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Faculdade de Medicina Veterinária - Hospital Veterinário Montenegro

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Cláudia Freitas Estadiamento da Doença Renal Crónica em Felinos 2010<br />

proteinúria são inferiores a 30 mg/dl (Syme, 2009). Além disso, apresenta baixa<br />

especificida<strong>de</strong> nos animais, rondando os 31%. Num estudo realizado, quando as amostras<br />

<strong>de</strong> urina com pH alcalino e/ou hematúria, piúria ou bacteriúria foram excluídas da análise, a<br />

especificida<strong>de</strong> aumentou para 55% (Lees, 2006). Esta baixa especificida<strong>de</strong> significa que<br />

muitas vezes surgem resultados falsos positivos, que po<strong>de</strong>m ser obtidos se a urina for<br />

alcalina, se tiver sido contaminada com compostos <strong>de</strong> amónio quaternário, ou se a tira<br />

estiver em contacto com a urina tempo suficiente para remover o tampão citrato incorporado<br />

no papel <strong>de</strong> filtro. A ocorrência <strong>de</strong> falsos negativos (baixa sensibilida<strong>de</strong>) também é frequente<br />

nos animais, e po<strong>de</strong>m ser causados por proteinúria <strong>de</strong> Bence Jones ou quando se analisam<br />

amostras <strong>de</strong> urina diluídas ou ácidas (Grauer, 2009).<br />

Em caso <strong>de</strong>ste teste rápido ser positivo para proteína, o resultado <strong>de</strong>ve ser confirmado<br />

utilizando outros métodos mais fiáveis <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminação da proteína urinária como o teste<br />

ASS (Lees et al., 2005).<br />

b. Teste turbidimétrico do ácido sulfossalicílico<br />

O teste do ASS é também um método semi-quantitativo para estimar a proteinúria,<br />

relativamente simples e barato (Lees, 2006), que po<strong>de</strong> ser usado isoladamente ou para<br />

confirmar os resultados positivos do teste rápido <strong>de</strong> bioquímica urinária (Reine & Langston,<br />

2005). Este consiste na mistura <strong>de</strong> volumes iguais do sobrenadante da urina e <strong>de</strong> uma<br />

solução a 5% <strong>de</strong> ASS, num tubo <strong>de</strong> ensaio <strong>de</strong> vidro. O teste é baseado no pH ácido da<br />

solução que provoca a precipitação das proteínas, levando à turvação da mistura, que<br />

reflecte a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> proteína presente na urina. A turvação é classificada numa escala<br />

<strong>de</strong> 0 a 4+ (Lees, 2006). Apesar <strong>de</strong> ser um método subjectivo tal como o teste rápido <strong>de</strong><br />

bioquímica urinária, tem a vantagem <strong>de</strong> ser mais específico para a proteinúria e também<br />

mais sensível, sendo o seu intervalo <strong>de</strong> <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> aproximadamente 5 – 5000 mg/dl <strong>de</strong><br />

proteína urinária, <strong>de</strong>tectando proteínas Bence Jones (Grauer, 2009).<br />

Os falsos positivos po<strong>de</strong>m ocorrer caso a urina contenha agentes <strong>de</strong> contraste radiográfico,<br />

penicilina, cefalosporinas, sulfissoxazol ou timol. Além disso, o conteúdo proteico da urina<br />

po<strong>de</strong> ser sobrestimado caso a amostra não seja centrifugada ou se encontre turva. Se a<br />

urina for marcadamente alcalina ou diluída po<strong>de</strong> levar a falsos negativos (Grauer, 2009).<br />

A proteinúria <strong>de</strong>tectada por estes dois métodos semi-quantitativos <strong>de</strong>ve sempre ser<br />

interpretada tendo em conta a DUE e a análise do sedimento urinário. Caso a urina seja<br />

diluída ou volumosa, a proteinúria é subestimada. Por outro lado, vestígios <strong>de</strong> proteína ou<br />

1+ po<strong>de</strong>m ser normais numa urina concentrada. Por exemplo, uma urina que apresente<br />

proteinúria <strong>de</strong> 2+ e DUE <strong>de</strong> 1010 é sugestiva <strong>de</strong> perda <strong>de</strong> proteína na urina muito maior em<br />

24 horas do que uma proteinúria <strong>de</strong> 2+ numa urina com DUE <strong>de</strong> 1040. Além disso, a<br />

concentração <strong>de</strong> proteína na urina está frequentemente aumentada em pacientes com<br />

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