Download da tese completa - Centro de Educação - Universidade ...
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Estética filosófica como categoria e a fragmentação <strong>da</strong> arte<br />
humana ou nos mais remotos esboços e nas relações primitivas <strong>da</strong> arte<br />
e <strong>da</strong> civilização humana.”<br />
• a estética como ciência objetiva que “trata <strong>da</strong> arte, do sistema <strong>da</strong>s<br />
diversas artes, e <strong>da</strong>s obras <strong>de</strong> arte, <strong>da</strong>s suas proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s, dos seus<br />
meios especificamente artísticos, <strong>da</strong>s suas leis e <strong>da</strong> sua técnica, e em<br />
ca<strong>da</strong> arte em particular trata ain<strong>da</strong> do sistema <strong>da</strong>s formas fun<strong>da</strong>mentais<br />
(no sentido mais lato do termo).”<br />
• e a cultura estética ao se referir que “revestimos esteticamente e<br />
embelezamos o nosso corpo, o nosso vestuário, os nossos instrumentos<br />
e utensílios e to<strong>da</strong>s as condições externas <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>”.<br />
O pensamento <strong>de</strong> Meumann traz à tona o questionamento realizado no início<br />
<strong>de</strong>ste capítulo sobre qual o viés <strong>da</strong> estética e ele mesmo dá uma resposta:<br />
Que tem que ver, por exemplo, a psicologia <strong>da</strong> emoção estética<br />
com o estudo <strong>da</strong> obra <strong>de</strong> arte ou com a cultura estética? Basta<br />
esta questão para vermos claramente, que, isola<strong>da</strong>mente<br />
consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s, nenhuma <strong>da</strong>s concepções Estéticas expostas acima,<br />
po<strong>de</strong> satisfazer a tais objetivos. Nem a Estética puramente<br />
psicológica, como tampouco a Estética objetiva po<strong>de</strong>m, do seu<br />
ponto <strong>de</strong> vista, tratar todos esses problemas, sem os relegar a<br />
pontos <strong>de</strong> vista totalmente ina<strong>de</strong>quados. (MEUMANN, 2006).<br />
Segundo Meumann, o pensador pós-kantiano mais responsabilizado pela<br />
inversão do fluxo, objeto sujeito para sujeito objeto, foi o cientista alemão Gustav<br />
Theodor Fechner que mesmo inicialmente partindo <strong>de</strong> uma estética empírica foi capaz<br />
<strong>de</strong> entronizar não só a Psicologia, mas a História e a Sociologia em seus conceitos.<br />
Percebe-se então que, embora haja uma tendência em situar a estética através <strong>de</strong><br />
outras áreas do conhecimento, o que está explícito no pensamento <strong>de</strong> Meumman é<br />
que também <strong>de</strong>ve existir a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> coexistir a abor<strong>da</strong>gem pessoal com a<br />
objetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> obra <strong>de</strong> arte.<br />
Pela citação dos domínios <strong>da</strong> estética propostos por Meumann, não haverá<br />
problema algum em se evi<strong>de</strong>nciar os fatores psicológicos intrínsecos à estética e que<br />
foram <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> contribuição. Mas o que ocorreu foi uma redução <strong>de</strong> tudo a uma<br />
visão apenas psíquica. A mesma coisa ocorrendo quando quiseram resolver as<br />
questões <strong>da</strong> Arte pela teoria <strong>da</strong> evolução <strong>de</strong> Darwin, ou pelo método historicista, ou<br />
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