25.04.2013 Views

Faculdade de Medicina Veterinária - Hospital Veterinário Montenegro

Faculdade de Medicina Veterinária - Hospital Veterinário Montenegro

Faculdade de Medicina Veterinária - Hospital Veterinário Montenegro

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Cláudia Freitas Estadiamento da Doença Renal Crónica em Felinos 2010<br />

mas, ocasionalmente, po<strong>de</strong>m estar aumentados <strong>de</strong> tamanho <strong>de</strong>vido a situações <strong>de</strong><br />

amiloidose, neoplasia ou rins poliquísticos (Rand, 2006).<br />

No exame físico é ainda possível observar má condição corporal e do pêlo e tirói<strong>de</strong> passível<br />

<strong>de</strong> ser palpada (Ross, 2008).<br />

Os sinais clínicos mais frequentemente observados durante o exame físico <strong>de</strong>stes pacientes<br />

no Projecto Epi<strong>de</strong>miológico da IRIS foram: problemas <strong>de</strong>ntários (34.5%), palpação renal<br />

anormal (18.4%), perda <strong>de</strong> peso (17%), alterações da pelagem (16.6%) e <strong>de</strong>sidratação<br />

(10.9%) (IRIS, 2004).<br />

A urémia severa associada a uma agudização da DRC ou associada a DRC em estadio final<br />

po<strong>de</strong> ser a causa <strong>de</strong> diversos sinais clínicos apresentados, como halitose, ulceração da<br />

mucosa oral e língua, alteração da coloração da superfície dorsal e <strong>de</strong>scamação da ponta<br />

anterior da língua. A diarreia quando ocorre é frequentemente provocada por uma<br />

enterocolite urémica. A urémia também po<strong>de</strong> levar a convulsões, estado estupor e coma no<br />

estadio terminal da doença (Barber et al., 2006).<br />

Sinais clínicos relacionados com hipertensão arterial sistémica também po<strong>de</strong>m surgir: sinais<br />

oculares como cegueira súbita com pupilas dilatadas, e<strong>de</strong>ma, <strong>de</strong>scolamento, hifema ou<br />

hemorragia retinianas e tortuosida<strong>de</strong> dos vasos da retina, sopro cardíaco sistólico e ritmo <strong>de</strong><br />

galope, e sinais neurológicos como convulsões e letargia (Barber et al., 2006).<br />

7.2. Diagnóstico laboratorial<br />

Os sinais clínicos associados à DRC são inespecíficos e a história é muitas vezes escassa,<br />

tornando o diagnóstico laboratorial importante em todos os animais com doença renal<br />

(Heine, 2008). Os parâmetros analíticos que <strong>de</strong>vem ser avaliados sistematicamente em<br />

felinos com DRC incluem um painel bioquímico completo, o perfil hematológico e a<br />

urianálise.<br />

7.2.1. Estudo bioquímico<br />

7.2.1.1. Determinação da taxa <strong>de</strong> filtração glomerular<br />

A <strong>de</strong>terminação da TFG po<strong>de</strong> permitir o diagnóstico precoce da doença renal. A TFG <strong>de</strong>ve<br />

ser medida quando existe suspeita <strong>de</strong> doença renal em animais com sinais compatíveis,<br />

sem azotémia ou com elevações ligeiras da creatinina plasmática, na selecção <strong>de</strong> raças<br />

com predisposição para doença renal familiar, na monitorização pré-cirúrgica ou pós-<br />

tratamento, entre outras situações. A <strong>de</strong>terminação sequencial da TFG é útil para a<br />

avaliação dos efeitos da terapêutica sobre a função renal ao longo do tempo (Heine, 2008).<br />

24

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!