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O poeta - Revista Caminhoneiro

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2<br />

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Vinte e cinco de julho é o seu dia. Por isso, esta edição foi feita<br />

para homenagear uma classe que todos os dias merece ser<br />

reverenciada. Sendo assim, retratamos um pouquinho do cotidiano<br />

e do que vocês encontram pela frente. Entre as matérias<br />

se destacam um balanço da profissão nos tempos atuais e<br />

como enxergam o futuro, a história comovente de Renato Varela de Oliveira<br />

que sobreviveu a um grave acidente comendo somente laranja, outro caminhoneiro<br />

que contraiu a Aids e superou as dificuldades da doença e do preconceito,<br />

o caminhoneiro aposentado, Jaci Silva, que encontrou nas estradas<br />

fatos que inspiraram suas poesias e a história de Ozias Lopes de Paula que<br />

iniciou como caminhoneiro e virou empresário de sucesso.<br />

Todo caminhoneiro que se preze adora caminhões. Sendo assim, confira em<br />

nossas páginas a mais recente novidade da Sinotruk: a linha de caminhões A7.<br />

Não perca também como o mercado aceitou o pneu Michelin X<br />

Multiway da Michelin, a Continental que entrou no segmento de<br />

Reforma de Pneus, o Centro de Desenvolvimento de Produtos da Iveco e<br />

todas as seções que trazem um pouquinho de entretenimento para um<br />

profissional que tem um universo diversificado, mas que por mais difícil<br />

que seja, nunca deixou endurecer o seu lado humano. Parabéns meus<br />

amigos caminhoneiros!<br />

Boa leitura.<br />

4<br />

carta ao leitor<br />

Universo<br />

diversificado<br />

Graziela Potenza<br />

Editora<br />

revistacaminhoneiro.com.br 293<br />

www.revistacaminhoneiro.com.br<br />

CAmINHONEIRO, revista mensal dirigida a caminhoneiros, foi matriculada em 20/02/85 no 5º Registro de Títulos e Documentos<br />

de São Paulo. Ela é distribuída gratuitamente em uma rede de postos credenciados pela Tudo em Transporte Editora<br />

Ltda., CNPJ 07.052.911/0001-01 e Inscr. Estadual 149.430.506.110. As opiniões dos artigos assinados e dos entrevistados<br />

são de seus autores e não necessariamente as mesmas de CAMINHONEIRO. A elaboração de matérias redacionais não tem<br />

nenhuma vinculação com a venda de espaços publicitários. Não aceitamos matérias redacionais pagas. Informes publicitários<br />

são de responsabilidade das empresas que os veiculam, não tendo escolha de fotos, ilustrações ou definição de estilo e de texto submetidos à<br />

Redação da revista. Os anúncios são de responsabilidade das empresas anunciantes. Não temos corretores de assinaturas ou representantes<br />

em outros estados ou países. É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos, ilustrações, mapas sem a autorização por escrito da<br />

Redação (Lei de Direitos Autorais, nº 9610/98).<br />

DIRETOR:<br />

Saulo P. Muniz Furtado<br />

saulo@tteditora.com.br<br />

REDAÇÃO:<br />

Graziela Potenza (editora)<br />

editoria@tteditora.com.br<br />

Francisco Reis (redator)<br />

redator@tteditora.com.br<br />

EDITOR DE ARTE:<br />

Julio Kniss<br />

julio@tteditora.com.br<br />

DIAgRAmADOR:<br />

Thiago Piffer<br />

PUBLICIDADE:<br />

Isidro de Nobrega, Elcio Raffani,<br />

Gabriela Ely Bedrossian, e Rodrigo Cachioni<br />

comercial@tteditora.com.br<br />

PROmOÇÕES:<br />

O. Quatrini (gerente), Cristiane Mattos,<br />

Ana Paula Anzzelotti, Maurício Marques, Rafael Gouveia,<br />

Ronaldo Lourenço, Rosana Simões Domingues e<br />

Verônica Barbosa da Silva<br />

DEPARTAmENTO DE DISTRIBUIÇÃO:<br />

(E ASSINATURAS)<br />

Cláudio Alves de Oliveira (gerente)<br />

Janaina Samara da Conceição e Ewerton Diego dos Santos<br />

assinaturas@revistacaminhoneiro.com.br<br />

DEPARTAmENTO DE COmPRAS:<br />

Luciana Ito e Liliani Franco<br />

DEPARTAmENTO ADmINISTRATIVO:<br />

Jorge Moura, Carlos Alberto Pereira<br />

e Marcos Antonio Battagiotto<br />

Yeda Machado de Melo Wittmann<br />

(secretária da diretoria)<br />

ImPRESSÃO E ACABAmENTO:<br />

IBEP Gráfica<br />

JORNALISTA RESPONSÁVEL:<br />

Graziela Potenza (Reg. MTb: nº 16.992)<br />

REDAÇÃO, ADmINISTRAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO:<br />

Rua Fiandeiras, 687/693 – Vila Olímpia<br />

São Paulo-SP, CEP 04545-004<br />

Tel.: (11) 3049-1799<br />

Tiragem desta edição (100 mil exemplares) auditada<br />

por PricewaterhouseCoopers, cuja carta-relatório está<br />

à disposição dos interessados.<br />

Publicação Mensal - nº 293 - Julho de 2012 - Exemplar avulso = R$ 9,00<br />

Assinatura anual = R$ 90,00 - O Grupo TT também edita a revista NT.<br />

Publicação filiada à Anatec<br />

Apóia o Programa Na Mão Certa


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Índice<br />

6<br />

especial<br />

26<br />

l presente e futuro da profissão<br />

l sobreviveu comendo laranjas<br />

l vencendo a adversidade<br />

l o empresário com diesel nas veias<br />

l o caminhoneiro <strong>poeta</strong><br />

48<br />

recados<br />

Montadoras enviam mensagens<br />

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reforma<br />

Continental no segmento de Recapagem de Pneus<br />

52<br />

Gincana do caminhoneiro<br />

64<br />

54<br />

lançamento<br />

Linha de caminhões Sinotruk A7<br />

Disputa acirrada na<br />

terceira etapa


entrevista<br />

Roger Alm, da Volvo<br />

22<br />

tecnoloGia<br />

Centro de Desenvolvimento de Produtos Iveco<br />

60<br />

08<br />

10<br />

14<br />

20<br />

72<br />

74<br />

90<br />

98<br />

68<br />

rompendo o lacre<br />

Não seja um elefante de circo<br />

na mÃo certa<br />

Pontos vulneráveis<br />

UrGente<br />

Saiba o que acontece no setor<br />

correio<br />

Espaço para correspondência<br />

pneUs<br />

Michelin X Multiway<br />

beira de estrada<br />

O caminhoneiro comilão<br />

mercado<br />

Confira os preços<br />

passatempo<br />

Divirta-se com jogos<br />

fUtebol<br />

A lenda viva<br />

Valdir Joaquim de Moraes<br />

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8<br />

Rompendo o lacRe<br />

Francisco Reis<br />

Redator<br />

nÃo seja Um elefante de circo<br />

vVocê já prestou atenção em um elefante de circo? Se prestou, deve ter percebido que<br />

a corrente que o prende é infinitamente menor do que a necessária para segurá-lo. E porque<br />

ele não quebra a corrente e foge? Diz a lenda, que os elefantes são capturados logo<br />

que nascem e são acorrentados a “pesadas” correntes (para um animal recém-nascido).<br />

O elefantinho tenta fugir, tenta fugir, mas aquela corrente o impede. O tempo passa e ele, cansado de<br />

tentar fugir, se entrega à sina de ser um elefante de circo. Se tentasse quebrar a corrente quando se<br />

tornou um elefante adulto, ele se libertaria. Mas o costume de ser um elefante amarrado o levará a<br />

morrer em um picadeiro. Mas o que isso tem a ver com você?<br />

Por muitos anos, o perfil que se passou do caminhoneiro era o de um homem gordo, tão barrigudo<br />

que não conseguia fechar a camisa. Que dirigia de bermuda surrada e folgada, de chinelo ou descalço,<br />

com o inseparável palito de dente no canto da boca. Além disso, passava-se a ideia de que ele era<br />

semianalfabeto, mal educado, não sabia o que fazer com o pouco dinheiro que ganhava.<br />

Eu vi alguns desses caminhoneiros, mas há muitos anos. Eram como o elefantinho, aceitavam o que<br />

os outros falavam sobre como deveriam ser e levavam a vidinha no “picadeiro das estradas”.<br />

Hoje não, a maioria dos caminhoneiros mudou, sabe o que é melhor para eles, procuram se informar<br />

sobre as novas tecnologias e, o mais importante, mudaram o comportamento, o posicionamento em<br />

sua atividade.<br />

Alguém que transporta 70% de tudo que circula no Brasil, não pode ser tratado como um “elefante<br />

de circo” que só recebe ordens. Deve e merece ser respeitado como um profissional. Se um piloto<br />

de avião falha, dezenas de pessoas morrem. Se um comandante de navio falha, centenas de pessoas<br />

morrem. Se um caminhoneiro falha, pode matar muito mais, dependendo da carga que transporta.<br />

Por que todos respeitam um piloto e um comandante e não respeitam um caminhoneiro? Só por que<br />

caminhoneiro não usa camisa branca e chapéu azul?<br />

Não, não é só por isso. Os outros dois profissionais sabem se impor, não aceitam fazer o que não<br />

for correto. Já pensou um piloto de avião “rebitado”? Ou um comandante de navio comandando sob o<br />

efeito de cocaína?<br />

Estes profissionais se valorizam, como os caminhoneiros devem fazer. Festas, homenagens e brindes,<br />

tudo isso é muito bom para o caminhoneiro, mas dinheiro na conta é melhor. Entrar em um posto<br />

e encontrar banheiros decentes, chuveiros quentes e em quantidade e uma comida boa a um preço<br />

justo é melhor. Chegar ao destinatário da carga e descarregar sem perda de tempo é tudo de bom.<br />

Mas isto não se ganha, se conquista. Afinal, até hoje o elefante é amarrado por uma fina corrente.<br />

“Quebre as correntes” que insistem em transformá-lo em um “profissional de segunda classe” e vá<br />

em busca de um futuro melhor. Um futuro onde você olhe o dono da empresa, o presidente do País,<br />

de igual para igual. Você é igual. Um futuro onde seu tempo seja remunerado, onde você não precise<br />

implorar para fazer suas necessidades com dignidade. Seja um elefante com grandes ideias, grandes<br />

atitudes, grande respeito ao seu próximo e a você mesmo. Não faça nada que contrarie seus princípios<br />

ou coloque a vida de pessoas em perigo. Você pode, só precisa tentar. Quem enfrenta os perigos das<br />

estradas brasileiras todos os dias, pode quebrar qualquer corrente que tente lhe sufocar.<br />

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Chegou o Portal VISA CARGO.<br />

Só quem tem Visa Cargo não perde nenhuma viagem.<br />

E deixa a família sempre bem acompanhada.<br />

Bolsa Frete<br />

Acesso exclusivo ao Bolsa Frete, o ponto de encontro entre as empresas de<br />

transporte e você. Aqui, as empresas oferecem grande variedade de fretes para<br />

você escolher aquele que melhor se adequa às suas necessidades e nunca<br />

viajar com o caminhão vazio.<br />

Para mais informações, ligue 0800 7722742 ou acesse www.visa.com.br/cargo<br />

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tempo.<br />

• Trace suas rotas<br />

e calcule quanto<br />

vai gastar com<br />

este frete.<br />

• Notícias e<br />

informações<br />

para quem vive<br />

na estrada.<br />

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10<br />

aperte o play<br />

comboio<br />

Descrição<br />

Duração: 104 minutos<br />

Gênero: Ação<br />

Direção: Sam Peckinpah<br />

Ano: 1978<br />

País de origem: EUA<br />

elenco<br />

Kris Kristofferson<br />

Ali MacGraw<br />

Ernest Borgnine<br />

Burt Young<br />

Madge Sinclair<br />

Franklyn Ajaye<br />

cUriosidade<br />

sinopse<br />

Rubber Duck (Kris Kristofferson)<br />

é um conhecido<br />

caminhoneiro que, foi<br />

roubado e se mete em<br />

uma briga com o xerife<br />

Lyle (Ernest Borgnine).<br />

Rubber convoca pelo rádio<br />

um grande comboio<br />

de caminhões, que com<br />

toda a sua força, segue<br />

do Arizona (EUA) para o<br />

México, a fim de ajudá-<br />

-lo contra o xerife Lyle e<br />

seus policiais corruptos.<br />

No trajeto são abordados<br />

temas do cotidiano de<br />

quem vive na estrada e o<br />

lugar do caminhoneiro na<br />

sociedade.<br />

“Innotruck” o incrível truck do futuro<br />

O InnoTruck é um caminhão com visual<br />

futurista, com uma cabine que mais<br />

lembra a de um avião.<br />

Outras curiosidades estão no site:<br />

www.cowboysdoasfalto.com.br<br />

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fiqUe atento<br />

aos pontos<br />

vUlneráveis<br />

Mapear os pontos vulneráveis à exploração sexual de<br />

crianças e adolescentes (ESCA) nas rodovias brasileiras é<br />

de suma importância para incentivar a criação de políticas<br />

públicas, campanhas e projetos de prevenção. Esse é o objetivo<br />

do Projeto Mapear, programa continuado da Polícia<br />

Rodoviária Federal em parceria com a Childhood Brasil, a<br />

Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República<br />

e a Organização Internacional do Trabalho (OIT).<br />

No mapeamento realizado no biênio 2011-2012, foram<br />

identificados 1.776 pontos vulneráveis nas rodovias federais<br />

do País. Destes, 1.171 pontos figuram como críticos<br />

e de alto risco de vulnerabilidade. Ainda que esse<br />

número seja alto, 231 pontos identificados no levantamento<br />

anterior, realizado em 2009-2010, deixaram de<br />

fazer parte dessa classificação mais preocupante. O<br />

novo estudo também mostra a predominância de pontos<br />

críticos e de alto risco em todas as regiões do País.<br />

Juntos, eles constituem 65,9% do total dos pontos mapeados,<br />

sendo os pontos críticos a maioria (38,9%) e,<br />

portanto, merecedores de atenção especial.<br />

A região Centro-Oeste é a que apresenta o maior número<br />

absoluto de pontos vulneráveis (398), seguida pela região<br />

Nordeste (371), pela Sudeste (358), pela Norte (333) e pela<br />

Sul (316). No entanto, é a região Norte que possui a maior<br />

densidade de pontos vulneráveis por quilômetro (1 a cada<br />

17,99 km), seguida pelo Centro-Oeste (1 ponto a cada<br />

23,99 km), Sul (1 ponto a cada 33,47 km), Sudeste (1 ponto<br />

a cada 38,33 km) e Nordeste (1 ponto a cada 48,77 km).<br />

Um importante desdobramento do Projeto Mapear são<br />

as ações policiais coercitivas em pontos considerados<br />

vulneráveis, com a finalidade de resgatar crianças e adolescentes<br />

e responsabilizar os exploradores. Só no biênio<br />

2010-2011, a Polícia Rodoviária Federal retirou mais de<br />

mil crianças e adolescentes da condição de exploração,<br />

encaminhando-os aos Conselhos Tutelares. Desde 2005,<br />

por meio desse trabalho, um total de 3.251 crianças e adolescentes<br />

foram resgatados de situação de risco.<br />

Se você, caminhoneiro, identificar ou suspeitar de um local<br />

onde ocorra a exploração sexual de crianças e adolescentes,<br />

ligue 100 e denuncie.<br />

Saiba mais em www.namaocerta.org.br.<br />

Para falar com o Programa Na mão Certa, envie um<br />

e-mail para agente@namaocerta.org.br ou escreva para a<br />

Caixa Postal 11.263 - CEP 05422-970 – São Paulo – SP.


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12<br />

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14<br />

Pneus para caminhões<br />

A Titan Pneus do Brasil comunica a ampliação da sua participação<br />

no mercado nacional. Em junho, a empresa fechou mais um<br />

acordo com a Goodyear que permite a produção e a comercialização<br />

da linha de pneus diagonais para caminhões e camionetas<br />

com a marca Goodyear.<br />

Segundo Walter Chiosini, diretor de Controladoria, esse novo<br />

negócio amplia a atuação da empresa no mercado nacional,<br />

fortalecendo os resultados da operação no Brasil, e ainda possibilita<br />

um avanço no mercado regional. “Com essa aquisição,<br />

poderemos produzir, distribuir e vender a linha de pneus diagonais<br />

para caminhões e camionetas para os mercados brasileiro,<br />

paraguaio, uruguaio, boliviano e mexicano, o qual representa um<br />

faturamento na ordem de R$ 300 milhões por ano. O restante<br />

da América Latina continuará sendo atendido pela Goodyear.”<br />

A grande procura pelos produtos para caminhões e camionetas<br />

foi a motivação da Titan Pneus para investir no segmento,<br />

além do reconhecimento da qualidade e durabilidade dos pneus<br />

como o Papaléguas G8 (PLG8) e a linha Conquistador, ambos<br />

parte do acordo.<br />

O processo de transição já esta concretizado, o que garante a<br />

continuidade do negócio por meio da incorporação dos estoques<br />

pela Titan Pneus, sequência dos níveis de produção e manutenção<br />

da rede de revendedores. “Nossa estratégia é manter<br />

a oferta de produtos, da reconhecida qualidade e dos preços<br />

competitivos. Este é o melhor caminho para incrementarmos<br />

o volume de vendas e aumentar a participação da empresa no<br />

mercado”, ressalta Walter Chiosini.<br />

Boas vendas dos Scania<br />

A Scania mostra sua força nos emplacamentos de veí culos Euro<br />

5 com o registro de 2.475 unidades e a conquista do primeiro<br />

lugar na categoria acima de 45 toneladas de CMT (Capacidade<br />

Máxima de Tração). O volume representa quase 40% do total de<br />

6.402 unidades Euro 5 emplacadas pelo mercado no Registro<br />

Nacional de Veí culos Automotores (Renavam).<br />

“Sem dúvida, garantir a liderança nos emplacamentos Euro 5<br />

nos primeiros seis meses do ano demonstra o quanto a Scania<br />

está à frente dos concorrentes”, diz Roberto Leoncini, diretor<br />

Geral da Scania do Brasil. “É mais uma prova de que nossos<br />

clientes estão reconhecendo a parceria da marca neste momento<br />

de transição para a nova legislação de emissões.”<br />

Além disso, o R440 foi o caminhão pesado Euro 5 com maior<br />

número de emplacamentos do semestre, com 1.150 unidades.<br />

O modelo possui 440 cv de potência, configurações 4x2, 6x2<br />

e 6x4 e desenvolve torque de 2.300 Nm, o maior em sua faixa<br />

de atuação. “Ele é o pesado mais econômico do mercado”,<br />

completa Leoncini.<br />

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Conecte-se<br />

Newsletter<br />

Cadastrando-se no nosso site, você passa a receber no conforto<br />

do seu escritório (via e-mail), a nossa newsletter com<br />

as notícias mais importantes do segmento de Transporte de<br />

cargas. Ta esperando o quê?<br />

Destaque do mês<br />

A ANP (Agência Nacional de Petróleo) definiu as novas cores<br />

para o diesel S 500 e S 1800. A medida, que visa dificultar<br />

fraudes, passou a valer a partir de 1º de julho. A Agência<br />

lembra que é direito do consumidor pedir que o posto retire<br />

uma amostra do combustível em proveta de vidro, para expor<br />

a cor do diesel. Acesse o site e leia a notícia completa!<br />

Feiras<br />

Na seção Eventos do site da revista <strong>Caminhoneiro</strong> você<br />

encontra todas as datas e locais das feiras de negócios<br />

voltadas para o estradeiro, bem como as informações<br />

das etapas que ainda serão disputadas da 24ª Gincana<br />

do <strong>Caminhoneiro</strong> neste ano de 2012.<br />

Carga Rápida


SHELL RIMULA QUER<br />

PARABENIZÁ-LO PELO<br />

DIA DO MOTORISTA.<br />

Shell Rimula, que trabalha pesado com você o ano inteiro, quer parabenizá-lo<br />

pelo seu dia – 25 de julho. Para nós, é um orgulho estar com você nas<br />

estradas hoje e todos os dias.<br />

TRABALHA TÃO PESADO QUANTO VOCÊ.<br />

Shell Rimula<br />

O descarte inadequado da embalagem e do óleo usado pode gerar resíduos sólidos e poluir a água e o solo.<br />

Entregue-os em um posto de serviço ou ponto de coleta autorizado. Esta ação ajuda a proteger o meio ambiente.<br />

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16<br />

monitorar todos os detalhes<br />

Os equipamentos Kaxa Preta são aparelhos portáteis que<br />

podem ser instalados discretamente em cada veículo,<br />

permitindo a captação de imagem e som tanto da parte<br />

interna quanto da externa. Segundo Marcelo Crovador,<br />

diretor da empresa Kaxa Preta, é a melhor forma de assegurar<br />

a eficiência e de coibir roubo, fraude, acidentes e<br />

outras ocorrências que comprometam a segurança e os<br />

ganhos. Podem ser instaladas de uma a quatro câmeras<br />

e serem expostas ou mesmo camufladas, no caso de não<br />

se desejar que sejam identificadas por terceiros. Dessa<br />

maneira é possível a comprovação de fraudes, furtos ou<br />

mesmo esquemas de assaltos orquestrados com a conivência<br />

de alguém próximo. O poder de ação do departamento<br />

de logística se torna imediato, já que a percepção<br />

de situações que saiam da rotina do transporte podem<br />

acarretar um corte imediato de combustível à distância<br />

ou o acionamento da autoridade policial.<br />

Entre as vantagens estão a maior segurança ao motorista<br />

e passageiros, pois o equipamento monitora o<br />

comportamento dentro do veículo e flagra eventuais<br />

irregularidades, permitindo também um acompanhamento<br />

de rotinas, cumprimento de horários e regras<br />

profissionais, como o uso adequado do uniforme, por<br />

exemplo. O veículo passa também a possuir ambiente<br />

wi-fi, o que confere muito mais conforto e comodidade<br />

aos passageiros, que poderão ligar seus tabletes, notebooks<br />

ou celulares e web durante a viagem.<br />

Com o Kaxa Preta on line, você não apenas grava imagem<br />

e áudio dos veículos de sua frota, mas também<br />

pode visualizar todas as câmeras a qualquer momento,<br />

“ao vivo” via 3G, seja em sua empresa ou residência.<br />

Para mais informações, entre em contato via e-mail<br />

marcelo@kaxapreta.com.<br />

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Telemetria é uma tendência<br />

A Pósitron, marca da<br />

PST Electronics, líder<br />

em segurança automotiva<br />

e referência<br />

em serviços de rastreamento,<br />

telemetria<br />

e produtos de som<br />

e imagem, torna-se<br />

a primeira empresa<br />

completa do mercado<br />

a oferecer monitoramento, rastreamento e telemetria, sendo<br />

responsável desde o projeto do hardware e firmware, até a<br />

prestação do serviço para o cliente final. A empresa apresenta<br />

seu conjunto de soluções em telemetria, que monitoram o<br />

desempenho do veículo e a forma de condução do motorista.<br />

A Telemetria Pósitron disponibiliza inúmeras vantagens às<br />

empresas de transporte. A solução detecta possíveis falhas<br />

no veículo e aprimora o processo de gestão de frota, além de<br />

maximizar os resultados dos clientes.<br />

“A telemetria é uma das grandes tendências do segmento.<br />

Como uma das principais referências no setor, a Pósitron<br />

elencou diversos pontos sobre os desafios do mercado nacional<br />

de transporte de cargas, como monitoramento de eventos<br />

de risco de acidentes; capacitação e retenção dos motoristas;<br />

sequestros, roubos e furtos de veículos e cargas. Para superar<br />

esses desafios e otimizar as operações logísticas, a Pósitron<br />

apresenta suas soluções ao mercado, atendendo às necessidades<br />

de cada cadeia do segmento”, afirma José Tabone<br />

Júnior, gerente Comercial da unidade de Rastreamento e Monitoração<br />

da Pósitron.<br />

Por meio da telemetria são gerados relatórios que compilam<br />

informações diárias em aplicações como logística, medição<br />

do desempenho dos motoristas, redução de acidentes, sustentabilidade<br />

e segurança da carga.<br />

Para a área da logística, é possível utilizar a solução para a<br />

otimização da frota e rota, acompanhamento do desempenho<br />

dos veículos, redução das paradas para manutenções e nos<br />

custos relacionados a desgaste de peças.<br />

Já para o acompanhamento dos condutores, a telemetria faz<br />

o controle do desempenho sobre a jornada de trabalho, inclusive<br />

das paradas para refeições e descanso. Com essas<br />

informações, as empresas podem estabelecem um ranking<br />

de pontuação e, assim, capacitar os profissionais, conceder<br />

premiações e reconhecimentos aos melhores motoristas.<br />

Os benefícios do serviço também podem auxiliar no trabalho<br />

preventivo na redução de acidentes, focado nos principais<br />

agravantes, como excesso de velocidade, acelerações e frenagens<br />

bruscas.


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18<br />

Volvo. carregando a grandeza e a cultura do Brasil.<br />

A Volvo é patrocinadora do filme À Beira do Caminho. Uma história emocionante<br />

que destaca dois astros brasileiros: o caminhoneiro e o Volvo VM.<br />

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- Sugestão<br />

Prezados, tive conhecimento<br />

da revista <strong>Caminhoneiro</strong>.<br />

Escrevo esta mensagem para<br />

parabenizá-los pela qualidade<br />

das reportagens e também<br />

para dar uma sugestão.<br />

Sou professora universitária e<br />

mulher de caminhoneiro. Até<br />

hoje sofro preconceitos por<br />

ser mulher de um caminhoneiro.<br />

Acredito que isso se<br />

deva ao fato da forma errônea<br />

e deturpada como essa<br />

belíssima e digna profissão é<br />

abordada. Sendo assim, sugiro<br />

uma reportagem sobre os<br />

preconceitos e a vida da mulher<br />

do caminhoneiro. As angústias,<br />

a solidão, os amores,<br />

etc. Aproveito a oportunidade<br />

para solicitar o endereço<br />

de uma associação cujo nome<br />

é ABA, localizada no estado<br />

do Paraná.<br />

Patricia Monteiro<br />

pdsmonteiro@hotmail.com<br />

Inicialmente agradecemos<br />

o elogio e a sugestão de matéria,<br />

afinal, precisamos acabar<br />

com esse preconceito que<br />

envolve a mulher de caminhoneiro.<br />

Quanto ao endereço<br />

da Associação Beltronense<br />

de Autônomos (ABA) é o seguinte:<br />

av. Luiz Antonio Faedo,<br />

2.200, anexo ao Posto<br />

Toscan, Bairro Industrial, Francisco<br />

Beltrão, PR. Telefone.:<br />

(46) 3527-1624.<br />

20<br />

8 Cara metade<br />

Gostaria de encontrar alguém<br />

que fosse companheira,<br />

amável e fiel para relacionamento.<br />

As interessadas devem<br />

ter entre 40 e 50 anos de<br />

idade e residirem em Ribeirão<br />

Preto, SP. Meus telefones: (16)<br />

3969-5757 e (16) 9739-4862.<br />

Claudionor F. S.<br />

Ribeirão Preto – SP<br />

- Pedido<br />

Enviei duas fotos para serem<br />

publicadas na revista <strong>Caminhoneiro</strong>.<br />

A primeira é da minha avó<br />

Cleusa Valadares, de Paracatu,<br />

MG e a segunda é do meu<br />

primo Eduardo, da Chapada<br />

Gaúcha, MG.<br />

Priscila Valadares<br />

pryscilla16@hotmail.com<br />

revistacaminhoneiro.com.br 293<br />

- Relíquias<br />

Por favor, publiquem as fotos<br />

desses automóveis na seção Correio.<br />

Elas foram tiradas no dia<br />

18/06/2012 no próprio local onde<br />

se encontram em exposição,<br />

à beira da pista, no posto de fiscalização<br />

da Polícia Rodoviária<br />

Federal na rodovia BR-050, km<br />

195, Uberaba, MG. O inspetor<br />

responsável é José Willian, que<br />

também é o presidente do Clube<br />

dos Carros Antigos da cidade<br />

de Uberaba.<br />

Alberto Diogo giusti<br />

Uberaba - MG<br />

- Quebra-molas<br />

Gostaria que registrassem a<br />

minha indignação referente à<br />

BR-316, dentro do Maranhão.<br />

No lugar de tamparem os buracos<br />

estão construindo quebra-<br />

-molas. Em cada lugar chega<br />

a ter dois, três quebra-molas.<br />

Isso deixa a gente à mercê de<br />

ladrões não de cargas, mas de<br />

furtos do nosso dinheiro e pertences<br />

pessoais. Está demais.<br />

Isabel Arrais<br />

Belém – PA<br />

- Quebra-molas II<br />

Chamados quebra-molas em<br />

algumas rodovias federais como<br />

em Cascavel passando por Capitão<br />

Leonidas Marques, Realeza,<br />

Francisco Beltrão, Marmeleiro,<br />

Renascença, Pato Branco,<br />

Clevelândia até o trevo da divisa<br />

de Santa Catarina, onde vai para<br />

Abelardo Luz em Santa Cata-<br />

rina. Isso é um absurdo. O trânsito<br />

fica lento. Além do desgaste<br />

físico para o motorista, ocorre o<br />

desgaste no caminhão. Que sejam<br />

substituídos por lombadas<br />

eletrônicas. Por favor, autoridades<br />

competentes nos ajudem.<br />

Ovídio Vieira da Silva<br />

Cascavel - PR<br />

- Aposentadoria<br />

Eu queria saber sobre uma<br />

reportagem que em um trecho<br />

fala sobre a aposentadoria<br />

de motorista ser de 25<br />

de trabalho. Obrigado.<br />

Vera Vizoni<br />

São Manuel – SP<br />

Ainda não existe nada concreto<br />

como foi informado na reportagem.<br />

Somente são reivindicações<br />

da categoria.<br />

- Homenagem<br />

Estava pensando em uma forma<br />

de dizer ao meu marido Jhonny<br />

o quanto tenho orgulho de ser<br />

casada com um caminhoneiro.<br />

Sei que sem vocês o mundo para.<br />

Só tenho que lhe falar: eu te<br />

amo e estarei sempre ao seu lado!<br />

Obrigado amor. Que Deus<br />

proteja a todos os caminhoneiros<br />

e suas famílias. Que a saudade<br />

é grande, o dinheiro é pouco<br />

e o cansaço imenso, mas o<br />

amor pela profissão supera tudo<br />

isso. Parabéns a todos!<br />

Camila mallioco<br />

Itapevi – SP


293 revistacaminhoneiro.com.br 21


22<br />

enTReVISTa<br />

Excelência<br />

Volvo<br />

Roger Alm, presidente de Marketing e Vendas de<br />

Caminhões do Grupo Volvo na América Latina, fala<br />

dos caminhões da marca e como a empresa se<br />

relaciona com os caminhoneiros.<br />

revistacaminhoneiro.com.br 293<br />

Texto: Graziela Potenza<br />

Foto: Divulgação


“Eu sou fascinado pelos equipamentos que proporcionam maior<br />

produtividade e segurança para o transportador e o caminhoneiro.”<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Caminhoneiro</strong> - Como está sendo a aceitação<br />

do mercado pela nova geração de caminhões Vm?<br />

Roger Alm - O VM vem conquistando popularidade entre<br />

transportadores e motoristas de caminhão. Eles estão mais<br />

do que satisfeitos com nosso caminhão. O VM é conhecido<br />

entre os motoristas pelo excelente conforto de sua cabine. A<br />

cabine conta com um novo painel de instrumentos, ergonomicamente<br />

mais moderno e avançado, com todos os comandos<br />

ao alcance das mãos. O VM vem também equipado com<br />

computador de bordo. No display do computador localizado no<br />

painel, o motorista tem acesso a muitas informações, como o<br />

consumo do veículo. Aprimorado interna e externamente, o<br />

VM também oferece novas opções de potência. Atualmente,<br />

os motores Euro V estão disponíveis nas seguintes opções de<br />

potência: 220 cv, 270 cv e 330 cv, que promovem maior eficiência<br />

e produtividade. Também oferecemos opções de caixa<br />

de câmbio e eixos traseiros para atender a todas as necessidades,<br />

seja para operações de médias e longas distâncias,<br />

seja para uso misto urbano, com caçamba, transporte de lixo,<br />

mixer e guindaste, além do uso em operação rodoviária.<br />

<strong>Caminhoneiro</strong> - A transmissão I-Shift está presente<br />

nos caminhões da linha F. Como o mercado está reagindo<br />

a esta novidade?<br />

Alm - Mais de 80% dos caminhões da linha F saem de fábrica<br />

equipados com caixa I-Shift. Nossa caixa de câmbio é<br />

um sucesso absoluto, justamente por causa dos benefícios<br />

que proporciona: maior conforto e segurança para o motorista,<br />

baixo consumo de combustível e menos manutenção,<br />

além de diminuir o custo operacional do transportador.<br />

<strong>Caminhoneiro</strong> - Como é o relacionamento entre a Volvo e<br />

os motoristas de caminhão?<br />

Alm - Nós temos várias ações de relacionamento. Uma delas<br />

é a Caravana Fest Drive, em que vamos a campo, nos locais frequentados<br />

por motoristas, e promovemos test drive com os nossos<br />

caminhões, tiramos dúvidas, ouvimos a opinião dos caminhoneiros<br />

e oferecemos treinamentos de direção econômica e defensiva.<br />

Nós também oferecemos aos clientes e motoristas a opção<br />

de retirarem os seus caminhões novos diretamente na fábrica,<br />

no CEV, o Centro de Entrega Volvo. Por mês, recebemos mais de<br />

400 caminhoneiros. Eles passam o dia todo na fábrica, recebem<br />

um treinamento técnico sobre o veículo, dicas de direção econômica<br />

e segura, conversam com especialistas e conhecem a linha<br />

de produção. E, uma vez por ano, eu também vou para a estrada<br />

para vivenciar a realidade do caminhoneiro. São dois dias de viagens<br />

visitando postos escolhidos e converso com os motoristas.<br />

Este ano, por exemplo, viajei de Rondonópolis a Cuiabá, no estado<br />

do Mato Grosso, a bordo de um caminhão FH 540. No ano passado,<br />

viajei de Goiânia a Itumbiara. Gosto muito dessas viagens.<br />

São uma oportunidade única para conhecer os caminhoneiros.<br />

<strong>Caminhoneiro</strong> - Que ações estão sendo realizadas pela<br />

Volvo para aumentar as vendas de caminhões Euro 5?<br />

Alm - Em conjunto com nossa rede de concessionárias,<br />

estamos promovendo test drive de caminhões Euro 5, dentro<br />

da Caravana Fest Drive, para informar e tirar dúvidas sobre<br />

a nova tecnologia. Também estamos com uma campanha<br />

em revistas e na TV que reforça os atributos dos nossos<br />

veículos, como a alta produtividade, o desempenho, a<br />

economia e a segurança.<br />

<strong>Caminhoneiro</strong> - O grupo Volvo inaugurou novas instalações<br />

na cidade de Lima, Peru, que funcionarão para<br />

as marcas Volvo, mack Trucks & UD e como centro<br />

de pós-venda. Há alguma chance destas marcas virem<br />

para o Brasil também?<br />

Alm - Desde janeiro, a sede da empresa no Brasil é responsável<br />

por todas as marcas de caminhões do Grupo Volvo<br />

na América Latina. Em curto prazo, não há intenção de<br />

comercializar as marcas Mack, Renault Trucks e UD no Brasil.<br />

A comercialização destas marcas no País vai depender<br />

de estudos de viabilidade e da demanda.<br />

<strong>Caminhoneiro</strong> - No momento, em termos de caminhões,<br />

qual a tecnologia mais fascinante e por quê?<br />

Alm - Eu sou fascinado pelos equipamentos que proporcionam<br />

maior produtividade e segurança para o transportador<br />

e o caminhoneiro. A caixa I-Shift é um grande exemplo<br />

disso. Assim como o freio motor, um dispositivo que garante<br />

mais segurança e também economia de combustível.<br />

Me atrai muito também as tecnologias de segurança ativa,<br />

como o ESP, o chamado Controle Eletrônico de Estabilidade,<br />

que reduz significativamente o risco de capotamento em<br />

curvas e pistas escorregadias.<br />

<strong>Caminhoneiro</strong> – Na sua opinião, o que é um pós-venda<br />

eficiente?<br />

Alm - Um pós-venda eficiente inicia no projeto do caminhão.<br />

Os caminhões da Volvo são projetados para ter alta<br />

disponibilidade. O pós-venda é essencial para manter essa<br />

disponibilidade e a produtividade do veículo. Para isso é preciso<br />

ter uma rede de concessionárias forte e consolidada,<br />

que ofereça produtos e serviços para prevenção de paradas<br />

inesperadas, como os programas de manutenção; uma resposta<br />

rápida, com mecânicos treinados para fazer diagnósticos<br />

precisos; e disponibilidade de peças para garantir que<br />

o caminhão fique o maior tempo possível rodando. Um serviço<br />

de gestão de frotas também oferece dados que permitem<br />

ao transportador ter mais controle sobre os seus veículos<br />

e aumentar a rentabilidade dos negócios. Ou seja, é necessário<br />

um atendimento de primeira qualidade, que garanta<br />

que o caminhão rode com sua máxima produtividade. s<br />

293 revistacaminhoneiro.com.br 23


24<br />

revistacaminhoneiro.com.br 293


293 revistacaminhoneiro.com.br 25


26<br />

cateGoria em<br />

extinçÃo<br />

revistacaminhoneiro.com.br 293<br />

especial<br />

Texto: Francisco Reis l Fotos: Roberto Silva l Arte: Julio Kniss<br />

faltam carGas, estradas em boas<br />

condições, frete com preço jUsto,<br />

locais para descansar, informaçÃo<br />

e respeito. sobram mUltas,<br />

restrições e desesperança.<br />

continUar está difÍcil.


A<br />

profissão de caminhoneiro é muito<br />

antiga. Porém, corre o risco de<br />

acabar. E não se trata de ser negativista.<br />

É uma constatação feita em<br />

conversas com profissionais que esperavam<br />

“uma migalha”, também conhecida<br />

como frete, no Terminal de Cargas<br />

Fernão Dias, em São Paulo.<br />

A falta de infraestrutura não é coisa de<br />

agora. Arlan Costa de Oliveira, 41 anos<br />

de idade e 20 de caminhoneiro, lembra<br />

que há 20 anos já enfrentava esse mesmo<br />

problema. “Não havia estrada adequada,<br />

as viagens demoravam o dobro<br />

do tempo, não tinha rodovias duplicadas<br />

e em muitos trechos, nem asfalto”, lembra<br />

Oliveira, que hoje tem seu próprio<br />

caminhão, um Mercedes-Benz 1113, 1971,<br />

com o qual transporta carga seca de Presidente<br />

Prudente, SP, para diversas regiões<br />

do Brasil. “A vantagem é que naquela<br />

época não havia pedágios”.<br />

Gilson Antonio Alves da Rocha Júnior,<br />

34 anos de idade e dez de caminhoneiro,<br />

proprietário de um Mercedes-Benz<br />

1933, ano 97, também se lembra da precariedade<br />

das estradas e da falta de<br />

segurança.<br />

Para Carlos Martins, 54 anos de idade<br />

e 15 de profissão, morador de Mirandópolis,<br />

SP, e proprietário de um Scania<br />

113, ano 1992, tão ruim quanto às estradas,<br />

era a tecnologia dos caminhões.<br />

“Quando comecei, a tecnologia do caminhão<br />

era atrasada, não tinha turbina,<br />

não tinha potência”, diz Martins. “Eram<br />

caminhões grandes, com 130 cv, o que<br />

fazia demorar muito tempo nas viagens.<br />

Não tinha balança e todo mundo andava<br />

com excesso”.<br />

Ederivaldo Florentino do Egito, de 42<br />

anos de idade, lembra-se de que quando<br />

começou, há dez anos, a situação não<br />

era tão diferente. “Quando eu comecei,<br />

o pior eram os fretes”, recorda Egito, que<br />

mora em Santa Terezinha, próximo a Caruaru,<br />

PE, e possui um caminhão VW<br />

16.200, trucado, com carroceria aberta<br />

o que possibilita carregar várias coisas,<br />

alimentos e máquinas por exemplo.<br />

“Agora está ficando pior. De 2010 até hoje,<br />

o valor do frete está ficando cada vez<br />

pior”.<br />

Mas nem todos os problemas antigos<br />

eram de difícil solução. Nário Luiz Szinwelski,<br />

de 38 anos de idade, há 20 anos enfrentava<br />

um problema interessante.<br />

“Quando chegava a São Paulo, vindo de<br />

Curitiba, PR, a minha maior dificuldade<br />

era me localizar na capital, encontrar os<br />

endereços das ruas”, diz sorrindo Szinwelski.<br />

“Naquele tempo não tinha GPS”.<br />

problemas atUais<br />

Alguns dos problemas enfrentados há<br />

anos pelos caminhoneiros persistem até<br />

hoje. Ildo Monteiro da Rocha, de 49 anos<br />

e 21 de caminhoneiro, morador em Torres,<br />

RS, e proprietário de um Scania 113,<br />

ano 1994, afirma que o problema de hoje,<br />

é o mesmo de há dez anos, ou seja,<br />

falta de infraestrutura. “O frete para autônomo<br />

é colocado na transportadora<br />

que abaixa o valor”, explica Rocha. “Não<br />

tem uma tarifa base que o autônomo possa<br />

ganhar. Hoje o maior problema é a falta<br />

de carga. A indústria pensou em parar,<br />

acaba a carga. Só se cobra o pedágio,<br />

mas ninguém pensa em colocar uma<br />

293 292 revistacaminhoneiro.com.br 27


Arlan Costa de Oliveira.<br />

dia de R$ 2,00, o que corresponde a R$<br />

2.000,00 de diesel. Vai sobrar o que para<br />

o caminhoneiro? E mesmo assim tem<br />

gente que vai”.<br />

O caminhoneiro atribui os baixos valores<br />

à falta de união da categoria. “Se<br />

nossa categoria fosse unida para estabelecer<br />

valores mínimos de frete, poderíamos<br />

ter algo melhor. Mas isso não acontece”,<br />

lamenta Egito. “O pessoal que transporta<br />

combustível, e os cegonheiros conseguem<br />

fretes melhores porque os sindicatos<br />

deles são fortes. Eles não se chamam<br />

de caminhoneiros, são cegonheiros,<br />

tanqueiros, porque têm sindicatos<br />

fortes. Se o sindicato falar que ninguém<br />

vai, ninguém vai. Tem frete bom, organização<br />

boa”.<br />

Além da falta de carga, de união entre<br />

Carlos Martins.<br />

área de descanso, para que possamos os caminhoneiros, existem ainda os agen- aferição de todos os tacógrafos e eu não<br />

parar em segurança e conforto”. ciadores que, segundo ele, além de sem- sei nada sobre o assunto. Depois apare-<br />

Ildo Rocha reclama que foi estabelepre falarem que tem muito caminhão (o ceu a lei da colocação de informação do<br />

cida uma lei que obriga os caminhonei- que derruba o frete), também cobram número da placa e local do caminhão<br />

ros a pararem para descanso, mas não 10% de comissão.<br />

atrás, na carroceria já foi abolida. E isso<br />

providenciaram um local seguro e com Arlan de Oliveira acha que a falta de in- é ruim, atrapalha o desempenho da fun-<br />

infraestrutura para acolhê-los. “Aqui no formação para as mudanças que ocorção. Às vezes você está trabalhando, con-<br />

Terminal Fernão Dias precisamos pagar rem geralmente no final do ano também tribuindo com o bem do País, mas não<br />

R$ 40,00 para deixar o caminhão na rua, prejudica o dia a dia do caminhoneiro. sabe se está dentro ou fora da legisla-<br />

sem segurança”, diz o caminhoneiro. “Pa- “Todo fim de ano alguém sempre acha ção. Falta informação para os caminhora<br />

que ficar parado 12 horas se o cami- de inventar alguma coisa nova, uma lei, neiros”, lamenta Oliveira que vê nas renhoneiro<br />

está em trânsito, em viagem. uma norma e essas normas não chegam vistas especializadas como a Caminho-<br />

O caminhoneiro que trabalha em cima ao caminhoneiro que acaba sendo autuneiro, um meio mais eficiente de se<br />

de comissão irá perder, pois não podeado por algo que ele não conhece”, afir- informar.<br />

rá mais trabalhar como trabalhava. Em ma Oliveira. “A maioria dos caminhonei- Para ele, ninguém consegue construir<br />

uma viagem de 4.000 km esse descanros é desinformada. Apareceu a lei da uma casa se não tiver uma base, um bom<br />

so de 30 minutos em cada quatro horas<br />

alicerce. E para isso, seria necessária<br />

é desnecessário e improdutivo. Vai fa-<br />

uma mudança no setor, teria que mexer<br />

zer o que nesse tempo parado?”, pergun-<br />

na base. “Sou a favor da lei da jornada de<br />

ta Rocha. “Vão virar alcoólatras. Já gos-<br />

trabalho, desde que não prejudique nintam<br />

de tomar uma cervejinha, sendo obriguém”,<br />

afirma Oliveira. “Mas a infraesgado<br />

a ficar parado”, diz sorrindo.<br />

trutura que temos não se adequa à lei.<br />

A redução de carga também é outro<br />

No Brasil, cabem três Europas, e o cami-<br />

problema apontado pelo caminhoneiro<br />

nhoneiro sai do Sul e vai chegar ao Nor-<br />

Ederivaldo Florentino do Egito que lemte,<br />

sem bases de apoio, nem de descanbra<br />

de um tempo quando em três dias<br />

so. Como ele pode obedecer a lei sem lo-<br />

arrumava carga para retornar à sua cicais<br />

para descansar o tempo exigido?<br />

dade. “Atualmente, estou precisando<br />

Hoje você paga pedágio para viajar em<br />

uma semana para achar carga”, compa-<br />

estradas em ótimas condições em poura<br />

Egito. “Hoje, ir de São Paulo a Recife<br />

quíssimas regiões, mas também paga<br />

por R$ 4.000,00 não tem condições. Só<br />

para rodar em estradas lamentáveis e<br />

de diesel gasto R$ 2.000,00. Meu cami-<br />

sem locais de descanso. Quando tem,<br />

nhão faz 3 km/l, se for carreta, faz no<br />

não pode usar o banheiro, ou tem que pa-<br />

máximo 1,5 km/l. De São Paulo a Recigar<br />

para isso”.<br />

fe são 3.000 km, ou seja, 1.000 litros de<br />

Ildo Rocha reclama por meios para aqui-<br />

diesel. O diesel está custando uma mé- Ederivaldo Florentino do Egito.<br />

sição de caminhões novos. “O caminho-<br />

28<br />

eSpecIal<br />

revistacaminhoneiro.com.br 293


293 revistacaminhoneiro.com.br 29


30<br />

eSpecIal<br />

neiro precisa de juros baixos para poder<br />

comprar o caminhão e não apenas para<br />

empresas”, afirma. “Para caminhoneiro<br />

não tem plano especial, as instituições<br />

financeiras pedem uma porção de<br />

coisas e depois que juntamos toda a papelada,<br />

não aprovam nosso cadastro”.<br />

Gilson da Rocha Júnior diz que as dificuldades<br />

continuam as mesmas, mas o<br />

frete é o pior. “O frete não baixou”, compara<br />

Júnior. “É o mesmo de dois anos atrás,<br />

no entanto, o pedágio subiu, o diesel subiu,<br />

todos os insumos subiram, além de<br />

a quantidade de cargas ter reduzida”.<br />

Para Sérgio Floriano da Silva, de 58<br />

anos e 20 de caminhoneiro, que mora<br />

em Porto Alegre, RS, e transporta carga<br />

seca para o Brasil inteiro com o seu Scania<br />

“Jacaré”, ano 75, se o problema quando<br />

começou na profissão eram as estradas<br />

ruins, hoje o que “mata” são os pedágios.<br />

“O frete São Paulo/Rio de Janeiro<br />

é o melhor”, afirma Silva. “De Porto<br />

Alegre a São Paulo ganho 2.500. Vou no<br />

Rio e volto e faço R$ 2.800, percorrendo<br />

800 km. De Porto Alegre a São Paulo<br />

são 1.200 km. O problema é que para ir<br />

e voltar de São Paulo ao Rio de Janeiro,<br />

eu gasto R$ 372,00 de pedágio, quase a<br />

mesma coisa de diesel (R$ 400,00). Não<br />

tem cabimento”.<br />

Ele afirma não ser contra o pedágio,<br />

mas que se cobre um preço justo. De Porto<br />

Alegre a São Paulo são 13 pedágios,<br />

mas o valor total fica em R$ 100,00.<br />

Carlos Martins engrossa o coro dos descontentes<br />

com o pedágio. “Hoje estamos<br />

trabalhando para pagar concessionárias<br />

de pedágio”, reclama ele. “Para andar na<br />

rodovia Castelo Branco, um caminhão de<br />

seis eixos como o meu, paga mais de R$<br />

1,00 por quilometro rodado”.<br />

Ele afirma ter vivido os tempos da ditadura<br />

e a “falsa democracia”. “Se não pagar<br />

não sai. O direito de ir e vir foi tirado.<br />

A gente trabalha para pagar pedágio. De<br />

Três Lagoas a São Paulo, são 16 pedágios.<br />

Perdemos mais de uma hora na parada<br />

dos pedágios, gastamos 30 litros de combustível,<br />

poluindo o meio ambiente. Nos<br />

Estados Unidos, o pedágio é mais barato<br />

e as estradas são conservadas e oferecem<br />

toda a infraestrutura”.<br />

Martins explica que em quatro viagens<br />

revistacaminhoneiro.com.br 293<br />

Gilson Antonio Alves da Rocha Júnior.<br />

para Três Lagoas, o caminhoneiro desembolsa<br />

R$ 4.000,00 e pergunta onde<br />

fica o direito de ir e vir, locais para estacionar<br />

e tomar banho, com segurança?<br />

“É preciso fazer uma avaliação do valor<br />

do pedágio porque o preço está sendo<br />

abusivo”, reclama o caminhoneiro.<br />

fUtUro sombrio<br />

Com fretes baixos, estradas sem condições,<br />

falta de infraestrutura, pedágios<br />

abusivos e falta de financiamento, fica<br />

Ildo Monteiro da Rocha.<br />

muito difícil pensar em como será o futuro<br />

da profissão de caminhoneiro.<br />

Mesmo assim, perguntamos aos que<br />

estavam aguardando um frete com valor<br />

que lhes permitissem voltar às suas cidades<br />

de origem, como será o futuro da profissão<br />

de caminhoneiro autônomo.<br />

Ederivaldo do Egito acha que se continuar<br />

do jeito que está, a profissão de<br />

caminhoneiro autônomo vai acabar. “As<br />

transportadoras vão dominar tudo”, prevê<br />

Egito. “O caminhoneiro que consegue<br />

fazer conta, ainda terá uma sobrevida,<br />

mas quem vai em qualquer frete, acabará<br />

saindo do mercado”.<br />

Ele também acha que em termos de tecnologia,<br />

será cada vez maior e melhor. “A<br />

única coisa que falta é colocar um sistema<br />

que dispensasse o motorista e o caminhão<br />

fizesse o percurso sozinho, por<br />

controle remoto, ou sistema teleguiado.<br />

Mas para este sistema ter sucesso, nossas<br />

estradas precisarão ser melhores”.<br />

Arlan Oliveira cobra atitudes agora,<br />

para garantir a profissão no futuro. “É<br />

preciso que os caminhoneiros sejam informados,<br />

saibam o que está acontecendo<br />

na área de transporte. Daqui a dez<br />

anos, o caminhoneiro terá que ter mais<br />

informação, adequação, mais conhecimento”,<br />

antecipa Oliveira. “Quem pensa<br />

em ser caminhoneiro no futuro, deve<br />

se instruir, obter o máximo de conhecimento,<br />

formar uma base”.<br />

Nário Szinwelski é outro caminhoneiro<br />

que vê um futuro sombrio para a profissão.<br />

“Acho que a profissão de caminhoneiro<br />

autônomo vai sumir. A transportadora<br />

está exigindo tantas coisas que vai<br />

ser difícil atender”, lamenta ele, afirmando<br />

que comprar caminhão é fácil, mas pagar<br />

as prestações é difícil com os baixos<br />

valores pagos pelo frete. “Daqui a 10 anos<br />

o caminhoneiro tem que ser muito bem<br />

preparado, tem que ter conhecimento de<br />

tudo, dos caminhões”.<br />

Ele prevê uma conjunção de caminhão<br />

novo, estrutura razoável para atender<br />

um mercado cada vez mais exigente. “Eu<br />

achava que dirigia muito bem quando comecei,<br />

mas descobri que tinha muito que<br />

aprender e ainda hoje continuo aprendendo”,<br />

afirma Gilson da Rocha Júnior. “Hoje<br />

tem algumas opções para aprender como


293 revistacaminhoneiro.com.br 31


32<br />

eSpecIal<br />

o Sest/Senat que oferece uma série de<br />

cursos. Mas poderia ser mais baratos para<br />

que um maior número de motoristas tivesse<br />

acesso, bem como um maior número<br />

de instituições de ensino”.<br />

Sérgio da Silva acredita que em 10 anos<br />

a profissão de caminhoneiro autônomo<br />

desapareça. “Estão colocando mil empecilhos,<br />

querendo que a gente abra firma,<br />

coloque o caminhão no nome da firma<br />

para tirar a responsabilidades deles<br />

em caso de acidente”, se revolta Silva.<br />

“Estava trabalhando como agregado há<br />

1,5 ano e a transportadora pediu que eu<br />

abrisse uma firma. Concordei em abrir<br />

desde que ela firmasse um contrato de<br />

três anos comigo. Não quis. Tive que sair<br />

da empresa por isso”.<br />

Carlos Martins não vê a renovação dos<br />

profissionais. “A safra de caminhoneiros<br />

que vai se aposentar, vai acabar e o<br />

pessoal novo que está vindo aí não tem<br />

garra, coragem para o trabalho”, lamenta<br />

Martins. “Para ser caminhoneiro, tem<br />

que gostar muito da profissão, ser teimoso,<br />

sofredor, até um pouco masoquista,<br />

sofrer com prazer”.<br />

fornecendo mÃo de obra<br />

Mas se todos os caminhoneiros ouvidos<br />

concordam em que é preciso fazer<br />

alguma coisa para manter a profissão de<br />

caminhoneiro autônomo ativa, por que<br />

não incentivam seus filhos a continuarem<br />

no caminho que estão?<br />

Ederivaldo do Egito afirma que antigamente<br />

o caminhoneiro era chofer, respeitado,<br />

ganhava bem e hoje nem banheiro<br />

tem. “Às vezes pagamos para usar<br />

o banheiro e o banheiro está quebrado<br />

pelos próprios caminhoneiros”, lamenta<br />

Egito. “A rapaziada nova que está entrando,<br />

passou do rebite para a maconha<br />

e da maconha para a cocaína. Como<br />

vou recomendar para meu filho que ele<br />

seja caminhoneiro?”.<br />

“Não posso interferir na vontade do<br />

meu filho, mas não seria do meu agrado<br />

que ele se tornasse caminhoneiro”, afirma<br />

Arlan Oliveira. “Pelas condições em<br />

geral. O meio em que se vive é complica-<br />

Nário Luiz Szinwelski.<br />

revistacaminhoneiro.com.br 293<br />

do. Deixar seu filho em meio à droga, à<br />

insegurança, nas estradas cada vez pior<br />

enfrentando todo tipo de dificuldade. O<br />

que se vive hoje nas estradas é totalmente<br />

fora do que se imagina”.<br />

Nário Szinwelski, teve apenas filhas,<br />

uma das quais já está formada. Mas se<br />

tivesse um filho, não gostaria que ele seguisse<br />

sua profissão. “Eu não vi minhas<br />

filhas crescerem, viajava muito. Quando<br />

chegava em casa, elas já estavam em<br />

um outro plano, foi difícil para mim. Queria<br />

ter visto elas crescerem”.<br />

“Meu filho nem pensa em ser caminho-<br />

Sérgio Floriano da Silva.<br />

neiro”, diz Sérgio Silva com orgulho. “Paguei<br />

faculdade para ele, e ele está bem.<br />

A vida de caminhoneiro é muito sofrida,<br />

eu quase não vi meus filhos crescerem.<br />

Parava muito pouco em casa. Para pagar<br />

as faculdades deles, eu tive que ficar<br />

vários meses fora. Ficava um mês em<br />

São Paulo e minha mulher vinha no outro<br />

mês. Um dia, ficamos 52 dias sem voltar<br />

e os filhos ficaram preocupados” diz<br />

Silva dando muita risada.<br />

Gilson da Rocha Junior também não<br />

gostaria que seu filho fosse caminhoneiro,<br />

pelas dificuldades da profissão. “Normalmente<br />

o filho quer ser igual ao pai”,<br />

explica Rocha Júnior. “Mas com a informática,<br />

o caminhão está sendo deixado<br />

de lado, mas, mesmo não gostando, eu<br />

deixaria meu filho ser caminhoneiro”.<br />

Carlos Martins usaria o “plano B”. “Se<br />

meu filho quisesse ser caminhoneiro não<br />

interferia, mas iria dizer o que ele iria sofrer<br />

na profissão e que seria melhor ele<br />

estudar muito e praticar esporte”.<br />

Orgulhoso de sua profissão e querendo<br />

dar uma força para que ela continue<br />

por muitos e muitos anos, Ildo Rocha deixaria<br />

seu filho seguir sua profissão sem<br />

problema algum. “Tenho um sobrinho<br />

que trabalhou 10 anos em uma empresa,<br />

juntou dinheiro, comprou um caminhão<br />

e foi para a estrada”, conta orgulhoso.<br />

“<strong>Caminhoneiro</strong> é a única classe<br />

que briga para trabalhar. Quando a gente<br />

chega em uma empresa e briga para<br />

descarregar logo é para carregar outra<br />

carga e pegar a estrada de novo. Nossa<br />

correria é para trabalhar. Mas o povo ainda<br />

não entendeu que o que a gente quer<br />

é trabalhar. As leis são apenas para privilegiar<br />

os automóveis. Não têm leis para<br />

ajudar os profissionais”.<br />

E assim, mais um 25 de julho passa.<br />

Todo mundo vê e sabe os problemas de<br />

uma categoria que literalmente carrega<br />

o Brasil nas costas. A revista <strong>Caminhoneiro</strong><br />

não pode fazer muita coisa. Apenas<br />

mostrar uma realidade que as autoridades<br />

insistem em não ver.<br />

Parabéns CAMINHONEIROS. E fiquem<br />

cientes de que nós sabemos que enquanto<br />

os políticos dormem, vocês já<br />

estão há muito tempo rodando nas estradas.<br />

s


293 revistacaminhoneiro.com.br 33


tim, tim à<br />

vida<br />

foi com Um brinde<br />

feito com sUco de<br />

laranja, qUe o<br />

caminhoneiro<br />

comemoroU o seU<br />

renascimento.<br />

O<br />

caminhoneiro Renato Varela<br />

de Oliveira, 43 anos<br />

de idade e dez de estrada,<br />

agora tem duas datas para<br />

comemorar o seu aniversário: 11 de<br />

novembro, a data de seu nascimento<br />

e 07 de junho, quando foi encontrado<br />

após ter ficado cinco dias soterrado<br />

por laranjas.<br />

Esse fato fez com que virasse manchete<br />

nos principais jornais e noticiários<br />

de TV, rádio, sites que anunciaram:<br />

“Soterrado, caminhoneiro sobrevive cinco<br />

dias comendo somente laranjas”.<br />

O acidente foi grave. O veículo ficou<br />

totalmente destruído. “Nunca imaginei<br />

que iria passar por uma situação<br />

tão difícil”, falou o filho de Maria Terezinha<br />

Varela e Arzelino Varela.<br />

Residente em São Sebastião do Caí,<br />

RS, e pai de Gustavo que tem 6 anos<br />

de idade, Renato Varela de Oliveira<br />

34<br />

eSpecIal Texto: Graziela Pontenza l Fotos: Divulgação<br />

revistacaminhoneiro.com.br 293<br />

trabalha para a empresa Comércio<br />

de Frutas Metz. Ele saiu de Harmonia,<br />

RS, rumo a São Paulo com o caminhão<br />

carregado de caixas de leite<br />

longa vida. Até aí tudo estava dentro<br />

da rotina. Após entregar a<br />

carga de leite, carregou o<br />

caminhão com caixas de<br />

laranjas. Oliveira saiu dia<br />

02 de junho, às 21 horas<br />

do município de Avaré, em<br />

São Paulo e deveria fazer<br />

a entrega de laranjas no<br />

Rio Grande do Sul, no dia<br />

seguinte. “Chovia muito,<br />

então reduzi a velocidade<br />

do caminhão. Já estava<br />

entrando em Jaguariaíva,<br />

PR, quando não consegui<br />

fazer a curva na altura<br />

do km 200, na PR-151. Tinha<br />

muita água na pista.<br />

Foi tudo muito rápido. Quando me vi<br />

estava despencando em um enorme<br />

penhasco de 25 metros”, diz emocionado<br />

ao relembrar o fato.<br />

“A carga veio toda em cima de mim.


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293 revistacaminhoneiro.com.br 35


Fiquei preso nas ferragens da cabine<br />

que ficou totalmente destruída. Tudo<br />

era muito escuro. Tentei ligar para pedir<br />

socorro, mas o celular estava sem sinal.<br />

O meu corpo doía e o meu coração<br />

começou a bater mais forte, percebendo<br />

toda aquela difícil situação. Sinceramente,<br />

fiquei desesperado”, diz Oliveira.<br />

o encontro<br />

36<br />

eSpecIal Texto: Graziela Pontenza l Fotos: divulgação<br />

Um encontro emocionante: mãe e filho trocam carinho.<br />

Ele ficou quatro dias e meio preso nas<br />

ferragens e para sobreviver, começou<br />

a pegar as laranjas que estavam mais<br />

próximas e comê-las, pois era fácil descascá-las<br />

com as mãos feridas. Durante<br />

os dias em que ficou deitado, reple-<br />

Muitas visitas durante sua internação.<br />

revistacaminhoneiro.com.br 293<br />

to de lama, choveu bastante. Como estava<br />

perto de um arroio (pequeno curso<br />

de água) às vezes a água subia até<br />

seu pescoço. A partir do terceiro dia,<br />

a dor ficou mais intensa em todo o seu<br />

corpo e a sua mente começou a ficar<br />

confusa. Até a tarefa de alcançar as<br />

laranjas começou a ficar complicada.<br />

Mas apesar de ter se envolvido em um<br />

acidente, o seu anjo da guarda estava<br />

de prontidão, afinal, dos males, o menor.<br />

A polícia chegou até ele graças ao<br />

seu pai que, em razão do desaparecimento,<br />

resolveu procurá-lo. “Como não<br />

cheguei ao destino, a transportadora<br />

também avisou a polícia sobre o meu<br />

sumiço. No início, achavam que tinha<br />

sido sequestrado. Nossa, bem longe da<br />

minha realidade”, comenta.<br />

O caminhoneiro foi encontrado pelo<br />

proprietário da transportadora, Thiago<br />

Metz, pelo pai Arzelino e pelo amigo empresário<br />

Mauro Rhor. Após quatro dias<br />

de desaparecimento, o trio decidiu refazer<br />

o trajeto de Oliveira para tentar localizá-lo,<br />

já que não tinham conseguido nenhum<br />

retorno das autoridades. O grupo<br />

verificou que o caminhão havia passado<br />

pelo pedágio de Itararé, porém, não havia<br />

registro no próximo pedágio, o de Jaguariaíva.<br />

Então, passaram a olhar com<br />

mais atenção o trajeto entre as praças<br />

de pedágio até identificar o caminhão.<br />

Finalmente, quando o encontraram,<br />

as primeiras palavras que Renato Oliveira<br />

disse ao Mauro foi: avise a mãe...<br />

que me encontraram. Renato e a sua<br />

mãe Maria Terezinha têm uma ligação<br />

muito forte desde criança.<br />

O trabalho de resgate de Oliveira<br />

exigiu cerca de quatro horas de trabalho<br />

do Corpo de Bombeiros de Jaguariaíva.<br />

Renato Varela de Oliveira<br />

estava com várias fraturas e foi socorrido<br />

e encaminhado ao Hospital Carolina<br />

Lupion, da cidade de Jaguariaíva.<br />

Ainda hoje está se recuperando<br />

em sua residência, mas de uma coisa<br />

tem certeza: nesses dez anos trabalhando<br />

como caminhoneiro, nunca<br />

havia se envolvido em um acidente.<br />

“Mas, esse ocorrido não vai me<br />

desencorajar, afinal amo e tenho orgulho<br />

da minha profissão”, fala que<br />

brindou o seu renascimento com suco<br />

de laranjas. “Tim, tim à vida”, diz<br />

emocionado. s


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38<br />

eSpecIal<br />

revistacaminhoneiro.com.br 293<br />

Texto: Francisco Reis l Fotos: Divulgação<br />

e aGora<br />

josé?<br />

josé da silva, caminhoneiro, motorista de<br />

ônibus, taxista, cabeleireiro e chaveiro, viu sua<br />

vida mudar ao receber a notícia de que era<br />

portador do vírus da aids. o que fazer?<br />

O<br />

desemprego já é ruim e<br />

acompanhado de dor de<br />

garganta fica pior. Era nessa<br />

situação que se encontrava<br />

José da Silva (nome<br />

fictício), caminhoneiro, que deu um tempo<br />

na procura de emprego e foi procurar<br />

um médico.<br />

Ao ser examinado, o doutor constatou<br />

a presença de candidíase, também conhecida<br />

como “sapinho”, e pediu que ele<br />

fizesse um exame de sangue para verificar<br />

a presença do vírus HIV, que causa a<br />

Aids, pois a candidíase ataca quem está<br />

com baixa imunidade.<br />

Assustado com o alerta, José da Silva<br />

fez o exame e por telefone recebeu a notícia:<br />

senhor José, o seu exame deu po-<br />

sitivo para o HIV e precisamos fazer uma<br />

segunda prova. “Na hora não caiu a ficha<br />

de HIV, de letra qualquer, depois que falaram<br />

HIV é que caiu a ficha. Isso é maneira<br />

de avisar? Pelo telefone”, revolta-<br />

-se o caminhoneiro. “Se eu não tivesse<br />

boa cabeça poderia ter feito uma<br />

bobagem”.<br />

Ao desligar o telefone, sua esposa perguntou<br />

o que havia de errado e ele deu<br />

desculpa e não contou. Depois de fazer<br />

a contraprova, ele contou para a mulher<br />

que ficou pálida, mas ao perceber o controle<br />

de José da Silva, aceitou e chegou<br />

a transar com camisinha. Mas o casamento,<br />

que já não estava bom, acabou.<br />

José da Silva, agora tranquilo, afirma<br />

que ficou um ano “meio xarope”, fiquei


293 revistacaminhoneiro.com.br 39


meio abalado, contando para todo mundo, o que se arrepende<br />

hoje. “Me arrependo porque a Aids é uma doença muito ligada<br />

à homossexualidade. Você fala que tem Aids o pessoal<br />

já acha que você é viado, até hoje é isso. No meu ex-emprego,<br />

teve pessoas que me criticaram e até acharam que eu era gay”,<br />

lamenta Silva, que contava para os outros apenas para alertá-los,<br />

para que não fizessem o mesmo erro que ele.<br />

Ele disse que conseguiu se controlar, se manter calmo, e<br />

tentar pensar onde ele poderia ter contraído vírus. “Nas minhas<br />

viagens pelo interior, dei minhas escapadinhas e quase<br />

sempre me cuidava. O meu pecado foi confiar em alguns<br />

casos que tive e transar sem preservativo. Eu achava que<br />

por ser conhecida, por ser<br />

amiga, não tinha problema.<br />

Eu vacilei”.<br />

Depois que descobriu,<br />

Silva começou a usar o preservativo<br />

até mesmo com<br />

a própria mulher. E colocou<br />

na cabeça que aquilo não<br />

era o fim. Se dispôs fazer o<br />

tratamento pagando do próprio<br />

bolso. Porém, o medicamento<br />

antirretroviral é<br />

comprado e distribuído pelo<br />

Departamento Nacional<br />

DST/Aids. Não é vendido<br />

em farmácia. Mas até começar<br />

o tratamento, foi a<br />

pior fase, pois o vírus HIV<br />

reduziu a imunidade de José<br />

da Silva, permitindo o<br />

surgimento de candidíase<br />

na garganta, o que impedia-o<br />

de comer. “Até a água<br />

era difícil engolir”, lembra<br />

Silva. “Com muita fome, estava<br />

morrendo de inanição.<br />

Bati na porta de São Pedro,<br />

mas ele não abriu”.<br />

Começando o tratamento a mudança surgiu em três dias. A<br />

candidíase sumiu, ele voltou a se alimentar normalmente e passou<br />

a comer tudo o que tinha deixado de comer. “Comia igual<br />

cavalo, comia até pedra”, brinca José da Silva. “Me sentia um<br />

gigante, mas os remédios começaram a atacar o estômago e<br />

eu fiquei receoso”. Os remédios eram fortes e atacavam o estômago.<br />

Ele, por conta própria, parou o tratamento por dois<br />

anos, o que resultou no aparecimento de doenças oportunistas<br />

como a toxoplasmose.<br />

“Mas com o aprimoramento da medicação, a médica que<br />

cuidava do meu caso foi trocando os remédios e consegui<br />

viver uma vida normal, até tomando minha cervejinha, fumando<br />

meu cigarrinho”, admite rindo Silva, que hoje não fuma<br />

nem bebe por convicção religiosa.<br />

40<br />

eSpecIal<br />

revistacaminhoneiro.com.br 293<br />

problemas financeiros<br />

“sempre com camisinha e muito<br />

amor e companheirismo.<br />

eu nunca ficaria com uma mulher<br />

sem contar meu problema”<br />

José da Silva estava desempregado há dois meses quando<br />

recebeu a notícia que mudou sua vida. Passou a receber<br />

o benefício do INSS, o que impedia de voltar ao trabalho. Mas<br />

como ele precisava ganhar mais, começou a fazer trabalhos<br />

dirigindo caminhões de amigos e em pequenas empresas,<br />

sempre escondendo sua condição de portador do vírus HIV,<br />

mas também trabalhou como taxista, chaveiro. E a vida continuou.<br />

José da Silva reencontrou uma antiga amiga, com<br />

quem já havia tido um caso. Ela estava solteira e ele, depois<br />

de contar sua situação, resolveram morar juntos. Foram dois<br />

anos de perfeita harmonia,<br />

sempre usando camisinha.<br />

Mas acabou.<br />

Um dia, na frente de sua<br />

casa, passou uma moça muito<br />

bonita, nove anos mais<br />

jovem que José da Silva, que<br />

não perdeu tempo. “Começamos<br />

a conversar, papo<br />

vai, papo vem, e estamos<br />

juntos há nove anos, sempre<br />

com camisinha e muito<br />

amor e companheirismo. Eu<br />

nunca ficaria com uma mulher<br />

sem contar meu problema”,<br />

diz Silva com um<br />

enorme sorriso.<br />

Hoje não recebo o benefício<br />

da previdência, alegando<br />

que minha imunidade não<br />

está tão baixa ao ponto de<br />

me impossibilitar trabalhar.<br />

“Depois de dez anos recebendo,<br />

o INSS retirou o benefício”,<br />

lamenta Silva. “Nesses<br />

dois anos tenho trabalhado<br />

dirigindo caminhão<br />

de amigos. Não posso dirigir<br />

carreta porque minha categoria ainda é D”. Quanto aos remédios,<br />

ele alega que poderia pegar dose para um mês e levar<br />

com ele nas viagens. Apesar de ter alguns que necessitam<br />

ficar na geladeira.<br />

Quanto ao futuro, José da Silva, portador do vírus HIV há 12<br />

anos, faz planos para viver até o dia em que a cura da Aids seja<br />

anunciada. Vive normalmente, leva uma vida mais saudável,<br />

não fuma, não bebe e está bem, procurando emprego. Tornou-se<br />

evangélico e acredita que Deus pode mostrar aos médicos<br />

a cura da Aids. Para seus amigos de estrada deixa três<br />

recados: aceite Jesus em seu coração e sua vida muda radicalmente,<br />

use camisinha que não tem problema. Uso há nove<br />

anos com minha esposa e ela não contraiu o vírus. Aids não<br />

é o fim do mundo. s


293 revistacaminhoneiro.com.br 41


eU acredito<br />

em<br />

mim<br />

O<br />

menino Ozias, aos 10 anos<br />

era diferente. Não brincava de<br />

carrinhos. Sua diversão eram<br />

os caminhões, e de verdade.<br />

“Ajudava” seu pai na manutenção, fazia<br />

bagunça com as ferramentas até que o<br />

pai acabou deixando-o dirigir. “Aos 16<br />

anos eu comecei a dirigir o caminhão<br />

com o qual meu pai transportava toras<br />

de madeira para as serrarias”, lembra<br />

Ozias Lopes de Paula, hoje com 60 anos.<br />

“E quase me dei mal na primeira experiência<br />

na estrada. Estava indo de Perobal<br />

a Umuarama, ambas no Paraná, uma<br />

distância de 15 quilômetros. O guarda<br />

me parou, me levou preso e segurou o<br />

caminhão, porque eu não tinha carta”.<br />

Mas com sorte de principiante, na mesma<br />

delegacia havia outro delegado de<br />

Perobal que o conhecia e disse ao colega<br />

para liberá-lo, que era um menino<br />

42<br />

eSpecIal Texto: Francisco Reis l Fotos: Roberto Silva<br />

Com autoconfiança, senso de oportunidade, amor ao que faz e muito<br />

trabalho, Ozias se transformou de um menino sonhador<br />

em um transportador bem sucedido.<br />

revistacaminhoneiro.com.br 293<br />

trabalhador, levantava às 5 horas da manha.<br />

E assim foi.<br />

Mas logo depois, outro susto. Na estrada,<br />

levando um pessoal para o velório<br />

de uma cidade para outra, com medo<br />

de encontrar o guarda, ainda não tinha<br />

18 anos, nem carteira de motorista, resolveu<br />

perguntar para um motorista de<br />

um Jeep 51 se havia algum policial pela<br />

frente. A resposta foi: não, não tem mais<br />

nenhum policial, porque eu sou o único.<br />

E de aventura em aventura, Ozias cresceu<br />

e aos 19 anos concretizou o sonho<br />

que falou ao pai, desde pequeno: até os<br />

18 anos, ajudo o senhor em tudo, mas<br />

depois vou para São Paulo. E a viagem foi<br />

no sacrifício. Vendeu o relógio para comprar<br />

a passagem, de trem, de segunda<br />

classe. “À noite me deu uma fome muito<br />

grande, mas não tinha dinheiro” lembra<br />

sorrindo Ozias. “Fui negociar com o<br />

chefe do trem se podia comprar metade<br />

da janta. Ele disse que não, mas nos<br />

‘finalmentes’ acabei jantando”.<br />

Em São Paulo, foi ver o tio que era motorista.<br />

As perspectivas não eram boas.<br />

“Ele me disse que era melhor voltar para<br />

o Paraná. Mas eu disse que dormia até<br />

na cozinha da casa dele, e foi isso que<br />

aconteceu. Dormi debaixo da mesa da<br />

cozinha dele, em uma cama dobrável”.<br />

o primeiro caminhÃo<br />

Dormir quase no chão não foi problema<br />

para um rapaz que sonhava alto. Fez<br />

uma entrevista na construtora Camargo<br />

Corrêa e sua prática com caminhão<br />

nas difíceis estradas do Paraná, puxando<br />

toras de madeira, garantiu o emprego.<br />

Durante 1,5 ano puxou terra das obras


293 revistacaminhoneiro.com.br 43


44<br />

eSpecIal<br />

do Metrô. Trabalhou muito, guardou um<br />

dinheiro e pediu demissão. “Queria levantar<br />

um dinheiro para comprar meu caminhão.<br />

Sempre quis ter caminhão porque<br />

sabia que ele dá dinheiro sabendo trabalhar”,<br />

lembra emocionado. “Eu acreditava<br />

em mim e sabia que ia dar certo”.<br />

Juntou as economias e indenização e,<br />

em 1972, deu de entrada em um Chevrolet<br />

Brasil, ano 1971 e assumiu mais 19 prestações,<br />

confiante de que iria dar certo puxando<br />

materiais do Metrô.<br />

E assim foi até que em 1978. Durante um<br />

período de muita chuva, Ozias não podia trabalhar,<br />

não tinha como tirar cascalhos das<br />

obras. Decidiu ir arrumar uns detalhes no<br />

caminhão em um autoelétrico quando foi<br />

questionado por um rapaz, porque ele não<br />

tirava a caçamba e colocava um baú para<br />

mudanças. Ele achou a pergunta estranha,<br />

pois não conhecia o rapaz, mas no dia seguinte,<br />

sem custo algum, teve a caçamba<br />

retirada, colocado o baú e passou a fazer<br />

entregas para uma grande loja da época, a<br />

Gabriel Gonçalves, GG.<br />

E na primeira entrega surgiu a ideia<br />

de abrir uma transportadora, pois nos<br />

fins de semana, não havia entregas e<br />

caminhão parado é prejuízo. “Comecei<br />

a fazer entregas e mudanças e a<br />

demanda foi crescendo, crescendo ao<br />

ponto de ter que fazer duas mudanças<br />

no mesmo dia”, conta Ozias. “Disse<br />

para Maria Antonia, minha esposa,<br />

que quando ela voltasse do trabalho,<br />

encontraria uma transportadora dentro<br />

de casa. Ela disse que eu era louco<br />

Ozias, ao centro, prepara sua sucessão com os filhos Ciro e Fernando.<br />

revistacaminhoneiro.com.br 293<br />

e foi trabalhar. Ao voltar, encontrou<br />

uma mesa no canto da sala, um telefone<br />

e a Transportadora Marumby<br />

(nome da cidade dela) em plena atividade.<br />

Ela sorriu, respirou fundo, pediu<br />

demissão do emprego e passou a<br />

cuidar da empresa. Mais do que isso,<br />

ela me apóia, me incentiva, me anima,<br />

cuida dos nossos filhos e tem me feito<br />

um homem muito feliz nestes 35<br />

anos de casados”.<br />

Ganhando na crise<br />

As mudanças na política econômica<br />

podem quebrar muitas empresas. Ozias<br />

sabe muito bem disso e sempre conseguiu<br />

passar por elas tirando vantagens.<br />

“Quando o Sarney estava no governo, a<br />

época da inflação, foi quando eu mais ganhei<br />

dinheiro”, lembra o transportador.<br />

“Comprei cinco caminhões no mesmo<br />

ano. Tinha tanto serviço que os<br />

clientes brigavam com a gente. Parei<br />

de trabalhar com a Gabriel Gonçalves<br />

e fiquei só com mudanças. Fiz muitos<br />

anúncios em ônibus, páginas amarelas,<br />

postes e por aí vai”.<br />

Ele afirma que nesses 30 anos de empresa,<br />

já ganhou e já perdeu, até chegar<br />

a uma transportadora com 47 caminhões<br />

na matriz, filiais em Curitiba, Bragança<br />

Paulista e Rio de Janeiro, além de<br />

pontos de apoio em Porto Alegre, Manaus<br />

e Brasília.<br />

Com simplicidade, Ozias Lopes diz que<br />

a fórmula do sucesso é o trabalho. “As<br />

viradas do Governo atrapalham a gente,<br />

causam perdas, mas se for ver o balanço,<br />

o que eu perdi<br />

já ganhei de novo”, e<br />

dá uma importante dica:<br />

“a gente nunca pode<br />

perder a esperança.<br />

Se você enfrenta<br />

uma crise, não pode<br />

desanimar. Às vezes,<br />

nas crises, a gente ganha<br />

até mais. A crise<br />

ensina a gente a trabalhar,<br />

a economizar,<br />

a parcelar o frete, criar<br />

estratégias, nos abre<br />

novos negócios e saídas<br />

para não perder<br />

cliente”.<br />

O sonho de ter uma transportadora foi alcançado.<br />

terceira GeraçÃo<br />

Filho de caminhoneiro, Ozias colocou<br />

seus dois filhos, Ciro e Fernando, na empresa,<br />

não apenas para sucedê-lo quando<br />

resolver “se aposentar”, mas também,<br />

para ampliar o que ele começou.<br />

E como para mandar é preciso saber fazer,<br />

Ciro trabalhou durante dois anos fazendo<br />

as mudanças, dirigindo e cuidando<br />

da filial de Curitiba até assumir a Direção<br />

Comercial da empresa. Fernando se especializou<br />

na área de prospecção de mercado,<br />

ampliando a carteira de clientes. Mas<br />

os dois não têm vida fácil. “Faltou motorista<br />

por qualquer motivo, eu ou o Fernando,<br />

ou os dois, entramos no caminhão e<br />

vamos embora. O cliente não pode esperar”,<br />

afirma Ciro César da Costa Lopes.<br />

Ozias Lopes, presidente da Transportadora<br />

Marumby, ao lado dos filhos, diz<br />

que para chegar onde está, foi preciso<br />

trabalhar sempre com esperança, nunca<br />

desistir, pois, se sempre tem uma crise,<br />

sempre tem o recomeço. “Todo dia é um<br />

recomeço”, diz sorrindo com seus lindos<br />

olhos azuis.<br />

Perguntado se aos 60 anos ainda tem<br />

disposição de pegar um caminhão para<br />

fazer mudança, por um instante desaparece<br />

o empresário e surge aquele garoto<br />

de 16 anos, rosto sujo de graxa, olhos<br />

arregalados e responde: vamos lá, caminhão<br />

para mim é tudo, eu tenho sangue<br />

nas veias. s


293 revistacaminhoneiro.com.br 45


46<br />

eSpecIal Texto: Graziela Potenza l Foto: Divulgação<br />

Cada curva, cada<br />

paisagem, cada pessoa,<br />

cada experiência foram<br />

fontes de inspiração<br />

para compor suas<br />

poesias.<br />

Jaci Silva é um caminhoneiro aposentado<br />

de 88 anos de idade. Ele<br />

sempre foi um aficionado pelo universo<br />

dos caminhões. Para se ter<br />

uma noção de sua paixão, quando criança,<br />

ficava horas e horas sentado dentro<br />

da cabine de um caminhão Ford, ano<br />

1929, de propriedade do seu avô. “Eu<br />

imitava o ronco com a boca, chegava até<br />

a ficar com os lábios roxos”, diz rindo.<br />

Residente no Balneário Camboriú, SC,<br />

Silva deixou de ser caminhoneiro em<br />

1985, quando se aposentou.<br />

Jaci Silva apela para sua memória e diz<br />

que antigamente as maiores dificuldades<br />

encontradas nessa profissão eram<br />

as estradas de terra e as travessias em<br />

rios utilizando balsas como exemplo, a<br />

do Rio São Francisco, em Penedo, AL.<br />

Ele conta que tinha que descer a barranca<br />

do rio e entrar com o caminhão<br />

na balsa de marcha ré. “O mais difícil<br />

era fazer essa manobra à noite”, fala.<br />

Durante as suas viagens, na hora de<br />

descansar, para relaxar, escrevia poesias.<br />

“As viagens, as pessoas e os acontecimentos<br />

nas estradas foram minhas<br />

fontes de inspiração”, diz.<br />

Depois do falecimento de sua esposa,<br />

passou a escrever com mais<br />

frequência. “Foram 35 anos de convivência,<br />

sendo 15 anos morando dentro<br />

de um caminhão. Ela aprendeu a<br />

dirigir e me ajudava bastante quando<br />

estava cansado”, diz o pai de quatro<br />

filhos: Ivo, Ilmar, Ivan e Iron.<br />

O <strong>poeta</strong> caminhoneiro tinha um sonho:<br />

ver uma de suas poesias publicada<br />

revistacaminhoneiro.com.br 293<br />

O<br />

<strong>poeta</strong><br />

caminhoneiro<br />

na revista <strong>Caminhoneiro</strong>. Quando estava<br />

na ativa, todo mês pegava a revista<br />

nos postos de combustíveis. Desde<br />

então, Jaci Silva é seu fã e acompanha<br />

toda a evolução do segmento e do setor<br />

de Transporte Rodoviário lendo as<br />

matérias. “Hoje, os caminhões estão<br />

equipados com tecnologias que ajudam<br />

e facilitam a nossa vida. O ponto alto é<br />

o conforto”, diz Silva que trabalhou 39<br />

anos como caminhoneiro autônomo.<br />

Durante a sua vida profissional, o que<br />

mais gostava era estar com o caminhão<br />

carregado, conhecer novas cidades e<br />

escrever seus poemas que encantam,<br />

até hoje, sua família e seus amigos. s<br />

Poesia<br />

<strong>Caminhoneiro</strong><br />

Fiz parte destes guerreiros<br />

Que sem armas e cantil<br />

Vão à luta muitas vezes sem glórias<br />

Pelas estradas deste grande Brasil<br />

Do volante fiz meu sacerdócio<br />

Enfrentando estradas de asfalto,<br />

terra, lama e poeira<br />

De dia com sol ou chuva<br />

À noite: solitária companheira<br />

Orgulho-me de ter pertencido<br />

A este exército de soldados<br />

bravos e viris<br />

Que transportam as riquezas do<br />

nosso querido Brasil<br />

Quantos heróis esquecidos<br />

Neste campo de lutas tombaram<br />

Deixando somente saudades<br />

Aqueles que aqui ficaram<br />

A muitos guerreiros restou,<br />

De tantas lutas travadas<br />

Alguns como recompensa,<br />

Uma cruz à beira da estrada<br />

Jaci Silva


A FESTA DA ECONOMIA<br />

rODANDO PELOS POSTOS DO Brasil<br />

CALENDÁRIO 2012<br />

1 A etapa - 20 a 23 de março<br />

Posto Buffon - Passo Fundo, RS<br />

Rod. BR 285 - km 301- Antigo 181<br />

2 A etapa - 27 a 30 de março<br />

Posto Squizatto - Caxias do Sul, RS<br />

Rod. RST 453 - km 71<br />

3 a etapa - 09 a 12 de abril<br />

Auto Posto Xanxerê - Xanxerê, SC<br />

Rod. BR 282 - km 500<br />

4 a etapa - 17 a 20 de abril<br />

Posto Rudnik - Joinville, SC<br />

Rod. BR 101 - km 25<br />

5 a etapa - 24 a 27 de abril<br />

Posto D.L Nichele & Cia<br />

Fazenda Rio Grande, PR<br />

Av. Das Américas, 1931<br />

6 A etapa - 07 a 10 de maio<br />

Auto Posto Cupinzão - Londrina, PR<br />

Rod. Celso Garcia Cid, 83 - (PR 445)<br />

Test-Drive do Volvo VM<br />

treinamento de motoristas<br />

7 a etapa - 15 a 18 de maio<br />

Posto Castelo - São Carlos, SP<br />

Rod. Washington Luiz - km 222<br />

8 a etapa - 22 a 25 de maio<br />

Posto São Paulo 400 II<br />

Presidente Prudente, SP<br />

Av. Joaquim Constantino, 460<br />

9 a etapa - 29 de maio a 01 de junho<br />

Posto Servsul - Pouso Alegre, MG<br />

Rod. Fernão Dias - km 870<br />

10 a etapa - 19 a 22 de junho<br />

Posto União<br />

Cachoeiro de Itapemirim, ES<br />

Rod. Safra Cachoeiro - km 06<br />

11 a etapa - 26 a 29 de junho<br />

Posto Rural - Seropédica, RJ<br />

Rod. BR 465 - km 42 ( sentido RJ - SP )<br />

12 a etapa - 16 a 19 de julho<br />

Posto São Cristóvão - Fortaleza, CE<br />

Rod. BR 116 - km 15<br />

13 a etapa - 23 a 26 de julho<br />

Posto Pichilau - João Pessoa, PB<br />

Rod. BR 101 - km 02 Norte - N o 631<br />

14 A etapa - 31 de julho a 03 de agosto<br />

Posto Frei Damião - Juazeiro, BA<br />

Rod. Lomanto Jr - BR 407 - km 06<br />

15 a etapa - 14 a 17 de AGOSTO<br />

Posto Farol - Guarulhos, SP<br />

Rod. Pres. Dutra - km 208 + 620 M<br />

16 A etapa - 28 a 31 de agosto<br />

Posto Aparecidão<br />

Aparecida de Goiânia, GO<br />

Rod. BR 153 - km 129<br />

17 a etapa - 11 a 14 de setembro<br />

Posto 10 Imigrantes - Cuiabá, MT<br />

Rod. Imigrantes - km 01<br />

VOLVO TRUCKS. DRIVING PROGRESS<br />

www.volvo.com.br 293 revistacaminhoneiro.com.br 47


Fotos: Divulgação<br />

RecadoS<br />

caminhoneiros<br />

“Ao longo dos<br />

anos, assim como é<br />

nítida a evolução tecnológica<br />

dos caminhões<br />

no Brasil, nota-se<br />

claramente<br />

também o aprimoramento<br />

profissional dos caminhoneiros.<br />

Fazendo do seu veículo uma ferramenta<br />

de trabalho cada vez mais produtiva, os<br />

motoristas dão contribuição muito importante<br />

para a movimentação de cargas<br />

e produtos pelo imenso território nacional.<br />

Dessa forma, ocupam papel de destaque<br />

para o êxito das atividades de transporte<br />

e, consequentemente, do desenvolvimento<br />

econômico do nosso País. E<br />

é por tudo isso que a Mercedes-Benz do<br />

Brasil gostaria de reafirmar seu compromisso,<br />

de mais de 55 anos, com os caminhoneiros<br />

do Brasil, e cumprimentá-los<br />

pelo seu importante dia”.<br />

Tânia Silvestri<br />

Diretora de Vendas e Marketing<br />

Caminhões da Mercedes-Benz do Brasil<br />

“A Ford Caminhões<br />

agradece a<br />

confiança do profissional<br />

da boleia por<br />

todos esses anos<br />

trabalhando juntos<br />

e ajudando a construir<br />

um País melhor. Somos os primeiros<br />

a vender e produzir caminhões no<br />

Brasil, portanto, nossa parceria vem de<br />

mais de cinquenta anos e milhares, milhões<br />

de quilômetros rodados. Conhecemos<br />

profundamente as necessidades<br />

do caminhoneiro e as imensas dificuldades<br />

porque passam em suas longas jornadas.<br />

Por isso, nesse Dia do <strong>Caminhoneiro</strong>,<br />

desejamos muita saúde e perseverança<br />

a todos os profissionais que levam<br />

suas vidas com paixão pelas estradas<br />

e pelos caminhões”.<br />

Oswaldo Jardim<br />

Diretor de Operações da Ford Caminhões<br />

para a América do Sul<br />

48<br />

revistacaminhoneiro.com.br 293<br />

Executivos das principais montadoras enviam<br />

mensagens para profissionais que transportam<br />

o progresso do País.<br />

“Garantir soluções<br />

sob medida, que facilitem<br />

o trabalho e<br />

garantam o bem-estar<br />

dos caminhoneiros<br />

de todo o Brasil,<br />

sempre foi uma de<br />

nossas prioridades. Graças a satisfação<br />

desses profissionais, que enfrentam as diversidades<br />

de nossas estradas todos os<br />

dias, chegamos à liderança de mercado.<br />

A MAN Latin America deseja a todos um<br />

feliz Dia do <strong>Caminhoneiro</strong>”.<br />

Ricardo Alouche<br />

Diretor de Vendas, Marketing e Pós-Vendas<br />

da MAN Latin America<br />

“De sol a sol, de noite<br />

e de dia, os motoristas<br />

de caminhão<br />

são responsáveis por<br />

transportar grande<br />

parte das riquezas de<br />

norte a sul e, muitas<br />

vezes, ultrapassam as fronteiras do Brasil para<br />

garantir a entrega da mercadoria. O resultado<br />

desse trabalho está presente em cada<br />

detalhe de nosso cotidiano, desde os eletrodomésticos,<br />

dos automóveis, dos combustíveis,<br />

das frutas, dos grãos, das roupas que<br />

vestimos, até o pão de cada dia. O motorista<br />

de caminhão é o profissional que move o<br />

País, por isso, merece ser valorizado, todos<br />

os dias. Parabéns motoristas!”<br />

Rodrigo machado<br />

Coordenador da competição Melhor Motorista<br />

de Caminhão do Brasil da Scania<br />

“Sem caminhoneiro,<br />

o Brasil para. As<br />

riquezas do nosso<br />

País são transportadas<br />

por esses profissionais<br />

do volante<br />

que circulam diariamente<br />

por milhões de quilômetros de rodovias.<br />

A Iveco acredita e se orgulha de fazer<br />

produtos para um público que ama o que<br />

faz. Assim como os motoristas profissio-<br />

nais, a Iveco trabalha com paixão. Por isso,<br />

a Iveco pensou, por exemplo, no seu modelo<br />

Tector Stradale 6x2, o mais confortável<br />

semipesado do mercado, pois em mais de<br />

60% dos casos o motorista é o próprio dono<br />

do veículo e ele quer mais conforto para<br />

enfrentar as muitas horas do transporte rodoviário<br />

de médias e longas distâncias. E é<br />

sempre pensando no caminhoneiro que a<br />

Iveco continua a desenvolver sua nova geração<br />

de caminhões, a Ecoline. A Iveco deseja,<br />

de coração, um Feliz Dia do <strong>Caminhoneiro</strong><br />

para todos os motoristas brasileiros.”<br />

Alcides Cavalcanti<br />

Diretor Comercial da Iveco Latin America<br />

“O caminhoneiro<br />

é um dos profissionais<br />

mais importante<br />

desse País.<br />

Por isso, deve ser<br />

observado com respeito<br />

por toda a sociedade.<br />

Esperamos melhores condições<br />

nas estradas e mais segurança aos<br />

caminhoneiros que são os responsáveis<br />

por transportar nossa economia<br />

de norte a sul”.<br />

Joel Anderson<br />

Diretor Geral da Sinotruk Brasil<br />

“Não subestimem<br />

a importância da segurança.<br />

É um dos<br />

valores fundamentais<br />

Volvo e nossos<br />

produtos são conhecidos<br />

como os mais<br />

seguros do mercado. Porém, o que adianta<br />

um produto seguro se o motorista não<br />

dirigir de forma segura? Frotistas precisam<br />

investir em treinamento e motoristas<br />

precisam realizar a gestão de risco,<br />

adotando um comportamento mais seguro<br />

na direção do caminhão. Para todos<br />

caminhoneiros um feliz dia”.<br />

Roger Alm<br />

Presidente de Marketing e Vendas da Volvo


É você quem toca a economia do Brasil para frente.<br />

www.sinotruk.com.br<br />

293 revistacaminhoneiro.com.br 49<br />

A SINOTRUK USA E RECOMENDA


50<br />

revistacaminhoneiro.com.br 293


293 revistacaminhoneiro.com.br 51


52<br />

ReFoRma<br />

A empresa anunciou a<br />

sua entrada no mercado<br />

brasileiro de recapagem<br />

de pneus comerciais.<br />

revistacaminhoneiro.com.br 293<br />

Texto: Graziela Potenza l Foto: Divulgação<br />

continental na recapagem<br />

A<br />

princípio serão inauguradas duas<br />

reformadoras de pneus por ano.<br />

Para se tornar uma reformadora<br />

de pneus da Continental será<br />

necessário investir entre US$ 800 mil<br />

e US$ 1 milhão. “Estamos procurando<br />

parceiros no Brasil como já fizemos em<br />

outros países como Estados Unidos, México,<br />

Venezuela, Equador, entre outros”,<br />

diz Paul Williams, vice-Presidente Executivo<br />

de Pneus para Veículos Comerciais<br />

da Continental Tire North America Inc.<br />

Nesse projeto, a Continental trabalhará<br />

em três frentes: parceria com as revendas<br />

da marca interessadas em incorporar<br />

a prestação desse serviço, com novas<br />

empresas dispostas a investir em recapagem<br />

de pneus de carga e com companhias<br />

que já atuam nesse segmento e<br />

que tenham interesse em trabalhar com<br />

a bandeira Continental.<br />

“Nossa rede é integrada atualmente<br />

por mais de 200 pontos de vendas de<br />

pneus de carga em todo o território nacional<br />

e, em um primeiro momento, o foco<br />

está na oferta dos serviços de recapagem<br />

nos grandes centros. Os parceiros<br />

contarão com o suporte técnico e logístico<br />

de nossa equipe desde a definição<br />

dos layouts e seleção de maquinário,<br />

passando pelo treinamento das equipes<br />

de recapadores e de vendas. Sabemos<br />

que para muitos deles esse será um negócio<br />

totalmente novo, mas que apresenta<br />

um imenso potencial”, detalha Renato<br />

Sarzano, diretor-Superintendente e responsável<br />

pelas Operações Comerciais de<br />

Pneus da Continental na América Latina.<br />

Recapar significa repor a banda de rodagem<br />

desgastada pelo uso. A prática,<br />

adotada mundialmente, surgiu da possibilidade<br />

de se reaproveitar com total se-<br />

gurança a carcaça, projetada pelos principais<br />

fabricantes de forma a suportar diversas<br />

sobrevidas.<br />

Por isso, dentro da estratégia de seu<br />

projeto de recapagem, a Continental está<br />

trazendo para o mercado brasileiro a ContiTread,<br />

banda de rodagem que mantém<br />

as mesmas características dos pneus de<br />

carga da marca, proporcionando performance<br />

equivalente à original em sucessivas<br />

recapagens, tanto na entrega de alta<br />

quilometragem como no baixo consumo<br />

de combustível e no desgaste uniforme.<br />

As bandas são produzidas na fábrica da<br />

Continental em Morélia, no México, uma<br />

das mais modernas plantas do Grupo em<br />

todo o mundo, e responsável pelo abastecimento<br />

dos mercados dos Estados Unidos,<br />

América Central e agora também<br />

do Brasil. O processo de reforma adotado<br />

pela Continental emprega equipamentos<br />

automatizados de avançada tecnologia<br />

que asseguram um perfeito posicionamento<br />

dos componentes, garantindo<br />

assim a otimização do processo e minimizando<br />

os estoques de matéria-prima.<br />

“A recapabilidade é hoje um forte argumento<br />

de venda para os fabricantes<br />

de pneus novos. Ao maximizar a vida útil<br />

dos pneus utilizando as bandas ContiTread<br />

ajudamos o meio ambiente. Elas reduzem<br />

os custos operacionais e tornam-<br />

-se um importante diferencial para as fro-<br />

tas”, explica Gilberto Viviani, gerente Nacional<br />

de Vendas de Pneus para Veículos<br />

Comerciais da Continental.<br />

“A proposta da ContiTread é revolucionária<br />

em sua essência. Ao introduzir<br />

no processo de recapagem dos pneus<br />

de carga fatores críticos como manutenção<br />

do desenho original da banda de<br />

rodagem e emprego do mesmo composto<br />

do pneu original, as melhoras obtidas<br />

na sobrevida são surpreendentes.<br />

Ela permite que o pneu siga oferecendo<br />

a mesma economia de combustível<br />

e o alto desempenho que são referências<br />

para os produtos da empresa em<br />

todo o mundo. Projetamos um ganho<br />

substancial em relação aos demais métodos<br />

de recapagem em itens da maior<br />

importância como consumo de combustível,<br />

durabilidade quilométrica, capacidade<br />

de escoamento de água e poder<br />

de tração”, acrescenta Renato Sarzano.<br />

As bandas ContiTread estão disponíveis<br />

nos desenhos HSR, HSR2 SA,<br />

LSR1, HDR2 SA, HDR1, HTL Eco Plus,<br />

HSU1, LSU1, HSC1,HSC e HDC1. Para<br />

os próximos meses, já está prevista a<br />

introdução da banda para o HTR2 SA.<br />

O atual portfólio da marca contempla<br />

pneus, nas mais diversas opções de<br />

medidas, para os segmentos de longa<br />

distância, tráfego regional, tráfego<br />

urbano e construção. s


293 revistacaminhoneiro.com.br 53


54<br />

lanÇamenTo<br />

Sinotruk aposta na<br />

Após anunciar a instalação de sua fábrica em Lages, SC, a empresa lança no Brasil,<br />

a linha de pesados A7, com motores Euro 5, que será comercializada em setembro.<br />

“<br />

A<br />

Sinotruk Brasil está firme na<br />

consolidação de seus planos<br />

para o mercado brasileiro”, disse<br />

Joel Anderson, diretor Geral<br />

da Sinotruk Brasil durante o lançamento<br />

da família de caminhões Premium A7<br />

que aconteceu nos dias 10 e 11 de julho,<br />

em Mogi das Cruzes, SP.<br />

Prova dessa afirmação são as ações<br />

que estão sendo implantadas no Brasil.<br />

Entre elas, a construção de sua fábrica<br />

em Lages, SC, que prevê investimentos de<br />

R$ 300 milhões somente na implementação<br />

da estrutura de produção, com capital<br />

76% nacional e 24% oriundo da China.<br />

revistacaminhoneiro.com.br 293<br />

Texto: Graziela Potenza l Fotos: Divulgação<br />

A estimativa da empresa é nacionalizar<br />

65% dos componentes. Joel Anderson<br />

afirma que já há conversações com<br />

os fornecedores nacionais de autopeças<br />

para fazerem parte do consórcio de produção,<br />

que tem previsão para começar<br />

a montar os primeiros caminhões, em<br />

regime CKD, a partir de janeiro de 2014.<br />

Inicialmente, a fábrica terá capacidade<br />

de montar cinco mil caminhões por<br />

ano, ampliando para oito mil a partir do<br />

segundo ano. Essa iniciativa de montar<br />

os caminhões no Brasil atraiu investidores<br />

e, em breve, serão anunciados os<br />

nomes de dois novos sócios da marca.<br />

Outra novidade está prevista para<br />

2013. Trata-se do lançamento da linha<br />

de comerciais leves da marca. Isto porque<br />

a CNHTC (China National Heavy Truck<br />

Company), adquiriu, recentemente,<br />

na China, fabricantes de veículos leves.<br />

“Valorizamos muito o nosso pós-venda”,<br />

fala Sergio Horvath, gerente de Pós-<br />

-Venda da Sinotruk Brasil. Complementando<br />

esse raciocínio, João Silvano Pacheco,<br />

gerente Nacional de Desenvolvimento<br />

de Rede lembra que hoje, a Sinotruk<br />

conta com 35 concessionárias no País.<br />

“A meta é inaugurar mais cinco unidades<br />

este ano e mais 11, em 2013, e ou-


família A7<br />

tras 11, em 2014, em 24 estados. A rede<br />

conta com apoio de Centro de distribuição<br />

de peças instalado em Curitiba, PR”.<br />

Outra ação importante para ganhar espaço<br />

no mercado brasileiro foi o recente<br />

lançamento da sua família de caminhões<br />

Premium A7. Vocacionados para o transporte<br />

de longa distância, de distribuição<br />

e fora de estrada, os veículos são ideais<br />

para aplicações rodoviárias pesadas como<br />

as composições articuladas, caso do<br />

bitrem, rodotrem ou treminhão.<br />

“Os caminhões A7 são produzidos em<br />

uma moderna fábrica da Sinotruk em Jinan,<br />

na China, com métodos de produ-<br />

ção e controle de qualidade que asseguram<br />

aos caminhões o mais alto padrão<br />

de qualidade em todas as etapas produtivas,<br />

conferindo aos veículos Sinotruk<br />

destacada presença em diversos mercados<br />

do mundo”, lembra Joel Anderson.<br />

Entre as vantagens da família A7 estão<br />

o projeto moderno que utiliza componentes<br />

de última geração e a produção<br />

verticalizada, com grande parte dos<br />

componentes produzidos nas instalações<br />

da Sinotruk China, garantindo total qualidade<br />

do processo e dos componentes,<br />

com consequentes ganhos de escala e<br />

redução de custos.<br />

Os veículos têm tanque de ureia.<br />

293 revistacaminhoneiro.com.br 55


A família A7 chega com motor Sinotruk<br />

D12 (Euro 5), turbo intercooler, de gerenciamento<br />

eletrônico, equipado com sistema<br />

de injeção do tipo common rail, proporcionando<br />

alta potência, elevado torque,<br />

baixos níveis de emissões em total<br />

conformidade com as exigências das normas<br />

de emissões Proconve P-7 ou Euro 5.<br />

Conta com o sistema SCR (sigla em<br />

inglês que significa Redução Catalítica<br />

Seletiva) de pós-tratamento de gases,<br />

mediante a utilização do componente<br />

Arla 32, que é comprovadamente a mais<br />

eficiente e adequada para as aplicações<br />

em veículos pesados. Trata-se de um sistema<br />

já adotado pela maioria das fabricantes<br />

de caminhões instaladas no Brasil<br />

e seu bom desempenho foi comprovado<br />

em milhares de testes realizados<br />

em outros países. A utilização da SCR<br />

reduz de forma drástica a emissão de<br />

óxido de nitrogênio e proporciona economia<br />

de combustível. Isso sem ser necessário<br />

realizar mudanças significativas<br />

no motor.<br />

O motor D12 Sinotruk possui mecânica<br />

simples e baixo custo operacional<br />

já comprovados nas opções Euro<br />

III em diversos mercados onde a Sinotruk<br />

atua com destaque para a China,<br />

Rússia, países africanos e Oriente Médio,<br />

sempre operando em condições de<br />

uso severo, comprovando a grande resistência<br />

e confiabilidade do produto.<br />

A moderna cabine da família A7 possui<br />

desenho funcional e aerodinâmico<br />

com excelente projeto ergonômico con-<br />

56<br />

lanÇamenTo<br />

revistacaminhoneiro.com.br 293<br />

tribuindo para um ambiente confortável<br />

e moderno. É equipada com suspensão<br />

a ar com quatro pontos de ancoragem e<br />

sistema de amortecimento lateral.<br />

Conta com elevado número de porta-<br />

-objetos distribuídos estrategicamente no<br />

interior da cabine. O acesso à cabine é fácil<br />

e seguro, proporcionado pelo grande<br />

ângulo de abertura das portas e pela presença<br />

de três degraus antiderrapantes.<br />

O volante é regulável em inclinação e<br />

profundidade proporcionando sempre a<br />

correta posição de condução ao motorista,<br />

independente do seu biotipo. De<br />

dentro da cabine há uma excelente visibilidade<br />

em todas as direções graças a<br />

uma ampla área envidraçada e retrovisores<br />

corretamente localizados nas posições<br />

lateral e frontal, que possuem acionamento<br />

elétrico. Há também um eficiente<br />

sistema de ar-condicionado digital<br />

e sistema de ventilação interna otimizado,<br />

proporcionando elevado nível de<br />

conforto térmico no interior da cabine.<br />

Além disso, os Sinotruk A7 apresentam<br />

excelente nível de isolamento termo<br />

acústico, apresentando baixos níveis de<br />

ruído e excelente temperatura em quaisquer<br />

condições climáticas.<br />

O painel de instrumentos foi projetado<br />

com desenho agradável e funcional,<br />

com todos os instrumentos providos<br />

de iluminação do tipo LED. Os<br />

comandos e teclas estão ergonomicamente<br />

distribuídos e são de fácil<br />

alcance e utilização.<br />

A cabine leito é equipada com duas<br />

camas de série para a versão teto alto.<br />

Cabine alta permite duas camas.<br />

O assento do motorista é equipado com<br />

suspensão a ar, apoio de braço e cinto<br />

de segurança de três pontos. Possui<br />

sistema de som completo com entrada<br />

USB. O volante é equipado com sistema<br />

de teclas e comandos multifuncionais.<br />

A cabine possui piso semi-plano o<br />

que proporciona amplo espaço interno<br />

e conforto aos ocupantes.<br />

Para dar o toque final, o acabamento<br />

interior tem forração em padrões de tons<br />

claros proporcionando excelente visual.<br />

Os caminhões A7 estão equipados com<br />

a versão mais recente do sistema ABS/<br />

ASR (sistema anti-bloqueio) de freios da<br />

marca Wabco, o qual é complementa-<br />

Painel ergonômico. O volante é regulável em inclinação e profundidade. Facilidade com o câmbio automatizado.


293 revistacaminhoneiro.com.br 57


58<br />

lanÇamenTo<br />

“Os caminhões A7 são produzidos em uma moderna fábrica da Sinotruk<br />

em Jinan, na China, com métodos de produção e controle de qualidade<br />

que asseguram aos caminhões o mais alto padrão de qualidade“.<br />

do pelos sistemas EBL (distribuição eletrônica<br />

das forças de frenagem) e TPM<br />

(monitor de pressão de pneus). O sistema<br />

atende todos os requisitos exigidos<br />

pelas últimas normas americanas referentes<br />

aos sistemas de freios e acessórios<br />

adicionais. O ASR evita deslizamento<br />

das rodas do veículo, o EBL garante<br />

melhor distribuição da frenagem<br />

e o TPM mede as alterações em tempo<br />

real da frenagem em função da pressão<br />

dos pneus.<br />

As luzes traseiras são equipadas com<br />

lâmpadas de LED, as quais garantem alto<br />

brilho, vida longa e baixo índice de falhas<br />

contribuindo para melhorar a segurança<br />

na condução noturna.<br />

O freio motor EVB do tipo combinado<br />

(Borboleta + Atuação no Cabeçote)<br />

possui alta capacidade de frenagem que<br />

proporciona sensível redução do desgaste<br />

dos componentes do sistema de freio<br />

de serviço, aumentando o nível de segurança<br />

com consequente redução dos<br />

custos operacionais.<br />

cada modelo<br />

O cavalo-mecânico A7 380 4x2 (teto<br />

alto e baixo) é equipado com motor<br />

Sinotruk Euro V D12 com potência de<br />

380 cv a 2.000 rpm e torque de 1650<br />

Nm de 1.100 a 1.400 rpm. Ele oferece<br />

versatilidade no aproveitamento das di-<br />

versas configurações de eixos permi- ca CNHTC, tipo automatizada de16 ve- Quanto custam?<br />

Detalhe do compartimento interno.<br />

revistacaminhoneiro.com.br 293<br />

tidas pela Lei da Balança, em conjunto<br />

com semirreboques de três eixos<br />

simples, espaçados ou ainda do tipo<br />

1+2. Essa faixa de potência representa<br />

a maior densidade de veículos na<br />

categoria. No que diz respeito a pesos<br />

e dimensões, possui Peso Bruto Total<br />

Combinado (PBTC) de 46 toneladas.<br />

O A7 380 4x2 possui duas opções de<br />

caixas de transmissão: a primeira da marca<br />

CNHTC (Sinotruk), do tipo automatizada,<br />

com 16 velocidades a frente e 4 à<br />

ré e como segunda opção, a caixa mecânica,<br />

sincronizada da marca Shaanxi<br />

Fast Gear, modelo 12JS160TA com 12<br />

velocidades para frente e 2 à ré.<br />

Possui cabine tipo avançada, construída<br />

em aço de alta resistência, com<br />

opções de teto baixo (com uma cama)<br />

e teto alto (com duas camas).<br />

A opção rodoviária 6x2 de 420 cv a<br />

2.000 rpm e torque de 1.820 Nm de 1.100<br />

a 1.400 rpm oferece distribuição de peso<br />

mais equilibrada para aplicações como<br />

carga geral, transportes frigorificados,<br />

basculantes, tanques, entre outros.<br />

O conforto da cabine oferecida em teto<br />

alto (com duas camas) e teto baixo (com<br />

uma cama) e seu resultado econômico<br />

operacional são argumentos fortes na<br />

disputa pelo segmento Premium na categoria<br />

do transporte rodoviário pesado.<br />

Assim como o A7 380 4x2, a tração de<br />

420 cv 6x2, possui duas opções de caixa<br />

de transmissão: A primeira da mar-<br />

locidades à frente e 4 à ré e como segunda<br />

opção a caixa Shaanxi Fast Gear<br />

modelo 16JS200T, tipo mecânica de<br />

16 velocidades à frente e 2 à re.<br />

O modelo de 460 cavalos a 2.000 rpm<br />

e torque de 2.000 Nm entre 1.100 a 1.400<br />

rpm, com tração 6x4, pertence ao segmento<br />

Premium de aplicações rodoviárias<br />

mais pesadas, como as composições<br />

articuladas, caso do bitrem, rodotrem e<br />

treminhão. Com uma cabine renovada<br />

e dispositivos de conforto e segurança,<br />

o cavalo-mecânico atende às mais ri-<br />

gorosas demandas técnicas do mercado<br />

brasileiro, proporcionando um custo/benefício<br />

favorável. Conta com caixa<br />

de transmissão CNHTC (Sinotruk) automatizada<br />

de 16 velocidades à frente e<br />

4 à ré e como as outras configurações,<br />

tem como opção a transmissão mecânica<br />

sincronizada, marca Shaanxi Fast<br />

Gear 16JS200 TA de 16 velocidades à<br />

frente e 2 à ré. Com PBTC de 74 toneladas,<br />

possui cabine avançada com opções<br />

de teto alto (com duas camas) e<br />

teto baixo (com uma cama).<br />

O A7 420 8x4 é voltado para tarefas<br />

severas. Equipado com o moderno motor<br />

Sinotruk D 12 42 50 Euro 5 de<br />

420 cv a 2000 rpm e torque de 1850<br />

Nm de 1100 a 1400 rpm, se constitui<br />

em uma excelente opção para uso<br />

em aplicações fora de estrada de todos<br />

os tipos, como transporte de minérios<br />

e construção civil.<br />

O trem de força do A7 420 8x4<br />

combina um motor de conceito moderno<br />

com elevada potência e torque,<br />

além de baixos níveis de emissões. Possui<br />

transmissão automatizada Sinotruk<br />

HW 20716 A de 16 velocidades para a<br />

frente e 4 à ré. O destaque desse caminhão<br />

plataforma fica por conta da moderna<br />

cabine Sinotruk que incorpora<br />

os mais modernos conceitos de ergonomia<br />

e de conforto. s<br />

Os caminhões A7 chegam ao Brasil<br />

com preço sugerido de R$ 270 mil<br />

para o cavalo-mecânico 4x2. A versão<br />

6x2 tem preço estimado em R$ 310<br />

mil e o modelo top de linha, 6x4, custa<br />

R$ 340 mil. Os veículos serão comercializados<br />

na rede de concessionárias<br />

da marca partir de 1º de setembro.<br />

Em novembro, a marca também<br />

disponibilizará as versões de chassis<br />

rígido com tração 6x4 e 8x4, para aplicações<br />

severas.


293 revistacaminhoneiro.com.br 59


TecnologIa<br />

Quando você vê um caminhão<br />

rodando pelas ruas e estradas,<br />

não deve imaginar o verdadeiro<br />

batalhão de pessoas<br />

que trabalharam para que isso acontecesse.<br />

E cada modelo tem que atender<br />

uma determinada necessidade.<br />

Mas como saber quais as necessidades<br />

do cliente que se transformam na<br />

definição das características que o novo<br />

produto terá? Na Iveco, quem tem essa<br />

tarefa é Cristiane Nunes, gerente da<br />

Linha Pesada, do Centro de Desenvolvimento<br />

de Produto (CDP) da Iveco. Uma<br />

mistura de engenheira, detetive e “futuróloga”<br />

que junto com sua equipe visita<br />

clientes, caminhoneiros, faz clínicas<br />

de produto para saber qual o caminhão<br />

que deverá ser lançado. Com seus<br />

60<br />

Texto: Francisco Reis l Fotos: Divulgação<br />

o cérebro da<br />

iveco<br />

é nele que surgem grandes ideias que se transformam<br />

em caminhões de alta qualidade.<br />

Se o motor é considerado o coração do caminhão, o Centro de Desenvolvimento<br />

de Produtos pode ser considerado o cérebro da Iveco.<br />

revistacaminhoneiro.com.br 293<br />

conhecimentos de Engenharia faz os cálculos,<br />

projetos e passa “a bola” pra frente.<br />

O mais difícil é projetar um produto<br />

que será utilizado só daqui a dois anos,<br />

tempo médio que demora a produção de<br />

um novo modelo. Nesse quesito, a experiência,<br />

colaboração da equipe e estudo<br />

do mercado futuro lhe dão grandes chances<br />

de não errar.<br />

Uma vez determinado o produto, a engenharia<br />

começa a dar formas nas necessidades<br />

do cliente. “O Brasil virou referência em<br />

termos de Engenharia”, afirmou Marco Liccardo,<br />

diretor de Engenharia de Produto da<br />

Iveco, que comanda o CDP, em Sete Lagoas,<br />

substituindo Renato Mastrobuono, que<br />

passou a exercer novas funções. “Um caminhão<br />

validado no Brasil, pode rodar em<br />

qualquer parte do mundo”.<br />

O desenvolvimento do produto começa<br />

pelo estudo de conceitos, que às vezes<br />

exige a construção de protótipos para<br />

que alguns clientes opinem. Depois se<br />

desenvolve o produto e processos, com<br />

soluções que são focadas na validação.<br />

Uma vez escolhido o veículo, a Iveco toma<br />

todas as providências para que saia o<br />

caminhão que atenda as diretrizes básicas<br />

do que precisa ser o modelo, e depois,<br />

a engenharia se dedica às características<br />

estruturais para ter total confiabilidade.<br />

E a bola passa para a engenharia, produção,<br />

construção de veículos de pré-série<br />

e de série e se chega aos primeiros meses<br />

de produção. Mas até esse ponto, no<br />

caso do Iveco Stralis Ecoline, foram mais<br />

de um milhão de horas/homem e uma<br />

centena de protótipos.


293 revistacaminhoneiro.com.br 61


TecnologIa<br />

importância<br />

Lendo assim, até parece simples, porém,<br />

o CDP em Sete Lagoas é o sexto<br />

centro de desenvolvimento da Iveco e o<br />

primeiro fora da Europa. Para se ter uma<br />

ideia da importância do CDP, a Iveco tem,<br />

no mundo inteiro, 1.500 engenheiros, o<br />

CDP de Minas Gerais tem 300.<br />

“É preciso um centro de desenvolvimento<br />

aqui no Brasil porque o produto<br />

e as condições da Europa são diferentes<br />

do nosso país”, compara Marco<br />

Liccardo. “Aqui se pode transportar<br />

até 74 toneladas, e lá, apenas 44.<br />

Aqui, além disso, se tem sobrecarga e<br />

excesso de velocidade”.<br />

Em 2007, dois Iveco Stralis AS tiveram<br />

150 pontos monitorados e rodaram<br />

120 mil quilômetros para marcarem<br />

as principais características do percurso,<br />

para saber como se comportariam<br />

e quais as necessidades que eles<br />

precisariam atender. O teste chegou a<br />

nível de medir até os esforços no pneu.<br />

O resultado foi a constatação de que o<br />

nível de dano aqui foi 20 vezes maior do<br />

que seria na Europa.<br />

Validar um produto, não significa a validação<br />

física, pois a Iveco tem disciplinas<br />

que permitem fazer a validação virtual.<br />

Para isso, é feita uma coleta minuciosa<br />

e com muito critério de todos os<br />

dados. Além disso, existem os protótipos<br />

virtuais que podem apontar eventuais<br />

problemas. E só depois se passa aos<br />

testes físicos que servem para a verificação<br />

final do resultado da simulação e<br />

da confiabilidade de produto.<br />

No computador é possível antever os resultados.<br />

62<br />

rodando<br />

revistacaminhoneiro.com.br 293<br />

Uma vez validado o<br />

caminhão, é hora de<br />

colocá-lo para rodar.<br />

E nessas horas, quem<br />

pega literalmente no<br />

pesado é a equipe dos<br />

pilotos de teste que<br />

não são simples motoristas.<br />

São pessoas experientes para conduzir<br />

o caminhão da melhor maneira por<br />

obstáculos que testam chassi, conforto,<br />

transmissão, turbo, dirigibilidade entre<br />

outros. Tem um teste específico para<br />

embreagem, que a obriga suportar<br />

1.000 partidas. No caso do turbo, ele começa<br />

a ser testado ao nível do mar e sobe<br />

até 2.000 metros de altitude. Em uma<br />

câmara fria, o caminhão fica exposto a<br />

uma temperatura de -15º. E, muito útil<br />

aqui em São Paulo, tem o “enchente hability”,<br />

no qual o caminhão passa por uma<br />

área alagada com a água chegando até<br />

a metade da porta.<br />

Também tem o crash test feito para garantir<br />

a segurança do motorista, assim<br />

como o de tombamento para ver se em<br />

caso de capotamento, o motorista sairá<br />

ileso. E para quem gosta de tremer, o<br />

hidropulse é o ideal. Um equipamento<br />

onde a cabine do caminhão é colocada<br />

e passa horas “tremendo”.<br />

Para isso, a Iveco conta com 40 pilotos<br />

de teste que para ocuparem o cargo<br />

precisam mostrar dedicação, sensibilidade<br />

e passar por um treinamento. Além<br />

disso, tem que ter carteira E, ensino médio,<br />

cursos de direção defensiva, mecânica<br />

eletrônica, interpretação de falhas,<br />

curso Mopp e muita sensibilidade. Com<br />

tudo isso, ele passa um ano treinando,<br />

ao lado de um piloto experiente, que passa<br />

os detalhes da profissão.<br />

Uma vez aprovado como piloto de teste,<br />

passa a fazer os testes dos caminhões.<br />

Ao chegar do test drive, ele faz um relatório<br />

onde coloca tudo o que sentiu, percebeu<br />

e viu. Esse relatório é analisado<br />

por uma técnica que checa todos os pontos<br />

anotados.<br />

De 2007, quando foi inaugurado, até<br />

hoje, os caminhões do CDP rodaram 2,5<br />

milhões de quilômetros, algo em torno<br />

de 62 voltas na Terra.<br />

Hidropulse treme a cabine milhares de vezes para garantir que tudo fica no lugar.<br />

E são esses quilômetros e esses pilotos<br />

que levaram a Iveco a mudar a parte externa<br />

do catalisador e o tanque de ureia. A parte<br />

externa do catalisador não aguentava o<br />

terreno acidentado do Brasil e o tanque de<br />

ureia vazava pelo mesmo motivo. A Iveco<br />

reforçou o catalisador e criou um bocal para<br />

o tanque que não vaza. Ambas as soluções<br />

foram adotadas no mundo todo, assim<br />

como o reforço do nível de blindagem<br />

do conector do chicote elétrico.<br />

pilotos<br />

Um dos pilotos de teste é Rodrigo Rocha,<br />

na empresa há três anos. A bordo<br />

de um Stralis AS, 480 cv, teto baixo, pilota<br />

por uma pista de pedra, volta pela<br />

pista de torção e finaliza essa pequena<br />

demonstração na pista de impacto.<br />

“Piloto de teste é uma coisa boa”, diz sorrindo<br />

Rocha. “Estava acostumado com a<br />

estrada, mas é muito gratificante participar<br />

de uma empresa que te dá condição de aprender,<br />

crescer na profissão ajudando a desenvolver<br />

um produto. Acho minha função de<br />

total importância, pois se não fizer com qualidade,<br />

o resultado vai ficar mascarado”.<br />

São três equipes de pilotos para que<br />

o caminhão não pare nem à noite. Para<br />

que o piloto não fique muito cansado, a<br />

cada 20 voltas nas três pistas, ele para<br />

e faz uma checagem geral. Cada piloto<br />

de teste roda, em média, 600 km por dia.<br />

Saionara Helena da Silva é auxiliar técnica<br />

de especialista e responsável por<br />

receber os relatórios onde os pilotos de<br />

testes fazem suas anotações. Ela passa<br />

esses relatórios para a Engenharia que,<br />

baseada nesses dados, prepara os protótipos<br />

para serem testados.<br />

Mas a Iveco acredita que sempre se<br />

pode melhorar, por isso, prepara uma<br />

nova pista de teste que será inaugurada<br />

em 2013. s


293 revistacaminhoneiro.com.br 63


24ª gIncana do camInHoneIRo 3ª eTapa<br />

Pula a fogueira<br />

dribla o ‘cone’<br />

Por: Núbia Boito<br />

Fotos: Mauricio Fernandes<br />

64<br />

revistacaminhoneiro.com.br 293


iaiá,<br />

ioiô<br />

Texto: Núbia Boito l Fotos: Maurício Fernandes<br />

Foi em clima de festa junina, que caminhoneiros<br />

de todo o Brasil participaram da terceira etapa<br />

do evento, realizada de 22 a 24 de junho, no Auto<br />

Posto São Jorge, em Vitória da Conquista, BA.<br />

Em meio às comemorações juninas, a cidade de Vitória da Conquista,<br />

no sudoeste baiano, se rendeu à adrenalina da disputa<br />

classificatória de slalom no comando de um caminhão Volkswagen<br />

19.390, quando 412 caminhoneiros foram para a pista<br />

mostrar habilidade e precisão no volante, driblando os cones.<br />

Para garantir a classificação e conquistar uma vaga para a<br />

grande final do evento, que contemplará, em 25 de novembro,<br />

o grande campeão com um caminhão Volkswagen zero km, os<br />

caminhoneiros precisaram atingir o tempo pré-classificatório<br />

de 23 segundos. Atingida a meta, o competidor partiu para<br />

uma segunda volta, com um grau maior de dificuldade. Enquanto o caminhoneiro<br />

fez a prova, uma dupla de cronometristas da Chronosat, empresa homologada<br />

pela Confederação Brasileira de Automobilismo, registrou, com o auxílio de<br />

uma fotocélula, o tempo do participante e revelou os três classificados da etapa.<br />

O clima de competição ficou mais tenso no domingo, quando uma garoa insistente<br />

resolveu se instalar na cidade, interrompendo a prova por algumas horas,<br />

por questão de segurança. Alguns caminhoneiros chegaram até a tentar secar<br />

a pista com o rodo.<br />

Quem fez a prova antes, ficou mais tranquilo. Caso do caminhoneiro Leandro<br />

César Miguel, que saiu de Alfenas, MG, com a namorada Larissa Amaral, especialmente<br />

para participar do evento. “Fiquei sabendo através da empresa em que<br />

trabalho e contei para a Larissa, que me deu a maior força para vir”, contou o mineiro<br />

que ficou bem no ranking dos classificados já no sábado, terminando a etapa<br />

com o terceiro melhor tempo e uma vaga para a grande final.<br />

Assim como para Leandro, as festividades de São João também tiveram sabor<br />

especial para os paranaenses Daniel Bero, de Quatro Barras, e Hélio Moacir<br />

Chianfa, de Arapongas, respectivamente primeiro e segundo classificados na<br />

etapa. Aliás, Daniel Bero, que foi finalista na edição do ano passado, só se classificou<br />

por ter feito o melhor tempo da etapa, conforme regulamento da prova<br />

(confira quadro de finalistas).<br />

293 revistacaminhoneiro.com.br 65


24ª gIncana do camInHoneIRo 3ª eTapa<br />

de palestra a qUadrilha<br />

A animação tomou conta do Auto<br />

Posto São Jorge, que sediou o<br />

evento pela primeira vez. Como no<br />

Nordeste este período é altamente<br />

festejado, a Gincana do <strong>Caminhoneiro</strong><br />

também entrou no clima<br />

das festividades juninas: o estande<br />

do credenciamento foi todo enfeitado<br />

com bandeirinhas. E no domingo,<br />

houve uma apresentação da<br />

quadrilha Kd.Achei, um verdadeiro<br />

show de cultura local. Ainda dentro<br />

do quesito regionalidade, no sábado,<br />

houve show de Giovan da Paraíba,<br />

com um repertório de forrós.<br />

Os caminhoneiros que estiveram<br />

em Vitória da Conquista foram bem<br />

recebidos pela equipe do proprietário<br />

do posto Evandro Chemello e puderam<br />

reencontrar amigos, participar<br />

do test drive exclusivo com caminhões<br />

da nova linha VW Advantech<br />

Daniel Bero<br />

Quatro Barras – PR<br />

19 segundos e 836 milésimos<br />

É a sexta vez que Daniel se classifica<br />

para uma final. Aos 32 anos,<br />

dos quais 12 dedicados à profissão,<br />

o paranaense chegou dizendo que faria<br />

sua prova na casa dos 19 segundos<br />

e, em meio a uma tarde de garoa,<br />

dito e feito: conseguiu!<br />

(todos com motorização Euro 5, que<br />

atendem às novas normas brasileiras<br />

de poluentes, o Proconve P7), além<br />

de participar de palestras ministradas<br />

pela equipe da MAN Latin America e<br />

da Cummins (através das unidades de<br />

negócios Fleetguard e Cummins Emission<br />

Solution). O Sest/Senat também<br />

esteve presente no evento com palestras<br />

de conscientização da conduta<br />

do caminhoneiro no trânsito, além de<br />

testes de coordenação motora.<br />

A Gincana do <strong>Caminhoneiro</strong> também<br />

tem um lado social: os participantes<br />

da terceira etapa puderam participar<br />

de uma campanha de arrecadação<br />

de alimentos não perecíveis.<br />

No total, foram arrecadados 450 quilos<br />

de alimentos, que foram encaminhados<br />

a duas entidades: Comunidade<br />

Nossa Senhora da Conceição da<br />

Paróquia Nossa Senhora de Fátima<br />

Hélio moacir Chianfa<br />

Arapongas – PR<br />

20 segundos e 014 milésimos<br />

Doze vezes! Sim, Hélio já esteve<br />

numa final da Gincana 12 vezes, mas<br />

ainda não levou o caminhão para casa.<br />

Empregado e aos 43 anos de idade,<br />

Hélio dedica à classificação à esposa<br />

Lucimara e aos filhos Gabriel e<br />

Thiago. “Fui abençoado por Deus”,<br />

conclui.<br />

Emoção é o que não falta entre os participantes<br />

da Gincana do <strong>Caminhoneiro</strong>.<br />

e Comunidade São Roque, da Paróquia<br />

Nossa Senhora das Candeias.<br />

E vem mais por aí! Ainda restam<br />

três etapas da 24ª Gincana do <strong>Caminhoneiro</strong>.<br />

A próxima acontecerá entre<br />

os dias 17 e 19 de agosto, no Posto<br />

Gasparin, em Foz do Iguaçu, PR.<br />

OS FINALISTAS<br />

Leandro César miguel<br />

Alfenas – MG<br />

22 segundos e 023 milésimos<br />

Leandro tem 28 anos e começou na<br />

estrada na Espanha, onde morou por<br />

três anos. De volta ao Brasil, continuou<br />

na profissão, trabalhando como empregado.<br />

“Andei 1.200 quilômetros firme<br />

na proposta de me classificar e consegui”,<br />

relatou o mineiro que participou,<br />

pela primeira vez, da prova.


INFORMAÇÃO, AuxílIO AO pRóxIMO e eMOÇÃO<br />

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acontece na Gincana<br />

O casal Evandro Leonir Chemello e Flávia Lopes,<br />

proprietários do Auto Posto São Jorge: exemplo de<br />

hospitalidade!<br />

Show de Giovan da Paraíba, muito forró para os<br />

presentes em Vitória da Conquista.<br />

<strong>Caminhoneiro</strong>s se inscrevem para participar da<br />

prova em estande “vestido” para o São João!<br />

A chuva interrompeu a prova no domingo, por<br />

questão de segurança.<br />

Lan house permitiu que os presentes disputassem<br />

um game virtual de slalom.<br />

A Gincana do <strong>Caminhoneiro</strong> arrecadou 450 quilos<br />

de alimentos não perecíveis para duas comunidades<br />

carentes da região.<br />

Nas extremidades, Thiago Reinas e Anderson<br />

Guosia, da Cummins, recebem caminhoneiros no<br />

estande.<br />

Painel mostra o placar com a classificação da<br />

etapa. Como Joaquim Veríssimo, de São Luís,<br />

MA, foi finalista em 2011, só poderia se classificar<br />

em primeiro lugar.<br />

Lourival Pereira, de Curitiba, PR, conheceu a esposa<br />

Kátia há 20 anos na transportadora onde<br />

trabalharam e, desde então, viajam juntos sempre<br />

que podem.<br />

Hora de arrumar a carga para seguir viagem. Foi o<br />

que fez João Paulo Pedriça, de Arapongas, PR, após<br />

fazer a prova de slalom.<br />

Álvaro Mariotto, consultor técnico da MAN Latin<br />

America, fala aos caminhoneiros sobre os caminhões<br />

da linha Advantech.<br />

Flagrado fazendo seu café da manhã, Pedro Terres<br />

Jr. de Itaiópolis, SC, seguiu os passos do pai (já falecido)<br />

e está na estrada há quatro anos.<br />

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A lenda viva Valdir<br />

Joaquim de Moraes<br />

Nascido em Porto Alegre, no dia 23 de novembro de 1931, Valdir Joaquim<br />

de Moraes foi um dos maiores goleiros da história do Palmeiras.<br />

Ele vestiu a camisa do Verdão entre<br />

1958 e 1968 em 482 jogos,<br />

segundo o Almanaque do Palmeiras,<br />

com 290 vitórias, 97 empates<br />

e 95 derrotas.<br />

Começou a carreira no Renner, de<br />

Porto Alegre, em 1947 e encerrou no<br />

Cruzeiro em 1969, passando em seguida<br />

a treinar goleiros.<br />

Nessa função, se tornou um dos melhores<br />

do mundo, com participação na comissão<br />

técnica da Seleção Brasileira na Copa<br />

de 1982, comandada por Telê Santana.<br />

No São Paulo, acompanhou o Mestre<br />

Telê na conquista do bicampeonato da<br />

Libertadores e do Mundial. Foi o responsável<br />

pela recuperação do goleiro Zetti,<br />

tetracampeão com a seleção brasileira<br />

e preparou Rogério Ceni no início<br />

da carreira do arqueiro que se tornaria<br />

o maior ídolo da história do Tricolor.<br />

Atualmente residindo em São Paulo,<br />

Valdir (alegando motivos pessoais), anunciou<br />

seu desligamento do Palmeiras em<br />

10 de fevereiro de 2011. Ele ocupava o<br />

cargo de consultor da equipe profissional.<br />

Em 2007, esteve no São Bento de<br />

Sorocaba ao lado de Rincón, mas não<br />

conseguiu evitar a queda da equipe pa-<br />

revistacaminhoneiro.com.br 293<br />

ra a segunda divisão. Em 2008, retornou<br />

ao Palmeiras na função de coordenador-técnico<br />

do time profissional,<br />

comandado por Vanderlei Luxemburgo.<br />

No dia 13 de agosto de 2008, Valdir<br />

comemorou 50 anos de sua chegada<br />

ao Palmeiras. Disse o gaúcho sobre este<br />

momento especial. “Eu havia atuado<br />

por mais de 10 anos no Renner e recebi<br />

a visita do Osvaldo Brandão (ex-trei-<br />

nador do Palmeiras) no início de agosto<br />

de 1958. Ele foi até lá para buscar eu e<br />

o Chinesinho (atacante), cuja indicação<br />

havia sido feita pelo Ênio Andrade. Lembro<br />

que, quando cheguei em São Paulo,<br />

demorei alguns dias para acertar. Foi<br />

uma novela (risos). Mas, felizmente, deu<br />

tudo certo e, em 13 de agosto de 1958,<br />

assinei meu contrato com o Palmeiras”.<br />

A partir de então colecionou glórias<br />

Fotos: arquivo pessoal de Valdir Joaquim de Moraes


no Parque Antártica.<br />

Foi campeão paulista<br />

em 1959, 63 e 66, campeão<br />

do torneio Rio-<br />

-São Paulo em 1965,<br />

do Robertão de 1967<br />

e da Taça Brasil em<br />

1960 e 1967.<br />

Dirigiu o Palmeiras em<br />

28 partidas, sempre de<br />

forma interina, entre os<br />

anos de 1973 e 1980.<br />

Também defendeu a<br />

Seleção Brasileira. Se- 1<br />

gundo o livro “Seleção<br />

Brasileira – 90 anos”, de Roberto Assaf<br />

e Antônio Carlos Napoleão, vestiu a camisa<br />

amarela em cinco jogos com quatro<br />

vitórias e um empate. Um desses jogos<br />

aconteceu no dia 07 de setembro de<br />

1965 na inauguração do estádio do Mineirão,<br />

quando representado pelo Palmeiras,<br />

o Brasil venceu o Uruguai por 3 a 0.<br />

Pelo Renner foi campeão gaúcho de 1954,<br />

atuando ao lado do saudoso Ênio Andrade.<br />

Panamericano de 1956<br />

O goleiro Sérgio Moacir fez parte da Seleção<br />

Brasileira, formada por um combinado<br />

de jogadores gaúchos, que conquistou<br />

o título do campeonato Panamericano de<br />

1956, disputado no México. Aquele time revelou<br />

craques para o futebol “tupiniquim”,<br />

como o goleiro Valdir Joaquim de Moraes,<br />

o zagueiro Oreco (campeão do Mundo<br />

em 1958), o meio-campista Ênio Andrade<br />

e o atacante Chinesinho entre outros.<br />

A equipe verde-e-amarela teve como principal<br />

adversária na competição, a Argentina<br />

do técnico Guilhermo Stábile. Stábile,<br />

que como jogador fez muito sucesso, pois<br />

foi vice-campeão do mundo na Copa do<br />

Mundo de 1930, além de ter sido o artilheiro<br />

da competição. Como técnico, fez valer<br />

sua competência, pois dirigiu o selecionado<br />

portenho em oito campeonatos sul-americanos,<br />

tendo conquistado seis títulos. O<br />

grande destaque dos “hermanos” na competição<br />

foi o atacante Sivori, revelado pelo<br />

River Plate, que posteriormente foi para a<br />

Juventus de Turim e quase virou um “mito”.<br />

A Taça da conquista do campeonato Panamericano<br />

de 1956 não faz mais parte<br />

do acervo da Confederação Brasileira de<br />

Futebol. O troféu foi roubado junto com a<br />

taça Jules Rimet, segundo inquérito aberto<br />

pela polícia carioca, as “relíquias” foram<br />

derretidas. s<br />

confira mais craques na seção<br />

qUe fim levoU no site<br />

www.terceirotempo.com.br<br />

1. Na África - Rinaldo, Valdir, Bellini e Djalma Santos segurando<br />

tapete, produto de artesanato africano.<br />

2. Em Moscou - Atrás, da esquerda para a direita: Célio Taveira, Bellini,<br />

Pelé, Djalma Santos, Paraná, Ademir da Guia e Bruno Hermany<br />

(parcialmente encoberto). À frente: Vicente Feola, Mário Américo,<br />

José Almeida, Jairzinho, Rildo, Rinaldo, Dr. Hilton Gosling e Valdir<br />

Joaquim de Moraes. Agachado, o roupeiro Chicão Assis.<br />

miltonneves@terceirotempo.com.br<br />

@miltonneves<br />

www.facebook.com/terceirotempo<br />

3. No avião - Em 1966, Valdir e Paraná a bordo de aeronave<br />

rumo à Europa.<br />

4. O irreverente Mané Garrincha, em 1966, na concentração<br />

da Seleção Brasileira em Teresópolis. 4<br />

2<br />

3<br />

293 revistacaminhoneiro.com.br 69


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1ª ETAPA - <strong>Caminhoneiro</strong>s classificados - Posto São Cristóvão - Fortaleza, CE<br />

1º lugar: Fernando Sakai, Bauru, SP • 2º lugar: Francisco Danillo S. Ferreira, Fortaleza, CE • 3º lugar: Wilson Luis Gabardo, Colombo, PR<br />

2ª ETAPA - <strong>Caminhoneiro</strong>s classificados - Posto Caravagio - Campo Grande, MS<br />

1º lugar: Célio Soczek, Araucária, PR • 2º lugar: André Luiz Cruzeiro, Uberlândia, MG • 3º lugar: Valdiclei Prestes, Colombo, PR<br />

3ª ETAPA - <strong>Caminhoneiro</strong>s classificados - Auto Posto São Jorge - Vitória da Conquista, BA<br />

1º lugar: Daniel Bero, Quatro Barras, PR • 2º lugar: Hélio Moacir Chianfa, Arapongas, PR • 3º lugar: Leandro César Miguel, Alfenas, MG<br />

4ª ETAPA - 17 a 19 de agosto - Posto Gasparin - Foz do Iguaçu, PR (Rod. BR 277, km 720)<br />

5ª ETAPA - 05 a 07 de autubro - Posto D`Angelis - Montes Claros, MG (Rod. BR 251, km 9,8)<br />

6ª ETAPA - 22 a 24 de novembro - Posto Pará Vip - Ananindeua, PA (Rod. BR 316, km 08)<br />

FINAL - 25 de novembro - Posto Pará Vip - Ananindeua, PA (Rod. BR 316, km 08)<br />

Patrocínio:<br />

Uma marca da MAN Latin America<br />

Apoio: Realização:


72<br />

pneUS<br />

Aceitação<br />

positiva<br />

Como o mercado recebeu o mais recente lançamento<br />

da Michelin: o pneu Michelin X Multiway.<br />

A<br />

Michelin sempre está lançando<br />

produtos e serviços para melhorar<br />

o rendimento dos veículos.<br />

O mais recente é o pneu<br />

Michelin X Multiway, para caminhões<br />

e ônibus rodoviários. Segundo Isabella<br />

Ferraz, gerente de Marketing Brasil<br />

Pneus de Caminhões e Ônibus é um modelo<br />

que proporciona ótimo rendimento<br />

quilométrico na primeira vida, maior proteção<br />

da carcaça, excelente aderência e<br />

melhoria significativa da dirigibilidade e<br />

estabilidade do veículo. Além disso, graças<br />

à sua maior vida útil, contribui para<br />

a preservação do meio ambiente, reduzindo<br />

o descarte de pneus.<br />

“Esse pneu teve uma aceitação muito<br />

positiva em função do rendimento quilométrico<br />

oferecido para os nossos clientes,<br />

além da vantagem de ser um produto<br />

com alta recapabilidade o que proporciona<br />

um melhor custo operacional<br />

para os negócios de nossos transportadores”,<br />

explica Isabella.<br />

O pneu Michelin X Multiway roda até<br />

20% a mais em primeira vida que seu antecessor,<br />

o pneu Michelin XZE2+. Este<br />

pneu apresenta maior área de contato<br />

com o solo, proporcionando mais conforto<br />

e segurança. Além disso, tem a tecnologia<br />

MDT (Michelin Durable Technologies)<br />

da carcaça reforçada, que aumenta<br />

a recapabilidade do produto, atributo<br />

muito valorizado pelos usuários porque<br />

reduz consideravelmente os custos<br />

operacionais de uma frota. A nova oferta<br />

Michelin também utiliza menos derivados<br />

de petróleo em sua composição,<br />

contribuindo assim para a preservação<br />

do meio ambiente.<br />

revistacaminhoneiro.com.br 293<br />

Texto: Graziela Potenza l Foto: Divulgação<br />

A Michelin investiu 600 milhões de euros<br />

no ano passado em pesquisa e desenvolvimento.<br />

Parte desse investimento<br />

foi aplicado no desenvolvimento do Michelin<br />

X Multiway, pensado especialmente<br />

para o mercado da América do Sul.<br />

Toda a tecnologia aplicada em sua carcaça<br />

reforçada e nos compostos da banda<br />

de rodagem, assim como também na<br />

arquitetura do pneu foram desenvolvidos<br />

para gerar maior durabilidade com mais<br />

segurança e rentabilidade para o usuário.<br />

O Michelin X Multiway é recomendado<br />

para os mais variados tipos de veículos,<br />

que transportam carga ou passageiros<br />

e trafegam por percursos sinuosos,<br />

em trajetos médios ou longos, em<br />

estradas asfaltadas.<br />

Mercado<br />

A Michelin continua realizando seu plano<br />

de investimentos de 800 milhões de<br />

euros para ampliação das duas unidades<br />

“Esse pneu teve aceitação positiva”, diz Isabella.<br />

industriais. No segmento de pneus de caminhões<br />

e ônibus são destinados 100<br />

milhões de euros, o que proporcionará<br />

o aumento da capacidade de produção<br />

de pneus em 40% até 2015.<br />

A empresa tem como objetivo estar<br />

cada vez mais próxima dos clientes,<br />

o caminhoneiro. “Nos últimos anos, a<br />

Michelin vem intensificando as ações<br />

de aconselhamento técnico para o melhor<br />

aproveitamento do potencial dos<br />

nossos produtos. Estas ações são realizadas<br />

em parceria com nossos revendedores<br />

e pilotadas pela nossa equipe<br />

de Marketing, que organiza ações<br />

realizando revisão de pressões, recomendação<br />

de uso de pneu correto, recomendação<br />

para realização do serviço<br />

de ressulcagem e também para recapagem”,<br />

explica Isabella.<br />

“Nosso objetivo é fazer com que os<br />

clientes tenham sempre o melhor resultado<br />

em custo quilométrico. Temos uma<br />

equipe de técnicos Michelin e também<br />

profissionais especializados e treinados<br />

pela própria Michelin em nossas revendas<br />

para atender de forma correta e eficaz<br />

os clientes”, comenta.<br />

Isabella aproveita o Dia do <strong>Caminhoneiro</strong><br />

e envia uma mensagem: estrada<br />

a perder de vista, caminhos que não param<br />

nunca, transportando e rodando por<br />

todo esse nosso País. A Michelin está<br />

com você, motorista, hoje e sempre no<br />

seu dia a dia. Trabalhando para sua segurança<br />

na rodagem das estradas com<br />

produtos de alta qualidade, para que o<br />

seu ir e vir seja sempre com tranquilidade<br />

para voltar para sua família. Parabéns<br />

pelo seu Dia do <strong>Caminhoneiro</strong>! s


74<br />

BeIRa de eSTRada<br />

Para quem não é do trecho, acompanhar o<br />

pique de um caminhoneiro na hora do rango<br />

não é nada fácil.<br />

Não é de hoje que os caminhoneiros são<br />

considerados bons de prato.<br />

Meu pai sempre comentava:<br />

– Até os anos 50 era dureza mesmo! Asfalto nem<br />

pensar, as estradas eram todas de terra batida e em<br />

péssimas condições e ainda posto de combustíveis<br />

e restaurante eram coisas raras. A turma era unida e<br />

muito animada. Na hora do rango, aquelas enormes<br />

panelas nos fogões tropeiros, um exagero, muita comida<br />

e pra todo mundo. Nunca faltavam os comilões<br />

no meio da turma.<br />

Conheci o Wlademir, o Comilão, em l964, no posto<br />

do Tio Doca. Era um catarinense grandalhão com<br />

dois metros de altura.<br />

Um belo dia paramos para almoçar no posto do km<br />

90. Fiquei assustado, pois o Wlademir era um furacão,<br />

parecia que jamais iria parar de comer. Quando<br />

saímos, ele rolou de rir ao ver a cara feia da turma,<br />

pois o prejuízo foi grande.<br />

Wlademir transportava madeiras de Santa Catarina<br />

para os estados de São Paulo, Minas e Bahia.<br />

Era uma pessoa de fino trato, fazia muitas amizades,<br />

mas pelo fato de ser comilão, as dificuldades foram<br />

surgindo.<br />

Sendo um homem muito inteligente, usou uma boa<br />

estratégia e falou baixinho:<br />

– Nos lugares em que sou muito conhecido vou<br />

esconder o caminhão atrás do posto e entro bem disfarçado<br />

no restaurante.<br />

Por uma questão de honra, diminuiu o ritmo e passou<br />

a comer menos, era um sacrifício, mas deu certo,<br />

valeu a pena.<br />

Fiquei um tempão sem cruzar com o amigo Wlademir,<br />

mas como um dia as pedras se encontram, em l982, em<br />

Belo Horizonte, MG, ouvi o Comilão gritando meu nome.<br />

– Eu também estou na fila para carregar para Curitiba!<br />

A alegria foi muito grande. Quando estávamos pondo a<br />

conversa em dia, surgiu um paranaense dizendo:<br />

revistacaminhoneiro.com.br 293<br />

Texto: Antonio Carlos Padilha l Foto: Divulgação<br />

o caminhoneiro<br />

comilÃo<br />

– Quase no final da fila tem um paraibano que é<br />

conhecido como Comilão. O Wlademir muito assustado<br />

respondeu:<br />

– É impossível! Eu sou o Comilão, não posso perder<br />

esse apelido! Os dois comilões conversaram um<br />

pouco e já fizeram uma aposta.<br />

– Vamos ver quem come mais, disse a paraibano<br />

Moacir. Na hora do almoço, no restaurante da dona<br />

Helena, o prato do dia era feijoada, não deu outra:<br />

os comilões devoraram duas feijoadas cada, um absurdo,<br />

sem dúvida. O paraibano agradeceu, dizendo<br />

comi bem mesmo, mas ainda aceito uma sobremesa.<br />

Dona Helena, uma mineira muito sensata disse:<br />

– Uai! Vou mandar servir para vocês como sobremesa,<br />

queijo de minas com goiabada e vou considerar<br />

esta disputa empatada. Portanto, de hoje em<br />

diante, vocês são sócios do apelido “Comilão” e boa<br />

sorte a todos aqui presentes! s


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As peças mencionadas neste anúncio são adaptáveis, não sendo do construtor<br />

do veículo. O uso das marcas, dos nomes e das imagens dos veículos servem<br />

para determinar o modelo sobre o qual se deve aplicar as referidas peças.


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modelo motor<br />

potência<br />

(cv/rpm)<br />

Obs: preços sugeridos ao público.<br />

(**) Peso Bruto admissível no ponto de apoio da 5ª roda (técnico)<br />

tara<br />

carGa<br />

Útil<br />

peso<br />

brUto<br />

peso brUto<br />

c/3º eixo<br />

ford<br />

F - 350 cabine simples Cummins B 3.9 120 120-2800 2.390 2.100 4.500 - 87.731<br />

F - 350 cabine dupla Cummins B 3.9 120 120-2800 2.680 1.820 4.500 - 112.355<br />

F - 4000 Cummins B 3.9 120 120-2800 2.840 3.980 6.800 - 97.449<br />

Cargo 815e Cummins Interact 4 150 150-2500 3.050 5.200 8.250 - 106.119<br />

Cargo 1317e Cummins Interact 4 170 170-2500 4.400 8.600 13.000 21.000 137.565<br />

Cargo 1517e Cummins Interact 4 170 170-2500 4.250 10.250 14.500 22.000 146.762<br />

Cargo 1717e Cummins Interact 4 170 170-2500 4.670 11.330 16.000 23.000 173.117<br />

Cargo 1722e Cummins Interact 6 220 220-2500 5.210 10.790 16.000 23.000 180.652<br />

Cargo 2422e Cummins Interact 6 220 220-2500 6.720 16.280 23.000 - 196.662<br />

Cargo 2428e Cummins Interact 6 275 275-2500 6.690 16.310 23.000 - 202.521<br />

Cargo 2622e Cummins Interact 6 220 220-2500 7.250 15.750 23.000 - 220.866<br />

Cargo 2628e Cummins Interact 6 275 275-2500 7.320 15.680 23.000 - 238.678<br />

Cargo 2932e Cummins ISC 320 319-2000 7.860 15.140 23.000 - 281.472<br />

Cargo 5032e Cummins ISC 320 319-2000 8.330 14.670 23.000 - Consulta<br />

Cargo 4532e Cummins ISC 315 320-2000 6.140 39.010 16.000 - 225.191<br />

iveco<br />

Daily 35S14 CS 3000 Iveco F1C Euro III 136/3.500 - 1.495 3.500 - 76.107<br />

Daily 35S14 CS 3450 Iveco F1C Euro III 136/3.500 - 1.495 3.500 - 78.124<br />

Daily 35S14 CS 3750 Iveco F1C Euro III 136/3.500 - 1.495 3.500 - 79.267<br />

Daily 55C16 GF 3300 Iveco F1C Euro III 136/3.500 - 2.640 5.300 - 104.783<br />

Daily 55C16 MF 3950 Iveco F1C Euro III 136/3.500 - 2.770 5.300 - 108.327<br />

EuroCargo 170E22 Iveco Tector 210/2.700 - 10.770 17.000 - 164.821<br />

Trakker 380T38 cab. simples - EE 4.500 Iveco Cursor 13 380/1.500 a 1.900 - - 38.000 - 465.634<br />

Trakker 720T42 cab. simples - EE 3.500 Iveco Cursor 13 420/1.600 a 1.900 - - 38.000 - 483.081<br />

Stralis 490 S 38 T TB Iveco Cursor 13 380/1.500 a 1.900 - - 45.000 - 316.761<br />

Stralis 490 S 38 T TA Iveco Cursor 13 380/1.500 a 1.900 - - 45.000 - 329.190<br />

Stralis 490 S 42 T TA Iveco Cursor 13 420/1.600 a 1.900 - - 45.000 - 342.304<br />

Stralis 490 S 42 T TB Iveco Cursor 13 420/1.600 a 1.900 - - 45.000 - 329.874<br />

Stralis 570 S 42 T TA Iveco Cursor 13 420/1.600 a 1.900 - - 57.000 - 372.767<br />

Stralis 570 S 42 T TB Iveco Cursor 13 420/1.600 a 1.900 - - 57.000 - 360.337<br />

Cavallino 450 E 32T - cabine curta Iveco Cursor 8 320/2.400 - - 45.000 - 227.064<br />

Cavallino 450 E 32T - cabine longa Iveco Cursor 8 320/2.400 - - 45.000 - 234.227<br />

international<br />

9800i 6x4 Cummins ISM Euro III 410 a 1900 8720 78.000 27.400 27.400 440,356.00<br />

9800i 6x2 Cummins ISM Euro III 410 a 1900 8440 60.000 27.400 27400 418,279.00<br />

DuraStar 4x2 MWM Maxxforce 7.2H 260 a 2.500 5335 33.000 16.000 - 182,430.00<br />

DuraStar 6x2 MWM Maxxforce 7.2H 260 a 2.500 6582 33.000 26.000 26.000 207,200.00<br />

DuraStar 6x4 MWM Maxxforce 7.2H 260 a 2.500 7540 42.000 26.000 26.000 232,420.00<br />

mercedes-benz<br />

710 OM-364LA 115-2600 2.820 3.880 6.700 - 115.526<br />

715 C OM-612LA 156-3800 - 4.380 7.000 - 117.154<br />

915 C / ACCELO OM-904LA 112-2300 3.700 5.880 9.000 - 137.323<br />

Atego 1315/48 OM-904LA 150-2200 3.560 8.540 12.990 20.000 167.229<br />

Atego 1418/48 OM-904LA 177-2200 3.560 9.510 13.990 21.300 165.835<br />

Atego 1518/48 OM-904LA 177-2200 3.560 10.370 14.990 22.000 180.023<br />

L 1620 6x2 OM-366LA 211-2600 6.360 15.790 22.000 22.000 224.128<br />

Atego 1718/48 OM-904LA 177-2200 3.560 12.460 17.100 23.100 189.866<br />

Atego 1725/48 OM-906LA 245-2200 3.560 12.110 17.100 - 196.671<br />

Axor 1933 S/36 OM-926LA 326-2200 - - 18.600 24.100 274.371<br />

Axor 2533 S/48/6x2 OM-926LA 326-2200 - 22.853 30.100 - 287.237<br />

Axor 2035 S/36 OM-457LA 354-1900 - - 20.100 24.100 321.100<br />

Axor 2040 S/36 OM-457LA 401-1900 - - 20.100 24.100 337.257<br />

Axor 2044 S/36 OM-457LA 428-1900 - - 20.100 24.100 341.876<br />

Axor 2540 S/33/6x2 OM-457LA 401-1900 - 21.298 30.100 - 389.451<br />

Axor 2544 S/33/6x2 OM-457LA 428-1900 - 21.438 30.100 - 394.242<br />

Axor 2644 S/33/6x4 OM-457LA 428-1900 - 16.762 26.100 - 413.587<br />

Axor 3340/48/6x4 OM 457LA 401-1900 - 23.412 33.500 - 441.054<br />

Axor 3344/48/6x4 OM-457LA 428-1900 - 23.412 33.500 - 446.012<br />

man/volkswaGen<br />

5.140E MWM 4.08 TCE Euro III 137-3400 - - - 5.500 102.878<br />

8.150E MWM 4.08 TCE Euro III 143-3400 - - - 7.850 124.950<br />

8.120 MWM 4.10 TCA Euro III 115-2400 - - 7.700 10.500 124.135<br />

13.180 Euro 3 MWM6.10 TCA - Euro III 173-2400 - - 13.000 - 172.000<br />

15.180 Euro 3 MWM6.10 TCA - Euro III 173-2400 - - 14.500 - 193.102<br />

13.180E MWM4.12 TCE - Euro III 180-2200 - - 12.900 - 172.328<br />

90 revista caminhoneiro<br />

preços<br />

(r$)


17.180 Euro 3 MWM 6.10 TCA-Euro III 173-2400 - - 16.000 23.000 196.461<br />

17.250E Cummins Interact 6.0 250-2500 - - 16.000 - 235.958<br />

24.250E Cummins Interact 6.0 250-2500 - - 23.000 - 249.668<br />

26.260E MWM6.12 TCAE Euro III 260-2500 - - 23.000 - 283.168<br />

31.260E MWM6.12 TCAE Euro III 260-2500 - - 23.000 - 292.362<br />

17.250 Cummins Interact 6.0 250-2500 - - - 16.000 263.820<br />

19.320E Cummins ISC 320-2000 - - - 16.000 286.622<br />

24.250 Cummins Interact 6.0 250-2500 - - - 23.000 249.742<br />

volvo<br />

VM 210 ST 4x2 MWM5A206 206 a 2200 4.950 a 5.080 11.000 16.000 - 170.000<br />

VM 260 ST 4x2 MWM5A260 260 a 2200 4.950 a 5.080 11.000 16.000 - 180.500<br />

VM 210 ST 6x2 MWM5A206 206 a 2200 6.620 a 6.780 - 23.000 23.000 196.000<br />

VM 260 ST 6x2 MWM7A260 260 a 2200 6.620 a 6.780 - 23.000 23.000 207.000<br />

VM 260 TL 6x2 MWM7A260 260 a 2200 6.620 a 6.780 - 23.000 23.000 228.000<br />

VM 260 ST 6x4 MWM7A260 260 a 2200 7.240 a 7.440 23.000 23.000 248.000<br />

VM 310 4x2 ST MWM7A310 310 A 2.200 5.950 até 30.000 até 41.600 - 248.000<br />

VM 310 4x2 LX MWM7A310 310 A 2.200 5.950 até 30.000 até 41.600 - 252.000<br />

VM 310 4x2 TL MWM7A310 310 A 2.200 5.950 até 30.000 até 41.600 - 270.000<br />

FH 400 4x2 SCV D13A 400 a 1.400/1.800 7.250 até 40.000 até 57.000 até 60.000 396.000<br />

FH 440 4x2 SCV D13A 440 a 1.400/1.800 7.250 até 40.000 até 57.000 até 60.000 406.000<br />

FH 480 4x2 SCV D13A 480 a 1.400/1.800 7.250 até 40.000 até 57.000 até 60.000 420.000<br />

FH 520 4x2 SCV D13A 520 a 1.500/1.800 7.250 até 40.000 até 57.000 até 60.000 429.500<br />

FH 400 6x2 SCV D13A 400 a 1.400/1.800 8.550 até 40.000 - até 60.000 423.000<br />

FH 440 6x2 SCV D13A 440 a 1.400/1.800 8.550 até 40.000 - até 60.000 435.000<br />

FH 480 6x2 SCV D13A 480 a 1.400/1.800 8.550 até 40.000 - até 60.000 451.000<br />

FH 520 6x2 SCV D13A 520 a 1.500/1.800 8.550 até 40.000 - até 60.000 458.000<br />

FH 400 6x4 SCV D13A 400 a 1.400/1.800 9.300 até 50.000 - - 506.000<br />

FH 440 6x4 SCV D13A 440 a 1.400/1.800 9.300 até 50.000 até 78.000 - 519.000<br />

FH 480 6x4 SCV D13A 480 a 1.400/1.800 9.300 até 50.000 até 78.000 - 532.000<br />

FH 520 6x4 SCV D13A 520 a 1.500/1.800 9.300 até 50.000 até 78.000 - 545.000<br />

FM 400 6x4 SCV D13A 400 a 1.400/1.800 9.300 até 50.000 até 78.000 - 506.000<br />

FM 440 6x4 SCV D13A 440 a 1.400/1.800 9.300 até 50.000 até 78.000 - 520.000<br />

scania<br />

R 420 6x2 CR19H (1) DC12 06 420 420 a 1900 - - 23.000 - 490.416<br />

R 420 6x4 CR19H DC12 06 420 420 a 1900 - - 23.000 - 527.022<br />

R 440 6x2 CR19H DT12 18 440 440 a 1900 - - 23.000 - 515.566<br />

R 440 6x4 CR19H DT12 18 440 440 a 1900 - - 23.000 - 553.291<br />

R 470 6x2 CR19H DT12 06 470 470 a 1900 - - 23.000 - 528.840<br />

R 470 6x4 CR19H DT12 06 470 470 a 1900 - - 23.000 - 564.467<br />

R 500 6x2 CR19H DC16 04 500 500 a 1900 - - 23.000 - 574.024<br />

R 500 6x4 CR19H DC16 04 500 500 a 1900 - - 23.000 - 600.835<br />

R 420 4x2 CR19H (2) DC12 06 420 420 a 1900 - - 23.000 - 490.416<br />

R 420 6x4 CR19H DC12 06 420 420 a 1900 - - 23.000 - 527.022<br />

R 420 6x4 CR19H DC12 06 420 420 a 1900 - - 23.000 - 561.952<br />

R 440 4x2 CR19H DC12 18 440 440 a 1900 - - 23.000 - 515.566<br />

R 440 6x4 CR19H DC12 18 440 440 a 1900 - - 23.000 - 553.291<br />

R 470 4x2 CR19H DT12 06 470 470 a 1900 - - 16.000 - 528.840<br />

R 470 6x4 CR19H DT12 06 470 470 a 1900 - - 23.000 - 564.467<br />

R 500 6x4 CR19H DC16 04 500 500 a 1900 - - 23.000 - 600.835<br />

R 500 6x4 CR19H DC16 04 500 500 a 1900 - - 23.000 - 584.145<br />

P 310 6x4 14 (3) DC9 11 310 310 a 1900 - - 23.000 - 410.717<br />

P 420 6x4 CP 14 DC12 06 420 420 a 1900 - - 23.000 - 499.171<br />

P 270 4x2 CP 14 (5) DC9 12 270 270 a 1900 - - 19.100 - 323.945<br />

P 270 4x2 CP 19 DC9 12 270 270 a 1900 - - 19.100 - 338.170<br />

P 310 4x2 CP 14 DC9 11 310 310 a 1900 - - 16.000 - 323.425<br />

P 310 4x2 CP 14 DC9 11 310 310 a 1900 - - 16.000 - 337.657<br />

P 340 4x2 CP 19 DC11 08 340 340 a 1900 - - 16.000 - 375.173<br />

G 380 4x2 CG 19 DC12 17 380 380 a 1900 - - 16.000 - 405.575<br />

G 380 4x2 CG 19 DC12 17 380 380 a 1900 - - 16.000 - 439.212<br />

G 420 4x2 CG 19 DC12 06 420 420 a 1900 - - 16.000 - 420.453<br />

G 420 4x2 CG 19 DC12 06 420 420 a 1900 - - 16.000 - 454.089<br />

G 420 6x4 CG 19 DC12 06 420 420 a 1900 - - 23.000 - 487.985<br />

G 470 4x2 CG 19 DT12 06 470 470 a 1900 - - 16.000 - 456.030<br />

G 470 4x2 CG 19 DT12 06 470 470 a 1900 - - 16.000 - 489.667<br />

G 440 6x4 CG 19 DT12 18 440 440 a 1900 - - 23.000 - 512.306<br />

INFORmAÇÕES úTEIS<br />

AgRALE S.A.: Tel.: (54) 3238-8000; fax (54) 3238-8052 - www.agrale.com.br<br />

FORD BRASIL LTDA.: SAC 0800-703-3673 - www.ford.com.br<br />

IVECO LATIN AmERICA LTDA.: SAC 0800-702-3443 - www.iveco.com.br<br />

mERCEDES-BENz DO BRASIL: SAC 0800-9709090 - www.mercedes-benz.com.br<br />

mAN LATIN AmERICA: SAC 0800-19-3333 - www.vwtrucksbus.com.br<br />

VOLVO DO BRASIL VEíCULOS LTDA.: SAC 0800-416161 - www.volvo.com.br<br />

SCANIA LATIN AmERICA LTDA.: SAC 0800-019-4224 - www.scania.com.br<br />

mercado<br />

revista caminhoneiro 91


mercado<br />

92<br />

Caminhões usados (em R$)<br />

marca/modelo 2011 2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003<br />

ford<br />

C-1217 6X2 3e Dies. - - - - - - - - 76681<br />

C-1317-T 6X2 3e Dies. - - - - - 84630 82530 80745 78246<br />

C-1417 6X2 3e Dies. - - - - - - - - 79748<br />

C-1517-T 6X2 3e Dies. - - - - - 86520 83580 81900 79028<br />

C-1521 6X2 3e Dies. - - - - - 89565 87024 85050 81144<br />

C-1717 CN 6X2 3E Dies. 128040 - - - - - - - -<br />

C-1717-T 6X2 3e Dies. - - - - - 90930 88074 85050 79810<br />

C-1721-T 6X2 3e Dies. - - - - - 91560 89355 87045 84042<br />

C-1722-T 6X2 3e Dies. - - - - - 94500 91245 88200 84882<br />

C-1731-T 6X2 3e Dies. - - - - - - 93822 91397 88244<br />

C-2421 6X2 3e Dies. - - - - - 96600 93000 88800 86136<br />

C-2422 6X2 3e Dies. - - - - - 98532 94860 90576 87858<br />

C-2422 CN 6X2 3E Dies. 150350 - - - - - - - -<br />

C-2422-E 6X2 3e Dies. 146900 130300 123400 116100 110400 102500 94300 - -<br />

C-2428 CN 6X2 3E Dies. 160050 - - - - - - - -<br />

C-2428-E 6X2 3e Dies. 157800 149000 138600 130000 122300 115800 108852 - -<br />

C-2622 6X4 3e Dies. - - - - - 108800 98900 96600 93840<br />

C-2622-E 6X4 3e Dies. 168800 160000 148800 141800 130000 118100 111014 - -<br />

C-2626 6X4 3e Dies. - - - - - 110000 103000 99800 96655<br />

C-2628-E 6X4 3e Dies. 185000 172000 163000 153000 148800 135000 126900 - -<br />

C-2631 6X4 3e Dies. - - - - - 137000 120000 110000 101347<br />

C-2632-E 6X4 3e Dies. - - - 163000 155300 148000 139120 - -<br />

C-2831 6X4 3e Dies. - - - - - 152000 142880 - -<br />

C-2932-E 6X4 3e Dies. - - - 178000 168800 160000 150400 - -<br />

C-712-T 4X2 Dies. 78800 75000 68200 63000 58800 - - - -<br />

C-815-E 4X2 Dies. 86300 83800 80300 77000 75300 74256 68034 - -<br />

C-815-S 4X2 Dies. - - - - - 72800 66700 62000 59940<br />

CARGO 1933 CNTL 4X2 Dies. 2P - - - - - - - - -<br />

CARGO 2423 CN 6X2 3e Dies. 2P - - - - - - - - -<br />

CARGO 2429 CN 6X2 3e Dies. 2P - - - - - - - - -<br />

CARGO 2623 CN 6X4 3e Dies. 2P - - - - - - - - -<br />

CARGO 2629 CN 6X4 3e Dies. 2P - - - - - - - - -<br />

F-12000 4X2(N.SERIE) Dies. - - - - - 72220 69575 67735 65320<br />

F-14000 4X2(N.Serie) Dies. - - - - - 82896 79860 77748 74976<br />

F-16000 4X2 Dies. - - - - - - - 78926 76112<br />

F-350 4X2 Dies. 69000 66000 63800 60300 58500 56520 54450 53010 51120<br />

F-4000 TB 4X4(N.Serie) 86800 80000 76300 73000 - - - - -<br />

international<br />

4700 4X2 16T Dies. - - - - - - - - 56800<br />

4900 4X2 Dies. - - - - - - - - 63500<br />

4900 6X4 3e Dies. - - - - - - - - 68580<br />

9800 4X2 Dies. - - - - - - - - 100000<br />

9800 6X4 3e Dies. - - - - - - - - 104000<br />

9800I 6X2 3e Dies. 299536 - - - - - - - -<br />

9800I 6X4 3e Dies. 312631 - - - - - - - -<br />

iveco<br />

CAVALLINO 450E32T 4X2 Dies. 2P 163300 140000 120000 108800 98800 90000 - - -<br />

450E33T(CurtaT.Baixo)4X2 150000 133800 128448 - - - - - -<br />

170E21 6X2 3e Dies. 2P - - - - - - 68990 66920 -<br />

230E24 6X2 3e Dies. 2P 142000 134000 122000 112900 102600 93600 - - -<br />

170E22 4X2 Dies. 2P 120000 110000 100000 93400 88800 80000 77300 74800 70000<br />

230E22 6X2 3e Dies. 2P - 123774 109760 98000 92002 87024 - - -<br />

TZ740E42 6X2 Dies. 2P - - - - - 152000 140000 128300 116640<br />

380T38 6X4 3e Dies. 2P 300000 278800 260000 250000 238800 225800 218000 200000 -<br />

490S44T(T.Alto) 4X2 Dies. 2P - - - - - - - - -<br />

600S40T 6X2 3e Dies. 2P - - - - - - - - -<br />

HD 450S38T 4X2 Dies. 2P - - 163000 158800 150000 138800 131860 - -<br />

HD 450S42T 4X2 Dies. 2P - - - - 155000 143800 - - -<br />

HD 490S41T 4X2 Dies. 2P 213400 189400 181824 - - - - - -<br />

revistacaminhoneiro.com.br 293<br />

Obs.: há variações entre os preços publicados e os praticados pelo mercado, em<br />

função do estado em que o veículo se encontra e também da região do País.


HD 570S38T 6X2 3e Dies. 2P 217571 190000 183800 176300 168800 160000 - - -<br />

HD 740S42TZ 6X4 3e Dies. 2P 273540 258800 248448 - - - - - -<br />

240E25 6X2 3e Dies. 2P 160000 138000 118800 106300 - - - - -<br />

260E25 6X4 3e Dies. 2P 165000 150000 138800 125800 - - - - -<br />

380T38 6X4 3e Dies. 2P 300000 268000 240000 228000 - - - - -<br />

mercedes-benz<br />

1215-C 4X2 DIES. - - - - - - - 92414 89666<br />

1315(Atego) 6X2 3e Dies. 126000 124740 117600 114240 107100 103740 101325 99015 -<br />

1318 6X2 3e Dies. - - - - - - - 100995 98856<br />

1418(Atego) 4X2 Dies. 124800 120000 116300 112600 108800 103900 100000 96800 -<br />

1420 4X2 Dies. - - - - - - - 98736 96839<br />

1718 6X2 3e Dies. 138600 135240 - - - - - - -<br />

1720 6X2 3e Dies. - - - - - - 121642 109027 99613<br />

1725(Atego) 4X4 Dies. 169520 156000 149032 140400 134056 124800 - - -<br />

1728 6X2 3e Dies. - - - - - - - 110770 99613<br />

1728(FlexTruck) 6X2 3e Dies. - - - - - 135680 127200 116600 -<br />

2425(Atego) 6X2 3e Dies. 163000 160500 153000 148000 145000 139100 130000 - -<br />

2428 6X4 3e Dies. - - - - - 168800 162300 158800 155030<br />

2428(Atego) 6X2 3e Dies. 184300 180000 177600 175000 - - - - -<br />

2831(Axor) 6X4 3e Dies. 233000 218800 198800 190000 178800 170000 - - -<br />

3340(Axor) 6X4 3e Dies. 328000 290000 268800 240000 228000 212000 205640 - -<br />

3344(Axor) 6X4 3e Dies. 338300 310000 278300 258800 240000 228900 222033 - -<br />

710 4X2 Dies. 86800 84300 82000 79000 76900 70300 67300 66000 64200<br />

715-C(Accelo) 4X2 Dies. 95300 92300 88000 85800 82800 78800 75800 73300 70620<br />

915-E(ChassiAE) 4X2 Dies. 103800 98800 95600 92800 87600 - - - -<br />

L1218 El 6X2 3e Dies. - - - - - - - 92400 87990<br />

L1418 El 6X2 3e Dies. - - - - - - - - 98548<br />

L1620 6X2 3e Dies. 156800 152000 148000 145300 141800 138300 130000 124300 117252<br />

L1620 El 6X2 3e Dies. 173300 170000 167300 162281 - - - - -<br />

L1622 6X2 Dies. - - - - - - 133000 126000 119598<br />

Atron 2324 6X2 3e Dies. 2P - - - - - - - - -<br />

2423-K 6X4 3e Dies. 2P - 150000 145800 140800 133300 - - - -<br />

Axor 2533 6X2 3e Dies. 2P 240000 235000 228800 208800 188000 176000 170720 - -<br />

2726 6X4 3e Dies. 2P 193300 183000 170000 - - - - - -<br />

Axor 2826 6X4 3e Dies. 2P 218800 198000 190000 180000 173000 164000 - - -<br />

2035-S(Axor) 4X2 Dies. 245000 228800 200000 188000 175000 168200 163154 - -<br />

2040-S(Axor) 4X2 Dies. 265000 243000 220000 208800 188800 173300 168101 - -<br />

2044-S(Axor) 4X2 Dies. 278000 255000 238000 220000 200000 188000 182360 - -<br />

2535-S(Axor) 6X2 3e Dies. 265000 250000 238000 - - - - - -<br />

2540-S(Axor) 6X2 3e Dies. 278800 262000 245000 228800 212000 190000 184300 - -<br />

2544-S(Axor) 6X2 3e Dies. 280000 265500 246800 230000 218800 200000 194000 - -<br />

2546-LS(Act.) 6X2 3e Dies. 330000 320100 - - - - - - -<br />

3340-S(Axor) 6X4 3e Dies. 336000 300000 271000 252000 236000 225000 218250 - -<br />

3344-S(Axor) 6X4 3e Dies. 337000 305000 275000 256800 240000 228200 221354 - -<br />

scania<br />

G-420 B 6X4 SZ 3e Dies. 358800 348036 - - - - - - -<br />

G-420 B 8X4 SZ 4e Dies. 465000 451050 - - - - - - -<br />

P-270 6X2 CP 14 DB 3e Dies. - 220000 208800 194400 186840 181440 174960 169711 -<br />

P-270 6X4 CP 14 CB 3e Dies. - - - - 196294 190620 183812 178298 -<br />

P-310 B 6X4 SZ 3e Dies. 275000 266750 - - - - - - -<br />

P-310 B 8X4 SZ 4e Dies. 288000 279360 - - - - - - -<br />

P-360 6X4 CP 14 3e Dies. - - - - - 223000 208800 202536 -<br />

P-400 6X4 CP 14 3e Dies. - - - - - 236000 220000 213400 -<br />

P-94 6X2 DB 260 NA 3e Dies. - - - - - - - 139776 135200<br />

R-580 B 6X4 NZ(HIGHLINE) 3E Dies. 420000 407400 - - - - - - -<br />

G-380 A 4X2 NA Dies. 290000 281300 - - - - - - -<br />

G-380 LA 6X2 NA 3e Dies. - 266500 259200 236500 229405 - - - -<br />

G-420 A 6X2 NA 3e Dies. 318000 308460 - - - - - - -<br />

G-420 LA 6X2 SZ 3e Dies. - 272000 250000 232000 225040 - - - -<br />

G-420 LA 6X4 SZ 3E Dies. - 280160 257500 238960 231791 - - - -<br />

G-440 A 6X2 NA 3E Dies. 358000 347260 - - - - - - -<br />

INFORmAÇÕES úTEIS<br />

293 revistacaminhoneiro.com.br 93<br />

mercado


mercado<br />

94<br />

Caminhões usados (em R$)<br />

marca/modelo 2011 2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003<br />

G-440 A 6X4 SZ 3e Dies. 378800 367436 - - - - - - -<br />

G-470 A 6X2 NA 3E Dies. 348800 338336 - - - - - - -<br />

P-124 6X4 CB 360 NZ 3e Dies. - - - - - - - 153700 144160<br />

P-340 6X2 CP 19 LA Dies. - 246000 238800 227460 219708 206040 190536 - -<br />

P-420 CA 6X4 NZ 3e Dies. - 290000 273000 262000 248000 235000 222000 215340 -<br />

R-124 6X4 GA 400 NZ 3e Dies. - - - - - - - 195360 187200<br />

R-360 6X4 CR 19 3e Dies. - - - 240000 230000 222000 213000 206610 -<br />

R-380 A 6X2 NA 3e Dies. 318800 309236 - - - - - - -<br />

R-400 6X4 CR 19 3e Dies. - - - - - 248930 235392 228330 -<br />

R-420 6X4 CR 19 GA 3e Dies. - - - - 260590 239990 224540 217803 -<br />

R-440 A 6X2 NA 3e Dies. 358000 347260 - - - - - - -<br />

R-470 A 6X4 SZ 3e Dies. 373000 361810 - - - - - - -<br />

R-480 6X4 CR 19 GA 3E Dies. - - - - 311040 294840 286200 277614 -<br />

T-124 4X2 GA 420 NZ Dies. - - - - - - - 199800 185328<br />

T-124 6X2 LA 360 NA 3E Dies. - - - - - - - 196100 181896<br />

T-124 6X2 LA 400 NA 3E Dies. - - - - - - - 199800 185328<br />

revistacaminhoneiro.com.br 293<br />

Obs.: há variações entre os preços publicados e os praticados pelo mercado, em<br />

função do estado em que o veículo se encontra e também da região do País.<br />

sinotrUk howo<br />

380 6X2(Aut.) 3e Dies. 2P 234465 - - - - - - - -<br />

380 6X2(REB.) Dies. 2P 223300 210000 193000 - - - - - -<br />

380 6X4(Aut.) 3e Dies. 2P 249100 - - - - - - - -<br />

380 6X4(REB.) Dies. 2P 235000 220000 203300 - - - - - -<br />

volkswaGen/man<br />

13.150 TB-IC 6X2 3e Dies. - - - - - 81900 78540 75075 70560<br />

13.170 TB-IC(E)6X2 3e Dies. - - - - - 84315 80640 78220 -<br />

13.180 TB-IC 6X2 3e Dies. - - - - - - 81900 78015 71971<br />

13.180 TB-IC(E)6X2(Const.) 3e Dies. 107100 101640 98070 94500 91245 88507 - - -<br />

13.190 TB-IC(E)6X2 3e Dies. - - - - - - 91375 - -<br />

15.180 TB-IC 6X2 3e Dies. - - - - - - 90090 84000 75264<br />

15.190 TB-IC 6X2 3e Dies. - - - - - - 94594 88200 79027<br />

17.210 TB-IC 6X2 3e Dies. - - - - - 102690 99750 97440 91392<br />

17.220 TB-IC 6X2 3e Dies. - - - - - 105770 102742 100363 94133<br />

17.250 TB-IC(E) 4X2 Dies. 150000 140000 133100 128800 120000 115300 108800 98300 -<br />

17.310 TB-IC 6X2(Titan) 3e Dies. - - - - - 123900 116025 105000 94080<br />

23.210 TB-IC 6X2 3e Dies. - - - - - 112000 102000 95300 88320<br />

23.310 TB-IC 6X2(Titan) 3e Dies. - - - - - 134400 122400 114360 105984<br />

24.220 TB-IC(E) 6X2(Worker) 3e Dies. 160000 150000 142000 135000 128800 120000 110000 - -<br />

24.250 TB-IC(E) 6X2 3E Dies. 160000 150000 142000 135000 127800 120000 116400 - -<br />

26.220 TB-IC 6X4 3e Dies. 170000 160000 152000 140000 133000 122000 118000 103600 99264<br />

26.260 TB-IC 6X4 3e Dies. - - - 142800 135660 124440 120360 105672 101249<br />

31.260 TB-IC 6X4 3e Dies. - - - - - 136000 133000 122360 -<br />

31.320 TB-IC(E)6X4(Const.) 3e Dies. 218800 196800 183000 170000 158000 - - - -<br />

8.120 TB-IC(E)4X2 Dies. 82000 76800 73600 69000 67300 65500 63535 - -<br />

13.190 4X2(Constellation) Dies. 2P 128331 - - - - - - - -<br />

15.190 4X2(Constellation) Dies. 2P 134636 - - - - - - - -<br />

17.220 TB-IC 6X2(Worker)(TractorEuroIII) 3e 2P 152775 - - - - - - - -<br />

17.250 TB-IC(ELETR.) 4X2(CONST.TRACTOR) 2P 166015 - - - - - - - -<br />

19.330 4X2(Constell.Tractor) Dies. 2P 202536 - - - - - - - -<br />

19.390 4X2(Constell.Tractor) Dies. 2P 231636 - - - - - - - -<br />

24.280 6X2(Constellation) 3e Dies. 2P 202536 - - - - - - - -<br />

24.330 6X2(Constellation) 3e Dies. 2P 187210 - - - - - - - -<br />

25.320 TB-IC 6X2(CONST.TRACTOR) 3E 200014 - - - - - - - -<br />

25.390 6X2(Constell.Tractor) 3e Dies. 2P 235710 - - - - - - - -<br />

26.280 6X4(Constellation) 3e Dies. 2P 231636 - - - - - - - -<br />

26.390 6X4(Constell.Tractor) 3e Dies. 2P 269660 - - - - - - - -<br />

31.280 6X4(Constellation) 3e Dies. 2P 261900 - - - - - - - -<br />

31.330 6X4(Constellation) 3e Dies. 2P 281300 - - - - - - - -<br />

31.390 6X4(Constellation) 3e Dies. 2P 310400 - - - - - - - -<br />

5.150 4X2(Delivey) Dies. 2P 81286 - - - - - - - -<br />

8.160 X2(Delivey) Dies. 2P 91374 - - - - - - - -<br />

9.160 4X2(Delivery) Dies. 2P 100686 - - - - - - - -<br />

18.310 TB-IC 4X2(TitanTractor) Dies. - - - - - 121400 112000 103300 90880<br />

18.310 TB-IC 6X2(TitanTractor) 3e Dies. - - - - - 127470 117600 108465 95424


19.320 TB-IC(E) CL(Const.) 4X2 Dies. 180000 176000 164400 146500 133500 125000 121250 - -<br />

19.370 TB-IC(E)(CONST.) 4X2 Dies. 208000 188000 173000 158000 153260 - - - -<br />

25.320 TB-IC(E) 6X2(Tit.Trac.Const.) 3e DD 193000 180000 170000 158000 - - - - -<br />

25.370 TB-IC(E)(CONST.) 6X2 3E Dies. 222000 208800 187000 168800 163736 - - - -<br />

26.370 TB-IC(E)(CONST.) 6X4 3E Dies. 223800 217086 - - - - - - -<br />

TGX 28.440 XL 6X2 (Cab.LeitoT.Baixo) 3e Dies. 2P a partir de 2012 - - - - - - -<br />

TGX 28.440 XLX 6X2 (Cab.LeitoT.Alto) 3e Dies. 2P a partir de 2012 - - - - - - -<br />

TGX 29.440 XL 6X4 (Cab.LeitoT.Baixo) 3e Dies. 2P a partir de 2012 - - - - - - -<br />

TGX 29.440 XLX 6X4 (Cab.LeitoT.Alto) 3e Dies. 2P a partir de 2012 - - - - - - -<br />

TGX 33.440 XL 6X4 (Cab.LeitoT.Baixo) 3e Dies. 2P a partir de 2012 - - - - - - -<br />

TGX 33.440 XLX 6X4 (Cab.LeitoT.Alto) 3e Dies. 2P a partir de 2012 - - - - - - -<br />

volvo<br />

FM-11 370 4X2R Dies. 270000 261900 - - - - - - -<br />

FMX-11 370 6X4R 3E Dies. 300000 291000 - - - - - - -<br />

FMX-13 400 6X4R 3e Dies. 328000 318160 - - - - - - -<br />

VM-17 210 SC 4X2 Dies. - - - - - - - 84000 -<br />

VM-17 240 SC 4X2 Dies. - - - - - - - 87570 -<br />

VM-210 ST 4X2 Dies. 130000 - - - - - - - -<br />

VM-23 210 SC 6X2 Dies. - - - - - - - 92610 -<br />

VM-23 240 SC 6X2 Dies. - - - - - - - 96600 -<br />

VM-260 LX 6X2 3e Dies. 170000 167100 152000 141900 124500 112000 108640 - -<br />

FM-11 370 4X2R Dies. 278100 269757 - - - - - - -<br />

FMX-11 370 6X4R 3E Dies. 324000 314280 - - - - - - -<br />

FMX-13 400 6X4R 3E Dies. 354240 343612 - - - - - - -<br />

FMX-13 440 6X4R 3e(I-Shift) Dies. 374000 362780 - - - - - - -<br />

VM-17 210 LL 4X2 Dies. - - - - - - 90000 87300 -<br />

VM-23 210 LL 6X2 Dies. - - - - - - 103140 95256 -<br />

FH 420 4X2 Dies. 320100 - - - - - - - -<br />

500 4X2 Dies. 2P 328636 - - - - - - - -<br />

540 4X2 Dies. 2P 339500 - - - - - - - -<br />

FMX-13 420 6X4R 3e Dies. 2P 465600 - - - - - - - -<br />

460 6X4R 3e Dies. 2P 473360 - - - - - - - -<br />

FH 400 6X2 Dies. 310000 288000 246000 231900 214700 208259 - - -<br />

FH 440(GLOB) 6X2 3E Dies. 329600 303850 265740 242050 229381 222499 - - -<br />

FH 480(GLOB) 6X2 3E Dies. 334560 314160 280092 262548 254490 246855 - - -<br />

FH 520 6X2 Dies. 348800 325000 300000 280000 260000 252200 - - -<br />

FH 520(GLOB) 6X2 3E Dies. 355776 331500 306000 285600 265200 257244 - - -<br />

FH-12 380 4X2(Glob.) Dies. - - - - 201400 192920 179352 169176 148813<br />

FH-12 380(P.Lotus) 6X2 3e Dies. - - - - - - - - 153277<br />

FH-12 420 4X2(Top-Class) Dies. - - - - 243000 233280 213840 194400 169815<br />

FH-12 420 6X4(Glob.) 3e Dies. - - - - - - - - 180822<br />

FM 400 6X4 3e Dies. 325000 312100 275200 243000 228000 221160 - - -<br />

FM 480 6X4 3e Dies. 344000 326000 286500 273000 250000 242500 - - -<br />

FM-11 370 6X2 3e Dies. 280000 268000 253000 245410 - - - - -<br />

FM-11 370 6X2T 3E(I-SHIFT) Dies. 312000 302640 - - - - - - -<br />

FM-12 380 6X4 3e Dies. - - - - 228620 205850 189750 187910 184000<br />

FM-12 420 8X4 4e Dies. - - - - 298200 268500 260445 - -<br />

FMX-13 400 6X4T 3E(I-SHIFT) 337840 327704 - - - - - - -<br />

FMX-13 480 6X4T 3E Dies. 372000 360840 - - - - - - -<br />

NH-12 380 4X2(Glob.) Dies. - - - - 222600 196100 177232 174052 164300<br />

NH - 12 380 6X4 3E Dies. - - - - 241500 212750 192280 188830 178250<br />

NH - 12 420 6X4 (Glob) 3E Dies. - - - - - - - - 206032<br />

VM-220 4x2R Dies. 2P 168101 - - - - - - - -<br />

VM-220 6x2R 3e Dies.2P 184300 - - - - - - - -<br />

VM-270 6x2R 3e Dies. 2P ( Cab. Leito) 201760 - - - - - - - -<br />

VM-330 6x2R 3e Dies. 2P 223100 - - - - - - - -<br />

FONTES: os preços acima, em real, representam uma média de pesquisa feita em Julho/2012 nestas empresas: Piracema Veículos Ltda., Piracicaba, SP, tel.: (19) 3434-<br />

5366; Grandiesel, São Paulo, SP, tel.: (11) 6914-5666; Irmãos Davoli, Mogi Mirim, SP, tel.: (19) 3805-9950; A tabela de preços dos carros é elaborada pela empresa<br />

Molicar Serviços Técnicos de Seguros, que pesquisa semanalmente cerca de 500 pontos de vendas nos maiores mercados do Brasil.<br />

Molicar, São Paulo, SP, tel.: (11) 3704-7245; Quinta Roda, Sumaré, SP, tel.: (19) 3854-8900; Sonnervig, São Paulo, SP, tel.: (11) 6166-1002; e Tietê Veículos,<br />

São Paulo, SP, tel.: (11) 3622-2000.<br />

INFORmAÇÕES úTEIS<br />

293 revistacaminhoneiro.com.br 95<br />

mercado


mercado<br />

96<br />

Frete por tonelada (valores em Reais)<br />

reGiÃo distância frete paGo pelo<br />

(saÍda: sÃo paUlo) mercado em jUlho/2012<br />

trUck carreta<br />

centro-oeste<br />

Brasília 1.015 km 147,80 120,12<br />

Cáceres 1.829 km 203,28 147,84<br />

Campo Grande 1.014 km 147,84 96,80<br />

Corumba 1.400 km 184,80 138,60<br />

Cuiabá 1.614 km 173,25 138,60<br />

Goiânia 926 km 138,60 110,88<br />

norte<br />

Belém 2.933 km 369,60 311,85<br />

Boa Vista 4.800 km 693,00 508,20<br />

Ji-Paraná 2.800 km 311,85 254,10<br />

Manaus 3.971 km 646,80 438,90<br />

Marabá 3.200 km 358,05 300,30<br />

Macapá 3.500 km 600,60 415,80<br />

Ouro Preto 2.700 km 294,80 231,00<br />

Palmas 2.000 km 258,72 207,90<br />

Porto Velho 3.070 km 232,40 277,20<br />

Rio Branco 3.604 km 388,08 300,30<br />

Vilhena 2.500 km 295,68 194,04<br />

sUl<br />

Blumenau 670 km 87,78 73,92<br />

Florianópolis 700 km 90,09 76,23<br />

Cascavel 900 km 110,88 97,02<br />

Caxias do Sul 982 km 129,36 97,02<br />

Curitiba 408 km 55,44 50,82<br />

Foz do Iguaçu 1.047 km 138,60 101,64<br />

Londrina 528 km 78,54 64,68<br />

Maringá 636 km 86,90 69,30<br />

Novo Hamburgo 1.072 km 138,60 101,64<br />

Porto Alegre 1.109 km 129,36 101,64<br />

Umuarama 780 km 85,80 69,40<br />

pneUs - novos e reformados<br />

(novos e reformados, valores em reais)<br />

Obs.: o valor do frete pago pelas agências de carga não é regulado somente pela distância entre a praça (no caso, São<br />

Paulo) e o destino. Fatores como a importância econômica ou agrícola da região (de origem ou de destino) contribuem<br />

para determinar a oferta de cargas e, conseqüentemente, a procura por cargas. Quanto mais caminhoneiros em busca de<br />

determinado frete, mais seu preço tende a baixar. Quando houver muita carga e poucos caminhões, o preço se eleva. O<br />

mercado também é regulado pelas condições das rodovias e pela existência ou não de “retornos” para o caminhoneiro.<br />

medida novo racaUchUtado protetores câmaras<br />

900R20 784,00<br />

radiais metálicos<br />

575,00 20,00 69,00<br />

1000R20 936,00 693,00 20,00 89,00<br />

1100R22 1.260,00 935,00 25,00 99,00<br />

275/80R22.5 1.035,00 695,00 - 69,00<br />

295/80R22.5 1.293,00 935,00 - 89,00<br />

900-20 559,00<br />

diaGonais comUns<br />

450,00 22,00 69,00<br />

1000-20 721,00 550,00 22,00 89,00<br />

1100-22 966,00 739,00 30,00 99,00<br />

preços médios pesquisados em empresas paulistas e tortuga câmaras de ar, preços para compras à vista.<br />

revistacaminhoneiro.com.br 293<br />

nordeste<br />

Uruguaiana 1.531 km 167,47 138,60<br />

Aracaju 2.177 km 286,44 231,00<br />

Campina Grande 3.000 km 332,64 277,20<br />

Fortaleza 3.137 km 381,15 311,85<br />

Imperatriz 2.334 km 323,40 240,24<br />

João Pessoa 2.770 km 346,50 300,30<br />

Maceió 2.453 km 300,30 254,10<br />

Natal 3.000 km 334,95 300,30<br />

Recife 2.660 km 332,64 286,44<br />

Salvador 1.962 km 258,72 213,84<br />

São Luiz 2.970 km 380,08 323,40<br />

Teixeira de Freitas 1.257 km 227,76 175,56<br />

Teresina 2.700 km 323,40 309,54<br />

Vitória da Conquista 1.439 km 231,00 180,18<br />

sUdeste<br />

reGiÃo distância frete paGo pelo<br />

(saÍda: sÃo paUlo) mercado em jUlho/2012<br />

trUck carreta<br />

Araçatuba 532 km 82,50 69,30<br />

Barretos 450 km 78,10 64,68<br />

Bauru 380 km 73,92 64,68<br />

Belo Horizonte 586 km 87,78 73,92<br />

Governador Valadares 914 km 129,36 101,64<br />

Ipatinga 808 km 101,64 92,40<br />

Marília 443 km 78,54 64,68<br />

Ourinhos 400 km 73,92 64,68<br />

Presidente Prudente 558 km 87,78 69,30<br />

Ribeirão Preto 319 km 73,92 60,06<br />

Rio de Janeiro 429 km 87,78 69,30<br />

São José do Rio Preto 451 km 83,16 69,30<br />

Tupã 540 km 83,16 69,30<br />

Vitória 882 km 128,92 101,64<br />

Uberlândia 590 km 87,78 73,92<br />

Fontes: Agência JS, tel.: (11) 3976-5336 e-mail: jsagencia@terra.com.br .<br />

*Onde houver transporte por rio, os valores não incluem a taxa de transporte fluvial.<br />

motores - retÍfica<br />

(completa, com bomba e bico, valores em reais)<br />

marca modelo preços<br />

Mercedes-Benz OM 352/1113/2213 7.590<br />

Mercedes-Benz OM 314/608 6.820<br />

Mercedes-Benz OM 355/5 15.950<br />

Mercedes-Benz OM 355/6 17.050<br />

MWM D.226/4 - D.229/4 8.580<br />

Ford Cargo 6.CCT - 16/18 17.380<br />

MWM D.229/6 9.350<br />

Perkins 4.236/D10-D20 8.580<br />

Perkins 6.357 10.780<br />

Saab-Scania 110/111 19.360<br />

Volvo/Fiat N10/190E 21.780<br />

Caterpillar Todos sob consulta<br />

preços à vista em r$, pesquisados na retífica super diesel em julho/2012.


293 revistacaminhoneiro.com.br 97


98<br />

paSSaTempo<br />

frases de para-choqUe<br />

mande sua frase para:<br />

editoria@tteditora.com.br<br />

revistacaminhoneiro.com.br 293<br />

quando deus fez o mundo em 6 dias,<br />

não tinha ninguém perguntando quando ia ficar pronto.


293 revistacaminhoneiro.com.br 99


100<br />

revistacaminhoneiro.com.br 293<br />

PEÇAS GENUÍNAS VOLVO.<br />

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CRUZETA<br />

Aplicação: NH12 / FH12 / FM12 /<br />

FH13 / FM11 / VM<br />

Código: 8127182<br />

De: R$ 621,14<br />

EMBREAGEM REMAN<br />

Aplicação: VM17 / VM23 / VM210 /<br />

VM220 / VM260<br />

(CS36A-OR)<br />

Código: 85003237<br />

De: R$ 999,91<br />

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Imagens meramente ilustrativas. Ofertas válidas até 31/10/2012 para peças Volvo e para pagamento à vista. Preços válidos para: Embreagem Reman<br />

código 85003237 / Cruzeta código 8127182. Verifique no concessionário Volvo se a peça é aplicada ao chassi do veículo.

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