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Tuberculose <strong>peritoneal</strong>: como diagnosticar? / Peixoto Fº AAA et al.<br />

Tuberculose <strong>peritoneal</strong>: como diagnosticar?<br />

Anibal Araújo Alves Peixoto Filho 1 , Mila Correia Góis Peixoto 1 , Giuseppe D’Ippolito 2<br />

Descritores:<br />

Tuberculose; Peritônio; Carcinomatose;<br />

Tomografia computadorizada.<br />

Recebido para publicação em 27/4/2007. Aceito,<br />

após revisão, em 20/9/2007.<br />

Trabalho realizado na Scopo Diagnóstico, Serviço<br />

de US, TC e RM do Hospital São Luiz, São Paulo,<br />

SP.<br />

1<br />

Médicos do Setor de US/TC/RM do Hospital São<br />

Luiz.<br />

2 Professor Adjunto Doutor do Departamento de<br />

Diagnóstico por Imagem da Universidade Federal<br />

de São Paulo (Unifesp), Médico Radiologista Responsável<br />

pelo Setor de US/TC/RM do Hospital São<br />

Luiz.<br />

Correspondência: Prof. Dr. Giuseppe D’Ippolito. Rua<br />

Professor Filadelfo Azevedo, 617, ap. 61, Vila Nova<br />

Conceição. São Paulo, SP, 04508-011. E-mail:<br />

giuseppe_dr@uol.com.br<br />

Artigo Especial<br />

Resumo<br />

O peritônio é sítio freqüente de envolvimento abdominal pela <strong>tuberculose</strong>. Geralmente, a suspeita<br />

é feita a partir de um exame de imagem e, mais freqüentemente, pela tomografia computadorizada.<br />

Alguns sinais tomográficos são bastante indicativos de <strong>tuberculose</strong> <strong>peritoneal</strong> e permitem pressupor<br />

o seu diagnóstico, que é confirmado por exames laboratoriais e laparoscopia. A carcinomatose<br />

<strong>peritoneal</strong> é o seu principal diagnóstico diferencial. Apresentamos uma revisão dos principais sinais<br />

diagnósticos de <strong>tuberculose</strong> <strong>peritoneal</strong> e como diferenciá-la da carcinomatose <strong>peritoneal</strong>.<br />

A <strong>tuberculose</strong> vem aumentando de incidência globalmente, tanto em pacientes<br />

imunocomprometidos quanto nos imunocompetentes, principalmente a partir da<br />

década de oitenta, a ponto de ser hoje considerada um problema de saúde pública<br />

[1] . No Brasil, segundo dados do Datasus (www.datasus.gov.br), as taxas de incidência<br />

de 1990 a 2004 mostram uma leve tendência à redução, enquanto o número<br />

absoluto de casos novos se mantém relativamente estável. Nas regiões Norte e Nordeste<br />

estão os Estados com as piores taxas, sendo ultrapassados apenas pelo Rio de<br />

Janeiro. De acordo com esses dados, estudos comprovam a relação inversamente<br />

proporcional da <strong>tuberculose</strong> com os níveis sócio-econômicos.<br />

A <strong>tuberculose</strong> abdominal pode envolver diversas estruturas, como os tratos gastrintestinal<br />

e geniturinário, órgãos sólidos (fígado, baço, pâncreas), a vesícula biliar,<br />

a aorta abdominal e seus ramos, o peritônio ou linfonodos, havendo sobreposição<br />

dessas formas [2–5] . O peritônio e suas reflexões estão entre os sítios envolvidos pela<br />

<strong>tuberculose</strong> abdominal, e nos países em desenvolvimento respondem por até 30%<br />

dos casos de <strong>tuberculose</strong> extrapulmonar e 20% das causas de ascite [6–8] . A <strong>tuberculose</strong><br />

<strong>peritoneal</strong> está raramente associada à forma ativa da doença pulmonar [2,7] , além<br />

de apresentar-se, em geral, com quadros clínico e laboratorial inespecíficos [2,4] . Por<br />

essa razão, tem sido descrita por alguns autores como “o grande mimetizador” [1,9] .<br />

A tomografia computadorizada (TC) tem sido utilizada como método de escolha<br />

não-invasivo na suspeita de doença <strong>peritoneal</strong> [2,4,8,9] . Porém, especificamente,<br />

em relação aos achados de imagem, a <strong>tuberculose</strong> <strong>peritoneal</strong> pode mimetizar uma<br />

série de doenças, por exemplo, a carcinomatose <strong>peritoneal</strong> [10,11] . Existem, entretanto,<br />

alguns aspectos de imagem que tornam mais provável o diagnóstico de <strong>tuberculose</strong><br />

<strong>peritoneal</strong>. Reconhecer esses sinais pode ajudar o radiologista a estabelecer um<br />

diagnóstico com razoável precisão, orientando na sua confirmação e conduta.<br />

O objetivo deste trabalho é o de ilustrar os diversos achados da <strong>tuberculose</strong> <strong>peritoneal</strong>,<br />

destacando os mais significativos e úteis no diagnóstico diferencial com a<br />

carcinomatose <strong>peritoneal</strong>.<br />

MATERIAL E MÉTODO<br />

Selecionamos, retrospectivamente e a partir do nosso arquivo, exames de TC<br />

abdominal de pacientes com diagnóstico comprovado de <strong>tuberculose</strong> <strong>peritoneal</strong> ou<br />

Rev Imagem 2007;29(2):47–52<br />

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Peixoto Fº AAA et al. / Tuberculose <strong>peritoneal</strong>: como diagnosticar?<br />

carcinomatose <strong>peritoneal</strong> realizados com técnica helicoidal,<br />

com cortes finos e contíguos de 5 mm de espessura,<br />

utilizando contraste iodado administrado por via oral<br />

e intravenosa.<br />

Procuramos selecionar e destacar os principais sinais<br />

presentes nas duas doenças, ou sejam: a) ascite li-<br />

48<br />

vre ou loculada (Fig. 1); b) espessamento <strong>peritoneal</strong> liso<br />

ou nodular (Fig. 2); c) densificação do omento e mesentério<br />

(Fig. 3); d) linfonodomegalia homogênea, necrosada<br />

ou calcificada (Fig. 4); e) outras lesões associadas,<br />

como nódulos hepáticos e calcificações em vísceras sólidas<br />

(Figs. 5 e 6) [2,3,5–7,11] .<br />

Fig. 1 – (A,B) Ascite livre associada a espessamento omental (“omental cake”) em paciente com <strong>tuberculose</strong> <strong>peritoneal</strong>. (C,D) Ascite multiloculada<br />

em paciente com carcinoma gástrico e disseminação <strong>peritoneal</strong>.<br />

Fig. 2 – (A) Espessamento <strong>peritoneal</strong> liso em paciente com <strong>tuberculose</strong> <strong>peritoneal</strong>. (B) Espessamento nodular em paciente com carcinoma de<br />

ovário.<br />

Rev Imagem 2007;29(2):47–52


Tuberculose <strong>peritoneal</strong>: como diagnosticar? / Peixoto Fº AAA et al.<br />

Fig. 3 – Espessamento omental (seta em A) em paciente com <strong>tuberculose</strong> <strong>peritoneal</strong>, semelhante ao “omental cake” observado na carcinomatose<br />

<strong>peritoneal</strong>. Notar linfonodos com necrose central na raiz do mesentério. Densificação do mesentério (seta em B) em paciente com <strong>tuberculose</strong><br />

<strong>peritoneal</strong>.<br />

Fig. 4 – Extensa linfonodomegalia com necrose (setas) em paciente com <strong>tuberculose</strong>.<br />

Fig. 5 – Tuberculomas hepáticos (setas).<br />

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Peixoto Fº AAA et al. / Tuberculose <strong>peritoneal</strong>: como diagnosticar?<br />

Fig. 6 – Calcificações esplênicas em paciente com <strong>tuberculose</strong>.<br />

DISCUSSÃO<br />

Os achados tomográficos mais comumente encontrados<br />

na <strong>tuberculose</strong> <strong>peritoneal</strong> são: a) ascite (entre 70%<br />

e 90% dos casos) [6,7] ; b) espessamento <strong>peritoneal</strong> liso com<br />

acentuado realce após injeção de contraste [4,5,11] ; c) densificação<br />

da raiz do mesentério (que ocorre em cerca<br />

de 70% dos casos) [4,5,11] ; d) linfonodomegalia com necrose<br />

ou calcificação [2,3,6,11] ; e) micronódulos hepáticos<br />

(presentes em até 30% dos casos) e granulomas calcificados<br />

no fígado, baço e adrenais [1,3,6] . Com certa freqüência<br />

(15%), é possível observar associação com <strong>tuberculose</strong><br />

intestinal, caracterizada por acentuado espessamento<br />

simétrico da parede do ceco e íleo terminal [7] .<br />

Na carcinomatose <strong>peritoneal</strong> observam-se, mais freqüentemente:<br />

a) espessamento multinodular do peritônio;<br />

b) linfonodomegalia homogênea e retro<strong>peritoneal</strong>;<br />

c) nódulos hepáticos; d) “omental cake”, caracterizado<br />

50<br />

por espessamento e densificação da gordura omental,<br />

formando massa e presente em até 40% dos casos [11] . É<br />

interessante observar, porém, que o “omental cake” também<br />

é observado na <strong>tuberculose</strong> <strong>peritoneal</strong> em até 20%<br />

dos casos (Fig. 7) [11] . O sinal tomográfico mais útil para<br />

diferenciar a <strong>tuberculose</strong> <strong>peritoneal</strong> da carcinomatose<br />

<strong>peritoneal</strong> é o espessamento <strong>peritoneal</strong>, que na primeira<br />

é liso e regular e na segunda assume, freqüentemente,<br />

aspecto nodular e irregular (Fig. 2) [11] .<br />

A TC é freqüentemente solicitada nos casos de <strong>tuberculose</strong><br />

<strong>peritoneal</strong>, devido aos sintomas bastante inespecíficos<br />

[2,4,7,9] . Trata-se de doença de curso subagudo,<br />

cujos sintomas envolvem um período de semanas a meses,<br />

freqüentemente com comorbidades associadas. Os<br />

principais sinais e sintomas são dor abdominal (95%),<br />

ascite (70% a 95%) e distensão abdominal (82%) [6,7] .<br />

A <strong>tuberculose</strong> <strong>peritoneal</strong> está associada com a <strong>tuberculose</strong><br />

pulmonar em apenas 15% dos casos [2,7] . Em al-<br />

Fig. 7 – Massa omental tipo “omental cake” em paciente com carcinomatose <strong>peritoneal</strong> por carcinoma de ovário.<br />

Rev Imagem 2007;29(2):47–52


gumas séries pediátricas tem sido descrita freqüência<br />

maior, de até 64% dos casos [12] .<br />

Existem três formas de apresentação, que usualmente<br />

se sobrepõem: a forma “úmida”, que é a mais<br />

freqüente e cursa com a presença de ascite; a forma<br />

“seca”, com nódulos caseosos e fibrose; e a forma “fibrótica”,<br />

menos comum, com massas omentais, agrupamento<br />

de alças e mesentério e adesões [6] .<br />

Entre os achados tomográficos da <strong>tuberculose</strong> <strong>peritoneal</strong>,<br />

um dos mais freqüentes é a ascite, encontrada<br />

em quantidade variável, livre, localizada ou loculada. O<br />

fluido tipicamente tem maior atenuação que a água (25–<br />

45 UH), devido ao elevado conteúdo protéico e/ou celularidade<br />

elevada. A distribuição do líquido ascítico<br />

parece não ser importante na diferenciação entre etiologias<br />

[3,6,11] . Porém, o achado de nível lipo-hídrico, em<br />

associação com linfonodos necróticos, é altamente específico<br />

de ascite tuberculosa [13] .<br />

Outro achado comum é a adenopatia tuberculosa,<br />

que acomete os linfonodos mesentéricos, omentais,<br />

peripancreáticos, periportais, pericavais e paraaórticos<br />

superiores. O aspecto tomográfico mais freqüente é o<br />

realce periférico, com baixa atenuação central, que é<br />

bastante sugestivo, mas não patognomônico. Linfonodos<br />

maiores podem ser multiloculados e podem estar<br />

associados a fibrose e calcificações [2–4,6,9] .<br />

Na <strong>tuberculose</strong> <strong>peritoneal</strong>, o peritônio geralmente<br />

se encontra leve a moderadamente espessado, bem delimitado<br />

e com realce pronunciado. O omento pode<br />

apresentar-se espessado ou borrado, associado a fino<br />

realce circunjacente, devido a delgado componente fibroso<br />

(linha omental) [2–4,6,9] .<br />

O acometimento mesentérico ocorre como lesões<br />

micronodulares (< 0,5 cm) ou macronodulares (> 0,5<br />

Fig. 8 – Implantes peritoneais calcificados (setas) em paciente com cistoadenocarcinoma seroso de ovário.<br />

Tuberculose <strong>peritoneal</strong>: como diagnosticar? / Peixoto Fº AAA et al.<br />

cm), espessamento, densificação e perda da configuração<br />

habitual, podendo haver retração de alças por fibrose,<br />

conferindo aspecto “estrelado”. Os macronódulos mesentéricos<br />

podem ser vistos com baixa densidade em até<br />

40% dos casos ou com calcificações em 14% dos pacientes<br />

[14] . Esses nódulos representam tubérculos com ou<br />

sem necrose caseosa, tanto em linfonodos quanto na superfície<br />

mesentérica [11] . É importante lembrar que, em<br />

pacientes com carcinomatose <strong>peritoneal</strong> decorrente de<br />

disseminação de carcinoma seroso de ovário, também<br />

se pode observar massas peritoneais calcificadas (Fig. 8).<br />

A esplenomegalia e as calcificações esplênicas são<br />

dois outros sinais observados mais freqüentemente em<br />

associação com a <strong>tuberculose</strong> <strong>peritoneal</strong> do que na carcinomatose<br />

<strong>peritoneal</strong> [14] .<br />

Pelo menos dois estudos na literatura procuraram<br />

diferenciar a <strong>tuberculose</strong> <strong>peritoneal</strong> da carcinomatose<br />

<strong>peritoneal</strong> por intermédio da TC. Esses estudos demonstraram<br />

que os sinais mais específicos para sugerir<br />

o diagnóstico de <strong>tuberculose</strong> <strong>peritoneal</strong> são os macronódulos<br />

mesentéricos e anormalidades esplênicas, incluindo<br />

esplenomegalia e calcificações. Por outro lado,<br />

o achado mais sugestivo de carcinomatose <strong>peritoneal</strong> é<br />

o espessamento irregular do omento [11,14] .<br />

O diagnóstico diferencial da <strong>tuberculose</strong> <strong>peritoneal</strong><br />

é extenso, incluindo outras doenças granulomatosas,<br />

como a sarcoidose e a amiloidose sistêmica, outros processos<br />

infecciosos (peritonites não-tuberculosas como a<br />

actinomicose e a equinococose) e formas malignas, como<br />

o linfoma, o mesotelioma e a carcinomatose <strong>peritoneal</strong> [10] .<br />

Esta última entidade é, muitas vezes, um desafio para o<br />

radiologista, com o diagnóstico sendo firmado apenas<br />

por intermédio de procedimentos invasivos, como a peritonioscopia<br />

ou a laparotomia exploradora.<br />

Rev Imagem 2007;29(2):47–52 51


Peixoto Fº AAA et al. / Tuberculose <strong>peritoneal</strong>: como diagnosticar?<br />

Em pacientes com HIV, a peritonite infecciosa pode<br />

ser decorrente de dois agentes etiológicos: o Mycobacterium<br />

tuberculosis e o Mycobacterium avium. Em um<br />

estudo, os autores procuraram diferenciar as duas etiologias<br />

por meio de exames tomográficos e concluíram<br />

que, na infecção por Mycobacterium avium, é mais freqüente<br />

a hepatomegalia (71% vs 44%), e os linfonodos<br />

são mais freqüentemente homogêneos (90% vs 55%) e<br />

menores que aqueles observados na infecção por Mycobacterium<br />

tuberculosis (20 mm vs 40 mm, em média) [15] .<br />

Em pacientes com ascite, os testes de fluido ascítico<br />

estão indicados e apresentam predomínio linfocítico em<br />

68,3% dos casos e desidrogenase láctica (LDH) elevada<br />

em 77% dos pacientes com <strong>tuberculose</strong> <strong>peritoneal</strong>, porém<br />

estes achados não são específicos [4,16] . Entre os testes<br />

rápidos, o mais estudado até hoje é a adenosina<br />

deaminase (ADA), cuja sensibilidade e especificidade<br />

reportadas estão em torno de 90%, com ponto de corte<br />

de 30 U/L, e atualmente recomendado na pesquisa da<br />

<strong>tuberculose</strong> <strong>peritoneal</strong> [12] .<br />

Outros testes laboratoriais utilizados são a cultura<br />

para Mycobacterium tuberculosis no líquido ascítico, que<br />

apresenta sensibilidade de 35% e requer quatro a oito<br />

semanas, quando utilizadas as técnicas convencionais.<br />

O sistema de centrifugação Batec, recentemente introduzido,<br />

diminui esse tempo para 14 dias, além de aumentar<br />

a sensibilidade para 66% a 83% [12] .<br />

É interessante observar que marcadores tumorais,<br />

por exemplo, o CA-125, podem estar muito elevados<br />

também na <strong>tuberculose</strong> <strong>peritoneal</strong>, como já descrito na<br />

literatura [17] .<br />

Na maioria dos pacientes com suspeita de <strong>tuberculose</strong><br />

<strong>peritoneal</strong> está indicada a laparoscopia diagnóstica<br />

com biópsia, considerada o padrão de referência [4,8,12] .<br />

A biópsia dirigida por TC também tem sido sugerida,<br />

apresentando acurácia de até 92% para diferenciar lesão<br />

benigna de maligna e um diagnóstico mais específico<br />

em 79% dos casos, sem maiores complicações [18] .<br />

Finalizando, é importante lembrar que, em pacientes<br />

com suspeita de <strong>tuberculose</strong> <strong>peritoneal</strong>, um diagnóstico<br />

preciso e precoce permite adotar um tratamento<br />

eficaz e reduzir, assim, os índices de morbimortalidade [7] .<br />

O radiologista pode contribuir na elucidação diagnóstica,<br />

ao reconhecer alguns dos sinais tomográficos anteriormente<br />

descritos.<br />

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Abstract. Peritoneal tuberculosis: how to obtain a confident diagnosis?<br />

The peritoneum is a frequent site of involvement by <strong>peritoneal</strong><br />

tuberculosis. Generally, computed tomography appears to be the<br />

imaging modality of choice in the detection and assessment of<br />

abdominal tuberculosis. The computed tomography findings can<br />

help in the diagnosis of <strong>peritoneal</strong> tuberculosis, that is confirmed<br />

by a positive culture or hystologic analysis of biopsy obtained<br />

through laparoscopic examination. Peritoneal carcinomatosis is the<br />

main differential diagnosis. In this article we present the spectrum<br />

of tomographic manifestation of <strong>peritoneal</strong> tuberculosis and how<br />

we can differentiate it from <strong>peritoneal</strong> carcinomatosis.<br />

Keywords: Tuberculosis; Peritoneum; Carcinomatosis; Computed tomography.<br />

Rev Imagem 2007;29(2):47–52

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