Mixoma Cardíaco, revisão biblio - Faculdade de Ciências da Saúde
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Tese <strong>de</strong> Mestrado, <strong>Mixoma</strong> <strong>Cardíaco</strong>, <strong>revisão</strong> <strong>biblio</strong>gráfica e análise <strong>de</strong> um caso clínico<br />
causas, doenças vasculares do colagénio, entre outras. A maioria dos<br />
pacientes apresenta uma <strong>da</strong>s seguintes características <strong>da</strong> tría<strong>de</strong>: embolismo<br />
sistémico, obstrução intra-cardíaca, sintomas constitucionais (GARCÍA-<br />
QUINTANA et al, 2005; MARTINEZ et al, 2003; FANG et al, 2003).<br />
Pontualmente, são assintomáticos, principalmente quando os tumores são <strong>de</strong><br />
pequena dimensão (REYNEN, 1995).<br />
4. Origem do mixoma cardíaco<br />
A histogénese <strong>de</strong>ste raro tumor permanece incerta (ORLANDI et al,<br />
2006; SAKAMOTO et al, 2004; ACEBO et al, 2001; SHAPIRO, 2001PUCCI et<br />
al, 2000;).<br />
Em 1951 Prichard <strong>de</strong>screveu uma estrutura microscópica a nível<br />
endocárdico com predilecção pelo septo inter-auricular, que relacionou com os<br />
mixomas auriculares; observou pequenas lacunas com células endoteliais<br />
ingurgita<strong>da</strong>s, que <strong>de</strong>signou por estruturas <strong>de</strong> Prichard. Recentemente, essas<br />
células foram caracteriza<strong>da</strong>s por imunocitoquímica, e verificou-se que se tratam<br />
<strong>de</strong> células endoteliais maduras, altamente diferencia<strong>da</strong>s do tipo pós-mitótico, e<br />
portanto, sem potencial <strong>de</strong> diferenciação tumoral. Sugeriu-se que esse<br />
aglomerado <strong>de</strong> células resulta <strong>de</strong> uma resposta <strong>de</strong> stress à alteração do fluxo<br />
sanguíneo que surge com a i<strong>da</strong><strong>de</strong>; assim as estruturas <strong>de</strong> Prichard não têm<br />
relação com os mixomas, são alterações senis, compara<strong>da</strong>s aos angiomas<br />
cutâneos senis (VAL-BERNAL et al, 2007; ORLANDI et al, 2006).<br />
A origem <strong>de</strong>ste tumor não está ain<strong>da</strong> totalmente esclareci<strong>da</strong>, no entanto,<br />
as hipóteses existentes continuam a agitar a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> científica. Alguns<br />
autores <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m que a origem tumoral resi<strong>de</strong> numa reserva <strong>de</strong> células<br />
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