Mixoma Cardíaco, revisão biblio - Faculdade de Ciências da Saúde
Mixoma Cardíaco, revisão biblio - Faculdade de Ciências da Saúde
Mixoma Cardíaco, revisão biblio - Faculdade de Ciências da Saúde
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Tese <strong>de</strong> Mestrado, <strong>Mixoma</strong> <strong>Cardíaco</strong>, <strong>revisão</strong> <strong>biblio</strong>gráfica e análise <strong>de</strong> um caso clínico<br />
realização <strong>de</strong> ecocardiograma transesofágico e ressonância magnética<br />
cardíaca.<br />
Apesar <strong>de</strong> as hipóteses <strong>de</strong> diagnóstico iniciais estarem potencialmente<br />
afasta<strong>da</strong>s é importante pensar na possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> existirem simultaneamente<br />
com o diagnóstico mais provável que é o mixoma auricular esquerdo.<br />
A existência <strong>de</strong> uma história <strong>de</strong> IC <strong>de</strong> rápi<strong>da</strong> progressão e ausência <strong>de</strong><br />
febre reumática na infância são factos que afastam a hipótese <strong>de</strong> estenose<br />
mitral. Além disso, o ecocardiograma transtorácico revela a existência <strong>de</strong><br />
válvula mitral ligeiramente fibrosa<strong>da</strong>, mas com boa abertura e sem calcificação<br />
ou espessamento <strong>da</strong>s cúspi<strong>de</strong>s. A ausência <strong>de</strong> FA no ECG <strong>de</strong>sta paciente é<br />
contra a hipótese <strong>de</strong> estenose mitral. Portanto, tendo em conta estes exames<br />
complementares, a hipótese <strong>de</strong> estenose mitral não é váli<strong>da</strong> na justificação <strong>da</strong><br />
sintomatologia apresenta<strong>da</strong>.<br />
Os resultados <strong>da</strong> química clínica e dos testes hematológicos revelam<br />
hipercolesterolémia. A hipercolesterolémia, a HTA, a pré-obesi<strong>da</strong><strong>de</strong>, são<br />
factores <strong>de</strong> risco cardiovascular importantes, e po<strong>de</strong>m ter estado na origem do<br />
AVC que esta paciente refere 6 anos antes do início <strong>da</strong> sintomatologia <strong>de</strong> IC.<br />
Além disso, o facto <strong>de</strong> a doente já se encontrar na pós-menopausa, tem um<br />
risco <strong>de</strong> coronariopatia aumentado. A existência <strong>de</strong> aterosclerose coronária<br />
provoca alterações na vascularização do miocárdio, prejudicando a sua<br />
contractili<strong>da</strong><strong>de</strong>, o que explica os sintomas <strong>de</strong> dispneia, fadiga e cansaço para<br />
médios esforços. Em pacientes com aterosclerose, a PCR po<strong>de</strong> também estar<br />
eleva<strong>da</strong>, tal como acontece com este caso em concreto. No entanto, o<br />
ecocardiograma transtorácico revela boa função contráctil, com FE <strong>de</strong> 50%; as<br />
estenoses que causam compromisso hemodinâmico são habitualmente<br />
78