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Faculdade de Medicina Veterinária - Hospital Veterinário Montenegro

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Cláudia Freitas Estadiamento da Doença Renal Crónica em Felinos 2010<br />

diagnóstico <strong>de</strong>sta infecção po<strong>de</strong> ser fulcral para a sobrevivência dos pacientes com DRC,<br />

pois o controlo da ITU po<strong>de</strong> ser acompanhado <strong>de</strong> atraso da progressão da doença renal<br />

(Heine, 2008).<br />

Os sinais clínicos e as restantes análises <strong>de</strong> urina não são suficientes para fazer um<br />

diagnóstico conclusivo <strong>de</strong> ITU. Para isso, é necessário recorrer à urocultura (DiBartola,<br />

2005). Um estudo recente realizado em 77 gatos com DRC revelou que 22% sofriam <strong>de</strong> ITU,<br />

aquando da urocultura, e muitos <strong>de</strong>stes animais não apresentavam qualquer sinal ou<br />

alteração, indicativos <strong>de</strong> infecção, nas restantes análises. Portanto, a urocultura é<br />

recomendada como parte do plano <strong>de</strong> diagnóstico em felinos suspeitos <strong>de</strong> sofrerem <strong>de</strong><br />

DRC. A Escherichia coli é o microrganismo mais frequentemente implicado nas ITU. Esta<br />

bactéria tem sido isolada em cerca <strong>de</strong> meta<strong>de</strong> dos gatos que <strong>de</strong>senvolvem infecção urinária<br />

(Mayer-Roenne et al., 2007).<br />

7.2.3.4. Avaliação bioquímica – Proteinúria<br />

Todos os animais apresentam pequenas quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> proteína na urina. Recentemente<br />

admitiu-se a importância dos níveis baixos <strong>de</strong> proteinúria como indicador <strong>de</strong> prognóstico e<br />

alvo terapêutico, tornando-se fulcral a sua <strong>de</strong>terminação (Syme, 2009). Os resultados <strong>de</strong><br />

estudos recentes sugerem que a proteinúria persistente está associada à progressão da<br />

DRC e ao agravamento das taxas <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong>, talvez mesmo em animais sem DRC<br />

(Brown, 2005).<br />

A proteinúria é rotineiramente <strong>de</strong>tectada por métodos semi-quantitativos, que incluem os<br />

testes colorimétricos (teste rápido <strong>de</strong> bioquímica urinária), e o teste turbidimétrico utilizando<br />

ácido sulfossalicílico (ASS) (Grauer, 2009).<br />

a. Teste rápido <strong>de</strong> bioquímica urinária<br />

O teste rápido <strong>de</strong> bioquímica urinária proporciona uma rápida avaliação semi-quantitativa, é<br />

barato e fácil <strong>de</strong> realizar. Este método consiste numa reacção colorimétrica resultante da<br />

ligação do grupo amina das proteínas à substância indicadora presente no papel <strong>de</strong> filtro. A<br />

alteração <strong>de</strong> cor é avaliada, por comparação com uma escala <strong>de</strong> cores, no entanto este<br />

processo é subjectivo. A tira é mais sensível à albumina, pois esta apresenta maior<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> grupos amina livres que as globulinas ou as proteínas Bence Jones. Os<br />

resultados positivos são <strong>de</strong>scritos por meio <strong>de</strong> cruzes: 1+ (30 mg/dl), 2+ (100 mg/dl), 3+ (300<br />

mg/dl), ou 4+ (1000 mg/dl), <strong>de</strong> acordo com a alteração <strong>de</strong> cor verificada (Reine & Langston,<br />

2005).<br />

Este teste, formulado para humanos, po<strong>de</strong> <strong>de</strong>tectar valores <strong>de</strong> proteína na urina entre 30 e<br />

1000 mg/dl (Grauer, 2009), limitando a sua utilização em gatos quando os níveis <strong>de</strong><br />

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