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EFEITOS DO TABACO NA LARINGE E NA VOZ - CEFAC

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LARINGITE CRÔNICA:<br />

Kuhl (1996) define a laringite crônica como sendo uma afecção laríngea hiperplásica com<br />

gênese inflamatória e irritativa. Colton e Casper (1996) relatam uma condição na qual a mucosa<br />

das pregas vocais encontra-se constantemente inflamada e espessa. Sua incidência é grande em<br />

homens tabagistas que abusam da voz, porém tem aumentado em mulheres fumantes. Em<br />

indivíduos que fumam charutos e cachimbos, é menor.<br />

Os autores concordam que as causas são várias como: o uso abusivo e inadequado da<br />

voz, associado às infecções repetidas da laringe, poluição do ambiente, o álcool e também o<br />

fumo, que irrita toda a laringe, principalmente o bordo e a face superior das pregas vocais. Essa<br />

irritação ocorre devido à absorção do calor e da combustão dos produtos químicos usados no<br />

cigarro, embora Grene (1989) afirme que existem dúvidas se estes fatores poderiam ser a causa<br />

primária de ulceração. Deve-se salientar que a remoção do irritante específico pode resultar em<br />

alívio imediato dos sintomas, se as pregas vocais ainda estiverem num estágio edematoso<br />

brando.<br />

As laringes com laringite, como nos mostra Colton e Casper (1996) apresentam uma<br />

vermelhidão marcante com pequenas veias dilatadas sobre as pregas inflamadas. Pode haver<br />

assimetria de pregas vocais e aperiodicidade, com ondas de mucosa reduzidas e fechamento<br />

vibratório incompleto. A laringite afeta a cobertura das pregas vocais aumentando sua rigidez. O<br />

efeito sobre a massa é pequeno.<br />

Kuhl (1996) afirma que a etiopatogenia da doença consta de uma hiperemia com<br />

alargamento dos capilares. A mucosa e a submucosa são infiltradas, apresentando pequenas<br />

células arredondadas na prega vocal. Tumores benignos ou miosite, paresias e fixações da<br />

cricoaritenóide e cricotireóide são produzidos a partir de aí.<br />

Colton e Casper (1996) relatam que os sintomas incluem aspereza na voz ou rouquidão,<br />

com desconforto e secura na garganta. A freqüência fundamental pode ser elevada ou reduzida,<br />

dependendo da severidade do envolvimento da prega vocal. A extensão da fonação é pequena e<br />

as intensidades máximas de sustentação serão mais baixas que o normal. Kuhl (1996) acrescenta<br />

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