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Estética filosófica como categoria e a fragmentação da arte
promover a separação entre as manifestações artísticas que enfatizam a matéria-
prima e a arte como fazer e a manutenção de várias estéticas sempre atreladas a uma
história da arte, perdendo assim a idéia de uma estética filosófica e também sua
qualidade de reflexão imanente.
A partir do entendimento da existência de uma fragmentação da arte, pela
abordagem estética, o capítulo seguinte justificará a necessidade da
multidimensionalidade na formação de diretores de arte e mídia como condição para
atender as habilidades e competências daquele profissional, tendo a estética filosófica
e a tecnologia como ferramentas para a compreensão menos compartimentada da
arte.
Sobre a possibilidade de uma estética filosófica, apresento algumas teorias
que definem as correspondências existentes entre as diversas expressões artísticas,
com ênfase nos elementos de estética comparada de Souriau e como a mesma deve
ser encarada do ponto de vista da reflexão filosófica, através da teoria da
formatividade de Pareyson, principais teóricos neste trabalho.
3.1 O conhecimento, processos relacionais entre sujeito e objeto
Para falar em estética é necessário compreender o conceito de conhecimento
e como a estética se encaixa nele e no mundo. Segundo o Dicionário de Filosofia José
Ferrater Mora, quase todos os filósofos trataram do conhecimento, mas foi a partir de
Kant que o problema do conhecimento passou a ser objeto de uma teoria do
conhecimento. Sobre a tentativa de descobrir o processo do conhecer, ou de como se
dá a fenomenologia do conhecimento ele diz que:
O resultado de tal fenomenologia parece óbvio: conhecer é o que
acontece quando um sujeito (chamado "cognoscente") apreende
um objeto (chamado "objeto de conhecimento" que, abreviado
fica simplesmente "objeto") (MORA, 1969a, p. 340, tradução
nossa).
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