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Estética filosófica como categoria e a fragmentação <strong>da</strong> arte<br />

É essa apreensão na relação intrínseca entre sujeito e objeto que <strong>de</strong>fine não<br />

apenas o termo, mas também as questões relativas como <strong>de</strong>scrição, hipó<strong>tese</strong>s,<br />

conceitos, teorias, princípios, percepção, análise etc 1 . Ao estudo do conhecimento se<br />

dá o nome <strong>de</strong> epistemologia e nos remete ao tempo <strong>de</strong> Platão e Aristóteles, filósofos<br />

recorrentes neste trabalho, e ao conceito <strong>de</strong> crença ver<strong>da</strong><strong>de</strong>ira e justifica<strong>da</strong> em<br />

oposição a qualquer outro tipo <strong>de</strong> crença ou opinião.<br />

São esses e outros filósofos que, paulatinamente, começaram a construir as<br />

noções <strong>de</strong> conhecimento que se tem hoje, basicamente através <strong>da</strong> diferença entre<br />

conhecimento sensível e conhecimento intelectual; aparência e essência; opinião e<br />

saber e o estabelecimento <strong>da</strong>s regras <strong>da</strong> lógica para se chegar à ver<strong>da</strong><strong>de</strong> 2 .<br />

Denota-se então, a presença marcante <strong>de</strong>sses dois filósofos gregos – Platão e<br />

Aristóteles – mesmo nos dias atuais nos quais, em resumo, existem cinco processos<br />

relacionais entre sujeito e objeto para a compreensão do segundo pelo primeiro<br />

(ROSAS, 2003): (i) pelo mito e seus variantes (dogmatismo, doutrinamento e<br />

proselitismo), todos ligados diretamente a uma experiência pessoal basea<strong>da</strong> em fé<br />

(relação suprapessoal); (ii) pela filosofia e sua razão discursiva tendo como método,<br />

por exemplo, a dialética 3 (relação transpessoal); (iii) pelo senso comum, baseado em<br />

uma tradição cultural (ética e moral) e apoiado nas crenças silenciosas, as i<strong>de</strong>ologias<br />

(relação interpessoal); (iv) pela ciência, na qual observação e a experimentação dão o<br />

1 Evi<strong>de</strong>ntemente que tal <strong>de</strong>finição, apesar <strong>de</strong> óbvia não possui um grau tão elevado <strong>de</strong> simplici<strong>da</strong><strong>de</strong>. O<br />

próprio Mora, na continuação <strong>de</strong>ste verbete, coloca que a pura <strong>de</strong>scrição do conhecer põe em relevo a<br />

indispensável coexistência, co-presença e, <strong>de</strong> certo modo, co-operação, <strong>de</strong> dois elementos que não são<br />

admitidos com o mesmo grau <strong>de</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> por to<strong>da</strong>s as filosofias, em que “algumas filosofias fazem<br />

questão do primado do objeto (realismo em geral); outras, no primado do sujeito (i<strong>de</strong>alismo em geral);<br />

outras, na ’neutrali<strong>da</strong><strong>de</strong>’ entre sujeito e objeto. A fenomenologia do conhecimento não faz redução<br />

nem tampouco equiparação: reconhece a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> do sujeito e do objeto sem precisar em que<br />

consiste a ca<strong>da</strong> um <strong>de</strong>les, isto é, sem se <strong>de</strong>ter em averiguar a natureza <strong>da</strong> ca<strong>da</strong> um ou <strong>de</strong> qualquer<br />

suposta reali<strong>da</strong><strong>de</strong> prévia ou que passe a existir a partir <strong>da</strong> fusão entre eles” (MORA, 1969a, p. 340,<br />

tradução nossa).<br />

2 Em . Acesso em 13 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2006.<br />

3 Apesar <strong>de</strong> haver mais <strong>de</strong> uma dialética, não há o interesse, neste trabalho, <strong>de</strong> dissertar sobre um<br />

campo tão repleto <strong>de</strong> pensadores e idéias. Para o objetivo pretendido neste tópico, po<strong>de</strong>-se dizer que a<br />

dialética <strong>de</strong>monstra uma <strong>da</strong>s possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> se fazer filosofia, numa relação transpessoal, através do<br />

diálogo, seja com um interlocutor ou <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um mesmo campo <strong>de</strong> argumentação. Mas não posso<br />

<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> falar <strong>da</strong> dialética marxista, que <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser apenas um movimento especulativo <strong>de</strong> um<br />

processo <strong>de</strong> idéias – presente nas outras dialéticas – e passa a ser uma <strong>de</strong>scrição empírica do real,<br />

referindo-se à própria reali<strong>da</strong><strong>de</strong>. Com esta e outras contribuições, a dialética se coloca como um nome<br />

para a filosofia geral, incluindo a lógica formal como uma <strong>da</strong>s suas partes, ou como um reflexo <strong>da</strong><br />

reali<strong>da</strong><strong>de</strong>, ou como um método para a compreensão <strong>de</strong>sta (MORA, 1969a, p. 447).<br />

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