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EFEITOS DO TABACO NA LARINGE E NA VOZ - CEFAC

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1. INTRODUÇÃO:<br />

O objetivo desta pesquisa é relatar as patologias da laringe e as alterações vocais no<br />

indivíduo que faz uso constante do tabaco, incluindo o câncer e outras doenças capazes de<br />

provocar distúrbios na voz.<br />

Os efeitos negativos do fumo são amplamente conhecidos e divulgados. Quando se<br />

começa a fumar mais jovem, também se começa a morrer mais cedo. A fertilidade do fumante<br />

é menor e os bebês nascidos de mães fumantes pesam 200g a menos, em média; o aborto<br />

espontâneo é mais freqüente entre as grávidas fumantes; o risco de morte perinatal aumenta<br />

em até 35% entre as fumantes; o câncer de colo de útero é mais freqüente entre as fumantes;<br />

os filhos de pais fumantes são mais susceptíveis a infecções das vias aéreas, asma, e têm<br />

menor desenvolvimento físico e intelectual (Campos, 1995).<br />

Os efeitos do fumo sobre a voz e sobre a saúde da laringe como um todo são<br />

igualmente deletérios. O ato de fumar está associado a alterações na qualidade vocal,<br />

irritações da laringe, câncer e outras alterações dos tecidos.<br />

Desenvolvi esta pesquisa pensando nos milhões de fumantes que existem no mundo.<br />

Pretendo com este trabalho mostrar aos profissionais da área de saúde os efeitos maléficos<br />

do cigarro sobre a voz e a laringe e contribuir para que a população se conscientize e<br />

modifique seus hábitos, no intuito de promover uma vida mais saudável.<br />

Numa matéria extraída de O Diálogo Médico (1990), verifica-se que o fumo não<br />

constitui apenas o maior desafio médico contemporâneo. Como o momento brasileiro bem o<br />

ilustra, o fumo é, também, um dos maiores desafios sociais da atualidade. A preocupação<br />

maior é com a classe social mais baixa, onde se situa a maioria dos fumantes, e com a faixa<br />

etária dos 18 aos 34 anos, que tem o maior número de adeptos do vício. Se na classe alta e<br />

média, o tabagismo mata por câncer e doenças cárdio-vasculares, entre os pobres somam-se<br />

a esses problemas as doenças infecciosas, tornando o quadro ainda mais grave. Stellman e<br />

Resnicow (1997), no entanto, criticam os estudos que relacionam o nível sócio econômico do<br />

tabagista com os diversos tipos de câncer originados pelo fumo. Segundo os autores, os<br />

trabalhos publicados raramente dispõem de estudos epidemiológicos e, apesar disso,<br />

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