EFEITOS DO TABACO NA LARINGE E NA VOZ - CEFAC
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EDEMA DE REINKE:<br />
Portmann (1983) define o Edema de Reinke como sendo o edema bilateral da camada<br />
superficial da lâmina própria das pregas vocais ou espaço de Reinke. O relato de Grene (1989)<br />
afirma que a literatura anglo-americana nomeia esta moléstia como cordite polipóide ou<br />
degeneração polipóidea das pregas vocais. Existem ainda outras denominações para o edema de<br />
Reinke, citadas por Colton e Casper em 1996, como por exemplo a hipertrofia edematosa crônica<br />
e a prega vocal polipóidea.<br />
Quando discretos na fase aguda, representam situações recentes e podem ser tratados<br />
após o afastamento do fator causal, com medicamentos e fonoterapia. Quando volumosos,<br />
generalizados e bilaterais, traduzem sua presença por uma laringite crônica e são chamados<br />
Edema de Reinke (Pontes e Behlau, 1995).<br />
Os edemas de prega vocal são encontrados geralmente em indivíduos expostos a fatores<br />
irritantes externos, sendo o tabagismo o mais comum deles (Pontes e Behlau, 1995). Todos os<br />
autores afirmam que a doença ocorre nos dois sexos sendo maior nas mulheres que atingiram a<br />
menopausa.<br />
A etiologia é infecciosa, irritativa pelo abuso do fumo, e hormonal, sendo descrita por Costa<br />
e outros (1994).<br />
Marchesan e colaboradores (1994) relatam que a voz é grave e numa fonação fluida é<br />
considerada sensual, sedutora e charmosa. Porém, as dificuldades aparecem quando ocorre uma<br />
limitação na respiração do paciente ou quando as mulheres, em função da massa do edema,<br />
apresentam um deslocamento de sua freqüência fundamental para as regiões graves da tessitura<br />
e passam, com isso, a serem confundidas com homens ao telefone. Coton e Casper (1996)<br />
acrescentam ainda que a lesão interfere na vibração da prega vocal, o que explica a rouquidão<br />
presente na voz. Seus portadores tendem a usar as bandas ventriculares durante a fonação, o<br />
que caracteriza ainda mais a sua disfonia.<br />
A lesão é na maioria dos casos bilateral e assimétrica, podendo bloquear parcialmente a<br />
via aérea e encurtar a respiração. Há um aumento da massa do revestimento e uma diminuição<br />
da sua rigidez. Nas pregas vocais aparece um edema claro, hialino e pobre em vasos. A contínua<br />
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