EFEITOS DO TABACO NA LARINGE E NA VOZ - CEFAC
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vem aumentando, principalmente com o aumento do consumo de cigarros pelas mulheres.<br />
Portanto, é compreensível que as crianças cujos familiares fumam, especialmente a mãe, inalem<br />
constantemente os elementos tóxicos do fumo do tabaco, como o monóxido de carbono, amônia,<br />
nicotina e carcinogênios (benzopireno, dimetilnitrosamina, formaldeído e outros) apresentando<br />
como conseqüência diversas patologias respiratórias, dentre elas a asma e o déficit de<br />
crescimento pulmonar (Lubianca Neto e colaboradores, 1996), além de retardo no<br />
desenvolvimento fetal (Csillag,1996). A nicotina causa a liberação da adrenalina, cujo efeito é<br />
aumentar a pressão arterial e a freqüência cardíaca. O relatório do CRS (Congress Research<br />
Service) cita uma revisão de 12 estudos sobre o assunto que conclui que os problemas cardíacos<br />
resultantes da ETS são muito mais freqüentes que o câncer de pulmão (Csillag, 1996). Tager em<br />
1989, fez uma revisão de inúmeros trabalhos que demonstraram maior ocorrência de episódios de<br />
bronquite, pneumonia, traqueíte e laringite, além de maior incidência de tonsilectomia,<br />
adenoidectomia, problemas crônicos de orelha média, tosse crônica e asma em crianças<br />
submetidas ao tabagismo passivo. A ocorrência de problemas respiratórios em crianças que<br />
coabitam com fumantes pode ser imputada ao tabagismo passivo intra-domiciliar (Fisberg, Solé e<br />
colaboradores, 1996) O reconhecimento deste efeito pode levar a adaptações ambientais<br />
apropriadas. Mesmo não havendo antídotos conhecidos para os efeitos irritantes da fumaça do<br />
tabaco, métodos para aliviar a irritação podem ser experimentados.<br />
Não se pode esquecer também as pessoas que não fumam ou convivem com fumantes,<br />
mas que trabalham com a cultura do tabaco. Esta cultura necessita de uma enorme quantidade de<br />
agrotóxicos que contamina os agricultores em níveis muitas vezes superiores ao máximo<br />
suportado pelo organismo humano. Apenas no estado do Rio Grande do Sul são utilizadas cinco<br />
mil toneladas de agrotóxico por ano nas plantações do fumo (Campos, 1995).<br />
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