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Estética filosófica como categoria e a fragmentação <strong>da</strong> arte<br />

caminho <strong>da</strong> estética para coadunar os vários elementos e permitir que sua função <strong>de</strong><br />

direção tenha êxito. No caso específico do especialista que se <strong>de</strong>fronta com a tarefa <strong>da</strong><br />

direção <strong>de</strong> arte, o caminho passa pela abertura do conhecimento, pela imersão na<br />

história <strong>da</strong> arte e pela <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> técnicas e materiais <strong>de</strong> outras especiali<strong>da</strong><strong>de</strong>s,<br />

ações estas contempla<strong>da</strong>s pela proposta <strong>de</strong> educação do diretor <strong>de</strong> arte e mídia.<br />

3.3.2 Estética compara<strong>da</strong> e emaranha<strong>da</strong><br />

Em sua obra A Correspondência <strong>da</strong> Artes, Souriau (1983) abor<strong>da</strong> a idéia <strong>de</strong><br />

estética compara<strong>da</strong> a partir <strong>da</strong> literatura compara<strong>da</strong>, esta procurando confrontar<br />

literaturas <strong>de</strong> diferentes culturas e línguas e aquela traçando um paralelo entre a arte<br />

dos primitivos e a dos civilizados, entre oriente e oci<strong>de</strong>nte etc. Mas ele expan<strong>de</strong> sua<br />

idéia <strong>de</strong> estética compara<strong>da</strong> para o cotejo entre as diversas manifestações artísticas:<br />

Chamar-se-á, aqui, <strong>de</strong> estética compara<strong>da</strong> à disciplina cuja base é<br />

o confronto <strong>da</strong>s obras entre si e dos procedimentos <strong>da</strong>s diferentes<br />

artes, tais como a pintura, o <strong>de</strong>senho, a escultura, a arquitetura, a<br />

poesia, a <strong>da</strong>nça, a música, etc. (SOURIAU, 1983. p. 19)<br />

Dessa forma, e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> sua manifestação, as obras <strong>de</strong> arte po<strong>de</strong>m<br />

ser vistas através <strong>da</strong> estética como repleta <strong>de</strong> correspondências intercomunicantes.<br />

Essas correspondências po<strong>de</strong>m ser resumi<strong>da</strong>s na idéia <strong>de</strong> mundo artístico contido em<br />

ca<strong>da</strong> obra <strong>de</strong> arte:<br />

To<strong>da</strong> a obra <strong>de</strong> arte apresenta um universo. A esse universo, por<br />

comodi<strong>da</strong><strong>de</strong>, chamamos <strong>de</strong> mundo A (artístico). É o conjunto –<br />

forma e fundo, continente e conteúdo, ritmo, idéias, personagens,<br />

cenário, sentimentos, acontecimentos – <strong>de</strong> tudo o que é trazido e<br />

apresentado pela obra, <strong>de</strong> tudo o que a constitui e <strong>de</strong> tudo o que<br />

ela constitui. O artista que é o <strong>de</strong>miurgo, cria, constrói, fulgura em<br />

cosmogonia esse universo. E é nesse universo que o espectador, o<br />

ouvinte ou o leitor, durante sua contemplação ou leitura, vive,<br />

instala-se e situa-se. Nessa magia <strong>da</strong> arte, esse universo constitui,<br />

provisoriamente e por hipó<strong>tese</strong> – seria melhor dizer mesmo, por<br />

<strong>tese</strong> –, to<strong>da</strong> a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SOURIAU, 1983, p. 238).<br />

Depreen<strong>de</strong>-se então que, ca<strong>da</strong> universo contido em uma obra <strong>de</strong> arte,<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> seu veículo <strong>de</strong> manifestação tem seu status único, mas ao<br />

mesmo tempo correlato, já que ca<strong>da</strong> universali<strong>da</strong><strong>de</strong> terá elementos estéticos<br />

comparáveis entre si mesmo <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> autonomia <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> tipo específico <strong>de</strong><br />

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