Mixoma Cardíaco, revisão biblio - Faculdade de Ciências da Saúde
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Tese <strong>de</strong> Mestrado, <strong>Mixoma</strong> <strong>Cardíaco</strong>, <strong>revisão</strong> <strong>biblio</strong>gráfica e análise <strong>de</strong> um caso clínico<br />
3. Introdução à patologia tumoral cardíaca<br />
A carcinogénese envolve vários factores, os factores intrínsecos<br />
(predisposição genética, pró-oncogenes, anti-oncogenes, entre outros) e<br />
factores extrínsecos ao organismo (agentes ambientais predisponentes:<br />
irritantes, agentes capazes <strong>de</strong> induzir mutações, como as partículas<br />
radioactivas). A diferença interpessoal é o principal factor responsável pela<br />
incidência tão variável dos vários tipos <strong>de</strong> neoplasias; além disso, outros<br />
factores como a facili<strong>da</strong><strong>de</strong> técnica <strong>de</strong> abor<strong>da</strong>gem do órgão para a execução do<br />
diagnóstico, a precoci<strong>da</strong><strong>de</strong> dos sintomas e a predisposição celular ao<br />
<strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong>s neoplasias, <strong>de</strong>terminam também a gran<strong>de</strong> variabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
na distribuição <strong>da</strong>s neoplasias (LIMA & CROTTI, 2004).<br />
A patologia tumoral cardíaca é bastante rara. Até à déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 50, os<br />
tumores cardíacos não faziam parte <strong>da</strong> rotina na área <strong>da</strong> Cardiologia<br />
(SHAPIRO, 2001), o seu diagnóstico era feito através <strong>da</strong> autópsia, na maioria<br />
dos casos. Com a <strong>de</strong>scoberta e utilização <strong>de</strong> exames complementares <strong>de</strong><br />
diagnóstico mais eficazes na <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> neoplasias cardíacas, o número <strong>de</strong><br />
diagnósticos <strong>de</strong> pacientes com esta patologia está a aumentar (LIMA &<br />
CROTTI, 2004).<br />
Os tumores cardíacos primários são enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s extremamente raras<br />
(RAHMANIAN et al, 2007; GARCIA-QUINTANA et al, 2005; MARTINEZ et al,<br />
2003; NOGUEIRA et al, 2003; MENG et al, 2002;YILMAZ et al, 2002;<br />
SHAPIRO, 2001; PUCCI et al, 2000). Os tumores secundários são mais<br />
comuns, e po<strong>de</strong>m situar-se no epicárdio, miocárdio ou endocárdio, porém<br />
localizam-se mais frequentemente no pericárdio e miocárdio (SHAPIRO, 2001;<br />
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