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3.2.4 Outras estéticas<br />
Estética filosófica como categoria e a fragmentação <strong>da</strong> arte<br />
Após a contribuição sobre a arte e a estética <strong>da</strong><strong>da</strong> pelos gregos e em particular<br />
por Kant e Hegel no século XVIII, surgiram as tentativas <strong>de</strong> se imputar à estética uma<br />
série <strong>de</strong> regras próprias do método científico (empirismo e experimentalismo),<br />
juntamente com as inserções advin<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Psicologia, <strong>da</strong> História e <strong>da</strong> Sociologia,<br />
evi<strong>de</strong>nciando sua fragmentação ca<strong>da</strong> vez mais. A este respeito posso dizer que a<br />
imposição <strong>de</strong> regras, outrora <strong>de</strong>dica<strong>da</strong>s àqueles campos <strong>de</strong> conhecimento, acaba por<br />
apagar literalmente a idéia primordial <strong>de</strong> estética como reflexão sobre o objeto<br />
artístico e passa a contemplar separa<strong>da</strong>mente como uma estética científica,<br />
psicológica, empírica ou simplesmente confundi<strong>da</strong> com a história <strong>da</strong> arte.<br />
Ao colocarem, por exemplo, o sujeito como o responsável pela <strong>de</strong>finição <strong>de</strong><br />
beleza entroniza-se uma subjetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> que apenas encobre como caixa <strong>de</strong> Pandora<br />
to<strong>da</strong> aquela reflexão necessária não somente à estética, mas também para a poética,<br />
para a crítica, para a história <strong>da</strong> arte e até mesmo para a formação <strong>de</strong> diretores <strong>de</strong><br />
arte.<br />
Meumann expõe <strong>de</strong> forma contun<strong>de</strong>nte esta fragmentação em seu texto “A<br />
uni<strong>da</strong><strong>de</strong> do domínio estético”<br />
Se olharmos mais uma vez em conjunto para aquilo <strong>de</strong> que a<br />
Estética se ocupa sob o aspecto material, alongando a questão,<br />
teremos que repensar se a Estética é uma ciência unitária, ou<br />
antes, um aglomerado <strong>de</strong> investigações particulares,<br />
heterogêneas e absolutamente in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes. Ao que se po<strong>de</strong><br />
respon<strong>de</strong>r que as investigações estéticas <strong>de</strong>vem esten<strong>de</strong>r-se a<br />
quatro domínios diferentes, para que ela satisfaça seu objetivo.<br />
(MEUMANN, 2006).<br />
Ele continua seu discurso expondo estes domínios:<br />
• a estética psicológica, que tem por objetivo “analisar e explicar<br />
psicologicamente a emoção estética (em função <strong>da</strong>s suas condições<br />
internas e externas)”,<br />
• mas também fornecendo ao mesmo tempo uma teoria <strong>da</strong> criação<br />
artística, “já analisando-a psicologicamente, já investigando as suas<br />
condições individuais e sociais, já estu<strong>da</strong>ndo a sua origem na espécie<br />
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