Mixoma Cardíaco, revisão biblio - Faculdade de Ciências da Saúde
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Tese <strong>de</strong> Mestrado, <strong>Mixoma</strong> <strong>Cardíaco</strong>, <strong>revisão</strong> <strong>biblio</strong>gráfica e análise <strong>de</strong> um caso clínico<br />
imunorreactivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>stas glândulas para S100, NSE, citoqueratinas e CEA<br />
indica que a sua origem é heterogénea, em alguns casos <strong>de</strong>rivam <strong>de</strong> restos<br />
embrionários <strong>de</strong> tecido gastrointestinal, com populações celulares<br />
neuroendócrinas e mucosas maduras (PUCCI et al, 2003; PUCCI et al, 2000)<br />
ou <strong>de</strong>rivam <strong>da</strong> diferenciação divergente <strong>da</strong>s células do estroma (PUCCI et al,<br />
2003).<br />
As características ultra-estruturais, as análises bioquímicas, as<br />
proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong>s células presentes e a análise <strong>de</strong> ADN <strong>da</strong>s células favorecem<br />
a teoria <strong>de</strong> que o mixoma cardíaco tem origem neoplásica e não trombótica,<br />
como se pensava quando começou a ser <strong>de</strong>scrito (ALEXANDER et al, 1998).<br />
6.4. Angiogénese e metastização tumoral<br />
Apesar <strong>de</strong> o mixoma ter um comportamento histológico benigno,<br />
existem vários casos <strong>de</strong>scritos na literatura <strong>de</strong> recorrência tumoral, invasão<br />
local, e metastização à distância, o que sugere um comportamento mais<br />
agressivo <strong>de</strong> alguns tumores (PUCCI et al, 2000; AMANO et al, 2003;<br />
SAKAMOTO et al, 2004).<br />
A angiogénese <strong>de</strong>sempenha um papel importante no crescimento,<br />
progressão e disseminação metastática <strong>de</strong> todos tumores sólidos (SAKAMOTO<br />
et al, 2004). Para este complexo processo contribuem diversos factores, sendo<br />
o VEGF um <strong>de</strong>les. As células do estroma tumoral secretam gran<strong>de</strong>s<br />
quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>ste factor; através <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> sinalização autócrina o<br />
VEGF sustenta a angiogénese e estimula o crescimento tumoral (SAKAMOTO<br />
et al, 2004; AMANO et al, 2003; KONO et al, 2000), contribuindo <strong>de</strong>sta forma<br />
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