25.04.2013 Views

EFEITOS DO TABACO NA LARINGE E NA VOZ - CEFAC

EFEITOS DO TABACO NA LARINGE E NA VOZ - CEFAC

EFEITOS DO TABACO NA LARINGE E NA VOZ - CEFAC

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

ainda que a voz é melhor pela manhã e piora durante o dia. Além disso, o indivíduo tem a<br />

sensação de corpo estranho entre as pregas vocais, e tosse para eliminá-la.<br />

Existem vários subgrupos na laringite crônica constando no trabalho de Hungria (1991). Os<br />

que nos interessam são a laringite catarral crônica simples e a laringite crônica hipertrófica.<br />

Na laringite catarral crônica, a rouquidão acentua-se com o uso da voz. Os exudatos<br />

laríngeos apresentam-se pegajosos e as cordas vocais aparecem sem brilho, com hiperemia<br />

difusa ou com arborizações. Uma laringite seca aparece após a laringite crônica inespecífica, e se<br />

caracteriza por uma severa atrofia de mucosa e estruturas glandulares, decorrentes da sua falta<br />

de lubrificação e secura. A mucosa laríngea se torna áspera, seca e transparente (Lofiego, 1997),<br />

podendo ainda ocorrer formação de crostas só removíveis cirurgicamente. Este quadro é<br />

denominado laryngitis sicca, relatado por Colton e Casper (1996). Segundo as definições de Kuhl<br />

(1996), quando a doença evolui, ela assume a forma de uma laringite atrófica com sulcos vocalis].<br />

As pregas vocais passam a apresentar elevações granulosas e arredondadas com erosão do<br />

epitélio, cornificação e epidermizações.<br />

Já na laringite crônica hipertrófica, citada por Hungria (1991), ocorre um espessamento<br />

hiperplásico difuso ou localizado. Grene (1989) defende que esta é potencialmente uma condição<br />

pré-cancerígena, que se caracteriza por um processo inflamatório difuso que é mais desenvolvido<br />

nas pregas vocais e eventualmente vem acompanhado por uma hiperplasia epitelial, onde<br />

aparecem placas brancas elevadas, denominadas leucoplaquia. Quando a inflamação aparece no<br />

terço posterior das pregas vocais, é nomeada pelo autor de cordite hipertrófica posterior. Se<br />

ocorre na região interaritenóidea, é chamada de paquidermia interaritenóidea. Surgindo no<br />

ventrículo de Morgagni, denomina-se pseudoeversão ventricular, sendo bem detalhada por<br />

Portmann em 1983, que nos explica a sua exteriorização com hiperplasia da mucosa e<br />

submucosa. Ocorre também a cordite paquidérmica verrugosa, quando surgem granulações<br />

hipertróficas sobre as pregas vocais. Finalmente denomina-se paquidermia branca ou<br />

leucoplásica, quando a patologia vem acompanhada de hiperplasia com queratinização do<br />

epitélio. Nas pessoas de comportamento vocal inadequado, a lesão pré-cancerosa desenvolve-se<br />

mais rapidamente (Lofiego, 1997). Acrescenta-se à patologia a laringite subglótica.<br />

10

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!