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Faculdade de Medicina Veterinária - Hospital Veterinário Montenegro

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Cláudia Freitas Estadiamento da Doença Renal Crónica em Felinos 2010<br />

<strong>de</strong> excreção <strong>de</strong> resíduos normalmente eliminados pelos rins. Na doença renal, a capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> filtração e eliminação dos resíduos está prejudicada, levando à acumulação <strong>de</strong> toxinas<br />

urémicas no sangue e correspon<strong>de</strong>nte elevação <strong>de</strong>stas toxinas no intestino. A fim <strong>de</strong><br />

eliminar estas substâncias são utilizados probióticos que preten<strong>de</strong>m aumentar a sua<br />

excreção gastrointestinal. Esta técnica po<strong>de</strong> ser usada em conjunto com a hemodiálise ou<br />

com outras terapias em pacientes com DRC (Rou<strong>de</strong>bush et al., 2009). O Azodyl® é um<br />

probiótico que contém bactérias benéficas que têm como alvo a metabolização <strong>de</strong> toxinas<br />

urémicas presentes no intestino, mantendo o gradiente <strong>de</strong> concentração e dando<br />

continuida<strong>de</strong> ao processo, o que leva à redução <strong>de</strong> forma eficaz dos solutos urémicos<br />

presentes em excesso no sangue (Vétoquinol, 2009). Contudo, não foram ainda realizadas<br />

experiências controladas relativas ao uso <strong>de</strong>stes probióticos no tratamento da azotémia e<br />

DRC em felinos (Rou<strong>de</strong>bush et al., 2009).<br />

9.2.8. Transplante renal<br />

O aloenxerto renal tem vindo a tornar-se uma opção terapêutica viável para gatos com DRC.<br />

A imuno<strong>de</strong>pressão a longo prazo combinada com corticoterapia oral e ciclosporina tem<br />

<strong>de</strong>monstrado sucesso em gatos, no entanto, requer monitorização regular. Complicações<br />

graves ou mesmo a morte po<strong>de</strong>m ocorrer em gatos sujeitos a transplante renal. Os critérios<br />

<strong>de</strong> selecção dos receptores <strong>de</strong> transplante felino incluem: (1) <strong>de</strong>scompensação precoce da<br />

DRC para a qual o tratamento se torna ineficaz, (2) perda <strong>de</strong> peso não superior a 20% do<br />

peso corporal saudável, (3) sem história recente <strong>de</strong> infecção do tracto urinário, (4) ausência<br />

<strong>de</strong> outras condições médicas graves, (5) sem evidência <strong>de</strong> disfunção cardíaca, e (6) testes<br />

negativos para infecções sistémicas virais crónicas. Outros critérios <strong>de</strong> avaliação incluem o<br />

compromisso emocional e financeiro por parte do proprietário para os cuidados imediatos e<br />

a longo prazo dos seus animais, bem como o acesso a um Médico <strong>Veterinário</strong> familiarizado<br />

com o tratamento das potenciais complicações <strong>de</strong>stes pacientes. Actualmente existem ainda<br />

poucas evidências a favor ou contra a utilização do transplante renal como alternativa ao<br />

tratamento médico <strong>de</strong> felinos com DRC. São necessários estudos que comparem os<br />

benefícios clínicos da terapêutica médica e do transplante renal. Os custos elevados, as<br />

complicações técnicas, a inconveniência e a disponibilida<strong>de</strong> limitada continuam a impedir o<br />

uso habitual do transplante renal nestes pacientes (Rou<strong>de</strong>bush et al., 2009).<br />

9.3. Recomendações terapêuticas da IRIS <strong>de</strong> acordo com o estadio da DRC<br />

A terapêutica instituída em animais com DRC <strong>de</strong>ve ser planeada e adaptada a cada<br />

paciente. A IRIS propõe recomendações terapêuticas úteis que po<strong>de</strong>m ser utilizadas como<br />

ponto <strong>de</strong> partida para a maioria dos animais em cada fase da doença, <strong>de</strong>scritas na tabela 3.<br />

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