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Faculdade de Medicina Veterinária - Hospital Veterinário Montenegro

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Cláudia Freitas Estadiamento da Doença Renal Crónica em Felinos 2010<br />

sobrecarregam a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reabsorção a nível do túbulo proximal. Exemplos incluem a<br />

produção <strong>de</strong> imunoglobulinas <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ias leves (proteínas Bence Jones) por células<br />

plasmáticas neoplásicas, e a libertação <strong>de</strong> hemoglobina dos eritrócitos danificados que<br />

exce<strong>de</strong> a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ligação da haptoglobina (Grauer, 2001).<br />

A proteinúria patológica <strong>de</strong> origem urinária po<strong>de</strong> surgir a partir <strong>de</strong> fonte renal ou não renal. A<br />

proteinúria não renal é mais frequentemente associada a inflamação do tracto urinário<br />

inferior ou hemorragia. As alterações no sedimento urinário geralmente reflectem a causa<br />

subjacente (por exemplo, urolitíase, neoplasia, trauma ou cistite bacteriana) (Grauer, 2001).<br />

Por outro lado, a proteinúria renal é geralmente causada por lesão glomerular e, mais<br />

raramente, por lesão tubular. Esta é frequentemente <strong>de</strong> baixa magnitu<strong>de</strong> mas persistente.<br />

Estes dois tipos <strong>de</strong> proteinúria renal nem sempre se po<strong>de</strong>rão distinguir por meio <strong>de</strong> testes<br />

convencionais, a menos que o aumento da magnitu<strong>de</strong> da proteinúria seja suficiente (UPC<br />

,0) para excluir a proteinúria patológica tubular renal (Lees et al., 2005). Situações como<br />

glomerulonefrite e amiloidose alteram a permeabilida<strong>de</strong> selectiva dos capilares glomerulares<br />

e, frequentemente resultam em proteinúria superior a 50 mg/kg/24h e UPC superior a 3,0<br />

(Grauer, 2001).<br />

A proteinúria persistente com sedimento urinário normal ou acompanhado da formação <strong>de</strong><br />

cristais <strong>de</strong> hialina é fortemente sugestiva <strong>de</strong> doença glomerular (Grauer, 2001).<br />

Para a realização do sub-estadiamento, i<strong>de</strong>almente a proteinúria <strong>de</strong>ve ser persistente, pois é<br />

consi<strong>de</strong>rada mais significativa que a proteinúria transitória. Esta é <strong>de</strong>monstrada pela<br />

presença <strong>de</strong> proteinúria em pelo menos três amostras <strong>de</strong> urina colhidas ao longo <strong>de</strong> um<br />

período mínimo <strong>de</strong> duas semanas (Elliott & Watson, 2010).<br />

Para os animais proteinúricos ou proteinúricos no limite a importância do resultado <strong>de</strong>pen<strong>de</strong><br />

do estadio da DRC em que se encontram. Assim, a presença <strong>de</strong> proteinúria é mais<br />

significativa no estadio III que no estadio I, pois a carga <strong>de</strong> proteína filtrada diminui com a<br />

redução na massa renal funcional (Elliott & Watson, 2010). A proteinúria po<strong>de</strong> diminuir à<br />

medida que se agrava a perda da função renal e, por isso, po<strong>de</strong> ser menos frequente em<br />

animais nos estadios mais avançados (Polzin et al., 2005).<br />

Os pacientes não proteinúricos ou com proteinúria no limite po<strong>de</strong>m ser classificados como<br />

microalbuminúricos no teste ERD TM (teste rápido para <strong>de</strong>tecção da albumina) (IRIS, 2009a).<br />

No entanto, ainda não foi <strong>de</strong>terminada a função da microalbuminúria (MA) neste esquema<br />

<strong>de</strong> classificação (Polzin et al., 2005).<br />

Os pacientes com proteinúria no limite <strong>de</strong>vem reavaliar-se após dois meses para serem reclassificados<br />

apropriadamente. A classificação po<strong>de</strong> mudar <strong>de</strong>vido ao curso natural da<br />

doença ou em resposta ao tratamento (Polzin et al., 2005), <strong>de</strong>vendo portanto ser<br />

monitorizada regularmente por medição do rácio UPC (IRIS, 2009a).<br />

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