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Faculdade de Medicina Veterinária - Hospital Veterinário Montenegro

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Cláudia Freitas Estadiamento da Doença Renal Crónica em Felinos 2010<br />

normal <strong>de</strong> referência. A maioria dos animais nos estadios I, II e III da DRC apresenta valores<br />

normais <strong>de</strong> bicarbonato e pH sanguíneo (Elliott & Brown, 2004).<br />

7.2.1.7. Colesterol<br />

Em humanos a concentração plasmática <strong>de</strong> colesterol elevada é um factor <strong>de</strong> risco para<br />

várias doenças cardiovasculares e renais. As lipoproteínas <strong>de</strong> baixa <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> (LDL) são<br />

responsáveis pelo transporte <strong>de</strong> uma parte significativa do colesterol no plasma. Suspeita-se<br />

que estas partículas, especialmente quando oxidadas, possam estar envolvidas na<br />

patogénese da aterosclerose e lesão glomerular. Em comparação, os cães e gatos<br />

apresentam menos LDL-colesterol no plasma e parecem menos susceptíveis a lesões<br />

vasculares e renais provocadas pelo colesterol. Está provado o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

hipercolesterolémia em cães e gatos com DRC, em particular em cães com proteinúria<br />

acentuada (Elliott & Brown, 2004).<br />

7.2.1.8. Outros parâmetros<br />

Quando existe suspeita <strong>de</strong> doença renal, <strong>de</strong>ve ser provi<strong>de</strong>nciado um perfil bioquímico<br />

completo. Para além dos parâmetros mencionados acima, po<strong>de</strong>rá ser útil a <strong>de</strong>terminação da<br />

albumina, globulinas, glucose, sódio, cloro, potássio, alanina amino-transferase (ALT),<br />

fosfatase alcalina sérica (FAS) e tiroxina (T4) total (Elliott & Brown, 2004).<br />

7.2.2. Estudo hematológico<br />

A hormona eritropoetina é produzida pelo rim em resposta a uma reduzida capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

transporte <strong>de</strong> oxigénio no sangue. Esta é responsável pela estimulação da medula óssea<br />

que irá produzir e libertar eritrócitos na circulação sanguínea, melhorando o transporte <strong>de</strong><br />

oxigénio e a consequente oxigenação dos tecidos. A anemia não regenerativa<br />

nomocítica/normocrómica é uma consequência frequente da DRC e po<strong>de</strong> ser causada por<br />

diversos factores, para além da <strong>de</strong>ficiente produção <strong>de</strong> eritropoetina. No paciente com DRC<br />

a anemia ten<strong>de</strong> a ocorrer nas fases tardias da doença, quando gran<strong>de</strong> parte do tecido renal<br />

se encontra <strong>de</strong>struído. Estudos em gatos têm vindo a <strong>de</strong>monstrar que a presença <strong>de</strong> anemia<br />

não regenerativa po<strong>de</strong> estar associada a um mau prognóstico (Elliott & Brown, 2004).<br />

Na contagem total e diferencial <strong>de</strong> leucócitos nos pacientes com DRC po<strong>de</strong>m verificar-se<br />

alterações relacionadas com a potencial causa primária da doença renal, por exemplo, uma<br />

leucocitose com neutrofilia e <strong>de</strong>svio à esquerda seria <strong>de</strong> esperar um processo inflamatório,<br />

como uma pielonefrite resultante <strong>de</strong> uma infecção ascen<strong>de</strong>nte do tracto urinário inferior<br />

(Elliott & Brown, 2004).<br />

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