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3 Estética filosófica como categoria e a fragmentação da arte
A verdadeira estética filosófica não
pretende, de maneira nenhuma, fixar os dados
da experiência, da criação artística e do juízo
estético “no rígido conjunto de um sistema
estético objetivo”, porque a Estética filosófica
é objetiva, mas não é um “sistema rígido”: é
mais orgânica do que sistemática. Parte de
princípios definidos e de afirmações; depois
daí, porém, é a mais aberta de todas as
Estéticas, pois abre portas a todos os métodos,
que ela termina por incorporar a seu todo
orgânico.
Ariano Suassuna
O objetivo deste capítulo é apresentar a estética como categoria essencial e o
quanto a sua compreensão, conceitual e histórica, é de relevância para este trabalho e
para a comprovação da tese de fragmentação da arte e a dificuldade de entendimento
de obras multimídia. Num primeiro instante apresento a estética como uma das
formas de relacionamento entre sujeitos e objetos, em seguida faço um breve relato
histórico de ponto chaves que considero como marcos para a compreensão de como a
estética – e conseqüentemente a arte – se fragmentou ao longo da história até os dias
atuais.
Uma vez entendida a razão dessa fragmentação, o passo seguinte é perceber
sua influência na percepção artística e a sua capacidade de, no âmbito da formação,