tuberculose peritoneal.pmd - SPR
tuberculose peritoneal.pmd - SPR
tuberculose peritoneal.pmd - SPR
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Peixoto Fº AAA et al. / Tuberculose <strong>peritoneal</strong>: como diagnosticar?<br />
Fig. 6 – Calcificações esplênicas em paciente com <strong>tuberculose</strong>.<br />
DISCUSSÃO<br />
Os achados tomográficos mais comumente encontrados<br />
na <strong>tuberculose</strong> <strong>peritoneal</strong> são: a) ascite (entre 70%<br />
e 90% dos casos) [6,7] ; b) espessamento <strong>peritoneal</strong> liso com<br />
acentuado realce após injeção de contraste [4,5,11] ; c) densificação<br />
da raiz do mesentério (que ocorre em cerca<br />
de 70% dos casos) [4,5,11] ; d) linfonodomegalia com necrose<br />
ou calcificação [2,3,6,11] ; e) micronódulos hepáticos<br />
(presentes em até 30% dos casos) e granulomas calcificados<br />
no fígado, baço e adrenais [1,3,6] . Com certa freqüência<br />
(15%), é possível observar associação com <strong>tuberculose</strong><br />
intestinal, caracterizada por acentuado espessamento<br />
simétrico da parede do ceco e íleo terminal [7] .<br />
Na carcinomatose <strong>peritoneal</strong> observam-se, mais freqüentemente:<br />
a) espessamento multinodular do peritônio;<br />
b) linfonodomegalia homogênea e retro<strong>peritoneal</strong>;<br />
c) nódulos hepáticos; d) “omental cake”, caracterizado<br />
50<br />
por espessamento e densificação da gordura omental,<br />
formando massa e presente em até 40% dos casos [11] . É<br />
interessante observar, porém, que o “omental cake” também<br />
é observado na <strong>tuberculose</strong> <strong>peritoneal</strong> em até 20%<br />
dos casos (Fig. 7) [11] . O sinal tomográfico mais útil para<br />
diferenciar a <strong>tuberculose</strong> <strong>peritoneal</strong> da carcinomatose<br />
<strong>peritoneal</strong> é o espessamento <strong>peritoneal</strong>, que na primeira<br />
é liso e regular e na segunda assume, freqüentemente,<br />
aspecto nodular e irregular (Fig. 2) [11] .<br />
A TC é freqüentemente solicitada nos casos de <strong>tuberculose</strong><br />
<strong>peritoneal</strong>, devido aos sintomas bastante inespecíficos<br />
[2,4,7,9] . Trata-se de doença de curso subagudo,<br />
cujos sintomas envolvem um período de semanas a meses,<br />
freqüentemente com comorbidades associadas. Os<br />
principais sinais e sintomas são dor abdominal (95%),<br />
ascite (70% a 95%) e distensão abdominal (82%) [6,7] .<br />
A <strong>tuberculose</strong> <strong>peritoneal</strong> está associada com a <strong>tuberculose</strong><br />
pulmonar em apenas 15% dos casos [2,7] . Em al-<br />
Fig. 7 – Massa omental tipo “omental cake” em paciente com carcinomatose <strong>peritoneal</strong> por carcinoma de ovário.<br />
Rev Imagem 2007;29(2):47–52