EFEITOS DO TABACO NA LARINGE E NA VOZ - CEFAC
EFEITOS DO TABACO NA LARINGE E NA VOZ - CEFAC
EFEITOS DO TABACO NA LARINGE E NA VOZ - CEFAC
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Colton e Casper (1996) adicionam que a tosse e pigarro freqüentes ocorrem em<br />
resposta à irritação da mucosa, sendo causados pelos agentes nocivos e pelo calor das<br />
substâncias inaladas pelo tabagista. A toxina depositada nas pregas vocais funciona como<br />
aparadores de impurezas ao longo da laringe, favorecendo assim a instalação de alterações<br />
diversas como edemas, pólipos, hiperplasias, displasias e câncer (Behlau e Pontes, 1992).<br />
Colton e Casper (1996) defendem que quando a lesão for ampla, poderá ocorrer<br />
comprometimento da via aérea. Se o sistema respiratório estiver comprometido, haverá uma<br />
modificação na produção da voz. Alguns fumantes apresentam pregas vocais polipóideas<br />
flácidas que resultam em disfonia significativa.<br />
Mesmo na ausência da patologia laríngea, os efeitos do fumo sobre a função pulmonar<br />
são suficientes para produzir uma ampla alteração na fonação. O estudo feito por Prescott,<br />
Bjerg, Andersen e colaboradores (1997) sugere que os efeitos negativos do tabagismo sobre<br />
a função pulmonar são maiores nas mulheres do que nos homens, devido ao fato de o fumo<br />
se distribuir no aparelho respiratório, que é menor no sexo feminino. Podem também<br />
concorrer variáveis do tipo genético ou hormonal.<br />
Há evidências de que fumar cigarros relaciona-se intimamente ao câncer laríngeo. A<br />
maioria dos indivíduos com carcinoma laríngeo tem história de fumo durante longo tempo de sua<br />
vida. Condições pré cancerosas como leucoplasia e hiperceratose também estão intimamente<br />
ligadas ao fumo.<br />
Conhecida pela sigla ETS (Environmental Tobacco Smoke), a fumaça ambiental do tabaco<br />
é formada principalmente (até 85%) pela fumaça desprendida da ponta acesa de um cigarro.<br />
Outro componente é a fumaça exalada pelo fumante. A ETS não é sinônimo de fumo passivo.<br />
Este só ocorre quando uma pessoa que não esteja fumando respira a ETS, geralmente em<br />
ambientes fechados, onde a ETS é mais preocupante (Csillag,1996).<br />
Colton e Casper (1996) afirmam que a exposição de um não-fumante à fumaça do tabaco<br />
pode ser suficiente para causar irritação de trato respiratório, garganta, nariz e olhos. Dados<br />
provenientes de estudos laboratoriais indicam que a fumaça residual causa câncer em animais e<br />
ataque ao D<strong>NA</strong>, mecanismo que pode desencadear o câncer (Csillag, 1996). A poluição domiciliar<br />
4