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Estética filosófica como categoria e a fragmentação <strong>da</strong> arte<br />

tom <strong>de</strong> objetivi<strong>da</strong><strong>de</strong>, na tentativa <strong>de</strong> uma relação impessoal (a neutrali<strong>da</strong><strong>de</strong> científica)<br />

e, por fim, (v) pela arte, na qual a percepção e a sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> são responsáveis pelo<br />

conhecimento artístico (estética) e pela relação pessoal entre autor e objeto e entre<br />

este e o observador.<br />

Sobre o mito po<strong>de</strong>-se dizer que, apesar <strong>de</strong> separado pela razão na<br />

antigui<strong>da</strong><strong>de</strong>, sua relação com o conhecimento está na capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r expressar<br />

algumas ver<strong>da</strong><strong>de</strong>s que <strong>de</strong> outra forma escapariam ao raciocínio. E aqui outra vez<br />

aparece a figura <strong>de</strong> Platão e a utilização do mito como ligação entre o mundo físico e o<br />

mundo <strong>da</strong>s idéias. Segundo Mora, muitos autores mo<strong>de</strong>rnos<br />

[...] negaram-se a consi<strong>de</strong>rar os mitos como dignos <strong>de</strong> menção; a<br />

“ver<strong>da</strong><strong>de</strong>ira história”, proclamaram, não tem na<strong>da</strong> <strong>de</strong> mítico. Por<br />

isso o historiador <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>purar a história dos mitos e <strong>da</strong>s len<strong>da</strong>s.<br />

Contudo, à medi<strong>da</strong> que se tentou estu<strong>da</strong>r a história<br />

empiricamente, verificou-se que os mitos po<strong>de</strong>m não ser<br />

“ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iros” no que contam, mas são “ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iros” em outro<br />

sentido: em que contam algo que realmente aconteceu na<br />

história, isto é, a crença nos mitos. Em outras palavras, os mitos<br />

foram consi<strong>de</strong>rados como “fatos históricos”: a sua “ver<strong>da</strong><strong>de</strong>” é<br />

uma “ver<strong>da</strong><strong>de</strong> histórica” (MORA, 1969b, p. 210, tradução nossa).<br />

Negar a consciência mítica é negar também a consciência humana, já que esta<br />

forma <strong>de</strong> processo relacional do conhecimento possui suas funções, tanto na cultura<br />

quanto na consciência propriamente dita.<br />

Já a filosofia, inicialmente mistura<strong>da</strong> com a cosmologia e a mitologia, é posta<br />

aqui em seu significado etimológico <strong>de</strong> amor à sabedoria, conjuntamente como um<br />

método racional e especulativo para a explicação do mundo. Ain<strong>da</strong> com Platão e<br />

Aristóteles como referências: para o primeiro a filosofia surge a partir <strong>da</strong> estranheza <strong>da</strong><br />

sabedoria em face <strong>da</strong>s contradições <strong>da</strong>s aparências e na busca do que é ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro,<br />

enquanto que para o segundo a filosofia serve para a investigação <strong>da</strong>s causas e<br />

princípios <strong>da</strong>s coisas.<br />

Ao longo <strong>da</strong> história a filosofia foi <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> <strong>de</strong> diversas maneiras, mas é em<br />

Aristóteles que surge o primeiro sistema filosófico, constituído por disciplinas “como a<br />

lógica, a ética, a estética (poética), a psicologia (doutrina <strong>da</strong> alma), a filosofia política e<br />

a filosofia <strong>da</strong> natureza, to<strong>da</strong>s elas domina<strong>da</strong>s pela filosofia primeira (metafísica)”<br />

(MORA, 1969a, p. 665, tradução nossa).<br />

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