para fazerem parte do consórcio de produção,<br />
que tem previsão para começar<br />
a montar os primeiros caminhões, em<br />
regime CKD, a partir de janeiro de 2014.<br />
Inicialmente, a fábrica terá capacidade<br />
de montar cinco mil caminhões por<br />
ano, ampliando para oito mil a partir do<br />
segundo ano. Essa iniciativa de montar<br />
os caminhões no Brasil atraiu investidores<br />
e, em breve, serão anunciados os<br />
nomes de dois novos sócios da marca.<br />
Outra novidade está prevista para<br />
2013. Trata-se do lançamento da linha<br />
de comerciais leves da marca. Isto porque<br />
a CNHTC (China National Heavy Truck<br />
Company), adquiriu, recentemente,<br />
na China, fabricantes de veículos leves.<br />
“Valorizamos muito o nosso pós-venda”,<br />
fala Sergio Horvath, gerente de Pós-<br />
-Venda da Sinotruk Brasil. Complementando<br />
esse raciocínio, João Silvano Pacheco,<br />
gerente Nacional de Desenvolvimento<br />
de Rede lembra que hoje, a Sinotruk<br />
conta com 35 concessionárias no País.<br />
“A meta é inaugurar mais cinco unidades<br />
este ano e mais 11, em 2013, e ou-
família A7<br />
tras 11, em 2014, em 24 estados. A rede<br />
conta com apoio de Centro de distribuição<br />
de peças instalado em Curitiba, PR”.<br />
Outra ação importante para ganhar espaço<br />
no mercado brasileiro foi o recente<br />
lançamento da sua família de caminhões<br />
Premium A7. Vocacionados para o transporte<br />
de longa distância, de distribuição<br />
e fora de estrada, os veículos são ideais<br />
para aplicações rodoviárias pesadas como<br />
as composições articuladas, caso do<br />
bitrem, rodotrem ou treminhão.<br />
“Os caminhões A7 são produzidos em<br />
uma moderna fábrica da Sinotruk em Jinan,<br />
na China, com métodos de produ-<br />
ção e controle de qualidade que asseguram<br />
aos caminhões o mais alto padrão<br />
de qualidade em todas as etapas produtivas,<br />
conferindo aos veículos Sinotruk<br />
destacada presença em diversos mercados<br />
do mundo”, lembra Joel Anderson.<br />
Entre as vantagens da família A7 estão<br />
o projeto moderno que utiliza componentes<br />
de última geração e a produção<br />
verticalizada, com grande parte dos<br />
componentes produzidos nas instalações<br />
da Sinotruk China, garantindo total qualidade<br />
do processo e dos componentes,<br />
com consequentes ganhos de escala e<br />
redução de custos.<br />
Os veículos têm tanque de ureia.<br />
293 revistacaminhoneiro.com.br 55
A família A7 chega com motor Sinotruk<br />
D12 (Euro 5), turbo intercooler, de gerenciamento<br />
eletrônico, equipado com sistema<br />
de injeção do tipo common rail, proporcionando<br />
alta potência, elevado torque,<br />
baixos níveis de emissões em total<br />
conformidade com as exigências das normas<br />
de emissões Proconve P-7 ou Euro 5.<br />
Conta com o sistema SCR (sigla em<br />
inglês que significa Redução Catalítica<br />
Seletiva) de pós-tratamento de gases,<br />
mediante a utilização do componente<br />
Arla 32, que é comprovadamente a mais<br />
eficiente e adequada para as aplicações<br />
em veículos pesados. Trata-se de um sistema<br />
já adotado pela maioria das fabricantes<br />
de caminhões instaladas no Brasil<br />
e seu bom desempenho foi comprovado<br />
em milhares de testes realizados<br />
em outros países. A utilização da SCR<br />
reduz de forma drástica a emissão de<br />
óxido de nitrogênio e proporciona economia<br />
de combustível. Isso sem ser necessário<br />
realizar mudanças significativas<br />
no motor.<br />
O motor D12 Sinotruk possui mecânica<br />
simples e baixo custo operacional<br />
já comprovados nas opções Euro<br />
III em diversos mercados onde a Sinotruk<br />
atua com destaque para a China,<br />
Rússia, países africanos e Oriente Médio,<br />
sempre operando em condições de<br />
uso severo, comprovando a grande resistência<br />
e confiabilidade do produto.<br />
A moderna cabine da família A7 possui<br />
desenho funcional e aerodinâmico<br />
com excelente projeto ergonômico con-<br />
56<br />
lanÇamenTo<br />
revistacaminhoneiro.com.br 293<br />
tribuindo para um ambiente confortável<br />
e moderno. É equipada com suspensão<br />
a ar com quatro pontos de ancoragem e<br />
sistema de amortecimento lateral.<br />
Conta com elevado número de porta-<br />
-objetos distribuídos estrategicamente no<br />
interior da cabine. O acesso à cabine é fácil<br />
e seguro, proporcionado pelo grande<br />
ângulo de abertura das portas e pela presença<br />
de três degraus antiderrapantes.<br />
O volante é regulável em inclinação e<br />
profundidade proporcionando sempre a<br />
correta posição de condução ao motorista,<br />
independente do seu biotipo. De<br />
dentro da cabine há uma excelente visibilidade<br />
em todas as direções graças a<br />
uma ampla área envidraçada e retrovisores<br />
corretamente localizados nas posições<br />
lateral e frontal, que possuem acionamento<br />
elétrico. Há também um eficiente<br />
sistema de ar-condicionado digital<br />
e sistema de ventilação interna otimizado,<br />
proporcionando elevado nível de<br />
conforto térmico no interior da cabine.<br />
Além disso, os Sinotruk A7 apresentam<br />
excelente nível de isolamento termo<br />
acústico, apresentando baixos níveis de<br />
ruído e excelente temperatura em quaisquer<br />
condições climáticas.<br />
O painel de instrumentos foi projetado<br />
com desenho agradável e funcional,<br />
com todos os instrumentos providos<br />
de iluminação do tipo LED. Os<br />
comandos e teclas estão ergonomicamente<br />
distribuídos e são de fácil<br />
alcance e utilização.<br />
A cabine leito é equipada com duas<br />
camas de série para a versão teto alto.<br />
Cabine alta permite duas camas.<br />
O assento do motorista é equipado com<br />
suspensão a ar, apoio de braço e cinto<br />
de segurança de três pontos. Possui<br />
sistema de som completo com entrada<br />
USB. O volante é equipado com sistema<br />
de teclas e comandos multifuncionais.<br />
A cabine possui piso semi-plano o<br />
que proporciona amplo espaço interno<br />
e conforto aos ocupantes.<br />
Para dar o toque final, o acabamento<br />
interior tem forração em padrões de tons<br />
claros proporcionando excelente visual.<br />
Os caminhões A7 estão equipados com<br />
a versão mais recente do sistema ABS/<br />
ASR (sistema anti-bloqueio) de freios da<br />
marca Wabco, o qual é complementa-<br />
Painel ergonômico. O volante é regulável em inclinação e profundidade. Facilidade com o câmbio automatizado.
293 revistacaminhoneiro.com.br 57
58<br />
lanÇamenTo<br />
“Os caminhões A7 são produzidos em uma moderna fábrica da Sinotruk<br />
em Jinan, na China, com métodos de produção e controle de qualidade<br />
que asseguram aos caminhões o mais alto padrão de qualidade“.<br />
do pelos sistemas EBL (distribuição eletrônica<br />
das forças de frenagem) e TPM<br />
(monitor de pressão de pneus). O sistema<br />
atende todos os requisitos exigidos<br />
pelas últimas normas americanas referentes<br />
aos sistemas de freios e acessórios<br />
adicionais. O ASR evita deslizamento<br />
das rodas do veículo, o EBL garante<br />
melhor distribuição da frenagem<br />
e o TPM mede as alterações em tempo<br />
real da frenagem em função da pressão<br />
dos pneus.<br />
As luzes traseiras são equipadas com<br />
lâmpadas de LED, as quais garantem alto<br />
brilho, vida longa e baixo índice de falhas<br />
contribuindo para melhorar a segurança<br />
na condução noturna.<br />
O freio motor EVB do tipo combinado<br />
(Borboleta + Atuação no Cabeçote)<br />
possui alta capacidade de frenagem que<br />
proporciona sensível redução do desgaste<br />
dos componentes do sistema de freio<br />
de serviço, aumentando o nível de segurança<br />
com consequente redução dos<br />
custos operacionais.<br />
cada modelo<br />
O cavalo-mecânico A7 380 4x2 (teto<br />
alto e baixo) é equipado com motor<br />
Sinotruk Euro V D12 com potência de<br />
380 cv a 2.000 rpm e torque de 1650<br />
Nm de 1.100 a 1.400 rpm. Ele oferece<br />
versatilidade no aproveitamento das di-<br />
versas configurações de eixos permi- ca CNHTC, tipo automatizada de16 ve- Quanto custam?<br />
Detalhe do compartimento interno.<br />
revistacaminhoneiro.com.br 293<br />
tidas pela Lei da Balança, em conjunto<br />
com semirreboques de três eixos<br />
simples, espaçados ou ainda do tipo<br />
1+2. Essa faixa de potência representa<br />
a maior densidade de veículos na<br />
categoria. No que diz respeito a pesos<br />
e dimensões, possui Peso Bruto Total<br />
Combinado (PBTC) de 46 toneladas.<br />
O A7 380 4x2 possui duas opções de<br />
caixas de transmissão: a primeira da marca<br />
CNHTC (Sinotruk), do tipo automatizada,<br />
com 16 velocidades a frente e 4 à<br />
ré e como segunda opção, a caixa mecânica,<br />
sincronizada da marca Shaanxi<br />
Fast Gear, modelo 12JS160TA com 12<br />
velocidades para frente e 2 à ré.<br />
Possui cabine tipo avançada, construída<br />
em aço de alta resistência, com<br />
opções de teto baixo (com uma cama)<br />
e teto alto (com duas camas).<br />
A opção rodoviária 6x2 de 420 cv a<br />
2.000 rpm e torque de 1.820 Nm de 1.100<br />
a 1.400 rpm oferece distribuição de peso<br />
mais equilibrada para aplicações como<br />
carga geral, transportes frigorificados,<br />
basculantes, tanques, entre outros.<br />
O conforto da cabine oferecida em teto<br />
alto (com duas camas) e teto baixo (com<br />
uma cama) e seu resultado econômico<br />
operacional são argumentos fortes na<br />
disputa pelo segmento Premium na categoria<br />
do transporte rodoviário pesado.<br />
Assim como o A7 380 4x2, a tração de<br />
420 cv 6x2, possui duas opções de caixa<br />
de transmissão: A primeira da mar-<br />
locidades à frente e 4 à ré e como segunda<br />
opção a caixa Shaanxi Fast Gear<br />
modelo 16JS200T, tipo mecânica de<br />
16 velocidades à frente e 2 à re.<br />
O modelo de 460 cavalos a 2.000 rpm<br />
e torque de 2.000 Nm entre 1.100 a 1.400<br />
rpm, com tração 6x4, pertence ao segmento<br />
Premium de aplicações rodoviárias<br />
mais pesadas, como as composições<br />
articuladas, caso do bitrem, rodotrem e<br />
treminhão. Com uma cabine renovada<br />
e dispositivos de conforto e segurança,<br />
o cavalo-mecânico atende às mais ri-<br />
gorosas demandas técnicas do mercado<br />
brasileiro, proporcionando um custo/benefício<br />
favorável. Conta com caixa<br />
de transmissão CNHTC (Sinotruk) automatizada<br />
de 16 velocidades à frente e<br />
4 à ré e como as outras configurações,<br />
tem como opção a transmissão mecânica<br />
sincronizada, marca Shaanxi Fast<br />
Gear 16JS200 TA de 16 velocidades à<br />
frente e 2 à ré. Com PBTC de 74 toneladas,<br />
possui cabine avançada com opções<br />
de teto alto (com duas camas) e<br />
teto baixo (com uma cama).<br />
O A7 420 8x4 é voltado para tarefas<br />
severas. Equipado com o moderno motor<br />
Sinotruk D 12 42 50 Euro 5 de<br />
420 cv a 2000 rpm e torque de 1850<br />
Nm de 1100 a 1400 rpm, se constitui<br />
em uma excelente opção para uso<br />
em aplicações fora de estrada de todos<br />
os tipos, como transporte de minérios<br />
e construção civil.<br />
O trem de força do A7 420 8x4<br />
combina um motor de conceito moderno<br />
com elevada potência e torque,<br />
além de baixos níveis de emissões. Possui<br />
transmissão automatizada Sinotruk<br />
HW 20716 A de 16 velocidades para a<br />
frente e 4 à ré. O destaque desse caminhão<br />
plataforma fica por conta da moderna<br />
cabine Sinotruk que incorpora<br />
os mais modernos conceitos de ergonomia<br />
e de conforto. s<br />
Os caminhões A7 chegam ao Brasil<br />
com preço sugerido de R$ 270 mil<br />
para o cavalo-mecânico 4x2. A versão<br />
6x2 tem preço estimado em R$ 310<br />
mil e o modelo top de linha, 6x4, custa<br />
R$ 340 mil. Os veículos serão comercializados<br />
na rede de concessionárias<br />
da marca partir de 1º de setembro.<br />
Em novembro, a marca também<br />
disponibilizará as versões de chassis<br />
rígido com tração 6x4 e 8x4, para aplicações<br />
severas.
293 revistacaminhoneiro.com.br 59
TecnologIa<br />
Quando você vê um caminhão<br />
rodando pelas ruas e estradas,<br />
não deve imaginar o verdadeiro<br />
batalhão de pessoas<br />
que trabalharam para que isso acontecesse.<br />
E cada modelo tem que atender<br />
uma determinada necessidade.<br />
Mas como saber quais as necessidades<br />
do cliente que se transformam na<br />
definição das características que o novo<br />
produto terá? Na Iveco, quem tem essa<br />
tarefa é Cristiane Nunes, gerente da<br />
Linha Pesada, do Centro de Desenvolvimento<br />
de Produto (CDP) da Iveco. Uma<br />
mistura de engenheira, detetive e “futuróloga”<br />
que junto com sua equipe visita<br />
clientes, caminhoneiros, faz clínicas<br />
de produto para saber qual o caminhão<br />
que deverá ser lançado. Com seus<br />
60<br />
Texto: Francisco Reis l Fotos: Divulgação<br />
o cérebro da<br />
iveco<br />
é nele que surgem grandes ideias que se transformam<br />
em caminhões de alta qualidade.<br />
Se o motor é considerado o coração do caminhão, o Centro de Desenvolvimento<br />
de Produtos pode ser considerado o cérebro da Iveco.<br />
revistacaminhoneiro.com.br 293<br />
conhecimentos de Engenharia faz os cálculos,<br />
projetos e passa “a bola” pra frente.<br />
O mais difícil é projetar um produto<br />
que será utilizado só daqui a dois anos,<br />
tempo médio que demora a produção de<br />
um novo modelo. Nesse quesito, a experiência,<br />
colaboração da equipe e estudo<br />
do mercado futuro lhe dão grandes chances<br />
de não errar.<br />
Uma vez determinado o produto, a engenharia<br />
começa a dar formas nas necessidades<br />
do cliente. “O Brasil virou referência em<br />
termos de Engenharia”, afirmou Marco Liccardo,<br />
diretor de Engenharia de Produto da<br />
Iveco, que comanda o CDP, em Sete Lagoas,<br />
substituindo Renato Mastrobuono, que<br />
passou a exercer novas funções. “Um caminhão<br />
validado no Brasil, pode rodar em<br />
qualquer parte do mundo”.<br />
O desenvolvimento do produto começa<br />
pelo estudo de conceitos, que às vezes<br />
exige a construção de protótipos para<br />
que alguns clientes opinem. Depois se<br />
desenvolve o produto e processos, com<br />
soluções que são focadas na validação.<br />
Uma vez escolhido o veículo, a Iveco toma<br />
todas as providências para que saia o<br />
caminhão que atenda as diretrizes básicas<br />
do que precisa ser o modelo, e depois,<br />
a engenharia se dedica às características<br />
estruturais para ter total confiabilidade.<br />
E a bola passa para a engenharia, produção,<br />
construção de veículos de pré-série<br />
e de série e se chega aos primeiros meses<br />
de produção. Mas até esse ponto, no<br />
caso do Iveco Stralis Ecoline, foram mais<br />
de um milhão de horas/homem e uma<br />
centena de protótipos.
293 revistacaminhoneiro.com.br 61
TecnologIa<br />
importância<br />
Lendo assim, até parece simples, porém,<br />
o CDP em Sete Lagoas é o sexto<br />
centro de desenvolvimento da Iveco e o<br />
primeiro fora da Europa. Para se ter uma<br />
ideia da importância do CDP, a Iveco tem,<br />
no mundo inteiro, 1.500 engenheiros, o<br />
CDP de Minas Gerais tem 300.<br />
“É preciso um centro de desenvolvimento<br />
aqui no Brasil porque o produto<br />
e as condições da Europa são diferentes<br />
do nosso país”, compara Marco<br />
Liccardo. “Aqui se pode transportar<br />
até 74 toneladas, e lá, apenas 44.<br />
Aqui, além disso, se tem sobrecarga e<br />
excesso de velocidade”.<br />
Em 2007, dois Iveco Stralis AS tiveram<br />
150 pontos monitorados e rodaram<br />
120 mil quilômetros para marcarem<br />
as principais características do percurso,<br />
para saber como se comportariam<br />
e quais as necessidades que eles<br />
precisariam atender. O teste chegou a<br />
nível de medir até os esforços no pneu.<br />
O resultado foi a constatação de que o<br />
nível de dano aqui foi 20 vezes maior do<br />
que seria na Europa.<br />
Validar um produto, não significa a validação<br />
física, pois a Iveco tem disciplinas<br />
que permitem fazer a validação virtual.<br />
Para isso, é feita uma coleta minuciosa<br />
e com muito critério de todos os<br />
dados. Além disso, existem os protótipos<br />
virtuais que podem apontar eventuais<br />
problemas. E só depois se passa aos<br />
testes físicos que servem para a verificação<br />
final do resultado da simulação e<br />
da confiabilidade de produto.<br />
No computador é possível antever os resultados.<br />
62<br />
rodando<br />
revistacaminhoneiro.com.br 293<br />
Uma vez validado o<br />
caminhão, é hora de<br />
colocá-lo para rodar.<br />
E nessas horas, quem<br />
pega literalmente no<br />
pesado é a equipe dos<br />
pilotos de teste que<br />
não são simples motoristas.<br />
São pessoas experientes para conduzir<br />
o caminhão da melhor maneira por<br />
obstáculos que testam chassi, conforto,<br />
transmissão, turbo, dirigibilidade entre<br />
outros. Tem um teste específico para<br />
embreagem, que a obriga suportar<br />
1.000 partidas. No caso do turbo, ele começa<br />
a ser testado ao nível do mar e sobe<br />
até 2.000 metros de altitude. Em uma<br />
câmara fria, o caminhão fica exposto a<br />
uma temperatura de -15º. E, muito útil<br />
aqui em São Paulo, tem o “enchente hability”,<br />
no qual o caminhão passa por uma<br />
área alagada com a água chegando até<br />
a metade da porta.<br />
Também tem o crash test feito para garantir<br />
a segurança do motorista, assim<br />
como o de tombamento para ver se em<br />
caso de capotamento, o motorista sairá<br />
ileso. E para quem gosta de tremer, o<br />
hidropulse é o ideal. Um equipamento<br />
onde a cabine do caminhão é colocada<br />
e passa horas “tremendo”.<br />
Para isso, a Iveco conta com 40 pilotos<br />
de teste que para ocuparem o cargo<br />
precisam mostrar dedicação, sensibilidade<br />
e passar por um treinamento. Além<br />
disso, tem que ter carteira E, ensino médio,<br />
cursos de direção defensiva, mecânica<br />
eletrônica, interpretação de falhas,<br />
curso Mopp e muita sensibilidade. Com<br />
tudo isso, ele passa um ano treinando,<br />
ao lado de um piloto experiente, que passa<br />
os detalhes da profissão.<br />
Uma vez aprovado como piloto de teste,<br />
passa a fazer os testes dos caminhões.<br />
Ao chegar do test drive, ele faz um relatório<br />
onde coloca tudo o que sentiu, percebeu<br />
e viu. Esse relatório é analisado<br />
por uma técnica que checa todos os pontos<br />
anotados.<br />
De 2007, quando foi inaugurado, até<br />
hoje, os caminhões do CDP rodaram 2,5<br />
milhões de quilômetros, algo em torno<br />
de 62 voltas na Terra.<br />
Hidropulse treme a cabine milhares de vezes para garantir que tudo fica no lugar.<br />
E são esses quilômetros e esses pilotos<br />
que levaram a Iveco a mudar a parte externa<br />
do catalisador e o tanque de ureia. A parte<br />
externa do catalisador não aguentava o<br />
terreno acidentado do Brasil e o tanque de<br />
ureia vazava pelo mesmo motivo. A Iveco<br />
reforçou o catalisador e criou um bocal para<br />
o tanque que não vaza. Ambas as soluções<br />
foram adotadas no mundo todo, assim<br />
como o reforço do nível de blindagem<br />
do conector do chicote elétrico.<br />
pilotos<br />
Um dos pilotos de teste é Rodrigo Rocha,<br />
na empresa há três anos. A bordo<br />
de um Stralis AS, 480 cv, teto baixo, pilota<br />
por uma pista de pedra, volta pela<br />
pista de torção e finaliza essa pequena<br />
demonstração na pista de impacto.<br />
“Piloto de teste é uma coisa boa”, diz sorrindo<br />
Rocha. “Estava acostumado com a<br />
estrada, mas é muito gratificante participar<br />
de uma empresa que te dá condição de aprender,<br />
crescer na profissão ajudando a desenvolver<br />
um produto. Acho minha função de<br />
total importância, pois se não fizer com qualidade,<br />
o resultado vai ficar mascarado”.<br />
São três equipes de pilotos para que<br />
o caminhão não pare nem à noite. Para<br />
que o piloto não fique muito cansado, a<br />
cada 20 voltas nas três pistas, ele para<br />
e faz uma checagem geral. Cada piloto<br />
de teste roda, em média, 600 km por dia.<br />
Saionara Helena da Silva é auxiliar técnica<br />
de especialista e responsável por<br />
receber os relatórios onde os pilotos de<br />
testes fazem suas anotações. Ela passa<br />
esses relatórios para a Engenharia que,<br />
baseada nesses dados, prepara os protótipos<br />
para serem testados.<br />
Mas a Iveco acredita que sempre se<br />
pode melhorar, por isso, prepara uma<br />
nova pista de teste que será inaugurada<br />
em 2013. s
293 revistacaminhoneiro.com.br 63
24ª gIncana do camInHoneIRo 3ª eTapa<br />
Pula a fogueira<br />
dribla o ‘cone’<br />
Por: Núbia Boito<br />
Fotos: Mauricio Fernandes<br />
64<br />
revistacaminhoneiro.com.br 293
iaiá,<br />
ioiô<br />
Texto: Núbia Boito l Fotos: Maurício Fernandes<br />
Foi em clima de festa junina, que caminhoneiros<br />
de todo o Brasil participaram da terceira etapa<br />
do evento, realizada de 22 a 24 de junho, no Auto<br />
Posto São Jorge, em Vitória da Conquista, BA.<br />
Em meio às comemorações juninas, a cidade de Vitória da Conquista,<br />
no sudoeste baiano, se rendeu à adrenalina da disputa<br />
classificatória de slalom no comando de um caminhão Volkswagen<br />
19.390, quando 412 caminhoneiros foram para a pista<br />
mostrar habilidade e precisão no volante, driblando os cones.<br />
Para garantir a classificação e conquistar uma vaga para a<br />
grande final do evento, que contemplará, em 25 de novembro,<br />
o grande campeão com um caminhão Volkswagen zero km, os<br />
caminhoneiros precisaram atingir o tempo pré-classificatório<br />
de 23 segundos. Atingida a meta, o competidor partiu para<br />
uma segunda volta, com um grau maior de dificuldade. Enquanto o caminhoneiro<br />
fez a prova, uma dupla de cronometristas da Chronosat, empresa homologada<br />
pela Confederação Brasileira de Automobilismo, registrou, com o auxílio de<br />
uma fotocélula, o tempo do participante e revelou os três classificados da etapa.<br />
O clima de competição ficou mais tenso no domingo, quando uma garoa insistente<br />
resolveu se instalar na cidade, interrompendo a prova por algumas horas,<br />
por questão de segurança. Alguns caminhoneiros chegaram até a tentar secar<br />
a pista com o rodo.<br />
Quem fez a prova antes, ficou mais tranquilo. Caso do caminhoneiro Leandro<br />
César Miguel, que saiu de Alfenas, MG, com a namorada Larissa Amaral, especialmente<br />
para participar do evento. “Fiquei sabendo através da empresa em que<br />
trabalho e contei para a Larissa, que me deu a maior força para vir”, contou o mineiro<br />
que ficou bem no ranking dos classificados já no sábado, terminando a etapa<br />
com o terceiro melhor tempo e uma vaga para a grande final.<br />
Assim como para Leandro, as festividades de São João também tiveram sabor<br />
especial para os paranaenses Daniel Bero, de Quatro Barras, e Hélio Moacir<br />
Chianfa, de Arapongas, respectivamente primeiro e segundo classificados na<br />
etapa. Aliás, Daniel Bero, que foi finalista na edição do ano passado, só se classificou<br />
por ter feito o melhor tempo da etapa, conforme regulamento da prova<br />
(confira quadro de finalistas).<br />
293 revistacaminhoneiro.com.br 65
24ª gIncana do camInHoneIRo 3ª eTapa<br />
de palestra a qUadrilha<br />
A animação tomou conta do Auto<br />
Posto São Jorge, que sediou o<br />
evento pela primeira vez. Como no<br />
Nordeste este período é altamente<br />
festejado, a Gincana do <strong>Caminhoneiro</strong><br />
também entrou no clima<br />
das festividades juninas: o estande<br />
do credenciamento foi todo enfeitado<br />
com bandeirinhas. E no domingo,<br />
houve uma apresentação da<br />
quadrilha Kd.Achei, um verdadeiro<br />
show de cultura local. Ainda dentro<br />
do quesito regionalidade, no sábado,<br />
houve show de Giovan da Paraíba,<br />
com um repertório de forrós.<br />
Os caminhoneiros que estiveram<br />
em Vitória da Conquista foram bem<br />
recebidos pela equipe do proprietário<br />
do posto Evandro Chemello e puderam<br />
reencontrar amigos, participar<br />
do test drive exclusivo com caminhões<br />
da nova linha VW Advantech<br />
Daniel Bero<br />
Quatro Barras – PR<br />
19 segundos e 836 milésimos<br />
É a sexta vez que Daniel se classifica<br />
para uma final. Aos 32 anos,<br />
dos quais 12 dedicados à profissão,<br />
o paranaense chegou dizendo que faria<br />
sua prova na casa dos 19 segundos<br />
e, em meio a uma tarde de garoa,<br />
dito e feito: conseguiu!<br />
(todos com motorização Euro 5, que<br />
atendem às novas normas brasileiras<br />
de poluentes, o Proconve P7), além<br />
de participar de palestras ministradas<br />
pela equipe da MAN Latin America e<br />
da Cummins (através das unidades de<br />
negócios Fleetguard e Cummins Emission<br />
Solution). O Sest/Senat também<br />
esteve presente no evento com palestras<br />
de conscientização da conduta<br />
do caminhoneiro no trânsito, além de<br />
testes de coordenação motora.<br />
A Gincana do <strong>Caminhoneiro</strong> também<br />
tem um lado social: os participantes<br />
da terceira etapa puderam participar<br />
de uma campanha de arrecadação<br />
de alimentos não perecíveis.<br />
No total, foram arrecadados 450 quilos<br />
de alimentos, que foram encaminhados<br />
a duas entidades: Comunidade<br />
Nossa Senhora da Conceição da<br />
Paróquia Nossa Senhora de Fátima<br />
Hélio moacir Chianfa<br />
Arapongas – PR<br />
20 segundos e 014 milésimos<br />
Doze vezes! Sim, Hélio já esteve<br />
numa final da Gincana 12 vezes, mas<br />
ainda não levou o caminhão para casa.<br />
Empregado e aos 43 anos de idade,<br />
Hélio dedica à classificação à esposa<br />
Lucimara e aos filhos Gabriel e<br />
Thiago. “Fui abençoado por Deus”,<br />
conclui.<br />
Emoção é o que não falta entre os participantes<br />
da Gincana do <strong>Caminhoneiro</strong>.<br />
e Comunidade São Roque, da Paróquia<br />
Nossa Senhora das Candeias.<br />
E vem mais por aí! Ainda restam<br />
três etapas da 24ª Gincana do <strong>Caminhoneiro</strong>.<br />
A próxima acontecerá entre<br />
os dias 17 e 19 de agosto, no Posto<br />
Gasparin, em Foz do Iguaçu, PR.<br />
OS FINALISTAS<br />
Leandro César miguel<br />
Alfenas – MG<br />
22 segundos e 023 milésimos<br />
Leandro tem 28 anos e começou na<br />
estrada na Espanha, onde morou por<br />
três anos. De volta ao Brasil, continuou<br />
na profissão, trabalhando como empregado.<br />
“Andei 1.200 quilômetros firme<br />
na proposta de me classificar e consegui”,<br />
relatou o mineiro que participou,<br />
pela primeira vez, da prova.
INFORMAÇÃO, AuxílIO AO pRóxIMO e eMOÇÃO<br />
1<br />
2<br />
3<br />
4<br />
5<br />
6<br />
7<br />
8<br />
9<br />
10<br />
11<br />
12<br />
acontece na Gincana<br />
O casal Evandro Leonir Chemello e Flávia Lopes,<br />
proprietários do Auto Posto São Jorge: exemplo de<br />
hospitalidade!<br />
Show de Giovan da Paraíba, muito forró para os<br />
presentes em Vitória da Conquista.<br />
<strong>Caminhoneiro</strong>s se inscrevem para participar da<br />
prova em estande “vestido” para o São João!<br />
A chuva interrompeu a prova no domingo, por<br />
questão de segurança.<br />
Lan house permitiu que os presentes disputassem<br />
um game virtual de slalom.<br />
A Gincana do <strong>Caminhoneiro</strong> arrecadou 450 quilos<br />
de alimentos não perecíveis para duas comunidades<br />
carentes da região.<br />
Nas extremidades, Thiago Reinas e Anderson<br />
Guosia, da Cummins, recebem caminhoneiros no<br />
estande.<br />
Painel mostra o placar com a classificação da<br />
etapa. Como Joaquim Veríssimo, de São Luís,<br />
MA, foi finalista em 2011, só poderia se classificar<br />
em primeiro lugar.<br />
Lourival Pereira, de Curitiba, PR, conheceu a esposa<br />
Kátia há 20 anos na transportadora onde<br />
trabalharam e, desde então, viajam juntos sempre<br />
que podem.<br />
Hora de arrumar a carga para seguir viagem. Foi o<br />
que fez João Paulo Pedriça, de Arapongas, PR, após<br />
fazer a prova de slalom.<br />
Álvaro Mariotto, consultor técnico da MAN Latin<br />
America, fala aos caminhoneiros sobre os caminhões<br />
da linha Advantech.<br />
Flagrado fazendo seu café da manhã, Pedro Terres<br />
Jr. de Itaiópolis, SC, seguiu os passos do pai (já falecido)<br />
e está na estrada há quatro anos.<br />
1 2<br />
3 4<br />
5 6<br />
7 8<br />
9 10<br />
11 12<br />
293 revistacaminhoneiro.com.br 67
68<br />
A lenda viva Valdir<br />
Joaquim de Moraes<br />
Nascido em Porto Alegre, no dia 23 de novembro de 1931, Valdir Joaquim<br />
de Moraes foi um dos maiores goleiros da história do Palmeiras.<br />
Ele vestiu a camisa do Verdão entre<br />
1958 e 1968 em 482 jogos,<br />
segundo o Almanaque do Palmeiras,<br />
com 290 vitórias, 97 empates<br />
e 95 derrotas.<br />
Começou a carreira no Renner, de<br />
Porto Alegre, em 1947 e encerrou no<br />
Cruzeiro em 1969, passando em seguida<br />
a treinar goleiros.<br />
Nessa função, se tornou um dos melhores<br />
do mundo, com participação na comissão<br />
técnica da Seleção Brasileira na Copa<br />
de 1982, comandada por Telê Santana.<br />
No São Paulo, acompanhou o Mestre<br />
Telê na conquista do bicampeonato da<br />
Libertadores e do Mundial. Foi o responsável<br />
pela recuperação do goleiro Zetti,<br />
tetracampeão com a seleção brasileira<br />
e preparou Rogério Ceni no início<br />
da carreira do arqueiro que se tornaria<br />
o maior ídolo da história do Tricolor.<br />
Atualmente residindo em São Paulo,<br />
Valdir (alegando motivos pessoais), anunciou<br />
seu desligamento do Palmeiras em<br />
10 de fevereiro de 2011. Ele ocupava o<br />
cargo de consultor da equipe profissional.<br />
Em 2007, esteve no São Bento de<br />
Sorocaba ao lado de Rincón, mas não<br />
conseguiu evitar a queda da equipe pa-<br />
revistacaminhoneiro.com.br 293<br />
ra a segunda divisão. Em 2008, retornou<br />
ao Palmeiras na função de coordenador-técnico<br />
do time profissional,<br />
comandado por Vanderlei Luxemburgo.<br />
No dia 13 de agosto de 2008, Valdir<br />
comemorou 50 anos de sua chegada<br />
ao Palmeiras. Disse o gaúcho sobre este<br />
momento especial. “Eu havia atuado<br />
por mais de 10 anos no Renner e recebi<br />
a visita do Osvaldo Brandão (ex-trei-<br />
nador do Palmeiras) no início de agosto<br />
de 1958. Ele foi até lá para buscar eu e<br />
o Chinesinho (atacante), cuja indicação<br />
havia sido feita pelo Ênio Andrade. Lembro<br />
que, quando cheguei em São Paulo,<br />
demorei alguns dias para acertar. Foi<br />
uma novela (risos). Mas, felizmente, deu<br />
tudo certo e, em 13 de agosto de 1958,<br />
assinei meu contrato com o Palmeiras”.<br />
A partir de então colecionou glórias<br />
Fotos: arquivo pessoal de Valdir Joaquim de Moraes
no Parque Antártica.<br />
Foi campeão paulista<br />
em 1959, 63 e 66, campeão<br />
do torneio Rio-<br />
-São Paulo em 1965,<br />
do Robertão de 1967<br />
e da Taça Brasil em<br />
1960 e 1967.<br />
Dirigiu o Palmeiras em<br />
28 partidas, sempre de<br />
forma interina, entre os<br />
anos de 1973 e 1980.<br />
Também defendeu a<br />
Seleção Brasileira. Se- 1<br />
gundo o livro “Seleção<br />
Brasileira – 90 anos”, de Roberto Assaf<br />
e Antônio Carlos Napoleão, vestiu a camisa<br />
amarela em cinco jogos com quatro<br />
vitórias e um empate. Um desses jogos<br />
aconteceu no dia 07 de setembro de<br />
1965 na inauguração do estádio do Mineirão,<br />
quando representado pelo Palmeiras,<br />
o Brasil venceu o Uruguai por 3 a 0.<br />
Pelo Renner foi campeão gaúcho de 1954,<br />
atuando ao lado do saudoso Ênio Andrade.<br />
Panamericano de 1956<br />
O goleiro Sérgio Moacir fez parte da Seleção<br />
Brasileira, formada por um combinado<br />
de jogadores gaúchos, que conquistou<br />
o título do campeonato Panamericano de<br />
1956, disputado no México. Aquele time revelou<br />
craques para o futebol “tupiniquim”,<br />
como o goleiro Valdir Joaquim de Moraes,<br />
o zagueiro Oreco (campeão do Mundo<br />
em 1958), o meio-campista Ênio Andrade<br />
e o atacante Chinesinho entre outros.<br />
A equipe verde-e-amarela teve como principal<br />
adversária na competição, a Argentina<br />
do técnico Guilhermo Stábile. Stábile,<br />
que como jogador fez muito sucesso, pois<br />
foi vice-campeão do mundo na Copa do<br />
Mundo de 1930, além de ter sido o artilheiro<br />
da competição. Como técnico, fez valer<br />
sua competência, pois dirigiu o selecionado<br />
portenho em oito campeonatos sul-americanos,<br />
tendo conquistado seis títulos. O<br />
grande destaque dos “hermanos” na competição<br />
foi o atacante Sivori, revelado pelo<br />
River Plate, que posteriormente foi para a<br />
Juventus de Turim e quase virou um “mito”.<br />
A Taça da conquista do campeonato Panamericano<br />
de 1956 não faz mais parte<br />
do acervo da Confederação Brasileira de<br />
Futebol. O troféu foi roubado junto com a<br />
taça Jules Rimet, segundo inquérito aberto<br />
pela polícia carioca, as “relíquias” foram<br />
derretidas. s<br />
confira mais craques na seção<br />
qUe fim levoU no site<br />
www.terceirotempo.com.br<br />
1. Na África - Rinaldo, Valdir, Bellini e Djalma Santos segurando<br />
tapete, produto de artesanato africano.<br />
2. Em Moscou - Atrás, da esquerda para a direita: Célio Taveira, Bellini,<br />
Pelé, Djalma Santos, Paraná, Ademir da Guia e Bruno Hermany<br />
(parcialmente encoberto). À frente: Vicente Feola, Mário Américo,<br />
José Almeida, Jairzinho, Rildo, Rinaldo, Dr. Hilton Gosling e Valdir<br />
Joaquim de Moraes. Agachado, o roupeiro Chicão Assis.<br />
miltonneves@terceirotempo.com.br<br />
@miltonneves<br />
www.facebook.com/terceirotempo<br />
3. No avião - Em 1966, Valdir e Paraná a bordo de aeronave<br />
rumo à Europa.<br />
4. O irreverente Mané Garrincha, em 1966, na concentração<br />
da Seleção Brasileira em Teresópolis. 4<br />
2<br />
3<br />
293 revistacaminhoneiro.com.br 69
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1º lugar: Fernando Sakai, Bauru, SP • 2º lugar: Francisco Danillo S. Ferreira, Fortaleza, CE • 3º lugar: Wilson Luis Gabardo, Colombo, PR<br />
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1º lugar: Célio Soczek, Araucária, PR • 2º lugar: André Luiz Cruzeiro, Uberlândia, MG • 3º lugar: Valdiclei Prestes, Colombo, PR<br />
3ª ETAPA - <strong>Caminhoneiro</strong>s classificados - Auto Posto São Jorge - Vitória da Conquista, BA<br />
1º lugar: Daniel Bero, Quatro Barras, PR • 2º lugar: Hélio Moacir Chianfa, Arapongas, PR • 3º lugar: Leandro César Miguel, Alfenas, MG<br />
4ª ETAPA - 17 a 19 de agosto - Posto Gasparin - Foz do Iguaçu, PR (Rod. BR 277, km 720)<br />
5ª ETAPA - 05 a 07 de autubro - Posto D`Angelis - Montes Claros, MG (Rod. BR 251, km 9,8)<br />
6ª ETAPA - 22 a 24 de novembro - Posto Pará Vip - Ananindeua, PA (Rod. BR 316, km 08)<br />
FINAL - 25 de novembro - Posto Pará Vip - Ananindeua, PA (Rod. BR 316, km 08)<br />
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72<br />
pneUS<br />
Aceitação<br />
positiva<br />
Como o mercado recebeu o mais recente lançamento<br />
da Michelin: o pneu Michelin X Multiway.<br />
A<br />
Michelin sempre está lançando<br />
produtos e serviços para melhorar<br />
o rendimento dos veículos.<br />
O mais recente é o pneu<br />
Michelin X Multiway, para caminhões<br />
e ônibus rodoviários. Segundo Isabella<br />
Ferraz, gerente de Marketing Brasil<br />
Pneus de Caminhões e Ônibus é um modelo<br />
que proporciona ótimo rendimento<br />
quilométrico na primeira vida, maior proteção<br />
da carcaça, excelente aderência e<br />
melhoria significativa da dirigibilidade e<br />
estabilidade do veículo. Além disso, graças<br />
à sua maior vida útil, contribui para<br />
a preservação do meio ambiente, reduzindo<br />
o descarte de pneus.<br />
“Esse pneu teve uma aceitação muito<br />
positiva em função do rendimento quilométrico<br />
oferecido para os nossos clientes,<br />
além da vantagem de ser um produto<br />
com alta recapabilidade o que proporciona<br />
um melhor custo operacional<br />
para os negócios de nossos transportadores”,<br />
explica Isabella.<br />
O pneu Michelin X Multiway roda até<br />
20% a mais em primeira vida que seu antecessor,<br />
o pneu Michelin XZE2+. Este<br />
pneu apresenta maior área de contato<br />
com o solo, proporcionando mais conforto<br />
e segurança. Além disso, tem a tecnologia<br />
MDT (Michelin Durable Technologies)<br />
da carcaça reforçada, que aumenta<br />
a recapabilidade do produto, atributo<br />
muito valorizado pelos usuários porque<br />
reduz consideravelmente os custos<br />
operacionais de uma frota. A nova oferta<br />
Michelin também utiliza menos derivados<br />
de petróleo em sua composição,<br />
contribuindo assim para a preservação<br />
do meio ambiente.<br />
revistacaminhoneiro.com.br 293<br />
Texto: Graziela Potenza l Foto: Divulgação<br />
A Michelin investiu 600 milhões de euros<br />
no ano passado em pesquisa e desenvolvimento.<br />
Parte desse investimento<br />
foi aplicado no desenvolvimento do Michelin<br />
X Multiway, pensado especialmente<br />
para o mercado da América do Sul.<br />
Toda a tecnologia aplicada em sua carcaça<br />
reforçada e nos compostos da banda<br />
de rodagem, assim como também na<br />
arquitetura do pneu foram desenvolvidos<br />
para gerar maior durabilidade com mais<br />
segurança e rentabilidade para o usuário.<br />
O Michelin X Multiway é recomendado<br />
para os mais variados tipos de veículos,<br />
que transportam carga ou passageiros<br />
e trafegam por percursos sinuosos,<br />
em trajetos médios ou longos, em<br />
estradas asfaltadas.<br />
Mercado<br />
A Michelin continua realizando seu plano<br />
de investimentos de 800 milhões de<br />
euros para ampliação das duas unidades<br />
“Esse pneu teve aceitação positiva”, diz Isabella.<br />
industriais. No segmento de pneus de caminhões<br />
e ônibus são destinados 100<br />
milhões de euros, o que proporcionará<br />
o aumento da capacidade de produção<br />
de pneus em 40% até 2015.<br />
A empresa tem como objetivo estar<br />
cada vez mais próxima dos clientes,<br />
o caminhoneiro. “Nos últimos anos, a<br />
Michelin vem intensificando as ações<br />
de aconselhamento técnico para o melhor<br />
aproveitamento do potencial dos<br />
nossos produtos. Estas ações são realizadas<br />
em parceria com nossos revendedores<br />
e pilotadas pela nossa equipe<br />
de Marketing, que organiza ações<br />
realizando revisão de pressões, recomendação<br />
de uso de pneu correto, recomendação<br />
para realização do serviço<br />
de ressulcagem e também para recapagem”,<br />
explica Isabella.<br />
“Nosso objetivo é fazer com que os<br />
clientes tenham sempre o melhor resultado<br />
em custo quilométrico. Temos uma<br />
equipe de técnicos Michelin e também<br />
profissionais especializados e treinados<br />
pela própria Michelin em nossas revendas<br />
para atender de forma correta e eficaz<br />
os clientes”, comenta.<br />
Isabella aproveita o Dia do <strong>Caminhoneiro</strong><br />
e envia uma mensagem: estrada<br />
a perder de vista, caminhos que não param<br />
nunca, transportando e rodando por<br />
todo esse nosso País. A Michelin está<br />
com você, motorista, hoje e sempre no<br />
seu dia a dia. Trabalhando para sua segurança<br />
na rodagem das estradas com<br />
produtos de alta qualidade, para que o<br />
seu ir e vir seja sempre com tranquilidade<br />
para voltar para sua família. Parabéns<br />
pelo seu Dia do <strong>Caminhoneiro</strong>! s
74<br />
BeIRa de eSTRada<br />
Para quem não é do trecho, acompanhar o<br />
pique de um caminhoneiro na hora do rango<br />
não é nada fácil.<br />
Não é de hoje que os caminhoneiros são<br />
considerados bons de prato.<br />
Meu pai sempre comentava:<br />
– Até os anos 50 era dureza mesmo! Asfalto nem<br />
pensar, as estradas eram todas de terra batida e em<br />
péssimas condições e ainda posto de combustíveis<br />
e restaurante eram coisas raras. A turma era unida e<br />
muito animada. Na hora do rango, aquelas enormes<br />
panelas nos fogões tropeiros, um exagero, muita comida<br />
e pra todo mundo. Nunca faltavam os comilões<br />
no meio da turma.<br />
Conheci o Wlademir, o Comilão, em l964, no posto<br />
do Tio Doca. Era um catarinense grandalhão com<br />
dois metros de altura.<br />
Um belo dia paramos para almoçar no posto do km<br />
90. Fiquei assustado, pois o Wlademir era um furacão,<br />
parecia que jamais iria parar de comer. Quando<br />
saímos, ele rolou de rir ao ver a cara feia da turma,<br />
pois o prejuízo foi grande.<br />
Wlademir transportava madeiras de Santa Catarina<br />
para os estados de São Paulo, Minas e Bahia.<br />
Era uma pessoa de fino trato, fazia muitas amizades,<br />
mas pelo fato de ser comilão, as dificuldades foram<br />
surgindo.<br />
Sendo um homem muito inteligente, usou uma boa<br />
estratégia e falou baixinho:<br />
– Nos lugares em que sou muito conhecido vou<br />
esconder o caminhão atrás do posto e entro bem disfarçado<br />
no restaurante.<br />
Por uma questão de honra, diminuiu o ritmo e passou<br />
a comer menos, era um sacrifício, mas deu certo,<br />
valeu a pena.<br />
Fiquei um tempão sem cruzar com o amigo Wlademir,<br />
mas como um dia as pedras se encontram, em l982, em<br />
Belo Horizonte, MG, ouvi o Comilão gritando meu nome.<br />
– Eu também estou na fila para carregar para Curitiba!<br />
A alegria foi muito grande. Quando estávamos pondo a<br />
conversa em dia, surgiu um paranaense dizendo:<br />
revistacaminhoneiro.com.br 293<br />
Texto: Antonio Carlos Padilha l Foto: Divulgação<br />
o caminhoneiro<br />
comilÃo<br />
– Quase no final da fila tem um paraibano que é<br />
conhecido como Comilão. O Wlademir muito assustado<br />
respondeu:<br />
– É impossível! Eu sou o Comilão, não posso perder<br />
esse apelido! Os dois comilões conversaram um<br />
pouco e já fizeram uma aposta.<br />
– Vamos ver quem come mais, disse a paraibano<br />
Moacir. Na hora do almoço, no restaurante da dona<br />
Helena, o prato do dia era feijoada, não deu outra:<br />
os comilões devoraram duas feijoadas cada, um absurdo,<br />
sem dúvida. O paraibano agradeceu, dizendo<br />
comi bem mesmo, mas ainda aceito uma sobremesa.<br />
Dona Helena, uma mineira muito sensata disse:<br />
– Uai! Vou mandar servir para vocês como sobremesa,<br />
queijo de minas com goiabada e vou considerar<br />
esta disputa empatada. Portanto, de hoje em<br />
diante, vocês são sócios do apelido “Comilão” e boa<br />
sorte a todos aqui presentes! s
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do veículo. O uso das marcas, dos nomes e das imagens dos veículos servem<br />
para determinar o modelo sobre o qual se deve aplicar as referidas peças.
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F - 350 cabine dupla Cummins B 3.9 120 120-2800 2.680 1.820 4.500 - 112.355<br />
F - 4000 Cummins B 3.9 120 120-2800 2.840 3.980 6.800 - 97.449<br />
Cargo 815e Cummins Interact 4 150 150-2500 3.050 5.200 8.250 - 106.119<br />
Cargo 1317e Cummins Interact 4 170 170-2500 4.400 8.600 13.000 21.000 137.565<br />
Cargo 1517e Cummins Interact 4 170 170-2500 4.250 10.250 14.500 22.000 146.762<br />
Cargo 1717e Cummins Interact 4 170 170-2500 4.670 11.330 16.000 23.000 173.117<br />
Cargo 1722e Cummins Interact 6 220 220-2500 5.210 10.790 16.000 23.000 180.652<br />
Cargo 2422e Cummins Interact 6 220 220-2500 6.720 16.280 23.000 - 196.662<br />
Cargo 2428e Cummins Interact 6 275 275-2500 6.690 16.310 23.000 - 202.521<br />
Cargo 2622e Cummins Interact 6 220 220-2500 7.250 15.750 23.000 - 220.866<br />
Cargo 2628e Cummins Interact 6 275 275-2500 7.320 15.680 23.000 - 238.678<br />
Cargo 2932e Cummins ISC 320 319-2000 7.860 15.140 23.000 - 281.472<br />
Cargo 5032e Cummins ISC 320 319-2000 8.330 14.670 23.000 - Consulta<br />
Cargo 4532e Cummins ISC 315 320-2000 6.140 39.010 16.000 - 225.191<br />
iveco<br />
Daily 35S14 CS 3000 Iveco F1C Euro III 136/3.500 - 1.495 3.500 - 76.107<br />
Daily 35S14 CS 3450 Iveco F1C Euro III 136/3.500 - 1.495 3.500 - 78.124<br />
Daily 35S14 CS 3750 Iveco F1C Euro III 136/3.500 - 1.495 3.500 - 79.267<br />
Daily 55C16 GF 3300 Iveco F1C Euro III 136/3.500 - 2.640 5.300 - 104.783<br />
Daily 55C16 MF 3950 Iveco F1C Euro III 136/3.500 - 2.770 5.300 - 108.327<br />
EuroCargo 170E22 Iveco Tector 210/2.700 - 10.770 17.000 - 164.821<br />
Trakker 380T38 cab. simples - EE 4.500 Iveco Cursor 13 380/1.500 a 1.900 - - 38.000 - 465.634<br />
Trakker 720T42 cab. simples - EE 3.500 Iveco Cursor 13 420/1.600 a 1.900 - - 38.000 - 483.081<br />
Stralis 490 S 38 T TB Iveco Cursor 13 380/1.500 a 1.900 - - 45.000 - 316.761<br />
Stralis 490 S 38 T TA Iveco Cursor 13 380/1.500 a 1.900 - - 45.000 - 329.190<br />
Stralis 490 S 42 T TA Iveco Cursor 13 420/1.600 a 1.900 - - 45.000 - 342.304<br />
Stralis 490 S 42 T TB Iveco Cursor 13 420/1.600 a 1.900 - - 45.000 - 329.874<br />
Stralis 570 S 42 T TA Iveco Cursor 13 420/1.600 a 1.900 - - 57.000 - 372.767<br />
Stralis 570 S 42 T TB Iveco Cursor 13 420/1.600 a 1.900 - - 57.000 - 360.337<br />
Cavallino 450 E 32T - cabine curta Iveco Cursor 8 320/2.400 - - 45.000 - 227.064<br />
Cavallino 450 E 32T - cabine longa Iveco Cursor 8 320/2.400 - - 45.000 - 234.227<br />
international<br />
9800i 6x4 Cummins ISM Euro III 410 a 1900 8720 78.000 27.400 27.400 440,356.00<br />
9800i 6x2 Cummins ISM Euro III 410 a 1900 8440 60.000 27.400 27400 418,279.00<br />
DuraStar 4x2 MWM Maxxforce 7.2H 260 a 2.500 5335 33.000 16.000 - 182,430.00<br />
DuraStar 6x2 MWM Maxxforce 7.2H 260 a 2.500 6582 33.000 26.000 26.000 207,200.00<br />
DuraStar 6x4 MWM Maxxforce 7.2H 260 a 2.500 7540 42.000 26.000 26.000 232,420.00<br />
mercedes-benz<br />
710 OM-364LA 115-2600 2.820 3.880 6.700 - 115.526<br />
715 C OM-612LA 156-3800 - 4.380 7.000 - 117.154<br />
915 C / ACCELO OM-904LA 112-2300 3.700 5.880 9.000 - 137.323<br />
Atego 1315/48 OM-904LA 150-2200 3.560 8.540 12.990 20.000 167.229<br />
Atego 1418/48 OM-904LA 177-2200 3.560 9.510 13.990 21.300 165.835<br />
Atego 1518/48 OM-904LA 177-2200 3.560 10.370 14.990 22.000 180.023<br />
L 1620 6x2 OM-366LA 211-2600 6.360 15.790 22.000 22.000 224.128<br />
Atego 1718/48 OM-904LA 177-2200 3.560 12.460 17.100 23.100 189.866<br />
Atego 1725/48 OM-906LA 245-2200 3.560 12.110 17.100 - 196.671<br />
Axor 1933 S/36 OM-926LA 326-2200 - - 18.600 24.100 274.371<br />
Axor 2533 S/48/6x2 OM-926LA 326-2200 - 22.853 30.100 - 287.237<br />
Axor 2035 S/36 OM-457LA 354-1900 - - 20.100 24.100 321.100<br />
Axor 2040 S/36 OM-457LA 401-1900 - - 20.100 24.100 337.257<br />
Axor 2044 S/36 OM-457LA 428-1900 - - 20.100 24.100 341.876<br />
Axor 2540 S/33/6x2 OM-457LA 401-1900 - 21.298 30.100 - 389.451<br />
Axor 2544 S/33/6x2 OM-457LA 428-1900 - 21.438 30.100 - 394.242<br />
Axor 2644 S/33/6x4 OM-457LA 428-1900 - 16.762 26.100 - 413.587<br />
Axor 3340/48/6x4 OM 457LA 401-1900 - 23.412 33.500 - 441.054<br />
Axor 3344/48/6x4 OM-457LA 428-1900 - 23.412 33.500 - 446.012<br />
man/volkswaGen<br />
5.140E MWM 4.08 TCE Euro III 137-3400 - - - 5.500 102.878<br />
8.150E MWM 4.08 TCE Euro III 143-3400 - - - 7.850 124.950<br />
8.120 MWM 4.10 TCA Euro III 115-2400 - - 7.700 10.500 124.135<br />
13.180 Euro 3 MWM6.10 TCA - Euro III 173-2400 - - 13.000 - 172.000<br />
15.180 Euro 3 MWM6.10 TCA - Euro III 173-2400 - - 14.500 - 193.102<br />
13.180E MWM4.12 TCE - Euro III 180-2200 - - 12.900 - 172.328<br />
90 revista caminhoneiro<br />
preços<br />
(r$)
17.180 Euro 3 MWM 6.10 TCA-Euro III 173-2400 - - 16.000 23.000 196.461<br />
17.250E Cummins Interact 6.0 250-2500 - - 16.000 - 235.958<br />
24.250E Cummins Interact 6.0 250-2500 - - 23.000 - 249.668<br />
26.260E MWM6.12 TCAE Euro III 260-2500 - - 23.000 - 283.168<br />
31.260E MWM6.12 TCAE Euro III 260-2500 - - 23.000 - 292.362<br />
17.250 Cummins Interact 6.0 250-2500 - - - 16.000 263.820<br />
19.320E Cummins ISC 320-2000 - - - 16.000 286.622<br />
24.250 Cummins Interact 6.0 250-2500 - - - 23.000 249.742<br />
volvo<br />
VM 210 ST 4x2 MWM5A206 206 a 2200 4.950 a 5.080 11.000 16.000 - 170.000<br />
VM 260 ST 4x2 MWM5A260 260 a 2200 4.950 a 5.080 11.000 16.000 - 180.500<br />
VM 210 ST 6x2 MWM5A206 206 a 2200 6.620 a 6.780 - 23.000 23.000 196.000<br />
VM 260 ST 6x2 MWM7A260 260 a 2200 6.620 a 6.780 - 23.000 23.000 207.000<br />
VM 260 TL 6x2 MWM7A260 260 a 2200 6.620 a 6.780 - 23.000 23.000 228.000<br />
VM 260 ST 6x4 MWM7A260 260 a 2200 7.240 a 7.440 23.000 23.000 248.000<br />
VM 310 4x2 ST MWM7A310 310 A 2.200 5.950 até 30.000 até 41.600 - 248.000<br />
VM 310 4x2 LX MWM7A310 310 A 2.200 5.950 até 30.000 até 41.600 - 252.000<br />
VM 310 4x2 TL MWM7A310 310 A 2.200 5.950 até 30.000 até 41.600 - 270.000<br />
FH 400 4x2 SCV D13A 400 a 1.400/1.800 7.250 até 40.000 até 57.000 até 60.000 396.000<br />
FH 440 4x2 SCV D13A 440 a 1.400/1.800 7.250 até 40.000 até 57.000 até 60.000 406.000<br />
FH 480 4x2 SCV D13A 480 a 1.400/1.800 7.250 até 40.000 até 57.000 até 60.000 420.000<br />
FH 520 4x2 SCV D13A 520 a 1.500/1.800 7.250 até 40.000 até 57.000 até 60.000 429.500<br />
FH 400 6x2 SCV D13A 400 a 1.400/1.800 8.550 até 40.000 - até 60.000 423.000<br />
FH 440 6x2 SCV D13A 440 a 1.400/1.800 8.550 até 40.000 - até 60.000 435.000<br />
FH 480 6x2 SCV D13A 480 a 1.400/1.800 8.550 até 40.000 - até 60.000 451.000<br />
FH 520 6x2 SCV D13A 520 a 1.500/1.800 8.550 até 40.000 - até 60.000 458.000<br />
FH 400 6x4 SCV D13A 400 a 1.400/1.800 9.300 até 50.000 - - 506.000<br />
FH 440 6x4 SCV D13A 440 a 1.400/1.800 9.300 até 50.000 até 78.000 - 519.000<br />
FH 480 6x4 SCV D13A 480 a 1.400/1.800 9.300 até 50.000 até 78.000 - 532.000<br />
FH 520 6x4 SCV D13A 520 a 1.500/1.800 9.300 até 50.000 até 78.000 - 545.000<br />
FM 400 6x4 SCV D13A 400 a 1.400/1.800 9.300 até 50.000 até 78.000 - 506.000<br />
FM 440 6x4 SCV D13A 440 a 1.400/1.800 9.300 até 50.000 até 78.000 - 520.000<br />
scania<br />
R 420 6x2 CR19H (1) DC12 06 420 420 a 1900 - - 23.000 - 490.416<br />
R 420 6x4 CR19H DC12 06 420 420 a 1900 - - 23.000 - 527.022<br />
R 440 6x2 CR19H DT12 18 440 440 a 1900 - - 23.000 - 515.566<br />
R 440 6x4 CR19H DT12 18 440 440 a 1900 - - 23.000 - 553.291<br />
R 470 6x2 CR19H DT12 06 470 470 a 1900 - - 23.000 - 528.840<br />
R 470 6x4 CR19H DT12 06 470 470 a 1900 - - 23.000 - 564.467<br />
R 500 6x2 CR19H DC16 04 500 500 a 1900 - - 23.000 - 574.024<br />
R 500 6x4 CR19H DC16 04 500 500 a 1900 - - 23.000 - 600.835<br />
R 420 4x2 CR19H (2) DC12 06 420 420 a 1900 - - 23.000 - 490.416<br />
R 420 6x4 CR19H DC12 06 420 420 a 1900 - - 23.000 - 527.022<br />
R 420 6x4 CR19H DC12 06 420 420 a 1900 - - 23.000 - 561.952<br />
R 440 4x2 CR19H DC12 18 440 440 a 1900 - - 23.000 - 515.566<br />
R 440 6x4 CR19H DC12 18 440 440 a 1900 - - 23.000 - 553.291<br />
R 470 4x2 CR19H DT12 06 470 470 a 1900 - - 16.000 - 528.840<br />
R 470 6x4 CR19H DT12 06 470 470 a 1900 - - 23.000 - 564.467<br />
R 500 6x4 CR19H DC16 04 500 500 a 1900 - - 23.000 - 600.835<br />
R 500 6x4 CR19H DC16 04 500 500 a 1900 - - 23.000 - 584.145<br />
P 310 6x4 14 (3) DC9 11 310 310 a 1900 - - 23.000 - 410.717<br />
P 420 6x4 CP 14 DC12 06 420 420 a 1900 - - 23.000 - 499.171<br />
P 270 4x2 CP 14 (5) DC9 12 270 270 a 1900 - - 19.100 - 323.945<br />
P 270 4x2 CP 19 DC9 12 270 270 a 1900 - - 19.100 - 338.170<br />
P 310 4x2 CP 14 DC9 11 310 310 a 1900 - - 16.000 - 323.425<br />
P 310 4x2 CP 14 DC9 11 310 310 a 1900 - - 16.000 - 337.657<br />
P 340 4x2 CP 19 DC11 08 340 340 a 1900 - - 16.000 - 375.173<br />
G 380 4x2 CG 19 DC12 17 380 380 a 1900 - - 16.000 - 405.575<br />
G 380 4x2 CG 19 DC12 17 380 380 a 1900 - - 16.000 - 439.212<br />
G 420 4x2 CG 19 DC12 06 420 420 a 1900 - - 16.000 - 420.453<br />
G 420 4x2 CG 19 DC12 06 420 420 a 1900 - - 16.000 - 454.089<br />
G 420 6x4 CG 19 DC12 06 420 420 a 1900 - - 23.000 - 487.985<br />
G 470 4x2 CG 19 DT12 06 470 470 a 1900 - - 16.000 - 456.030<br />
G 470 4x2 CG 19 DT12 06 470 470 a 1900 - - 16.000 - 489.667<br />
G 440 6x4 CG 19 DT12 18 440 440 a 1900 - - 23.000 - 512.306<br />
INFORmAÇÕES úTEIS<br />
AgRALE S.A.: Tel.: (54) 3238-8000; fax (54) 3238-8052 - www.agrale.com.br<br />
FORD BRASIL LTDA.: SAC 0800-703-3673 - www.ford.com.br<br />
IVECO LATIN AmERICA LTDA.: SAC 0800-702-3443 - www.iveco.com.br<br />
mERCEDES-BENz DO BRASIL: SAC 0800-9709090 - www.mercedes-benz.com.br<br />
mAN LATIN AmERICA: SAC 0800-19-3333 - www.vwtrucksbus.com.br<br />
VOLVO DO BRASIL VEíCULOS LTDA.: SAC 0800-416161 - www.volvo.com.br<br />
SCANIA LATIN AmERICA LTDA.: SAC 0800-019-4224 - www.scania.com.br<br />
mercado<br />
revista caminhoneiro 91
mercado<br />
92<br />
Caminhões usados (em R$)<br />
marca/modelo 2011 2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003<br />
ford<br />
C-1217 6X2 3e Dies. - - - - - - - - 76681<br />
C-1317-T 6X2 3e Dies. - - - - - 84630 82530 80745 78246<br />
C-1417 6X2 3e Dies. - - - - - - - - 79748<br />
C-1517-T 6X2 3e Dies. - - - - - 86520 83580 81900 79028<br />
C-1521 6X2 3e Dies. - - - - - 89565 87024 85050 81144<br />
C-1717 CN 6X2 3E Dies. 128040 - - - - - - - -<br />
C-1717-T 6X2 3e Dies. - - - - - 90930 88074 85050 79810<br />
C-1721-T 6X2 3e Dies. - - - - - 91560 89355 87045 84042<br />
C-1722-T 6X2 3e Dies. - - - - - 94500 91245 88200 84882<br />
C-1731-T 6X2 3e Dies. - - - - - - 93822 91397 88244<br />
C-2421 6X2 3e Dies. - - - - - 96600 93000 88800 86136<br />
C-2422 6X2 3e Dies. - - - - - 98532 94860 90576 87858<br />
C-2422 CN 6X2 3E Dies. 150350 - - - - - - - -<br />
C-2422-E 6X2 3e Dies. 146900 130300 123400 116100 110400 102500 94300 - -<br />
C-2428 CN 6X2 3E Dies. 160050 - - - - - - - -<br />
C-2428-E 6X2 3e Dies. 157800 149000 138600 130000 122300 115800 108852 - -<br />
C-2622 6X4 3e Dies. - - - - - 108800 98900 96600 93840<br />
C-2622-E 6X4 3e Dies. 168800 160000 148800 141800 130000 118100 111014 - -<br />
C-2626 6X4 3e Dies. - - - - - 110000 103000 99800 96655<br />
C-2628-E 6X4 3e Dies. 185000 172000 163000 153000 148800 135000 126900 - -<br />
C-2631 6X4 3e Dies. - - - - - 137000 120000 110000 101347<br />
C-2632-E 6X4 3e Dies. - - - 163000 155300 148000 139120 - -<br />
C-2831 6X4 3e Dies. - - - - - 152000 142880 - -<br />
C-2932-E 6X4 3e Dies. - - - 178000 168800 160000 150400 - -<br />
C-712-T 4X2 Dies. 78800 75000 68200 63000 58800 - - - -<br />
C-815-E 4X2 Dies. 86300 83800 80300 77000 75300 74256 68034 - -<br />
C-815-S 4X2 Dies. - - - - - 72800 66700 62000 59940<br />
CARGO 1933 CNTL 4X2 Dies. 2P - - - - - - - - -<br />
CARGO 2423 CN 6X2 3e Dies. 2P - - - - - - - - -<br />
CARGO 2429 CN 6X2 3e Dies. 2P - - - - - - - - -<br />
CARGO 2623 CN 6X4 3e Dies. 2P - - - - - - - - -<br />
CARGO 2629 CN 6X4 3e Dies. 2P - - - - - - - - -<br />
F-12000 4X2(N.SERIE) Dies. - - - - - 72220 69575 67735 65320<br />
F-14000 4X2(N.Serie) Dies. - - - - - 82896 79860 77748 74976<br />
F-16000 4X2 Dies. - - - - - - - 78926 76112<br />
F-350 4X2 Dies. 69000 66000 63800 60300 58500 56520 54450 53010 51120<br />
F-4000 TB 4X4(N.Serie) 86800 80000 76300 73000 - - - - -<br />
international<br />
4700 4X2 16T Dies. - - - - - - - - 56800<br />
4900 4X2 Dies. - - - - - - - - 63500<br />
4900 6X4 3e Dies. - - - - - - - - 68580<br />
9800 4X2 Dies. - - - - - - - - 100000<br />
9800 6X4 3e Dies. - - - - - - - - 104000<br />
9800I 6X2 3e Dies. 299536 - - - - - - - -<br />
9800I 6X4 3e Dies. 312631 - - - - - - - -<br />
iveco<br />
CAVALLINO 450E32T 4X2 Dies. 2P 163300 140000 120000 108800 98800 90000 - - -<br />
450E33T(CurtaT.Baixo)4X2 150000 133800 128448 - - - - - -<br />
170E21 6X2 3e Dies. 2P - - - - - - 68990 66920 -<br />
230E24 6X2 3e Dies. 2P 142000 134000 122000 112900 102600 93600 - - -<br />
170E22 4X2 Dies. 2P 120000 110000 100000 93400 88800 80000 77300 74800 70000<br />
230E22 6X2 3e Dies. 2P - 123774 109760 98000 92002 87024 - - -<br />
TZ740E42 6X2 Dies. 2P - - - - - 152000 140000 128300 116640<br />
380T38 6X4 3e Dies. 2P 300000 278800 260000 250000 238800 225800 218000 200000 -<br />
490S44T(T.Alto) 4X2 Dies. 2P - - - - - - - - -<br />
600S40T 6X2 3e Dies. 2P - - - - - - - - -<br />
HD 450S38T 4X2 Dies. 2P - - 163000 158800 150000 138800 131860 - -<br />
HD 450S42T 4X2 Dies. 2P - - - - 155000 143800 - - -<br />
HD 490S41T 4X2 Dies. 2P 213400 189400 181824 - - - - - -<br />
revistacaminhoneiro.com.br 293<br />
Obs.: há variações entre os preços publicados e os praticados pelo mercado, em<br />
função do estado em que o veículo se encontra e também da região do País.
HD 570S38T 6X2 3e Dies. 2P 217571 190000 183800 176300 168800 160000 - - -<br />
HD 740S42TZ 6X4 3e Dies. 2P 273540 258800 248448 - - - - - -<br />
240E25 6X2 3e Dies. 2P 160000 138000 118800 106300 - - - - -<br />
260E25 6X4 3e Dies. 2P 165000 150000 138800 125800 - - - - -<br />
380T38 6X4 3e Dies. 2P 300000 268000 240000 228000 - - - - -<br />
mercedes-benz<br />
1215-C 4X2 DIES. - - - - - - - 92414 89666<br />
1315(Atego) 6X2 3e Dies. 126000 124740 117600 114240 107100 103740 101325 99015 -<br />
1318 6X2 3e Dies. - - - - - - - 100995 98856<br />
1418(Atego) 4X2 Dies. 124800 120000 116300 112600 108800 103900 100000 96800 -<br />
1420 4X2 Dies. - - - - - - - 98736 96839<br />
1718 6X2 3e Dies. 138600 135240 - - - - - - -<br />
1720 6X2 3e Dies. - - - - - - 121642 109027 99613<br />
1725(Atego) 4X4 Dies. 169520 156000 149032 140400 134056 124800 - - -<br />
1728 6X2 3e Dies. - - - - - - - 110770 99613<br />
1728(FlexTruck) 6X2 3e Dies. - - - - - 135680 127200 116600 -<br />
2425(Atego) 6X2 3e Dies. 163000 160500 153000 148000 145000 139100 130000 - -<br />
2428 6X4 3e Dies. - - - - - 168800 162300 158800 155030<br />
2428(Atego) 6X2 3e Dies. 184300 180000 177600 175000 - - - - -<br />
2831(Axor) 6X4 3e Dies. 233000 218800 198800 190000 178800 170000 - - -<br />
3340(Axor) 6X4 3e Dies. 328000 290000 268800 240000 228000 212000 205640 - -<br />
3344(Axor) 6X4 3e Dies. 338300 310000 278300 258800 240000 228900 222033 - -<br />
710 4X2 Dies. 86800 84300 82000 79000 76900 70300 67300 66000 64200<br />
715-C(Accelo) 4X2 Dies. 95300 92300 88000 85800 82800 78800 75800 73300 70620<br />
915-E(ChassiAE) 4X2 Dies. 103800 98800 95600 92800 87600 - - - -<br />
L1218 El 6X2 3e Dies. - - - - - - - 92400 87990<br />
L1418 El 6X2 3e Dies. - - - - - - - - 98548<br />
L1620 6X2 3e Dies. 156800 152000 148000 145300 141800 138300 130000 124300 117252<br />
L1620 El 6X2 3e Dies. 173300 170000 167300 162281 - - - - -<br />
L1622 6X2 Dies. - - - - - - 133000 126000 119598<br />
Atron 2324 6X2 3e Dies. 2P - - - - - - - - -<br />
2423-K 6X4 3e Dies. 2P - 150000 145800 140800 133300 - - - -<br />
Axor 2533 6X2 3e Dies. 2P 240000 235000 228800 208800 188000 176000 170720 - -<br />
2726 6X4 3e Dies. 2P 193300 183000 170000 - - - - - -<br />
Axor 2826 6X4 3e Dies. 2P 218800 198000 190000 180000 173000 164000 - - -<br />
2035-S(Axor) 4X2 Dies. 245000 228800 200000 188000 175000 168200 163154 - -<br />
2040-S(Axor) 4X2 Dies. 265000 243000 220000 208800 188800 173300 168101 - -<br />
2044-S(Axor) 4X2 Dies. 278000 255000 238000 220000 200000 188000 182360 - -<br />
2535-S(Axor) 6X2 3e Dies. 265000 250000 238000 - - - - - -<br />
2540-S(Axor) 6X2 3e Dies. 278800 262000 245000 228800 212000 190000 184300 - -<br />
2544-S(Axor) 6X2 3e Dies. 280000 265500 246800 230000 218800 200000 194000 - -<br />
2546-LS(Act.) 6X2 3e Dies. 330000 320100 - - - - - - -<br />
3340-S(Axor) 6X4 3e Dies. 336000 300000 271000 252000 236000 225000 218250 - -<br />
3344-S(Axor) 6X4 3e Dies. 337000 305000 275000 256800 240000 228200 221354 - -<br />
scania<br />
G-420 B 6X4 SZ 3e Dies. 358800 348036 - - - - - - -<br />
G-420 B 8X4 SZ 4e Dies. 465000 451050 - - - - - - -<br />
P-270 6X2 CP 14 DB 3e Dies. - 220000 208800 194400 186840 181440 174960 169711 -<br />
P-270 6X4 CP 14 CB 3e Dies. - - - - 196294 190620 183812 178298 -<br />
P-310 B 6X4 SZ 3e Dies. 275000 266750 - - - - - - -<br />
P-310 B 8X4 SZ 4e Dies. 288000 279360 - - - - - - -<br />
P-360 6X4 CP 14 3e Dies. - - - - - 223000 208800 202536 -<br />
P-400 6X4 CP 14 3e Dies. - - - - - 236000 220000 213400 -<br />
P-94 6X2 DB 260 NA 3e Dies. - - - - - - - 139776 135200<br />
R-580 B 6X4 NZ(HIGHLINE) 3E Dies. 420000 407400 - - - - - - -<br />
G-380 A 4X2 NA Dies. 290000 281300 - - - - - - -<br />
G-380 LA 6X2 NA 3e Dies. - 266500 259200 236500 229405 - - - -<br />
G-420 A 6X2 NA 3e Dies. 318000 308460 - - - - - - -<br />
G-420 LA 6X2 SZ 3e Dies. - 272000 250000 232000 225040 - - - -<br />
G-420 LA 6X4 SZ 3E Dies. - 280160 257500 238960 231791 - - - -<br />
G-440 A 6X2 NA 3E Dies. 358000 347260 - - - - - - -<br />
INFORmAÇÕES úTEIS<br />
293 revistacaminhoneiro.com.br 93<br />
mercado
mercado<br />
94<br />
Caminhões usados (em R$)<br />
marca/modelo 2011 2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003<br />
G-440 A 6X4 SZ 3e Dies. 378800 367436 - - - - - - -<br />
G-470 A 6X2 NA 3E Dies. 348800 338336 - - - - - - -<br />
P-124 6X4 CB 360 NZ 3e Dies. - - - - - - - 153700 144160<br />
P-340 6X2 CP 19 LA Dies. - 246000 238800 227460 219708 206040 190536 - -<br />
P-420 CA 6X4 NZ 3e Dies. - 290000 273000 262000 248000 235000 222000 215340 -<br />
R-124 6X4 GA 400 NZ 3e Dies. - - - - - - - 195360 187200<br />
R-360 6X4 CR 19 3e Dies. - - - 240000 230000 222000 213000 206610 -<br />
R-380 A 6X2 NA 3e Dies. 318800 309236 - - - - - - -<br />
R-400 6X4 CR 19 3e Dies. - - - - - 248930 235392 228330 -<br />
R-420 6X4 CR 19 GA 3e Dies. - - - - 260590 239990 224540 217803 -<br />
R-440 A 6X2 NA 3e Dies. 358000 347260 - - - - - - -<br />
R-470 A 6X4 SZ 3e Dies. 373000 361810 - - - - - - -<br />
R-480 6X4 CR 19 GA 3E Dies. - - - - 311040 294840 286200 277614 -<br />
T-124 4X2 GA 420 NZ Dies. - - - - - - - 199800 185328<br />
T-124 6X2 LA 360 NA 3E Dies. - - - - - - - 196100 181896<br />
T-124 6X2 LA 400 NA 3E Dies. - - - - - - - 199800 185328<br />
revistacaminhoneiro.com.br 293<br />
Obs.: há variações entre os preços publicados e os praticados pelo mercado, em<br />
função do estado em que o veículo se encontra e também da região do País.<br />
sinotrUk howo<br />
380 6X2(Aut.) 3e Dies. 2P 234465 - - - - - - - -<br />
380 6X2(REB.) Dies. 2P 223300 210000 193000 - - - - - -<br />
380 6X4(Aut.) 3e Dies. 2P 249100 - - - - - - - -<br />
380 6X4(REB.) Dies. 2P 235000 220000 203300 - - - - - -<br />
volkswaGen/man<br />
13.150 TB-IC 6X2 3e Dies. - - - - - 81900 78540 75075 70560<br />
13.170 TB-IC(E)6X2 3e Dies. - - - - - 84315 80640 78220 -<br />
13.180 TB-IC 6X2 3e Dies. - - - - - - 81900 78015 71971<br />
13.180 TB-IC(E)6X2(Const.) 3e Dies. 107100 101640 98070 94500 91245 88507 - - -<br />
13.190 TB-IC(E)6X2 3e Dies. - - - - - - 91375 - -<br />
15.180 TB-IC 6X2 3e Dies. - - - - - - 90090 84000 75264<br />
15.190 TB-IC 6X2 3e Dies. - - - - - - 94594 88200 79027<br />
17.210 TB-IC 6X2 3e Dies. - - - - - 102690 99750 97440 91392<br />
17.220 TB-IC 6X2 3e Dies. - - - - - 105770 102742 100363 94133<br />
17.250 TB-IC(E) 4X2 Dies. 150000 140000 133100 128800 120000 115300 108800 98300 -<br />
17.310 TB-IC 6X2(Titan) 3e Dies. - - - - - 123900 116025 105000 94080<br />
23.210 TB-IC 6X2 3e Dies. - - - - - 112000 102000 95300 88320<br />
23.310 TB-IC 6X2(Titan) 3e Dies. - - - - - 134400 122400 114360 105984<br />
24.220 TB-IC(E) 6X2(Worker) 3e Dies. 160000 150000 142000 135000 128800 120000 110000 - -<br />
24.250 TB-IC(E) 6X2 3E Dies. 160000 150000 142000 135000 127800 120000 116400 - -<br />
26.220 TB-IC 6X4 3e Dies. 170000 160000 152000 140000 133000 122000 118000 103600 99264<br />
26.260 TB-IC 6X4 3e Dies. - - - 142800 135660 124440 120360 105672 101249<br />
31.260 TB-IC 6X4 3e Dies. - - - - - 136000 133000 122360 -<br />
31.320 TB-IC(E)6X4(Const.) 3e Dies. 218800 196800 183000 170000 158000 - - - -<br />
8.120 TB-IC(E)4X2 Dies. 82000 76800 73600 69000 67300 65500 63535 - -<br />
13.190 4X2(Constellation) Dies. 2P 128331 - - - - - - - -<br />
15.190 4X2(Constellation) Dies. 2P 134636 - - - - - - - -<br />
17.220 TB-IC 6X2(Worker)(TractorEuroIII) 3e 2P 152775 - - - - - - - -<br />
17.250 TB-IC(ELETR.) 4X2(CONST.TRACTOR) 2P 166015 - - - - - - - -<br />
19.330 4X2(Constell.Tractor) Dies. 2P 202536 - - - - - - - -<br />
19.390 4X2(Constell.Tractor) Dies. 2P 231636 - - - - - - - -<br />
24.280 6X2(Constellation) 3e Dies. 2P 202536 - - - - - - - -<br />
24.330 6X2(Constellation) 3e Dies. 2P 187210 - - - - - - - -<br />
25.320 TB-IC 6X2(CONST.TRACTOR) 3E 200014 - - - - - - - -<br />
25.390 6X2(Constell.Tractor) 3e Dies. 2P 235710 - - - - - - - -<br />
26.280 6X4(Constellation) 3e Dies. 2P 231636 - - - - - - - -<br />
26.390 6X4(Constell.Tractor) 3e Dies. 2P 269660 - - - - - - - -<br />
31.280 6X4(Constellation) 3e Dies. 2P 261900 - - - - - - - -<br />
31.330 6X4(Constellation) 3e Dies. 2P 281300 - - - - - - - -<br />
31.390 6X4(Constellation) 3e Dies. 2P 310400 - - - - - - - -<br />
5.150 4X2(Delivey) Dies. 2P 81286 - - - - - - - -<br />
8.160 X2(Delivey) Dies. 2P 91374 - - - - - - - -<br />
9.160 4X2(Delivery) Dies. 2P 100686 - - - - - - - -<br />
18.310 TB-IC 4X2(TitanTractor) Dies. - - - - - 121400 112000 103300 90880<br />
18.310 TB-IC 6X2(TitanTractor) 3e Dies. - - - - - 127470 117600 108465 95424
19.320 TB-IC(E) CL(Const.) 4X2 Dies. 180000 176000 164400 146500 133500 125000 121250 - -<br />
19.370 TB-IC(E)(CONST.) 4X2 Dies. 208000 188000 173000 158000 153260 - - - -<br />
25.320 TB-IC(E) 6X2(Tit.Trac.Const.) 3e DD 193000 180000 170000 158000 - - - - -<br />
25.370 TB-IC(E)(CONST.) 6X2 3E Dies. 222000 208800 187000 168800 163736 - - - -<br />
26.370 TB-IC(E)(CONST.) 6X4 3E Dies. 223800 217086 - - - - - - -<br />
TGX 28.440 XL 6X2 (Cab.LeitoT.Baixo) 3e Dies. 2P a partir de 2012 - - - - - - -<br />
TGX 28.440 XLX 6X2 (Cab.LeitoT.Alto) 3e Dies. 2P a partir de 2012 - - - - - - -<br />
TGX 29.440 XL 6X4 (Cab.LeitoT.Baixo) 3e Dies. 2P a partir de 2012 - - - - - - -<br />
TGX 29.440 XLX 6X4 (Cab.LeitoT.Alto) 3e Dies. 2P a partir de 2012 - - - - - - -<br />
TGX 33.440 XL 6X4 (Cab.LeitoT.Baixo) 3e Dies. 2P a partir de 2012 - - - - - - -<br />
TGX 33.440 XLX 6X4 (Cab.LeitoT.Alto) 3e Dies. 2P a partir de 2012 - - - - - - -<br />
volvo<br />
FM-11 370 4X2R Dies. 270000 261900 - - - - - - -<br />
FMX-11 370 6X4R 3E Dies. 300000 291000 - - - - - - -<br />
FMX-13 400 6X4R 3e Dies. 328000 318160 - - - - - - -<br />
VM-17 210 SC 4X2 Dies. - - - - - - - 84000 -<br />
VM-17 240 SC 4X2 Dies. - - - - - - - 87570 -<br />
VM-210 ST 4X2 Dies. 130000 - - - - - - - -<br />
VM-23 210 SC 6X2 Dies. - - - - - - - 92610 -<br />
VM-23 240 SC 6X2 Dies. - - - - - - - 96600 -<br />
VM-260 LX 6X2 3e Dies. 170000 167100 152000 141900 124500 112000 108640 - -<br />
FM-11 370 4X2R Dies. 278100 269757 - - - - - - -<br />
FMX-11 370 6X4R 3E Dies. 324000 314280 - - - - - - -<br />
FMX-13 400 6X4R 3E Dies. 354240 343612 - - - - - - -<br />
FMX-13 440 6X4R 3e(I-Shift) Dies. 374000 362780 - - - - - - -<br />
VM-17 210 LL 4X2 Dies. - - - - - - 90000 87300 -<br />
VM-23 210 LL 6X2 Dies. - - - - - - 103140 95256 -<br />
FH 420 4X2 Dies. 320100 - - - - - - - -<br />
500 4X2 Dies. 2P 328636 - - - - - - - -<br />
540 4X2 Dies. 2P 339500 - - - - - - - -<br />
FMX-13 420 6X4R 3e Dies. 2P 465600 - - - - - - - -<br />
460 6X4R 3e Dies. 2P 473360 - - - - - - - -<br />
FH 400 6X2 Dies. 310000 288000 246000 231900 214700 208259 - - -<br />
FH 440(GLOB) 6X2 3E Dies. 329600 303850 265740 242050 229381 222499 - - -<br />
FH 480(GLOB) 6X2 3E Dies. 334560 314160 280092 262548 254490 246855 - - -<br />
FH 520 6X2 Dies. 348800 325000 300000 280000 260000 252200 - - -<br />
FH 520(GLOB) 6X2 3E Dies. 355776 331500 306000 285600 265200 257244 - - -<br />
FH-12 380 4X2(Glob.) Dies. - - - - 201400 192920 179352 169176 148813<br />
FH-12 380(P.Lotus) 6X2 3e Dies. - - - - - - - - 153277<br />
FH-12 420 4X2(Top-Class) Dies. - - - - 243000 233280 213840 194400 169815<br />
FH-12 420 6X4(Glob.) 3e Dies. - - - - - - - - 180822<br />
FM 400 6X4 3e Dies. 325000 312100 275200 243000 228000 221160 - - -<br />
FM 480 6X4 3e Dies. 344000 326000 286500 273000 250000 242500 - - -<br />
FM-11 370 6X2 3e Dies. 280000 268000 253000 245410 - - - - -<br />
FM-11 370 6X2T 3E(I-SHIFT) Dies. 312000 302640 - - - - - - -<br />
FM-12 380 6X4 3e Dies. - - - - 228620 205850 189750 187910 184000<br />
FM-12 420 8X4 4e Dies. - - - - 298200 268500 260445 - -<br />
FMX-13 400 6X4T 3E(I-SHIFT) 337840 327704 - - - - - - -<br />
FMX-13 480 6X4T 3E Dies. 372000 360840 - - - - - - -<br />
NH-12 380 4X2(Glob.) Dies. - - - - 222600 196100 177232 174052 164300<br />
NH - 12 380 6X4 3E Dies. - - - - 241500 212750 192280 188830 178250<br />
NH - 12 420 6X4 (Glob) 3E Dies. - - - - - - - - 206032<br />
VM-220 4x2R Dies. 2P 168101 - - - - - - - -<br />
VM-220 6x2R 3e Dies.2P 184300 - - - - - - - -<br />
VM-270 6x2R 3e Dies. 2P ( Cab. Leito) 201760 - - - - - - - -<br />
VM-330 6x2R 3e Dies. 2P 223100 - - - - - - - -<br />
FONTES: os preços acima, em real, representam uma média de pesquisa feita em Julho/2012 nestas empresas: Piracema Veículos Ltda., Piracicaba, SP, tel.: (19) 3434-<br />
5366; Grandiesel, São Paulo, SP, tel.: (11) 6914-5666; Irmãos Davoli, Mogi Mirim, SP, tel.: (19) 3805-9950; A tabela de preços dos carros é elaborada pela empresa<br />
Molicar Serviços Técnicos de Seguros, que pesquisa semanalmente cerca de 500 pontos de vendas nos maiores mercados do Brasil.<br />
Molicar, São Paulo, SP, tel.: (11) 3704-7245; Quinta Roda, Sumaré, SP, tel.: (19) 3854-8900; Sonnervig, São Paulo, SP, tel.: (11) 6166-1002; e Tietê Veículos,<br />
São Paulo, SP, tel.: (11) 3622-2000.<br />
INFORmAÇÕES úTEIS<br />
293 revistacaminhoneiro.com.br 95<br />
mercado
mercado<br />
96<br />
Frete por tonelada (valores em Reais)<br />
reGiÃo distância frete paGo pelo<br />
(saÍda: sÃo paUlo) mercado em jUlho/2012<br />
trUck carreta<br />
centro-oeste<br />
Brasília 1.015 km 147,80 120,12<br />
Cáceres 1.829 km 203,28 147,84<br />
Campo Grande 1.014 km 147,84 96,80<br />
Corumba 1.400 km 184,80 138,60<br />
Cuiabá 1.614 km 173,25 138,60<br />
Goiânia 926 km 138,60 110,88<br />
norte<br />
Belém 2.933 km 369,60 311,85<br />
Boa Vista 4.800 km 693,00 508,20<br />
Ji-Paraná 2.800 km 311,85 254,10<br />
Manaus 3.971 km 646,80 438,90<br />
Marabá 3.200 km 358,05 300,30<br />
Macapá 3.500 km 600,60 415,80<br />
Ouro Preto 2.700 km 294,80 231,00<br />
Palmas 2.000 km 258,72 207,90<br />
Porto Velho 3.070 km 232,40 277,20<br />
Rio Branco 3.604 km 388,08 300,30<br />
Vilhena 2.500 km 295,68 194,04<br />
sUl<br />
Blumenau 670 km 87,78 73,92<br />
Florianópolis 700 km 90,09 76,23<br />
Cascavel 900 km 110,88 97,02<br />
Caxias do Sul 982 km 129,36 97,02<br />
Curitiba 408 km 55,44 50,82<br />
Foz do Iguaçu 1.047 km 138,60 101,64<br />
Londrina 528 km 78,54 64,68<br />
Maringá 636 km 86,90 69,30<br />
Novo Hamburgo 1.072 km 138,60 101,64<br />
Porto Alegre 1.109 km 129,36 101,64<br />
Umuarama 780 km 85,80 69,40<br />
pneUs - novos e reformados<br />
(novos e reformados, valores em reais)<br />
Obs.: o valor do frete pago pelas agências de carga não é regulado somente pela distância entre a praça (no caso, São<br />
Paulo) e o destino. Fatores como a importância econômica ou agrícola da região (de origem ou de destino) contribuem<br />
para determinar a oferta de cargas e, conseqüentemente, a procura por cargas. Quanto mais caminhoneiros em busca de<br />
determinado frete, mais seu preço tende a baixar. Quando houver muita carga e poucos caminhões, o preço se eleva. O<br />
mercado também é regulado pelas condições das rodovias e pela existência ou não de “retornos” para o caminhoneiro.<br />
medida novo racaUchUtado protetores câmaras<br />
900R20 784,00<br />
radiais metálicos<br />
575,00 20,00 69,00<br />
1000R20 936,00 693,00 20,00 89,00<br />
1100R22 1.260,00 935,00 25,00 99,00<br />
275/80R22.5 1.035,00 695,00 - 69,00<br />
295/80R22.5 1.293,00 935,00 - 89,00<br />
900-20 559,00<br />
diaGonais comUns<br />
450,00 22,00 69,00<br />
1000-20 721,00 550,00 22,00 89,00<br />
1100-22 966,00 739,00 30,00 99,00<br />
preços médios pesquisados em empresas paulistas e tortuga câmaras de ar, preços para compras à vista.<br />
revistacaminhoneiro.com.br 293<br />
nordeste<br />
Uruguaiana 1.531 km 167,47 138,60<br />
Aracaju 2.177 km 286,44 231,00<br />
Campina Grande 3.000 km 332,64 277,20<br />
Fortaleza 3.137 km 381,15 311,85<br />
Imperatriz 2.334 km 323,40 240,24<br />
João Pessoa 2.770 km 346,50 300,30<br />
Maceió 2.453 km 300,30 254,10<br />
Natal 3.000 km 334,95 300,30<br />
Recife 2.660 km 332,64 286,44<br />
Salvador 1.962 km 258,72 213,84<br />
São Luiz 2.970 km 380,08 323,40<br />
Teixeira de Freitas 1.257 km 227,76 175,56<br />
Teresina 2.700 km 323,40 309,54<br />
Vitória da Conquista 1.439 km 231,00 180,18<br />
sUdeste<br />
reGiÃo distância frete paGo pelo<br />
(saÍda: sÃo paUlo) mercado em jUlho/2012<br />
trUck carreta<br />
Araçatuba 532 km 82,50 69,30<br />
Barretos 450 km 78,10 64,68<br />
Bauru 380 km 73,92 64,68<br />
Belo Horizonte 586 km 87,78 73,92<br />
Governador Valadares 914 km 129,36 101,64<br />
Ipatinga 808 km 101,64 92,40<br />
Marília 443 km 78,54 64,68<br />
Ourinhos 400 km 73,92 64,68<br />
Presidente Prudente 558 km 87,78 69,30<br />
Ribeirão Preto 319 km 73,92 60,06<br />
Rio de Janeiro 429 km 87,78 69,30<br />
São José do Rio Preto 451 km 83,16 69,30<br />
Tupã 540 km 83,16 69,30<br />
Vitória 882 km 128,92 101,64<br />
Uberlândia 590 km 87,78 73,92<br />
Fontes: Agência JS, tel.: (11) 3976-5336 e-mail: jsagencia@terra.com.br .<br />
*Onde houver transporte por rio, os valores não incluem a taxa de transporte fluvial.<br />
motores - retÍfica<br />
(completa, com bomba e bico, valores em reais)<br />
marca modelo preços<br />
Mercedes-Benz OM 352/1113/2213 7.590<br />
Mercedes-Benz OM 314/608 6.820<br />
Mercedes-Benz OM 355/5 15.950<br />
Mercedes-Benz OM 355/6 17.050<br />
MWM D.226/4 - D.229/4 8.580<br />
Ford Cargo 6.CCT - 16/18 17.380<br />
MWM D.229/6 9.350<br />
Perkins 4.236/D10-D20 8.580<br />
Perkins 6.357 10.780<br />
Saab-Scania 110/111 19.360<br />
Volvo/Fiat N10/190E 21.780<br />
Caterpillar Todos sob consulta<br />
preços à vista em r$, pesquisados na retífica super diesel em julho/2012.
293 revistacaminhoneiro.com.br 97
98<br />
paSSaTempo<br />
frases de para-choqUe<br />
mande sua frase para:<br />
editoria@tteditora.com.br<br />
revistacaminhoneiro.com.br 293<br />
quando deus fez o mundo em 6 dias,<br />
não tinha ninguém perguntando quando ia ficar pronto.
293 revistacaminhoneiro.com.br 99
100<br />
revistacaminhoneiro.com.br 293<br />
PEÇAS GENUÍNAS VOLVO.<br />
A DIFERENÇA ENTRE<br />
CARREGAR<br />
E SER CARREGADO<br />
VISITE UM CONCESSIONÁRIO VOLVO,<br />
APROVEITE A PROMO TRANSMISSÃO E RODE MAIS FORTE<br />
CRUZETA<br />
Aplicação: NH12 / FH12 / FM12 /<br />
FH13 / FM11 / VM<br />
Código: 8127182<br />
De: R$ 621,14<br />
EMBREAGEM REMAN<br />
Aplicação: VM17 / VM23 / VM210 /<br />
VM220 / VM260<br />
(CS36A-OR)<br />
Código: 85003237<br />
De: R$ 999,91<br />
R$ 499 R$ 899<br />
Imagens meramente ilustrativas. Ofertas válidas até 31/10/2012 para peças Volvo e para pagamento à vista. Preços válidos para: Embreagem Reman<br />
código 85003237 / Cruzeta código 8127182. Verifique no concessionário Volvo se a peça é aplicada ao chassi do veículo.