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Faculdade de Medicina Veterinária - Hospital Veterinário Montenegro

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Cláudia Freitas Estadiamento da Doença Renal Crónica em Felinos 2010<br />

hipercalcémia, especialmente se o paciente está também a ser medicado com calcitriol<br />

(Corta<strong>de</strong>llas, 2009a).<br />

Actualmente existem outros quelantes comercializados para uso veterinário como o<br />

composto <strong>de</strong> carbonato <strong>de</strong> cálcio e chitosano (Ipakitine®). Existe no entanto a preocupação<br />

quanto ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> hipercalcémia em gatos com DRC medicados com carbonato<br />

<strong>de</strong> cálcio (Kid<strong>de</strong>r & Chew, 2009).<br />

Recentemente foi <strong>de</strong>senvolvido um novo quelante intestinal <strong>de</strong> fósforo, o carbonato <strong>de</strong><br />

lantânio octa-hidratado (Renalzin®) (Corta<strong>de</strong>llas, 2009a) que não contém alumínio nem<br />

cálcio. As doses diárias iniciais aconselhadas em gatos, por extrapolação dos humanos,<br />

<strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong> 12,5 – 25 mg/kg. No entanto, muitas vezes são necessárias doses <strong>de</strong> 35 – 50<br />

mg/kg/dia (Kid<strong>de</strong>r & Chew, 2009). Este é consi<strong>de</strong>rado mais palatável nos felinos, em relação<br />

aos restantes quelantes existentes no mercado (Elliott, 2009b). Este factor é importante,<br />

pois alguns quelantes po<strong>de</strong>m não ser bem tolerados pelos gatos, comprometendo a<br />

ingestão <strong>de</strong> alimentos (Rou<strong>de</strong>bush et al., 2009).<br />

As alterações dietéticas e os quelantes intestinais <strong>de</strong> fósforo são intervenções essenciais<br />

para o controlo do fósforo mas po<strong>de</strong>m não ser suficientes para o controlo dos valores <strong>de</strong><br />

PTH. Outros tratamentos como o calcitriol po<strong>de</strong>m ser indicados nestes casos (Kid<strong>de</strong>r &<br />

Chew, 2009). No entanto, os estudos realizados não são ainda suficientes para confirmar se<br />

existem ou não benefícios clínicos na utilização do calcitriol em gatos com DRC (Rou<strong>de</strong>bush<br />

et al., 2009). O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> inibidores dos receptores sensíveis ao cálcio na<br />

glândula paratirói<strong>de</strong> e/ou miméticos da via fosfatonina (FGF-23) são potencialmente o futuro<br />

do tratamento do hiperparatiroidismo (Elliott, 2009b).<br />

Além das medições seriadas <strong>de</strong> fósforo sérico, as dosagens seriadas <strong>de</strong> PTH e <strong>de</strong> cálcio<br />

ionizado po<strong>de</strong>m ser consi<strong>de</strong>radas um gold standard para a avaliação da resposta a esta<br />

terapêutica (Kid<strong>de</strong>r & Chew, 2009).<br />

9.2.6. Tratamento da acidose metabólica<br />

A acidose metabólica é uma complicação frequente em gatos com DRC. A terapia<br />

alcalinizante é recomendada para pacientes com acidose mo<strong>de</strong>rada a severa associada a<br />

esta doença (Rou<strong>de</strong>bush et al., 2009). A resposta hiperventilatória esperada à acidose<br />

metabólica é reduzida em gatos, e estes não possuem a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aumentar a<br />

amoniogénese renal <strong>de</strong> forma mais eficiente. Assim, os felinos com DRC apresentam maior<br />

predisposição para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> acidose metabólica. Além disso, muitos alimentos<br />

comerciais para estes animais são acidificantes (DiBartola, 2009), <strong>de</strong>vido ao tipo <strong>de</strong><br />

proteínas disponibilizadas pela dieta. Dietas ricas em proteína <strong>de</strong> origem animal são<br />

acidificantes enquanto as dietas com proteína vegetal são alcalinizantes, pois são pobres<br />

em aminoácidos sulfurados e ricas em sais minerais como o potássio e o magnésio, que<br />

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