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Faculdade de Medicina Veterinária - Hospital Veterinário Montenegro

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Cláudia Freitas Estadiamento da Doença Renal Crónica em Felinos 2010<br />

6.1.2. Pressão arterial<br />

A doença renal po<strong>de</strong> afectar a regulação da pressão arterial conduzindo ao <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> hipertensão. Esta po<strong>de</strong> ser prejudicial para os rins e também po<strong>de</strong> danificar órgãos-alvo,<br />

como o coração (hipertrofia ventricular esquerda), o olho (hifema, retinopatia hipertensiva) e<br />

o cérebro (apatia, letargia, convulsões), levando a sinais extra-renais e morbilida<strong>de</strong> (Elliott &<br />

Watson, 2010).<br />

A IRIS recomenda a medição da pressão arterial em todos os pacientes com DRC. A maior<br />

disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong> medição indirecta da pressão arterial na prática veterinária<br />

torna esta variável <strong>de</strong> fácil avaliação. Diversos métodos estão disponíveis para a<br />

<strong>de</strong>terminação <strong>de</strong>ste parâmetro, não existindo ainda uma abordagem padronizada. No<br />

entanto, seria importante para os profissionais a padronização das técnicas que utilizam na<br />

sua prática (Elliott & Watson, 2010). Também ainda não existe acordo geral quanto aos<br />

valores <strong>de</strong> pressão arterial consi<strong>de</strong>rados elevados nos animais. É provável que com mais<br />

estudos os intervalos <strong>de</strong> referência actualmente utilizados sejam alterados (Polzin et al.,<br />

2005).<br />

O sub-estadiamento com base na pressão arterial tem em conta a sua medição e a<br />

presença ou ausência <strong>de</strong> lesões nos órgãos-alvo, como se verifica na tabela 2 (Elliott &<br />

Watson, 2010).<br />

Os pacientes são classificados como hipertensos quando a pressão arterial sistólica é<br />

superior a 160 mmHg. A hipertensão no limite caracteriza-se por pressão arterial sistólica<br />

entre 140 e 160 mmHg. Os pacientes são consi<strong>de</strong>rados sem hipertensão (NH) quando a sua<br />

pressão arterial sistólica é inferior a 140 mmHg (Grauer, 2009). Se não se <strong>de</strong>termina a<br />

pressão arterial, diz-se que o paciente apresenta hipertensão não <strong>de</strong>terminada (HND)<br />

(Polzin et al., 2005).<br />

Tal como é realizado para a documentação da proteinúria, a persistência da pressão arterial<br />

e dos riscos <strong>de</strong>vem basear-se em múltiplas <strong>de</strong>terminações (<strong>de</strong> preferência, várias visitas do<br />

paciente à clínica em diferentes dias, mas aceitável se for feita durante a mesma visita com<br />

pelo menos 2 horas entre <strong>de</strong>terminações). Para estas medições os pacientes <strong>de</strong>vem estar<br />

num ambiente calmo. A persistência <strong>de</strong>ve ser avaliada em dois meses nos pacientes com<br />

risco mo<strong>de</strong>rado, ou em uma a duas semanas se existe risco elevado (IRIS, 2009a). No<br />

entanto, se estão presentes lesões nos órgãos-alvo, a <strong>de</strong>monstração da persistência da<br />

pressão arterial não é necessária e o tratamento <strong>de</strong>ve ser instituído rapidamente. Se não<br />

existem evidências <strong>de</strong> lesões em órgãos extra-renais, <strong>de</strong>ve ser realizada uma monitorização<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da percepção do risco <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> tais alterações (Elliott & Watson,<br />

2010).<br />

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