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1<br />
2<br />
CadernoDois<br />
História clínica<br />
[ Caso Clube Roentgen 2 ]<br />
História clínica<br />
G.P.R, masculino, 8 meses de idade, com história de sintomas<br />
gripais e choro excessivo e episódios de taquipneia, há 3 semanas.<br />
Mãe relata internações prévias por suspeita de pneumonia (sic).<br />
Figura 1<br />
Radiografia AP e Perfil do tórax evidenciando<br />
extensa massa bem delimitada localizada<br />
mediastino posterior a esquerda<br />
ESTE ENCARTE É PARTE INTEGRANTE DA EDIÇÃO 408 DO JORNAL DA IMAGEM • AGOSTO DE 2012<br />
[ Caso Clube Roentgen 1 ]<br />
Feminino, 9 anos, com história de sintomas gripais há duas semanas, evolui<br />
com piora do estado geral, cervicalgia e torcicolo há um dia.<br />
3 4<br />
Figuras 1 a 4<br />
Imagens de ressonância magnética em cortes axiais ponderadas em T1 (figuras 1 e 2), coronais T1 e T2<br />
FATSAT (figuras 3 e 4) demonstrando postura lateralizada da cabeça para esquerda e desvio rotatório<br />
anti-horário de C1 sobre C2. Nota-se também hipertrofia tonsilar e linfonodomegalias reacionais<br />
Figuras 2, 3 e 4<br />
Tomografia computadorizada do tórax demonstra massa com densidade de<br />
partes moles, extrapulmonar, bem delimitada, de contornos regulares, com<br />
pequenos focos de calcificações de permeio, exibindo realce heterogêneo<br />
após a injeção do meio de contraste, localizada posteriormente no hemitórax<br />
esquerdo, associada a atelectasia passiva do parênquima pulmonar adjacente.<br />
Evidencia-se estrutura vascular emergindo da aorta que se dirige a massa
2 | JORNAL DA IMAGEM São Paulo, agosto de 2012<br />
[ Caso Clube Roentgen 1 ]<br />
Síndrome de Grisel<br />
A primeira descrição de fixação<br />
rotatória C1/C2 foi feita por Bell em<br />
1830, em um caso de ulceração da<br />
faringe. Em 1930, Grisel descreveu<br />
a associação dessa condição com<br />
história recente de infecção de vias<br />
aéreas superiores (IVAS), tendo<br />
atualmente seu nome relacionado<br />
a essa associação. Essa alteração<br />
já teve diversas denominações,<br />
como luxação não traumática C1/<br />
C2, luxação inflamatória C1/C2,<br />
subluxação não traumática C1/C2,<br />
fixação rotatória C1/C2.<br />
O diagnóstico de síndrome de<br />
Grisel leva em conta a faixa etária<br />
do paciente e uma história clínica<br />
compatível. Muito mais frequente<br />
em crianças, a síndrome de Grisel é,<br />
na maioria dos casos, precedida por<br />
uma IVAS ou afecção inflamatória<br />
da cabeça ou pescoço. Os principais<br />
sintomas são dor e perda de<br />
mobilidade cervical. No exame clínico<br />
observa-se muitas vezes a cabeça<br />
inclinada para um lado associada à<br />
rotação contralateral. À palpação,<br />
o músculo esternocleidomastóideo<br />
pode demonstrar relaxamento do<br />
lado em que a cabeça encontra-se<br />
inclinada e tensão no lado oposto,<br />
razão pela qual, a síndrome de<br />
Grisel também pode ser chamada<br />
de “torcicolo paradoxal”. Outro sinal<br />
encontrado no exame físico é o desvio<br />
do processo espinhoso de C2 para o<br />
mesmo lado da cabeça, chamado de<br />
sinal de Sudek. Os exames de imagem<br />
são peças chave no diagnóstico.<br />
A radiografia cervical transoral<br />
pode evidenciar assimetria da<br />
articulação C1/C2 sugerindo luxação.<br />
A tomografia computadorizada e<br />
a ressonância magnética poderão<br />
demonstrar a perda da congruência<br />
da articulação atlanto-axial e graduar<br />
o desarranjo articular.<br />
A Síndrome de Grisel tem evolução<br />
benigna na maioria dos casos.<br />
Grande parte dos pacientes obtém<br />
remissão completa pós-tratamento,<br />
sem evidência de sequela neurológica<br />
[ Caso Clube Roentgen 2 ]<br />
Neuroblastoma torácico<br />
A caracterização diagnóstica do<br />
neuroblastoma muitas vezes não é<br />
simples. Embora seja uma doença<br />
muito frequente na faixa etária<br />
pediátrica, seus aspectos clínicos e<br />
de imagem podem se sobrepor ou<br />
simular diversas outras patologias<br />
também corriqueiras, tornando seu<br />
diagnóstico laborioso.<br />
A melhor característica diagnóstica<br />
do caso é de uma massa intratorácica<br />
e paravertebral, bem delimitada,<br />
que desloca o tecido pulmonar<br />
adjacente. Alguns aspectos chamam<br />
atenção na lesão: as suas grandes<br />
dimensões e o comportamento após<br />
a injeção do meio de contraste venoso.<br />
A fase pós contraste evidencia<br />
um ramo arterial anômalo, calibroso,<br />
emergindo da aorta torácica para<br />
suprir a massa. As reconstruções<br />
demonstram de forma clara seu trajeto.<br />
Tal achado é típico dos casos de<br />
sequestro pulmonar, entidade também<br />
classicamente da faixa etária<br />
pediátrica, porém a análise histopatológica<br />
evidenciou tratar-se de uma<br />
neoplasia neurogênica formada por<br />
células pequenas, redondas e azuis<br />
sobre o fundo fibrilar eosinofílico e<br />
com raras rosetas de Homer-Wright,<br />
favorecendo o diagnóstico de neuroblastoma.<br />
O neuroblastoma é o tumor congênito<br />
mais frequente no primeiro<br />
ano de vida. É tipicamente pediátrico,<br />
raro após os 14 anos de idade.<br />
Em termos gerais, apresenta uma<br />
incidência de 10 casos por milhão<br />
de crianças entre os zero e quatro<br />
anos de idade. É um tumor, em regra,<br />
esporádico, podendo ter relação<br />
com neurofibromatose e a síndrome<br />
de Beckwith-Wiedemann. Há uma<br />
ligeira predominância pelo sexo<br />
masculino. Do ponto de vista anatômico,<br />
esse tumor é uma proliferação<br />
neoplásica de células do sistema<br />
neurovegetativo simpático. Como<br />
tal, as localizações mais frequentes<br />
são as glândulas suprarrenais (40%<br />
dos casos), e as células dos gânglios<br />
simpáticos paravertebrais cervicais,<br />
das regiões torácica e abdominal.<br />
Autores: Drs. Bernardo Marshall T. Rocha e Brenno Marco Pereira Gomide, residentes em Radiologia<br />
e Diagnóstico por Imagem do Complexo Hospitalar Heliópolis. Caso cedido pelo serviço de Radiologia da<br />
Med Imagem, Teresina-PI, com a participação dos Drs. Marcelo Coelho Avelino e Luciana Viana Borges.<br />
Orientadores: Drs. Sérgio Furlan e Ricardo Pires de Souza.<br />
ou de qualquer outra natureza. A<br />
terapia conservadora por meio de<br />
colar cervical ou tração mentoneira<br />
é suficiente para a maioria dos<br />
pacientes. Nos casos em que o desvio<br />
da fixação seja mais pronunciado<br />
ou quando o diagnóstico seja feito<br />
tardiamente o uso da tração com<br />
halo craniano ou artrodese podem<br />
ser necessários.<br />
Referências Bibliográficas<br />
1. Bell C. The nervous system of<br />
the human body, embracing<br />
papers to the Royal Society<br />
on the subject of nerves.<br />
London:Longman, Rees and<br />
Orme; 1830. p. 403.<br />
2. Grisel P. Enucléation de l’atlas<br />
et torcicolis nasopharyngien.<br />
Presse Médicale 1930;38:50-3.<br />
3. Fernandez Cornejo VJ,<br />
Martinez-Lage JF, Piqueras<br />
C, Gelabert A, Poza M.<br />
Inflammatory Atlanto-axial<br />
subluxation (Grisel’s syndrome)<br />
O neuroblastoma tem um comportamento<br />
sui generis, pois pode regredir<br />
espontaneamente, diferenciar-se,<br />
tornando-se benigno, ou, em cerca<br />
de metade dos casos, metastizar com<br />
má resposta aos tratamentos disponíveis.<br />
Esta disparidade do comportamento<br />
clínico e do prognóstico<br />
relaciona-se com a idade e estadio<br />
quando do diagnóstico, com determinadas<br />
características histológicas<br />
e com alterações genéticas do tumor,<br />
das quais a amplificação do oncogene<br />
N-myc é a mais estudada.<br />
O tratamento nos doentes considerados<br />
de baixo risco, geralmente<br />
lactentes com doença local ou locoregional,<br />
a cirurgia apenas pode ser<br />
suficiente. Ao contrário, nos casos<br />
considerados de elevado risco, sobretudo<br />
crianças mais velhas com<br />
doença metastática, o tratamento<br />
agressivo com esquemas de quimioterapia<br />
e radioterapia, autotransplante<br />
de células estaminais e imunoterapia<br />
ainda não é eficaz numa<br />
grande parte dos casos.<br />
in children: clinical diagnosis<br />
and management. Childs Nerv<br />
Syst 2003;19:342-7.<br />
4. Berry DS, Moriarty RA.<br />
Atlanto-axial subluxation<br />
related to pharyngitis: Grisel’<br />
syndrome. Clin Pediatr<br />
1999;38:673-5.<br />
5. Baker LL, Bower CM, Glasier<br />
CM. Atlanto-axial subluxation<br />
and cervical osteomyelitis:<br />
two unusual complications<br />
of adenoidectomy. Ann<br />
Otol Rhinol Laryngol<br />
1996;105:295-9.<br />
6. Fernandez Cornejo VJ,<br />
Martinez-Lage JF, Piqueras<br />
C, Gelabert A, Poza M.<br />
Inflammatory atlanto-axial<br />
subluxation (Grisel’s syndrome)<br />
in children: clinical diagnosis<br />
and management. Childs Nerv<br />
Syst 2003;19:342-7.<br />
Caso apresentado na reunião do Clube<br />
Roentgen de 11 de abril de 2012.<br />
Autores: Drs. Bernardo Marshall e Carlos Henrique Machado, residentes em Radiologia e Diagnóstico por<br />
Imagem do Complexo Hospitalar Heliópolis, e Drs. Jôse Vaz Marcelo Coelho Avelino, radiologistas da Med<br />
Imagem, Teresina-PI. Caso cedido pelo serviço de radiologia e diagnóstico por imagem da Med Imagem<br />
Teresina-PI. Orientadores: Drs. Sérgio Furlan e Ricardo Pires de Souza.<br />
Referências bibliográficas<br />
1. Oncology, I.S.o.P.<br />
International Society of<br />
Paediatric Oncology European<br />
Neuroblastoma Research.<br />
2. Shimada, H., et al., Terminology<br />
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of neuroblastic tumors:<br />
recommendations by the<br />
International Neuroblastoma<br />
Pathology Committee. Cancer,<br />
1999. 86(2): p. 349-63<br />
3. Dr. António Fontelonga -<br />
Internista, Oncologista e<br />
Hematologista - 18-Fev-2002<br />
4. Laureys, G., The neuroblastoma,<br />
“enfant terrible” among pediatric<br />
tumors. Verh K Acad Geneeskd<br />
Belg, 2003. 65(1): p. 5-23<br />
5. Reynolds, M.L. and C.J. Woolf,<br />
Reciprocal Schwann cellaxon<br />
interactions. Curr Opin<br />
Neurobiol, 1993. 3(5): p. 683-93.<br />
Caso apresentado na reunião do Clube<br />
Roentgen de 11 de abril de 2012.
[ Caso Geto ]<br />
A<br />
História clínica<br />
Paciente de 23 anos do sexo<br />
masculino, natural da Bolívia e<br />
proveniente de São Paulo, com<br />
queixa de tosse, febre e perda<br />
ponderal há 6 meses, com piora<br />
nos últimos 2 dias e associado a<br />
episódios de hemoptise.<br />
D<br />
Figuras 2<br />
Figura 2<br />
Imagens axiais de TC e RM ponderadas em T1, STIR e T1<br />
pós-contraste, caracterizando as lesões líticas dos ilíacos,<br />
com isossinal em T1, sinal heterogêneo em T2, onde apresenta<br />
contornos geográficos e realce periférico ao gadolínio<br />
A<br />
B<br />
História clínica<br />
São Paulo, agosto de 2012 CadernoDois | 3<br />
[ Caso Clube Roentgen 3 ]<br />
Paciente do sexo masculino, 36 anos, natural da Bahia, procedente<br />
de São Paulo há 14 anos. Queixa lombalgia há 3 meses, que irradia<br />
para MID. Nega uso de medicações, nega tabagismo, nega etilismo,<br />
nega cirurgias e outros antecedentes dignos de nota.<br />
Figura 1<br />
Imagens sagitais de TC e RM ponderadas em T1, T2, STIR e T1 póscontraste,<br />
caracterizando a fratura de T8, a alteração difusa do sinal da<br />
medular óssea e as lesões focais de contornos geográficos em T8, T12,<br />
L3 e L4, com hipersinal em T1 e T2 e realce periférico ao gadolínio<br />
TCMD - A) corte axial, janela de pulmão, B) corte axial, janela de mediastino,<br />
C) reconstrução coronal, janela de pulmão e D) reconstrução sagital, janela de<br />
pulmão: formação cística no lobo superior direito, de paredes finas e regulares,<br />
apresentando componente sólido no seu assoalho de aspecto curvilíneo (sinal<br />
do “lírio d’água” ou camalote), que altera de posição à mudança de decúbito*<br />
*Deslocado em relação à radiografia de tórax (Figuras 1 – A e B)<br />
B<br />
C<br />
Figuras 1<br />
Radiografia de tórax - A)<br />
PA e B) Perfil: lesão cística<br />
no lobo superior direito, de<br />
paredes finas e regulares,<br />
apresentando opacidade<br />
heterogênea no seu assoalho
4 | JORNAL DA IMAGEM São Paulo, agosto de 2012<br />
[ Caso Clube Roentgen 3 ]<br />
Linfoma ósseo<br />
O linfoma primário ósseo<br />
corresponde a menos de 5%<br />
do total de neoplasias ósseas<br />
primárias (1), mais frequentes em<br />
homens (2), ocorrendo na quinta<br />
e sexta décadas de vida (3). Na<br />
coluna vertebral, os níveis mais<br />
acometidos são os níveis dorsais<br />
baixos e o lombar (4). Os achados<br />
na TC são semelhantes, devendo‐se<br />
considerar a hipótese de linfoma<br />
quando há lesões ósseas associadas<br />
à massa de partes moles, com<br />
relativa preservação da cortical.<br />
As características de sinal na<br />
RM são de hipossinal ou sinal<br />
levemente aumentado nas imagens<br />
ponderadas em T1 e hipersinal<br />
nas imagens ponderadas em T2,<br />
porém algumas séries descritas<br />
na literatura demonstraram sinal<br />
reduzido nas imagens em T2 (5).<br />
No caso apresentado, na RM,<br />
observamos áreas irregulares<br />
[ Caso Geto ]<br />
A hidatidose, causada pelo<br />
platelminto Echinococcus<br />
granulosus, ocorre com mais<br />
frequência na sua forma rural,<br />
sendo endêmica no Rio Grande<br />
do Sul, e em países da América<br />
Latina, incluindo a Bolívia.<br />
O verme adulto vive no<br />
intestino de cães (hospedeiro<br />
definitivo) e na forma de cisto<br />
em ruminantes (hospedeiro<br />
intermediário). O homem entra<br />
no ciclo de vida do parasita<br />
como hospedeiro intermediário<br />
acidental, ao entrar em<br />
contato com cães, solo, água<br />
ou alimentos contaminados.<br />
A primeira barreira em nosso<br />
organismo após o verme penetrar<br />
o duodeno, são os sinusóides<br />
hepáticos, sendo o fígado o<br />
principal órgão acometido (75%<br />
dos casos), seguido do pulmão<br />
(15% dos casos).<br />
Os cistos pulmonares são<br />
constituídos de três camadas:<br />
um exocisto, que é a membrana<br />
protetora; um endocisto, que<br />
geográficas de hipossinal nas<br />
imagens ponderadas em T1 e T2.<br />
Muitas dessas lesões apresentam<br />
hipersinal marginal em T2 (6).<br />
As características de sinal dessas<br />
anormalidades são compatíveis com<br />
necrose avascular e infartos ósseos,<br />
porém a localização e distribuição<br />
dessas lesões são normalmente<br />
observadas nas regiões<br />
periarticulares dos ossos longos,<br />
raramente nos corpos vertebrais (7).<br />
Na necrose da medula óssea<br />
ocorre rompimento da arquitetura<br />
normal da medula, com necrose<br />
do tecido hematopoiético do<br />
estroma e perda dos espaços<br />
gordurosos (8). A necrose da<br />
medula óssea associa‐se a doenças<br />
malignas, principalmente de<br />
natureza hematológica, e pode<br />
ocorrer antes do diagnóstico<br />
da doença primária, depois do<br />
tratamento quimioterápico ou<br />
Equinococose pulmonar<br />
(Hidatidose; Cisto Hidático)<br />
produz os “cistos-filhos”; e<br />
uma cápsula circundante de<br />
pulmão fibrosado comprimido,<br />
o pericisto.<br />
No parênquima pulmonar, a<br />
principal forma de apresentação<br />
é a de cisto solitário (70%)<br />
acometendo principalmente os<br />
lobos inferiores (60%). A maioria<br />
dos pacientes adquire o parasita<br />
na infância, permanecendo<br />
assintomático por anos e sendo<br />
diagnosticado de forma incidental<br />
ou por sintomas promovidos pela<br />
rotura do cisto.<br />
O principal achado na<br />
radiografia de tórax consiste na<br />
opacidade esférica circunscrita,<br />
variando quanto ao tamanho,<br />
podendo medir de 1 a 20 cm. Na<br />
tomografia computadorizada de<br />
tórax, a hidatidose se apresenta<br />
como imagem cística circunscrita<br />
com atenuação média de 0 U.H..<br />
Diferente dos cistos hepáticos,<br />
os pulmonares raramente<br />
apresentam calcificações<br />
parietais. Já na ressonância<br />
Autores: Drs. Vasilios C. Bobotis (E3), Alexandre Grimberg (Preceptor dos residentes), Dr. Leonardo Sugawara<br />
(Médico colaborador do setor de musculoesquelético) e Prof. Dr. Artur da Rocha Correa Fernandes (Docente e<br />
supervisor da residência médica) – Universidade Federal de São Paulo / Escola Paulista de Medicina (Unifesp/EPM)<br />
na sua recorrência. Deste modo,<br />
na presença de necrose medular<br />
isolada, uma extensa pesquisa de<br />
doença maligna é justificável.<br />
Referências bibliográficas<br />
1. DiMarco A, Compostrini F,<br />
Garusi GF: Non-Hodgkin<br />
lymphomas presenting with<br />
spinal epidural involvement.<br />
1989. Acta Oncol 28:485‐488.<br />
2. Epelbaum R, Haim N, Ben- ‐<br />
Shaker M, Ben-Aric Y, Feinsod<br />
M, Cohen Y: NonHodgkin’s<br />
lymphoma presenting with<br />
spinal epidural involvement.<br />
1986. Cancer 58:2120-2124.<br />
3. Haddad P, Thaell JF, Kiely<br />
JM, Harrison EG, Miller<br />
RH: Lymphoma of the spinal<br />
extradural space. 1976. Cancer<br />
38: 1862‐1866.<br />
4. Edeiken BM, Edeiken J, Kim<br />
EE: Radiologic concepts of<br />
Autores: Dr. Thiago Queroz (R4). Orientadores: Drs. Cássio Gomes dos Reis Jr. e Alexandre Marchini Silva<br />
– Serviço de Diagnóstico por Imagem da Santa Casa de São Paulo.<br />
magnética os cistos apresentam<br />
hipossinal em T1 e hipersinal em<br />
T2 homogêneos, sendo possível<br />
a identificação de estruturas<br />
curvilíneas finas que representam<br />
a membrana do cisto.<br />
Se o pericisto se romper, um<br />
fino crescente de ar vai ser visto<br />
em torno da periferia do cisto<br />
(sinal do menisco ou crescente)<br />
e se o próprio cisto se romper,<br />
seu conteúdo é expelido pelas<br />
vias aéreas, produzindo nível<br />
hidroaéreo com depósito das<br />
paredes dos cistos que flutuam<br />
dentro do pericisto não colabado<br />
e que se movem com a mudança<br />
de decúbito, formando o sinal<br />
do “lírio d’água” ou camalote,<br />
patognomônico de hidatidose,<br />
porém infrequente.<br />
O tratamento consiste<br />
basicamente na extração<br />
cirúrgica dos cistos. Quando<br />
estes são muito numerosos<br />
ou se localizam em tecidos<br />
de difícil acesso, a cirurgia é<br />
contraindicada e o tratamento<br />
lymphoma of bone. 1990. Radiol<br />
Clin North Am 28:841‐864.<br />
5. Sinchun Hwang. 2008. Radiol<br />
Clin N Am 46: 379-396.<br />
6. Yu Ming Tang, Susanne<br />
Jeavons, Stephen Stuckey,<br />
Helen Middleton,and Devinder<br />
GillAJR, Clinical Observations:<br />
MRI Features of Bone Marrow<br />
Necrosis February 2007<br />
188:509‐514; doi:10.2214/<br />
AJR.05.0656.<br />
7. Murakami H, Kawahara N,<br />
Gabata T, Nambu K, Tomita K.<br />
Vertebral body osteonecrosis<br />
without vertebral collapse. 2003.<br />
Spine 28:323.<br />
8. Jassens AM, Offner FC, Van<br />
Hove WZ. Bone marrow necrosis.<br />
2000. Cancer 88:1769-1780.<br />
Caso apresentado na reunião do Clube<br />
Roentgen de 9 de maio de 2012.<br />
é realizado com medicamentos<br />
antiparasitários como<br />
Mebendazol® ou Albendazol®,<br />
que tendem a penetrar no cisto<br />
eliminando as larvas.<br />
Referências bibliográficas<br />
1. Jerray M, Benzarti M, Garrouche<br />
A, Klabi N, Hayouni A. Hydatid<br />
Disease of the Lungs: Study of<br />
386 Cases. Am. J. Respir. Crit.<br />
Care Med. 1992; 146:185-189.<br />
2. Pedrosa I, Saíz A, Arrazola<br />
J, Ferreirós J, Pedrosa CS.<br />
Hydatid Disease: Radiologic<br />
and Pathologic Features and<br />
Complications. RadioGraphics<br />
2000; 20:795–817<br />
3. Polat P, Kantarci M, Alper F,<br />
Suma S, Koruyucu MB, Okur<br />
A. Hydatid Disease from Head<br />
to Toe. RadioGraphics 2003;<br />
23:475– 494.<br />
Caso discutido na reunião do Grupo<br />
de Estudos do Tórax (Geto) em 12 de<br />
abril de 2012.