Maratona da - Agrupamento Vertical de Avintes
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<strong>Maratona</strong> <strong>da</strong><br />
Leitura: uma ativi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
no âmbito do PNL<br />
2011/2012<br />
7º ANO
À comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> leitora<br />
Preten<strong>de</strong>-se com esta prática «<strong>Maratona</strong> <strong>de</strong> Leitura» que todos os alunos e to<strong>da</strong>s as<br />
alunas participem numa ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> leitura, contactando com outros textos, outras<br />
obras e outros autores ou autoras, no CR/BE (Centro <strong>de</strong> Recursos/Biblioteca Escolar).<br />
Ler+ ler melhor é o slogan do Plano Nacional <strong>de</strong> Leitura. Tal como muitos outros<br />
países, Portugal está preocupado com a formação <strong>de</strong> leitores e <strong>de</strong> leitoras, com bom<br />
<strong>de</strong>sempenho literácito. Realiza<strong>da</strong> neste mês <strong>de</strong> homenagem às bibliotecas escolares,<br />
esta prática realiza-se também no âmbito do PNL.<br />
A participação dos alunos e <strong>da</strong>s alunas em práticas <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s pelo Centro <strong>de</strong><br />
Recursos/Biblioteca Escolar do <strong>Agrupamento</strong>, práticas que promovem leituras e que<br />
promovem literacias é meio caminho an<strong>da</strong>do para que ca<strong>da</strong> pessoa dê mais um<br />
passo neste espaço continuado <strong>de</strong> aprendizagens e <strong>de</strong> leituras do mundo.<br />
A avaliação do <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> pessoa leitora será feita através <strong>da</strong> atribuição<br />
<strong>de</strong> um ponto em ca<strong>da</strong> parâmetro consi<strong>de</strong>rado, na tabela <strong>de</strong> avaliação existente.<br />
Numa maratona <strong>de</strong> leitura todos e to<strong>da</strong>s serão vencedores e vencedoras: o que<br />
importa é que participem e se esforcem para ler muito bem: por isso os textos<br />
encontram-se no menu do CR/BE, na página <strong>da</strong> escola.<br />
Muito bom seria que, nesta ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> importante para a vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> um ou <strong>de</strong> ca<strong>da</strong><br />
uma, familiares e amigos pu<strong>de</strong>ssem estar presentes.<br />
Melhor seria que, preparando atempa<strong>da</strong>mente a leitura, todos – alunos/as e<br />
familiares - realizassem alguma coisa relaciona<strong>da</strong> com o texto que o leitor ou a<br />
leitora escolheu e que não tem que ser coinci<strong>de</strong>nte com o seu número na turma.<br />
Sugestões: <strong>de</strong>senho, objeto tridimensional, comentário… Bem gostaríamos <strong>de</strong><br />
fazer uma exposição com os vossos trabalhos, no CR/BE! Venham lá, pais<br />
e mães e irmãos e irmãs e tios e tias e vizinhos e vizinhas: não custa<br />
na<strong>da</strong>!<br />
Fonte: http://bibliocrachile.blogspot.com/<br />
Em 27 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2011<br />
<strong>Avintes</strong>, Outubro <strong>de</strong> 2011<br />
A coor<strong>de</strong>nadora do CR/BE<br />
Professora Amélia Rosa Macedo
Calen<strong>da</strong>rização <strong>Maratona</strong>s Leitura 3º Ciclo<br />
Turmas<br />
participantes<br />
Professora<br />
avaliadora<br />
Dia <strong>de</strong><br />
comparência no<br />
CR/BE<br />
Hora <strong>de</strong> realização<br />
<strong>da</strong> <strong>Maratona</strong> <strong>de</strong><br />
Leitura<br />
7ºA Manuela Neves 2ªF: 24 outubro 17.45/18.30<br />
7ºB Filipe Loureiro 3ªF: 15 nov. 13.35/15.05<br />
7ºC Nuno Monteiro 2ªF:24 outubro 15.15/16.45<br />
7ºD Filipe Loureiro 3ªF: 15 nov. 15.15/16.45<br />
7ºE Manuela Neves 3ªF: 15 nov. 11.50/13.20<br />
8ºA LP (profª substituta) 2ªF: 24 outubro 08.20/09.50<br />
8ºB Marta Vilar 2ªF: 24 outubro 10.10/11.40<br />
8ºC LP (profª substituta) 2ªF: 24 outubro 11.50/13.20<br />
8ºD Fátima Garcia 4ªF: 26 outubro 10.10/11.40<br />
8ºE Marta Vilar 4ºF: 26 outubro 08.20/09.50<br />
8ºF Fátima Garcia 3ªF: 15 nov. 10.10/11.40<br />
9ºA Flora Ferreira 3ªF: 08 nov. 11.50/13.20<br />
9ºB LP (profª substituta) 2ªF: 31 outubro 10.10/11.40<br />
9ºC LP (profª substituta) 3ªF: 08 nov. 13.35/15.05<br />
9ºD Marta Vilar 4ªF: 26 outubro 11.50/13.20<br />
9ºE Marta Vilar 5ªF: 27 outubro 10.10/11.40<br />
Recor<strong>da</strong>mos que…<br />
Os textos para os/as maratonistas estão disponíveis online, na página <strong>da</strong><br />
escola, no menu do CR/BE;<br />
Ca<strong>da</strong> leitor/a <strong>de</strong>ve escolher um texto, que não tem que ser coinci<strong>de</strong>nte com o<br />
seu número nem <strong>de</strong>ve haver leituras repeti<strong>da</strong>s do mesmo texto.<br />
O conteúdo temático dos textos relaciona-se ou com problemáticas do<br />
<strong>de</strong>senvolvimento curricular ou com problemáticas do projeto PRESSE.<br />
Sugere-se a presença <strong>de</strong> familiares e amigos/as.<br />
A coor<strong>de</strong>nadora do CR/BE<br />
Professora Amélia Macedo
Critérios <strong>de</strong> avaliação <strong>da</strong> leitura dos e <strong>da</strong>s<br />
maratonistas<br />
Fluência<br />
Expressivi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
Colocação <strong>de</strong> voz<br />
Respeito pela pontuação<br />
Empenho na leitura<br />
Cotação a atribuir em ca<strong>da</strong> parâmetro<br />
1 Ponto (divisível), para um total<br />
possível <strong>de</strong> 5, a registar na coluna<br />
<strong>da</strong> direita.
ste documento é construído coletivamente, por isso vamos<br />
espeitar a sua organização, não alterando a sua estrutura:<br />
apa<br />
ensagem à comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> leitora<br />
strutura<br />
Informações relativas à prática<br />
Índice remissivo dos textos para escolha<br />
Tabelas <strong>de</strong> avaliação dos e <strong>da</strong>s maratonistas e registos <strong>de</strong> evidência por<br />
turma. 7ºA, 7ºB, 7ºC, 7ºD; 7ºE: 7ºF<br />
Fotografias do evento, por turma<br />
Avaliação <strong>da</strong> <strong>Maratona</strong>, enquanto ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> do PAA<br />
Textos (ca<strong>da</strong> pessoa vai escolher um texto, sabendo que não po<strong>de</strong> haver<br />
repetição <strong>de</strong> leituras durante a maratona)
Sumário geral<br />
Nº do<br />
texto<br />
I<strong>de</strong>ntificação do texto I<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> autor(a)<br />
1 Mãe SALDANHA, Ana<br />
2 Pai SALDANHA, Ana<br />
3 Pai SALDANHA, Ana<br />
4 Namorado SALDANHA, Ana<br />
5 Nos médicos. Público e privado. SALDANHA, Ana<br />
6 A pesca HEMINGWAY, Ernest<br />
7 O velho pirata STEVENSON, Robert Louis<br />
8 O velho pirata (continuação do texto 5) STEVENSON, Robert Louis<br />
9 Uma Página do Diário <strong>de</strong> Anne Frank Frank, Anne<br />
10 Ain<strong>da</strong> Outra Página do Diário <strong>de</strong> Anne Frank Frank, Anne<br />
11 Transportados em vagões <strong>de</strong> gado LINDWER, Willy<br />
12 A vi<strong>da</strong> em família MAGALHÃES, Álvaro<br />
13 O Clube dos Livros Secretos MAGALHÃES, Álvaro<br />
14 Violetas MOTA, António<br />
15 Tu vais ver, mulher, tu vais ver! MOTA, António<br />
16 Pois é… MOTA, António<br />
17 Pois é… (continuação do texto 17) MOTA, António<br />
18 Reportagem nos jornais MEIRELES, Ana<br />
19 O Segredo CASTRIM, Mário<br />
20 Folha <strong>de</strong> um diário FILIPOVIC, Zlata<br />
21 Outra folha <strong>de</strong> um diário FILIPOVIC, Zlata<br />
22 Um tesouro para este Natal AMNISTIA INTERNACIONAL<br />
PORTUGAL<br />
23 Um tesouro para este Natal (continuação texto AMNISTIA INTERNACIONAL<br />
22)<br />
PORTUGAL<br />
24 Um tesouro para este Natal (conclusão do texto AMNISTIA INTERNACIONAL<br />
22)<br />
PORTUGAL<br />
25 Lí<strong>de</strong>r pacifista negro norte-americano<br />
26 Lí<strong>de</strong>r pacifista negro norte-americano<br />
(conclusão texto 25)<br />
27 LIU XIAOBO, prémio Nobel <strong>da</strong> Paz<br />
em 2010<br />
WEB, acedido em 27.12.10<br />
WEB, acedido em 27.12.10<br />
WEB, acedido em 27.12.10
Avaliação dos maratonistas e <strong>da</strong>s maratonistas, por turma
Solicita-se a ca<strong>da</strong> docente que, projetando os textos <strong>da</strong> <strong>Maratona</strong>, solicite a<br />
ca<strong>da</strong> maratonista que leia o texto, que escolheu.<br />
Após a leitura <strong>de</strong>verá avaliá-lo/a, <strong>de</strong> acordo com os critérios existentes, em<br />
função do seu <strong>de</strong>sempenho: o resultado é incorporado na avaliação <strong>da</strong><br />
disciplina.<br />
Após todos terem participado na <strong>Maratona</strong>, <strong>de</strong>ve haver um pequeno<br />
momento <strong>de</strong> avaliação <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> pela turma, registando os <strong>da</strong>dos.<br />
Deverá ser tira<strong>da</strong> pelo menos 1 fotografia como «registo <strong>de</strong> evidência»<br />
Os resultados <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> serão divulgados, em meados <strong>de</strong> Novembro, no<br />
menu do CR/BE, na página <strong>da</strong> escola e nos placares do CR/BE
<strong>Maratona</strong> <strong>de</strong> Leitura: uma prática concerta<strong>da</strong> entre o CR/BE e o Departamento <strong>de</strong><br />
Línguas, em 2011/2012<br />
Turma: 7ºA<br />
Avaliadora (s): Manuela Neves<br />
Data: 2ªf; 24 <strong>de</strong> outubro Hora: 17.45/18.30H<br />
Maratonistas Parâmetros <strong>de</strong> avaliação Nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho<br />
Nº Nome<br />
1 André Pereira<br />
2 Andreia Silva<br />
3 Carla Dias<br />
4 Catarina Moreira<br />
5 Cátia ramos<br />
6 Cláudia Pereira<br />
7 Diana Castro<br />
8 Fábio Pereira<br />
9 Filipe Soares<br />
10 Inês Teixeira<br />
11 João Pereira<br />
12 João P. Fernan<strong>de</strong>s<br />
13 Leonardo Pereira<br />
14 Marco Caetano<br />
15 Mariana Azevedo<br />
16 Marta Barbosa<br />
17 Mónica Neves<br />
18 Rita Morais<br />
19 Ruben Barbosa<br />
20 Ruben Silva<br />
21 Rui P. Lucena<br />
22 Sónia Santos<br />
23 Tiago Carvalhal<br />
24<br />
25<br />
Fluência Expressivi<strong>da</strong><strong>de</strong> Colocação<br />
<strong>de</strong> voz<br />
Respeito<br />
pela<br />
pontuação<br />
Empenho
Outros <strong>da</strong>dos relativos à ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> realiza<strong>da</strong> pela turma 7º A<br />
Avaliação <strong>da</strong> <strong>Maratona</strong> <strong>de</strong> Leitura pela turma<br />
«Foto <strong>de</strong> família» para mais tar<strong>de</strong> recor<strong>da</strong>r<br />
Mensagem <strong>da</strong> professora à turma
<strong>Maratona</strong> <strong>de</strong> Leitura: uma prática concerta<strong>da</strong> entre o CR/BE e o Departamento <strong>de</strong><br />
Línguas, em 2011/2012<br />
Turma: 7ºB<br />
Avaliadora (s): Filipe Loureiro<br />
Data: 3ªF – 15 novembro Hora: 13.35/15.05<br />
Maratonistas Parâmetros <strong>de</strong> avaliação Nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho<br />
Nº Nome<br />
1 Américo Santos<br />
2 Bárbara Teixeira<br />
3 Bruna Silva<br />
4 Catarina Oliveira<br />
5 Daniel Soares<br />
6 Diogo Alves<br />
7 Diogo Pereira<br />
8 Diogo Moreira<br />
9 Fabiana Matos<br />
10 Fábio Fernan<strong>de</strong>s<br />
11 Inês Fonseca<br />
12 Inês Ferreira<br />
13 Laura Sousa<br />
14 Márcia Teixeira<br />
15 Marcos Men<strong>de</strong>s<br />
16 Mª Emília Leitão<br />
17 Miguel Teixeira<br />
18 Miriam Pereira<br />
19 Paula Vieira<br />
20 Ricardo Oliveira<br />
21 Sara Figueiredo<br />
22 Tiago Duarte<br />
23 Vera Pedrosa<br />
24<br />
25<br />
Fluência Expressivi<strong>da</strong><strong>de</strong> Colocação<br />
<strong>de</strong> voz<br />
Respeito<br />
pela<br />
pontuação<br />
Empenho
Outros <strong>da</strong>dos relativos à ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> realiza<strong>da</strong> pela turma 7º B<br />
Avaliação <strong>da</strong> <strong>Maratona</strong> <strong>de</strong> Leitura pela turma<br />
«Foto <strong>de</strong> família» para mais tar<strong>de</strong> recor<strong>da</strong>r<br />
Mensagem <strong>da</strong> professora à turma
<strong>Maratona</strong> <strong>de</strong> Leitura: uma prática concerta<strong>da</strong> entre o CR/BE e o Departamento <strong>de</strong><br />
Línguas, em 2011/2012<br />
Turma: 7º C<br />
Avaliadora (s):Nuno Monteiro<br />
Data:3ªF: 15 novembro Hora:15.15/16.45H<br />
Maratonistas Parâmetros <strong>de</strong> avaliação Nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho<br />
Nº Nome<br />
1 A<strong>de</strong>lai<strong>de</strong> Carvalho<br />
2 Ana Dias<br />
3 Ana Ferreira<br />
4 Ana Leite<br />
5 Bárbara Pinto<br />
6 Bruno Neto<br />
7 Cátia Afonso<br />
8 Filipe Vieira<br />
9 Il<strong>da</strong> Machado<br />
10 Inês Brandão<br />
11 Isabel Silva<br />
12 Jéssica Ramos<br />
13 Mafal<strong>da</strong> Oliveira<br />
14 Miguel Pinto<br />
15 Patrícia Silva<br />
16 Patrícia Martins<br />
17 Paulo Ferreira<br />
18 Pedro Ferreira<br />
19 Raquel Vasconcelos<br />
20 Ruben Fontes<br />
21 Ruben Silva<br />
22 Rui Monteiro<br />
23 Sandra Azevedo<br />
24 Tatiana Pereira<br />
25 Tiago Ramos<br />
26 Tifany Oliveira<br />
27 Verónica Lemos<br />
28 Vítor Santos<br />
Fluência Expressivi<strong>da</strong><strong>de</strong> Colocação<br />
<strong>de</strong> voz<br />
Respeito<br />
pela<br />
pontuação<br />
Empenho
Outros <strong>da</strong>dos relativos à ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> realiza<strong>da</strong> pela turma 7º C<br />
Avaliação <strong>da</strong> <strong>Maratona</strong> <strong>de</strong> Leitura pela turma<br />
«Foto <strong>de</strong> família» para mais tar<strong>de</strong> recor<strong>da</strong>r<br />
Mensagem <strong>da</strong> professora à turma
<strong>Maratona</strong> <strong>de</strong> Leitura: uma prática concerta<strong>da</strong> entre o CR/BE e o Departamento <strong>de</strong><br />
Línguas, em 2011/2012<br />
Turma: 7ºD<br />
Avaliadora (s): Filipe Loureiro<br />
Data: 3ªF: 15 novembro Hora: 11.50/13.20H<br />
Maratonistas Parâmetros <strong>de</strong> avaliação Nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho<br />
Nº Nome<br />
1 Agostinho Coelho<br />
2 Ana Ferreira<br />
3 André Pinto<br />
4 Cláudia Santos<br />
5 Daniel Amorim<br />
6 Diogo Lopes<br />
7 Diogo Moura<br />
8 Diogo Lino<br />
9 Hugo Sousa<br />
10 Inês Ferreira<br />
11 Júlio Dias<br />
12 Luciana Lemos<br />
13 Manuel Dias<br />
14 Marina Pereira<br />
15 Miguel Teixeira<br />
16 Rui Silva<br />
17 Sandra Oliveira<br />
18 Sofia Tavares<br />
19 Sofia Melo<br />
20 Tânia Gonçalves<br />
21 Thaís Pereira<br />
22 Tiago Sousa<br />
23 Tiago Oliveira<br />
24<br />
25<br />
Fluência Expressivi<strong>da</strong><strong>de</strong> Colocação<br />
<strong>de</strong> voz<br />
Respeito<br />
pela<br />
pontuação<br />
Empenho
Outros <strong>da</strong>dos relativos à ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> realiza<strong>da</strong> pela turma 7º D<br />
Avaliação <strong>da</strong> <strong>Maratona</strong> <strong>de</strong> Leitura pela turma<br />
«Foto <strong>de</strong> família» para mais tar<strong>de</strong> recor<strong>da</strong>r<br />
Mensagem <strong>da</strong> professora à turma
<strong>Maratona</strong> <strong>de</strong> Leitura: uma prática concerta<strong>da</strong> entre o CR/BE e o Departamento <strong>de</strong><br />
Línguas, em 2011/2012<br />
Turma: 7ºE<br />
Avaliadora (s): Manuela Neves<br />
Data: 3ªF: 15 Novembro Hora:11.50/13.20H<br />
Maratonistas Parâmetros <strong>de</strong> avaliação Nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho<br />
Nº Nome<br />
1 Ana C. Santos<br />
2 Ana Almei<strong>da</strong><br />
3 Bárbara Silva<br />
4 Daniel Marques<br />
5 Daniela Fernan<strong>de</strong>s<br />
6 Francisco Sousa<br />
7 Márcia Fonseca<br />
8 Mário Oliveira<br />
9 Marta Santos<br />
10 Pedro Correia<br />
11 Qi Qi Ye<br />
12 Ricardo Marques<br />
13 Ricardo Monteiro<br />
14 Rui Almei<strong>da</strong><br />
15 Rui Pinto<br />
16 Rute Ferreira<br />
17 Rute Ribeiro<br />
18 Sandra Oliveira<br />
19 Sérgio Reis<br />
20 Tiago Oliveira<br />
21 Tiago Dias<br />
22 Verónica Ramalho<br />
23 Viviana Santos<br />
24<br />
25<br />
Fluência Expressivi<strong>da</strong><strong>de</strong> Colocação<br />
<strong>de</strong> voz<br />
Respeito<br />
pela<br />
pontuação<br />
Empenho
Outros <strong>da</strong>dos relativos à ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> realiza<strong>da</strong> pela turma 7º E<br />
Avaliação <strong>da</strong> <strong>Maratona</strong> <strong>de</strong> Leitura pela turma<br />
«Foto <strong>de</strong> família» para mais tar<strong>de</strong> recor<strong>da</strong>r<br />
Mensagem <strong>da</strong> professora à turma
Textos para escolha<br />
Ca<strong>da</strong> leitor/a escolhe um texto<br />
Não po<strong>de</strong> haver repetição na<br />
leitura <strong>de</strong> um texto<br />
A leitura efetua<strong>da</strong> é avalia<strong>da</strong> e<br />
a avaliação é integra<strong>da</strong> na<br />
avaliação do/a maratonista, na<br />
disciplina <strong>de</strong> LP.<br />
Sim, po<strong>de</strong>m trazer<br />
convi<strong>da</strong>dos/as para vos ouvi<br />
ler!
Texto 1<br />
Mãe<br />
SALDANHA, Ana (1997). Doçura Amarga. Edinter Jovem.<br />
Come-se mal cá em casa. Mas que hei-<strong>de</strong> eu fazer? Trabalhamos os dois<br />
e, <strong>de</strong> qualquer maneira, o meu forte nunca foi a economia doméstica. A<br />
Bebé, que pertence a esta nova geração <strong>de</strong> obcecados com a saú<strong>de</strong> (é <strong>da</strong><br />
escola que traz estas regras to<strong>da</strong>s sobre como viver até aos cem anos),<br />
está sempre a queixar-se:<br />
- Mamã, comemos <strong>de</strong>masiados fritos… Comemos <strong>de</strong>masia<strong>da</strong>s gorduras<br />
… Não compres refrigerantes… Açúcar no leite? Nem pensar… É claro<br />
que não quero um chupa chupa! ... Eu vou comer flocos integrais com<br />
leite magro.<br />
Envergonha-me, a minha Bebé. Tem doze anos, mas é como se tivesse<br />
sessenta. Apesar <strong>de</strong> que a Gina diz-me que, quando eu não estou em<br />
casa, a Bebé farta-se <strong>de</strong> comer doçarias. E o Gonçalo, habituado àquelas<br />
comi<strong>da</strong>s rurais <strong>da</strong> sua infância! Avisei-o já vezes sem conta:<br />
- Se queres comer à antiga portuguesa, tens <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r a cozinhar<br />
essas relíquias. Eu não tenho culpa <strong>de</strong> ter casado com um rústico.<br />
Quase me apetece trincar a língua quando digo <strong>de</strong>stas coisas assim, tão<br />
impulsivas e tontas.<br />
Tripas à mo<strong>da</strong> do Porto, rojões à minhota, caldo ver<strong>de</strong>, papas <strong>de</strong><br />
sarrabulho, alho assado com batatinhas novas… Também eu gosto<br />
<strong>de</strong>stes pratos genuínos.
Texto 2<br />
Pai<br />
SALDANHA, Ana (1997). Doçura Amarga. Edinter Jovem.<br />
Olho pela janela panorâmica do anfiteatro e vejo um pássaro minúsculo<br />
pousado num ramo oscilante <strong>da</strong> árvore que os jardineiros <strong>da</strong> Câmara<br />
<strong>de</strong>sbastaram há uma semana, porque já me impedia <strong>de</strong> abrir a janela no<br />
meu gabinete. Pássaro, árvore… não sei os nomes que lhes são próprios;<br />
eu, um rapaz <strong>da</strong> al<strong>de</strong>ia, uso pássaro, árvore, flor, pedra para <strong>de</strong>signar<br />
centenas <strong>de</strong> manifestações diferentes <strong>de</strong> pedra, pássaro, árvore e flor.<br />
Digo à Cíntia: - Vamos num instante à pastelaria comprar uns rissóis – e<br />
lembro-me <strong>da</strong> sopa <strong>de</strong> feijões e couves que a avó fazia num gran<strong>de</strong><br />
panelão e durava uma semana.<br />
A minha mulher acordou-me esta madruga<strong>da</strong> para me perguntar o que<br />
tínhamos comido ontem à noite. A Lolita passou a noite a ir á casa <strong>de</strong><br />
banho. Bem sei, já há uma semana que é assim. Deve an<strong>da</strong>r preocupa<strong>da</strong><br />
com alguma coisa. Não sei se…<br />
Tive <strong>de</strong> sorrir com ar entendido ao conferencista que olhava para mim<br />
como a pedir-me perdão pela estafa – ou a <strong>de</strong>safiar-me a estar atento.<br />
Finalmente. A sentença que nos liberta a todos, pronuncia<strong>da</strong> por um<br />
colega.<br />
Gostaria <strong>de</strong>, em meu nome e em nome <strong>da</strong> universi<strong>da</strong><strong>de</strong>, agra<strong>de</strong>cer ao<br />
nosso distinto convi<strong>da</strong>do esta hora que passou tão rapi<strong>da</strong>mente, cheia<br />
<strong>de</strong> erudição e <strong>de</strong> humor…
Texto 3<br />
Namorado<br />
SALDANHA, Ana (1997). Doçura Amarga. Edinter Jovem.<br />
Começou a disparatar. Eu já estou habituado, a Loló não tem um feitio<br />
fácil; mas hoje foi <strong>de</strong> mais. (…) Começou a disparatar, to<strong>da</strong> agressiva:<br />
- Que foi? Nunca viste? Pra que estás a olhar assim para mim?<br />
Claro, respondi-lhe á letra:<br />
- Nunca te vi, não. Assim, pelo menos, nunca te vi. Para que vens com<br />
esse impermeável, todo abotoado?<br />
Desatou a insultar-me. Não é novi<strong>da</strong><strong>de</strong>, às vezes chamamos nomes un ao<br />
outro, nomes inventados, que soam a insulto; mas a brincar:<br />
- Seu parlapatipo inoculante! Seu incolobrício esparítico!<br />
-Sua maniculínica obsídica! Infalótica colíbrica.<br />
Coisas assim, um bocado infantis. É só para passar o tempo. Se alguém<br />
nos ouvisse, havia <strong>de</strong> julgar que éramos tolos, ou umas crianças<br />
atrasa<strong>da</strong>s.<br />
Mas ontem não foi a brincar. A Loló falava-me com duas pedras na mão,<br />
como se eu lhe tivesse pregado alguma parti<strong>da</strong>:<br />
-Estou farta <strong>de</strong> ti, farta! És um parvalhão.
Texto 4<br />
Nos médicos. Público e privado.<br />
SALDANHA, Ana (1997). Doçura Amarga. Edinter Jovem.<br />
Quando a Loló regressou, o médico enfiou na amostra <strong>de</strong> urina a ponta<br />
amarela <strong>de</strong> uma tira, que rapi<strong>da</strong>mente ficou ver<strong>de</strong> escura. O médico<br />
nem precisou <strong>de</strong> comparar a cor que apareceu na fita com a escala-<br />
padrão. Tirou <strong>da</strong> gaveta <strong>da</strong> sua secretária <strong>de</strong> metal cinzento, com a tinta<br />
a <strong>de</strong>scascar, uma espécie <strong>de</strong> caneta, com que picou o <strong>de</strong>do <strong>da</strong> Loló para<br />
extrair uma quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> mínima <strong>de</strong> sangue, que <strong>de</strong>positou numa lamela<br />
acopla<strong>da</strong> a uma pequena máquina electrónica. Tentou uma, duas, três<br />
vezes, mas a máquina estava avaria<strong>da</strong>.<br />
- Vais parecer a Bela Adormeci<strong>da</strong>, com tantas pica<strong>da</strong>s no <strong>de</strong>do. Tens<br />
Príncipe Encantado?<br />
A Loló sorriu, disse que sim, que tinha um príncipe estu<strong>da</strong>nte <strong>de</strong><br />
Medicina.<br />
O médico olhou para a Loló com uma expressão séria mas afável. Todos<br />
os vestígios <strong>da</strong> atitu<strong>de</strong> jocosa do início se tinham <strong>de</strong>svanecido, coo a<br />
cama<strong>da</strong> exterior <strong>de</strong> chocolate <strong>de</strong> um gelado comido à pressa:<br />
- Mesmo sem o teste ao sangue, já te poso dizer o que se passa. És<br />
diabética, Maria <strong>da</strong> Glória. Po<strong>de</strong>s dizer ao teu príncipe que tem uma Bela<br />
Acor<strong>da</strong><strong>da</strong> com uma doença muito séria.
Texto 5<br />
A pesca<br />
HEMINGWAY, Ernest (2002). O velho e o mar. Lisboa. Edição livros do<br />
Brasil.<br />
O velho era magro e seco, com profun<strong>da</strong>s rugas na parte <strong>de</strong> trás do<br />
pescoço. As manchas castanhas <strong>de</strong> benigno cancro <strong>da</strong> pele que o sol<br />
provoca ao reflectir-se no mar dos trópicos viam-se-lhe no rosto. As<br />
manchas iam pelos lados <strong>da</strong> cara abaixo, e as mãos <strong>de</strong>le tinham<br />
cicatrizes profun<strong>da</strong>mente sulca<strong>da</strong>s, eu o manejo <strong>da</strong>s linhas com peixe<br />
graúdo dá. Mas nenhuma <strong>de</strong>stas cicatrizes era recente. Eram antigas<br />
como erosões num <strong>de</strong>serto sem peixes.<br />
Tudo nele e <strong>de</strong>le era velho, menos os olhos, que eram <strong>da</strong> cor do mar e<br />
alegres e não vencidos.<br />
- Santiago – disse o rapaz, ao virem <strong>da</strong> praia para on<strong>de</strong> fora alado o<br />
esquife. - Posso tornar a ir contigo. Já ganhámos algum dinheiro.<br />
O velho ensinara o rapaz a pescar e o rapaz gostava muito <strong>de</strong>le.<br />
- Não – respon<strong>de</strong>u o velho. An<strong>da</strong>s num barco <strong>de</strong> sorte. Fica com eles.<br />
- Mas lembra-te <strong>de</strong> como saíste oitenta e sete dias sem peixe, e <strong>de</strong>pois<br />
apanhaste só gran<strong>de</strong>s, todos os dias, três semanas a fio.<br />
Lembro – disse o velho. Bem sei que não me <strong>de</strong>ixaste por duvi<strong>da</strong>res.<br />
-Foi o papá que me mandou. Sou um rapaz pequeno e tenho <strong>de</strong> lhe<br />
obe<strong>de</strong>cer.<br />
-Bem sei – disse o velho. – É assim mesmo.
Texto 6<br />
O velho pirata<br />
STEVENSON, Robert Louis (1995). A Ilha do Tesouro. Relógio D’Água<br />
O fi<strong>da</strong>lgo Sr. Trelawney, o Dr. Livesey e os outros cavalheiros pediram-<br />
me que registasse, preto no branco, todos os pormenores a respeito <strong>da</strong><br />
Ilha do Tesouro, tudo <strong>de</strong> cabo a rabo, omitindo, porém, os elementos<br />
relativos à situação geográfica <strong>da</strong> ilha, porque permanece lá, ain<strong>da</strong>, uma<br />
parte do tesouro que ficou por <strong>de</strong>senterrar. Por isso, no ano <strong>da</strong> graça<br />
<strong>de</strong>…, peguei na pena e recuei no tempo até à altura em que, estando o<br />
meu pai à frente <strong>da</strong> estalagem do «Almirante Benbow», se foi instalar<br />
<strong>de</strong>baixo do nosso tecto o velho marinheiro que, no rosto curtido pelo<br />
sol, ostentava a cicatriz duma sabra<strong>da</strong>.<br />
Recordo, como se fosse ontem, a maneira como se arrastou, lenta e<br />
penosamente, para a porta <strong>da</strong> estalagem, seguido <strong>da</strong> arca <strong>de</strong><br />
marinheiro, que vinha num carrinho <strong>de</strong> mão. Alto forte, pesadão, pele<br />
acastanha<strong>da</strong>, o rabicho do cabelo negro e pegajoso caía-lhe nos ombros<br />
<strong>de</strong> um casaco azul porquíssimo. Tinha nas mãos calosas e cheias <strong>de</strong><br />
cicatrizes, as unhas pretas e racha<strong>da</strong>s. O gilvaz que lhe atravessava uma<br />
<strong>da</strong>s faces, era <strong>de</strong> um branco lívido e sujo. Lembro-me do modo como se<br />
pôs a observar a ensea<strong>da</strong> em redor, e como, ao fazê-lo, assobiou para si<br />
mesmo.
Texto 7<br />
O velho pirata (continuação do texto 5)<br />
STEVENSON, Robert Louis (1995). A Ilha do Tesouro. Relógio D’Água<br />
O que mais aterrorizava os circunstantes era as histórias que contava –<br />
histórias pavorosas <strong>de</strong> enforcamentos; <strong>de</strong> pessoas que obrigavam a<br />
caminhar, <strong>de</strong> nãos ata<strong>da</strong>s e olhos ven<strong>da</strong>dos, numa prancha suspensa<br />
sobre o mar, on<strong>de</strong> acabavam por cair; <strong>de</strong> tempesta<strong>de</strong>s e selvajarias<br />
perpetra<strong>da</strong>s nas Caraíbas e noutras paragens sinistras. A <strong>da</strong>r crédito ao<br />
que narrava, não havia dúvi<strong>da</strong> que <strong>de</strong>via ter convivido com a gente mais<br />
cruel que até então sulcara os oceanos. A própria linguagem que<br />
empregava infundia quase tanto horror à gente simplória <strong>da</strong> região com<br />
os crimes que <strong>de</strong>screvia.<br />
O meu pai repetia, constantemente, que em breve a estalagem teria <strong>de</strong><br />
abrir falência, pois não tar<strong>da</strong>ria muito que os clientes não pusessem lá<br />
mais os pés. Ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, ver<strong>da</strong>dinha, saíam <strong>da</strong> estalagem para a cama<br />
perfeitamente arrasados, oprimidos, com os <strong>de</strong>ntes a chocalhar.<br />
To<strong>da</strong>via, quando lembro o que se passou, acho que a presença <strong>de</strong>le até<br />
nos era benéfica. É claro que, no momento, as pessoas ficavam<br />
aterroriza<strong>da</strong>s, mas ao evocarem o que se passara, auferiam um certo<br />
prazer. Naquela pachorrenta vi<strong>da</strong> provinciana, aquilo era terrivelmente<br />
excitante. Alguns jovens chegavam a afirmar que o admiravam.<br />
Chamavam-lhe «ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro lobo-do-mar», ou «autêntico marujo <strong>da</strong><br />
velha guar<strong>da</strong>» , e outras coisas <strong>de</strong> igual jaez.
Texto 8<br />
Uma Página do Diário <strong>de</strong> Anne Frank<br />
Frank, Anne (s/<strong>da</strong>ta), Diário <strong>de</strong> Anne Frank. Lisboa. Edição «Livros do<br />
Brasil»<br />
Domingo, 14 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1942<br />
Na sexta-feira acor<strong>de</strong>i às cinco horas. Não era <strong>de</strong> admirar, pois fazia<br />
anos; mas não queriam que eu me levantasse tão cedo e tive <strong>de</strong> dominar<br />
a minha curiosi<strong>da</strong><strong>de</strong> até às sete menos um quarto. Depois não pu<strong>de</strong><br />
mais. Corri para a sala <strong>de</strong> jantar, on<strong>de</strong> o Mohrchen, o nosso gatinho, me<br />
cumprimentou com gran<strong>de</strong>s festas. Depois <strong>da</strong>s sete fui ter com os meus<br />
pais e com eles entrei na sala <strong>de</strong> estar, para <strong>de</strong>sembrulhar e ver as<br />
minhas pren<strong>da</strong>s. Foi a ti, meu diário, que vi em primeiro lugar, e eras<br />
sem dúvi<strong>da</strong>, a pren<strong>da</strong> mais bonita. Tive um ramo <strong>de</strong> rosas, um cacto,<br />
algumas begónias. Eram as primeiras pren<strong>da</strong>s <strong>de</strong> flores, mas, <strong>de</strong>pois,<br />
recebi muitas mais. O pai e a mãe <strong>de</strong>ram-me muitas coisas e os amigos<br />
também me estragaram com mimos. (…) Estupendo!<br />
Depois veio Lies buscar-me e fomos para a escola. Primeiro ofereci<br />
rebuçados aos professores e aos colegas e <strong>de</strong>pois começámos a<br />
trabalhar.<br />
Por hoje vou terminar.<br />
Estou tão contente por te ter a ti!
Texto 9<br />
Outra Página do Diário <strong>de</strong> Anne Frank<br />
Frank, Anne (s/<strong>da</strong>ta), Diário <strong>de</strong> Anne Frank. Lisboa. Edição «Livros do<br />
Brasil»<br />
Queri<strong>da</strong> Kitty:<br />
Sábado, 25 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 1943<br />
Hoje, primeiro dia <strong>de</strong> Natal, tenho <strong>de</strong> pensar constantemente no Pim e<br />
naquilo que ele me contou, o ano passado, do seu primeiro gran<strong>de</strong><br />
amor. Nessa altura não penetrei tão bem como hoje o significado <strong>da</strong>s<br />
suas palavras. Oh! Se ele me falasse outra vez naquilo, mostrar-lhe-ia<br />
que agora o compreendo.<br />
Creio que o Pim, que tantos segredos conhece dos outros, precisou <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>sabafar, pelo menos uma vez; pois o Pim não costuma falar <strong>de</strong> si e<br />
suponho que nem a Margot suspeita do que ele sofreu.<br />
Pobre Pim, a mim não engana ele, eu sei que ain<strong>da</strong> não se pô<strong>de</strong><br />
esquecer! Nunca se po<strong>de</strong>rá esquecer. É uma pessoa equilibra<strong>da</strong>. Oxalá<br />
eu seja pareci<strong>da</strong> com ele, mas sem precisar <strong>de</strong> passar pelo que ele<br />
passou.<br />
Tua Anne
Texto 10<br />
Ain<strong>da</strong> Outra Página do Diário <strong>de</strong> Anne Frank<br />
Frank, Anne (s/<strong>da</strong>ta), Diário <strong>de</strong> Anne Frank. Lisboa. Edição «Livros do<br />
Brasil»<br />
Queri<strong>da</strong> Kitty<br />
Sexta-feira, 21 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 1944<br />
(…) Hittler teve a amabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicar ao seu povo <strong>de</strong>dicado que<br />
os militares, <strong>de</strong> hoje e diante, terão <strong>de</strong> obe<strong>de</strong>cer à Gestapo e qualquer<br />
sol<strong>da</strong>do, se souber que um seu superior esteve implicado neste atentado<br />
tão cobar<strong>de</strong> e tão baixo, po<strong>de</strong>rá meter-lhe, sem cerimónias, uma bala na<br />
cabeça.<br />
Vai ser bonito. Imagina: ao Hans Dampf doem-lhe os pés <strong>de</strong> tanto<br />
marchar; o seu superior, o chefe dá-lhe um raspanete. O Hans pega na<br />
espingar<strong>da</strong> e grita:<br />
- Tu quiseste matar o nosso Führer, toma a recompensa.<br />
Pum! O orgulhoso chefe que se atreveu a censurar o pequeno sol<strong>da</strong>do,<br />
foi <strong>de</strong>spachado para a vi<strong>da</strong> eterna (ou será para a morte eterna?). O<br />
resultado vai ser este: os senhores oficiais vão an<strong>da</strong>r sempre com as<br />
cuecas sujas <strong>de</strong> tanto medo e não se atreverão mais a dizer seja o que<br />
for a um simples sol<strong>da</strong>do.<br />
Compreen<strong>de</strong>s tudo? Ou gaguejei eu ao escrever? Se assim for não há<br />
na<strong>da</strong> a fazer, pois estou contente <strong>de</strong> mais para observar a lógica,<br />
contente, contente por ter esperanças <strong>de</strong> que em Outubro estarei, <strong>de</strong><br />
novo, senta<strong>da</strong> nos bancos <strong>da</strong> escola.
Texto 11<br />
Transportados em vagões <strong>de</strong> gado<br />
LINDWER, Willy (1999). Os últimos sete meses <strong>de</strong> Anne Frank. Lisboa.<br />
Edição «Livros Do Brasil»<br />
Fomos transportados em vagões <strong>de</strong> gado, através <strong>de</strong> pequenas etapas.<br />
Não tar<strong>de</strong>i a <strong>de</strong>preen<strong>de</strong>r que seguíssemos para a Polónia.<br />
As pessoas faziam as suas necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s diante <strong>de</strong> todos, o que resultava<br />
muito embaraçoso. Achava-se connosco um polaco chamado Loew, cuja<br />
estatura eleva<strong>da</strong> lhe permitia espreitar pela abertura gra<strong>de</strong>a<strong>da</strong> e<br />
observar o caminho percorrido. Um dia, reconheceu a sua al<strong>de</strong>ia, o que<br />
revelou que nos aproximávamos <strong>de</strong> Auschwitz.<br />
À nossa chega<strong>da</strong>, os acontecimentos precipitaram-se. Eu perdia a noção<br />
do bem e do mal. Os homens, pessoas idosas, jovens mães e respectivos<br />
filhos foram separados <strong>de</strong> nós. Conduziram-nos a uma pequena sala,<br />
on<strong>de</strong> estavam senta<strong>da</strong>s em longos bancos numerosas mulheres.<br />
Tínhamos <strong>de</strong> expor o braço esquerdo para sermos tatuados.<br />
Matricularam-me com o número 88 410.<br />
Obrigaram-nos a abrir a boca para inventariar as coroas <strong>de</strong> ouro e o<br />
chumbo <strong>da</strong>s obturações; uma situação insólita, aviltante. Eu sentia-me<br />
reduzi<strong>da</strong> ao estado <strong>de</strong> animal.
Texto 12<br />
A vi<strong>da</strong> em família<br />
MAGALHÃES, Álvaro (1997). O Assassino leitor. Porto. Edições ASA<br />
- Baixa o som <strong>da</strong> televisão! – or<strong>de</strong>nou-lhe o pai. – Não vês que eu estou a<br />
telefonar?<br />
-Ó pai, o que é um protesto hiperbólico <strong>de</strong> veneração?<br />
- Um quê? Põe a televisão mais baixa, não ouves? O Jorge não ouviu mas<br />
lembrou-se <strong>de</strong> <strong>de</strong>scansar os ouvidos; <strong>de</strong>sligou o walkman e accionou o<br />
comando <strong>da</strong> televisão.<br />
-Ó pai! Não ouves? O que é um protesto hiperbólico <strong>de</strong> veneração?<br />
O pai pousou o telefone e veio ver o que se passava.<br />
- Um quê? – repetiu ele a olhar para a televisão? – Maldita televisão!<br />
Agora só dá porcarias <strong>de</strong>ssas…<br />
-É no livro, pai. Vem no livro. O que quer dizer?<br />
- O que quer dizer o quê?<br />
- Protesto hiperbólico <strong>de</strong> veneração! És mouco? E voluptuosa titilação? O<br />
que é isso?<br />
-É… o quê? O que é que tu disseste?<br />
- Voluptuosa titilação. O que é?<br />
- É… é… voluptuosa quê?<br />
- E o que quer dizer precatado? E tonsura? O que é tonsura?<br />
- O quê? O quê? Dá cá esse livro, e já. Tonsura? Que é isso? Que raio <strong>de</strong><br />
livro é esse?<br />
-É dum escritor que a profe <strong>de</strong> Português adora. Estou a ler por causa<br />
disso, é para Português, é trabalho <strong>de</strong> casa. E que trabalho! ...Havias <strong>de</strong><br />
ser tu a ler…
Texto 13<br />
O Clube dos Livros Secretos<br />
MAGALHÃES, Álvaro (1997). O Assassino leitor. Porto. Edições ASA<br />
A Marta estava senta<strong>da</strong> no meio com um livro na mão. A Marta estava<br />
senta<strong>da</strong> no meio com um livro na mão. E lia em voz alta:<br />
«Fidélia abriu os braços e recebeu Alexandre no peito. Tinha lágrimas<br />
nos olhos mas nunca se sentira tão feliz.<br />
- Amo-te – disse ele com os lábios quase colados aos <strong>de</strong>la. Ela não teve<br />
tempo para respon<strong>de</strong>r. Beijaram-se apaixona<strong>da</strong>mente.»<br />
A Marta calou-se. Depois fechou o livro e as raparigas suspiraram<br />
profun<strong>da</strong>mente. Uma <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> vez e quase sempre <strong>de</strong> olhos fechados.<br />
-Espectacular! – disse por fim uma <strong>de</strong>las, a mais pequena.<br />
- Lê outra vez o fim – pediu a outra – An<strong>da</strong> lá!<br />
E Marta voltou a ler os três últimos parágrafos com to<strong>da</strong> a ente em<br />
silêncio, a ouvir recolhi<strong>da</strong>mente, mesmo a rapariga que tinha chegado<br />
atrasa<strong>da</strong> e já se juntara às outras, na rodinha. Além <strong>da</strong> voz <strong>da</strong> Marta, não<br />
se ouvia mais na<strong>da</strong>, já que na<strong>da</strong> mexia, só as teias <strong>de</strong> aranha que<br />
balançavam na corrente <strong>de</strong> ar como re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> dormir.<br />
-Espectacular! – repetiu a mais pequena.<br />
-Foi dos melhores – disse a outra. – Só não gostei que ele casasse com a<br />
Fidélia. A outra gostava mais <strong>de</strong>le e sacrificou-se e foi presa por causa<br />
<strong>de</strong>le.
Texto 14<br />
Violetas<br />
MOTA, António (2002). A Casa <strong>da</strong>s Bengalas. Gaia. GAILIVRO<br />
- O pai precisa <strong>de</strong> alguma coisa?<br />
- Não, tenho aqui tudo! Quer dizer… eu gostava que o meu neto me<br />
fizesse um gran<strong>de</strong> favor. Mas não é coisa urgente.<br />
- O que é, avô?<br />
- Quando viesses cá, passavas pelo meu quintal e… arrancavas uns<br />
pezinhos <strong>de</strong> violetas, tu sabes on<strong>de</strong> é que elas estão?<br />
- Sei.<br />
-Então passas por lá e arrancas as violetas. É que há aí fora um jardim e<br />
as violetas ficavam lá bem. Fazes-me esse favor, Tião?<br />
- Não me custa na<strong>da</strong>, avô!<br />
Minha mãe sorriu.<br />
Na próxima visita ao lar, hei-<strong>de</strong> levar-lhe to<strong>da</strong>s as violetas do quintal. E<br />
quando estiver a arrancá-las certamente recor<strong>da</strong>rei mais uma vez aquela<br />
frase bonita que o velho um dia e ensinou:<br />
«As violetas avisam os homens que estamos aqui <strong>de</strong> passagem, mas isso<br />
não impe<strong>de</strong> que cheiremos bem enquanto por cá caminharmos».<br />
Vilarelho, 1 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 1994
Texto 15<br />
Tu vais ver, mulher, tu vais ver!<br />
MOTA, António (2003). O Rapaz <strong>de</strong> Louredo. Gaia. GAILIVRO<br />
O pai tem vindo a Louredo passar os fins-<strong>de</strong>-semana. Chega a casa às<br />
sextas-feiras <strong>de</strong> noite, quando já estamos a dormir. O sábado passa <strong>de</strong><br />
repente. E no domingo, a meio <strong>da</strong> tar<strong>de</strong>, lá se vai embora.<br />
Mas an<strong>da</strong> satisfeito, diz que o trabalho <strong>da</strong> fábrica não é muito ruim. Por<br />
ora está a dormir em casa do Oliveira, mas não há-<strong>de</strong> ser por mito<br />
tempo. Foi o que ele disse.<br />
A mãe não acredita, acha que ele está muito bem na companhia do<br />
Oliveira e <strong>da</strong> família, gente conheci<strong>da</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> há muitos anos:<br />
O pai torce o nariz. Costuma dizer:<br />
- Não, mulher, eu hei-<strong>de</strong> arranjar um buraquito para a gente se meter lá<br />
<strong>de</strong>ntro. Assim não estamos bem. Eu gosto <strong>de</strong> ter a minha família junto<br />
<strong>de</strong> mim todos os dias e to<strong>da</strong>s as horas. Nem sabes as sau<strong>da</strong><strong>de</strong>s que eu<br />
passo lá, nem sabes! …<br />
- Não faças coisas no ar! – farta-se <strong>de</strong> recomen<strong>da</strong>r a mãe.<br />
- Tu vais ver, mulher, tu vais ver! – diz o pai, cheio <strong>de</strong> confiança.<br />
Se sairmos <strong>de</strong> Louredo, como vai ser? Como é S. Mame<strong>de</strong> <strong>de</strong> Infesta?<br />
Vamos morar para um arranha-céus, <strong>da</strong>queles com trinta an<strong>da</strong>res? E o<br />
avô Pedro? E o Adrianinho? E a cabra?
Texto 16<br />
Pois é…<br />
MOTA, António (2005). Cortei as tranças. Gaia. GAILIVRO<br />
- Pois é… Eu nem sei como vou arranjar coragem para começar a falar<br />
contigo … mas tem <strong>de</strong> ser… E eu gostava que fosses a primeira a sabê-<br />
lo…<br />
Eu comecei a brincar:<br />
-Ui, que gran<strong>de</strong>s mistérios! Não me diga que lhe saiu o totoloto?<br />
Desembuche, mulher!<br />
- Acho que me vou casar…<br />
Ri-me:<br />
- Acha, ou tem a certeza?!<br />
- Não! Tenho a certeza!<br />
-Não me diga! E quem é o príncipe encantado!<br />
-O teu pai.<br />
-Como?<br />
-Sim, o teu pai. Vamo-nos casar.<br />
Suspirei fundo, surpreendi<strong>da</strong>.<br />
-Não dizes na<strong>da</strong>?<br />
-Não! Que é que hei-<strong>de</strong> dizer?!<br />
-Mas… achas bem?<br />
Fiquei cala<strong>da</strong> um ror <strong>de</strong> tempo.<br />
-Não sei o que sinto… Não contava. Acho que… bem… mas…
Texto 17 (continuação do texto 16)<br />
Pois é…<br />
MOTA, António (2005). Cortei as tranças. Gaia. GAILIVRO<br />
- Compreendo perfeitamente o que estás a sentir neste momento. Vai<br />
para casa e fala com o teu pai. E não dramatizes, porque não vale a<br />
pena.<br />
Quando entrei em casa, falei com o Miguel. Ele ficou calado e com os<br />
olhos fechados. Depois disse:<br />
- Acho que sim. E para ti é bom, já não precisas <strong>de</strong> cozinhar tantas vezes.<br />
Muito bem, muito bem!<br />
-Não brinques!<br />
- Não estou a brincar, acho muito bem! E tu não dizes na<strong>da</strong>?<br />
-Não… Não… Ain<strong>da</strong> estou a habituar-me à i<strong>de</strong>ia.<br />
-Então habitua-te o mais <strong>de</strong>pressa possível e não te ponhas a fazer fitas.<br />
Respeitemos a <strong>de</strong>cisão do pai e <strong>da</strong> tia Zulmira.<br />
Confesso que nessa noite custou-me a adormecer.<br />
Queria oferecer aos noivos um presente muito bonito, qualquer coisa eu<br />
fosse muito especial e… que não custasse muito dinheiro!
Texto 18<br />
Reportagem nos jornais<br />
MEIRELES, Ana (2000). O mistério dos cães <strong>de</strong>saparecidos. Verbo<br />
O dia seguinte amanheceu sorrindo. As janelas abriram-se e mariana<br />
acordou ao som <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as meninas e meninos <strong>de</strong> Vila Flor, arrastando<br />
para a rua os seus brinquedos e velozes bicicletas.<br />
A Avó e o Cão entraram sorri<strong>de</strong>ntes no quarto e entregaram-lhe o jornal<br />
Fora – <strong>de</strong> - Horas, o melhor matutino do país. Mesmo ali, na primeira<br />
página, estava uma lin<strong>da</strong> fotografia <strong>de</strong> Mariana, Melodia e Cão. A notícia<br />
começava assim:<br />
DUAS MIÚDAS E UM CÃO<br />
NUMA AVENTURA DOS DIABOS<br />
Repórter Fulgêncio
Texto 19<br />
O Segredo<br />
CASTRIM, Mário. Histórias com juízo. Lisboa. Plátano Editora<br />
As mesas sempre tiveram quatro pernas e <strong>da</strong>vam-se muito bem com o sistema. Mas<br />
os tempos são outros. Tudo quer ser melhor, tudo quer ser diferente.<br />
Certa mesa pôs a quarta perna fora e ficou só com três.<br />
As velhas mesas riram mas não disseram na<strong>da</strong>.<br />
Vai outra mesa e disse com os seus botões:<br />
- Quem po<strong>de</strong> viver sem uma, po<strong>de</strong> viver sem duas. E até, bem vistas as coisas, uma<br />
perna po<strong>de</strong> ser o bastante. As velhas agora foram aos arames:<br />
- Parece impossível, tantos mo<strong>de</strong>rnismos!<br />
- Isto é uma mesa do Coliseu!<br />
-Já não há respeito, não há na<strong>da</strong>!<br />
Pois sim. O pior ain<strong>da</strong> estava para acontecer.<br />
Foi a irmã mais ova que um dia, em mais nem menos, ao voltar <strong>da</strong> escola, apareceu<br />
sem nenhuma perna. A questão é que se mantinha <strong>de</strong> pé e fazia o serviço como as<br />
outras.<br />
-Olha lá, perguntei-lhe eu – como é que estás <strong>de</strong> pé sem teres pés?<br />
Ela piscou-me o olho:<br />
- É segredo. As velhotas estão <strong>da</strong>na<strong>da</strong>s…<br />
- Diz lá…<br />
- Juras que não dizes a ninguém?<br />
- Juro.<br />
E disse-me. Claro que vocês também gostavam <strong>de</strong> saber. Mas paciência.<br />
Segredo é segredo.
Texto 20<br />
Folha <strong>de</strong> um diário<br />
FILIPOVIC, Zlata (1994). O Diário <strong>de</strong> Zlata. Lisboa. Círculo <strong>de</strong> Leitores<br />
Dear Mimmy<br />
6ª Feira, 6 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 1993<br />
Estes jornalistas perturbam-me <strong>de</strong> tal maneira que me esqueci <strong>de</strong> te<br />
dizer que a escola acabou (a 4 <strong>de</strong> Julho). Acabei o 3º ano. Foi um ano<br />
escolar <strong>de</strong> guerra.<br />
Ontem, a Mirna dormiu cá em casa. Não houve bombar<strong>de</strong>amentos, mas<br />
não há electrici<strong>da</strong><strong>de</strong> nem água. Mas HÁ GÁS! YESS!<br />
O gás voltou há bocado, às 16 horas. São agora 19.40 e ain<strong>da</strong> há. Quanto<br />
à electrici<strong>da</strong><strong>de</strong>, há LONG LONG TIME que não há. Três meses sem<br />
electrici<strong>da</strong><strong>de</strong>, sem água e sem pão.<br />
Tenta imaginar, Mimmy, o que temos <strong>de</strong> fazer para resolver a situação.<br />
Ca<strong>da</strong> dia que passa é difícil. As velas, as lamparinas substituíram as<br />
lâmpa<strong>da</strong>s eléctricas, temos <strong>de</strong> ir buscar água, um pequeno fogareiro a<br />
lenha 8que lenha?) substitui o fogão <strong>de</strong> cozinha. E o pão? … É o gran<strong>de</strong><br />
problema. A farinha só se compra com divisas. E para cozer a massa é<br />
preciso <strong>da</strong>r a volta ao bairro inteiro para encontrar um forno livre.<br />
Agitamo-nos, fazemos tudo à pressa, precipitamo-nos – é o pânico <strong>de</strong><br />
manhã à noite.<br />
Imaginas, Mimmy, o que é, em pleno mês <strong>de</strong> Agosto, acen<strong>de</strong>r o lume?<br />
Zlata.
Texto 21<br />
Outra folha <strong>de</strong> um diário<br />
FILIPOVIC, Zlata (1994). O Diário <strong>de</strong> Zlata. Lisboa. Círculo <strong>de</strong> Leitores<br />
Dear Mimmy<br />
5ª Feira, 14 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1993<br />
Dir-se-ia que os loucos <strong>da</strong>s colinas leram o que eu escrevi ontem a<br />
propósito dos bombar<strong>de</strong>amentos. Querem provar-me que continuam lá.<br />
Hoje bombar<strong>de</strong>aram. Caíram obuses perto do mercado e não sabemos<br />
na<strong>da</strong> do avô e <strong>da</strong> avó. Coitados. Estes doidos não só roubaram a minha<br />
infância e <strong>da</strong>s outras crianças, roubaram também a velhice tranquila do<br />
meu avô, <strong>da</strong> minha avó e <strong>da</strong>s outras pessoas velhas. Impe<strong>de</strong> que vivam<br />
em paz o tempo que lhes resta <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>. Também tinham que estragar<br />
isto.<br />
Hoje não fui à escola nem às aulas <strong>de</strong> música. Man<strong>da</strong>ram-nos embora,<br />
portanto vou ter <strong>de</strong> passar todo o dia em casa a ler, a tocar piano ou a<br />
visitar a Neyra e o Haris. Hoje <strong>de</strong>via ir a casa <strong>da</strong> Mirna; também esse<br />
prazer eles me estragaram.<br />
Ain<strong>da</strong> não te disse, Mimmy, que vais <strong>da</strong>r a volta ao mundo. Vão publicar-<br />
te em todo o mundo. Dei-te para que tu contes ao mundo o que eu te<br />
contei a ti. Falei-te <strong>da</strong> guerra, <strong>de</strong> mim, <strong>de</strong> Sarayevo na guerra, e o mundo<br />
quer <strong>de</strong>scobrir isso através <strong>da</strong>s nossas linhas. Disse-te o que sentia, o<br />
que via e ouvia; agora, as pessoas fora <strong>de</strong> Sarayevo sabê-lo-ão também.<br />
Boa viagem na tua volta ao mundo, Mimmy.<br />
A tua Zlata
Texto 22<br />
Um tesouro para este Natal<br />
AMNISTIA INTERNACIONAL PORTUGAL.OS DIREITOS HUMANOS SÃO O<br />
NOSSO TESOURO. Lisboa. Dezembro 2010<br />
O Senhor Silva entrou, olhando por cima do ombro, num aloja <strong>de</strong><br />
penhores. Trazia consigo um saco consi<strong>de</strong>ravelmente cheio.<br />
A campainha pendura<strong>da</strong> no topo <strong>da</strong> porta agitou-se e chamou à atenção<br />
do dono <strong>da</strong> loja que, com um monóculo e à luz incisiva <strong>de</strong> um pequeno<br />
can<strong>de</strong>eiro, examinava uma peça <strong>de</strong> relojoaria.<br />
Levantou a cabeça e disse.<br />
- Muito boa tar<strong>de</strong>! Então o que o traz por cá?<br />
- A crise, meu amigo, a crise – retorquiu o Senhor Silva.<br />
Com um sorriso <strong>de</strong> falsa complacência, com os olhos a brilhar <strong>de</strong><br />
avareza, perguntou:<br />
- Então e o que traz aí nesse saco? – Apontando com o queixo.<br />
Pesaroso, o senhor Silva pousou o saco, entreabriu-o e metendo a mão<br />
no seu interior começou a retirar as peças uma a uma e <strong>de</strong>screvendo-as:<br />
- Ora, aqui tenho esta preciosi<strong>da</strong><strong>de</strong>: são os meus Direitos Civis e<br />
Políticos. Her<strong>de</strong>i-os dos meus avós. Eles conquistaram o direito a votar, a<br />
manifestarem-se, a livremente expressarem a sua opinião, a associarem-<br />
se <strong>de</strong> forma organiza<strong>da</strong>. Usaram-nos muitas vezes. Aliás, nota-se Já viu<br />
aqui? Está um pouco gasto! Mas não per<strong>de</strong>ram em na<strong>da</strong> o seu valor. São<br />
umas preciosi<strong>da</strong><strong>de</strong>s. O homem dos penhores esteva sem reacção. A sua<br />
expressão era um misto <strong>de</strong> <strong>de</strong>slumbre perante tamanho tesouro e <strong>de</strong><br />
espanto por vê-lo à ven<strong>da</strong>.
Texto 23 (continuação do texto 22)<br />
Um tesouro para este Natal<br />
AMNISTIA INTERNACIONAL PORTUGAL OS DIREITOS HUMANOS SÃO O<br />
NOSSO TESOURO. Lisboa. Dezembro 2010<br />
O senhor Silva colocou novamente a mão no saco e retirou outro<br />
tesouro, dizendo:<br />
-Estes, her<strong>de</strong>i-os dos meus pais. São os meus Direitos Económicos,<br />
Sociais e Culturais.<br />
A expressão do homem dos penhores a<strong>de</strong>nsou-se.<br />
-Custa-me muito penhorar estes, tal como os outros. Mas, isto não está<br />
fácil. Preciso <strong>de</strong> comer e tanta vez, perto do fim do mês, já não tenho<br />
como – acrescentou o Senhor Silva olhando para o chão e com a voz<br />
embarga<strong>da</strong>.<br />
Disse então o homem dos penhores elevando ambos os tesouros para os<br />
ver com a luz do tecto.<br />
- Ó meu amigo, o senhor tem aqui uns ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iros tesouros, pá! Você<br />
não se <strong>de</strong>sfaça disto. E contra mim falo, pois olhe que eu faria um belo<br />
negócio com isto. Mas sou um homem justo. Ando há 30 anos nisto e<br />
nunca me aproveitei <strong>da</strong> <strong>de</strong>sgraça <strong>de</strong> ninguém. Se o meu amigo tem<br />
fome, é com esses tesouros que se vai saciar. Não os guar<strong>de</strong> nesse saco.<br />
Use-os. Exerça-os. Reclame o respeito por eles. Exija o seu cumprimento<br />
integral.
Texto 24 (continuação do texto 22)<br />
Um tesouro para este Natal<br />
AMNISTIA INTERNACIONAL PORTUGAL. OS DIREITOS HUMANOS SÃO O<br />
NOSSO TESOURO. Lisboa. Dezembro 2010<br />
Com efeito, a universali<strong>da</strong><strong>de</strong> e indivisibili<strong>da</strong><strong>de</strong> dos Direitos Humanos não<br />
permite que um direito seja valorizado mais do que outro. Tantos, ao<br />
longo <strong>da</strong> História, têm sido os motivos para penhorar alguns dos Direitos<br />
humanos. Para fazer prevalecer interesses económicos, políticos,<br />
sectários e outros interesses individualistas, muitas vezes, todos ou<br />
alguns direitos Humanos têm passado para segundo plano.<br />
Para um mundo plenamente justo on<strong>de</strong> todos gozem integralmente dos<br />
Direitos Humanos, a Amnistia Internacional opõe-se firmemente a<br />
qualquer penhor dos Direitos Humanos. Num momento <strong>de</strong> crise<br />
económica e financeira globaliza<strong>da</strong>, po<strong>de</strong>r-se-á pensar que alguns<br />
Direitos Humanos terão <strong>de</strong> ficar em «banho-maria» em nome do<br />
benefício <strong>de</strong> outras necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, aparentemente mais prementes. É<br />
justamente pela adopção integral <strong>da</strong> totali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos Direitos Humanos,<br />
universais e indivisíveis, que essas outras necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s serão satisfeitas.<br />
AJUDE-NOS, POIS, A ENCERRAR AS «LOJAS» QUE «PENHORAM» OS<br />
DIREITOS HUMANOS. APOIE-NOS COM O QUE É MAIS PRECIOSO EM SI. A<br />
SUA HUMANIDADE!
Texto 25<br />
Lí<strong>de</strong>r pacifista negro norte-americano<br />
MARTIN LUTHER KING<br />
<strong>da</strong> pele."<br />
15 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 1929, Atlanta (EUA)<br />
4 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 1968, Memphis (EUA)<br />
Da Página 3 Pe<strong>da</strong>gogia & Comunicação<br />
Fonte: Web, acedido em 27 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2010.<br />
A<strong>da</strong>ptado<br />
"Eu tenho um sonho. O sonho <strong>de</strong> ver meus<br />
filhos julgados pelo carácter, e não pela cor<br />
Este é um trecho do famoso discurso <strong>de</strong> Martin Luther King em Washington, capital<br />
dos Estados Unidos, proferido no dia <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 1963, numa manifestação<br />
que reuniu milhares <strong>de</strong> pessoas pelo fim do preconceito e <strong>da</strong> discriminação racial.<br />
Martin Luther King Jr. era filho e neto <strong>de</strong> pastores protestantes baptistas. Fez seus<br />
primeiros estudos em escolas públicas segrega<strong>da</strong>s e graduou-se no prestigioso<br />
Morehouse College, em 1948.<br />
Formou-se em teologia pelo Seminário Teológico Crozer e, em 1955, concluiu o<br />
doutoramento em Filosofia pela Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Boston. Lá conheceu sua futura<br />
esposa, Coretta Scott, com quem teve quatro filhos.<br />
Em 1954 Martin Luther King iniciou suas activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s como pastor em Montgomery,<br />
capital do estado do Alabama. Envolvendo-se no inci<strong>de</strong>nte em que Rosa Parks se<br />
recusou a ce<strong>de</strong>r seu lugar para um branco num autocarro, King li<strong>de</strong>rou um forte<br />
boicote contra a segregação racial. O movimento durou quase um ano, King chegou a<br />
ser preso, mas ao final a Suprema Corte <strong>de</strong>cidiu pelo fim <strong>da</strong> segregação racial nos<br />
transportes públicos.<br />
O pastor<br />
Martin Luther<br />
King
Texto 26 (continuação do texto 25)<br />
Lí<strong>de</strong>r pacifista negro norte-americano<br />
MARTIN LUTHER KING<br />
O pastor<br />
Martin Luther<br />
King<br />
15 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 1929, Atlanta (EUA)<br />
4 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 1968, Memphis (EUA)<br />
Da Página 3 Pe<strong>da</strong>gogia & Comunicação<br />
Fonte: Web, acedido em 27 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2010.<br />
A<strong>da</strong>ptado<br />
Em 1957 tornou-se presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Conferência <strong>da</strong> Li<strong>de</strong>rança Cristã do Sul,<br />
intensificando sua actuação como <strong>de</strong>fensor dos direitos civis por vias pacíficas, tendo<br />
como referência o lí<strong>de</strong>r indiano Mahatma Ghandi.<br />
Em 1959, King voltou para Atlanta para se tornar vice-pastor na igreja <strong>de</strong> seu pai. Nos<br />
anos seguintes participou <strong>de</strong> inúmeros protestos, marchas e passeatas, sempre<br />
lutando pelas liber<strong>da</strong><strong>de</strong>s civis dos negros.<br />
Os eventos mais importantes aconteceram nas ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Birmingham, no Alabama,<br />
St. Augustine, na Flóri<strong>da</strong>, e Selma, também no Alabama. Luther King foi preso e<br />
torturado diversas vezes, e sua casa chegou a ser ataca<strong>da</strong> por bombas.<br />
Em 1963 Martin Luther King conseguiu que mais <strong>de</strong> 200.000 pessoas marchassem pelo<br />
fim <strong>da</strong> segregação racial em Washington. Nesta ocasião proferiu seu discurso mais<br />
conhecido, "Eu Tenho um Sonho". Dessas manifestações nasceram a lei dos Direitos<br />
Civis, <strong>de</strong> 1964, e a lei dos Direitos <strong>de</strong> Voto, <strong>de</strong> 1965.<br />
Em 1964, Martin Luther King recebeu o Prémio Nobel <strong>da</strong> Paz. No início <strong>de</strong> 1967, King<br />
uniu-se aos movimentos contra a Guerra do Vietname. Em Abril <strong>de</strong> 1968, foi<br />
assassinado a tiros por um opositor, num hotel na ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Memphis, on<strong>de</strong> estava em<br />
apoio a uma greve <strong>de</strong> colectores <strong>de</strong> lixo.
Texto 27<br />
LIU XIAOBO, prémio Nobel <strong>da</strong> Paz em 2010. Fonte Web, acedi<strong>da</strong> em 27<br />
<strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2010<br />
Nobel para as vítimas <strong>de</strong> Tiananmen<br />
Na prisão, on<strong>de</strong> está con<strong>de</strong>nado a 11 anos <strong>de</strong> prisão, Liu Xiaobo <strong>de</strong>dicou o Prémio<br />
Nobel <strong>da</strong> Paz 2010 «às almas dos que morreram no dia 4 <strong>de</strong> Junho, às vítimas do<br />
movimento pró-<strong>de</strong>mocracia <strong>da</strong> Praça <strong>de</strong> Tiananmen». Foi quanto disse a sua esposa<br />
Liu Xia <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> o ter visitado na prisão e lhe ter comunicado a notícia <strong>da</strong> atribuição<br />
do Nobel. Liu Xia foi autoriza<strong>da</strong> a visitar o marido na prisão, mas após a visita ficou<br />
manti<strong>da</strong> em regime <strong>de</strong> prisão domiciliária na sua casa <strong>de</strong> Pequim.<br />
O professor Liu Xiaobo, o prémio Nobel <strong>da</strong> Paz <strong>de</strong>ste ano, foi con<strong>de</strong>nado pelo<br />
Governo chinês a 11 anos <strong>de</strong> prisão, por ter escrito e feito circular a «Carta ‘08», um<br />
documento assinado por muitas outras personali<strong>da</strong><strong>de</strong>s chinesas, que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> os<br />
direitos humanos e pe<strong>de</strong> um governo <strong>de</strong>mocrático para a China. Liu soube que ganhou<br />
o Nobel <strong>da</strong> Paz pela sua mulher e <strong>de</strong>satou a chorar quando o soube.<br />
Segundo a organização Direitos Humanos na China, o encontro entre os dois<br />
<strong>de</strong>morou cerca <strong>de</strong> uma hora e Liu Xiaobo recordou as vítimas <strong>de</strong> Tiananmen que<br />
<strong>de</strong>ram a sua vi<strong>da</strong> «pela paz, liber<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>de</strong>mocracia». Depois do encontro, a esposa,<br />
Liu Xia, regressou a casa acompanha<strong>da</strong> <strong>de</strong> agentes <strong>da</strong> segurança do Estado, que a<br />
impe<strong>de</strong>m <strong>de</strong> contactar com os amigos <strong>da</strong> família e com a comunicação social e lhe<br />
impuseram que só po<strong>de</strong> sair <strong>de</strong> casa <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um veículo <strong>da</strong> polícia. Segundo o direito<br />
chinês, para colocar um ci<strong>da</strong>dão em regime <strong>de</strong> prisão domiciliária, não é necessário um<br />
man<strong>da</strong>do judicial; basta que a pessoa ameace perturbar a or<strong>de</strong>m pública.<br />
Segundo a associação Liber<strong>da</strong><strong>de</strong> Agora, <strong>de</strong>pois <strong>da</strong> atribuição do Nobel a Liu Xiaobo,<br />
a polícia apreen<strong>de</strong>u o telefone <strong>da</strong> sua mulher e colocou-a sob prisão domiciliária. A<br />
notícia oficial <strong>da</strong> atribuição do Nobel não chegou a ser <strong>da</strong><strong>da</strong> na China.<br />
Lí<strong>de</strong>res políticos, activistas dos direitos humanos e boa parte dos governos<br />
oci<strong>de</strong>ntais pediram a libertação <strong>de</strong> Liu Xiaobo. Também o <strong>da</strong>lai-lama, chefe espiritual<br />
dos budistas, pediu a sua libertação e criticou a maneira como o Governo <strong>de</strong> Pequim<br />
reagiu à notícia <strong>da</strong> atribuição do Nobel: «O Governo chinês não suporta o pluralismo<br />
<strong>de</strong> opinião […] mas caminhar para uma aberta e transparente é a única solução para<br />
salvar o povo chinês. Os que querem uma linha dura estão reféns <strong>de</strong> um modo <strong>de</strong><br />
pensar retrógrado.»<br />
Os diplomatas dos países <strong>da</strong> União Europeia foram impedidos <strong>de</strong> contactar a esposa<br />
do Nobel <strong>da</strong> Paz. O secretário para os Assuntos Políticos <strong>da</strong> União Europeia na China,<br />
Shimon Sharpe, acompanhado <strong>de</strong> diplomatas <strong>de</strong> <strong>de</strong>z embaixa<strong>da</strong>s, preten<strong>de</strong>u visitar Liu<br />
Xia para lhe entregar pessoalmente uma carta do presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> União Europeia, José<br />
Manuel Barroso, mas não conseguiu falar com ela.