Download da tese completa - Centro de Educação - Universidade ...
Download da tese completa - Centro de Educação - Universidade ...
Download da tese completa - Centro de Educação - Universidade ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
pela estética sociológica.<br />
Estética filosófica como categoria e a fragmentação <strong>da</strong> arte<br />
Segundo os psicologistas, a Beleza não está no objeto, é cria<strong>da</strong><br />
pelo espírito do sujeito que olha para ele; segundo Charles Lalo, a<br />
Beleza não está no objeto: só aparece quando a socie<strong>da</strong><strong>de</strong> o<br />
aprova. Lalo chega, assim, ao absurdo <strong>de</strong> afirmar que um mesmo<br />
quadro po<strong>de</strong> ser feio, em <strong>de</strong>terminado momento, para, <strong>de</strong>pois, se<br />
tornar belo, por ter recebido a aprovação coletiva que antes lhe<br />
faltava (SUASSUNA, 2006, p. 388).<br />
Assim, há uma tendência em preservar na obra artística a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> beleza<br />
e <strong>da</strong> reflexão filosófica, através <strong>da</strong> estética, <strong>de</strong> forma in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do sujeito, mas, ao<br />
mesmo tempo, resguar<strong>da</strong>ndo a sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> própria do observador, seja<br />
transversalmente corta<strong>da</strong> por uma beleza absoluta (o Belo); ou pelas proporções<br />
físicas; ou pela presença <strong>de</strong> um Absoluto que permeia. Já o juízo <strong>de</strong> gosto kantiano,<br />
mesmo contrário à idéia <strong>de</strong> uma estética do sensível, contribui filosoficamente ao<br />
acentuar a imaginação como componente essencial presente na obra <strong>de</strong> arte e ao<br />
colocar em evidência o observador.<br />
Cabe então, agora, buscar uma <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> estética que possa con<strong>de</strong>nsar e<br />
ampliar estas contribuições, conjuntamente com a afirmação <strong>de</strong> sua autonomia e,<br />
conseqüentemente, <strong>da</strong> arte.<br />
3.3 Definição e autonomia <strong>da</strong> estética e <strong>da</strong> arte<br />
O conceito <strong>de</strong> estética utilizado aqui será tecido com a contribuição e o<br />
diálogo entre alguns dos pensadores já expostos neste trabalho. É importante<br />
compreen<strong>de</strong>r que apesar <strong>de</strong> se encontrar elementos estéticos nos discursos <strong>da</strong><br />
filosofia grega clássica não é lá que se encontra a resposta para o que é a estética.<br />
Portanto, uma viagem no tempo se faz necessária ora vindo ao presente, ora<br />
retornando, para a construção do conceito <strong>de</strong> estética filosófica.<br />
Um conceito contemporâneo, e que <strong>de</strong> certa forma é um compêndio <strong>da</strong>s<br />
condições e dos efeitos <strong>da</strong> criação artística ao longo do tempo, é o posto por Eco ao<br />
3-87